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Caso concreto 3 Penal IV

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Plano de Aula: Crimes contra a Administração da Justiça 
DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
Crimes contra a Administração da Justiça 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
3 
Tema 
Crimes contra a Administração da Justiça 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer o plano de aula. 
 Identificar, mediante a análise dos casos concretos apresentados, elementos objetivos, subjetivos 
e normativos crimes praticados por particular contra a Administração da Justiça . 
 Analisar a incidência, nos casos concretos apresentados, de conflito aparente de normas ou 
concurso de crimes entre os delitos praticados por particular contra a Administração da Justiça. 
 Diferenciar os delitos praticados por particular contra a Administração da Justiça dos delitos contra 
a pessoa, contra o patrimônio bem como previstos na Legislação Penal Especial, tais como Leis n. 
7492/1986, 8137/1990 e 9.613/1998. 
 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula, não esqueça de ler: 
Os artigos. 339 a 342; 345, 347 a 349-A, 357 e 359, todos do Código Penal. 
1. Dos Crimes praticados contra a Administração da Justiça Pública: disposições gerais. 
2. Denunciação caluniosa (Art. 339, do Código Penal): (i) análise da figura típica; (ii) confronto com os 
delitos de calúnia e comunicação falsa de crime ou contravenção; (iii) questões controvertidas: 
denunciação caluniosa e organização criminosa; confronto entre o direito à autodefesa e a denunciação 
caluniosa. 
3.Comunicação falsa de crime ou contravenção. (Art. 340, do Código Penal): (i) análise da figura 
típica; (ii) questões controvertidas. 
4. Autoacusação falsa. (Art. 345, do Código Penal): (i) análise da figura típica; (ii) questões 
controvertidas. 
5. Falso testemunho ou falsa perícia (Art. 342, do Código Penal): (i) análise da figura típica; (ii) 
questões controvertidas: o compromisso de dizer a verdade e a caracterização de falso testemunho e o 
concurso de pessoas no crime de falso testemunho. 
6. Exercício arbitrário das próprias razões. (Art. 345, do Código Penal): (i) análise da figura típica; (ii) 
questões controvertidas: concurso de crimes com o delito resultante da violência e ação penal. 
7. Fraude processual. (Art. 347, do Código Penal): (i) análise da figura típica; (ii) questões 
controvertidas: confronto com as figuras típicas previstas no caput e, parágrafo único, do art. 347 e com o 
delito de estelionato - art.171, todos do código penal; confronto entre o direito à autodefesa e a fraude 
processual; fraude processual prevista na legislação penal especial: lei n.9503/1997 e lei n.70826/2003. 
 8. Favorecimento pessoal (Art. 348, do Código Penal): (i) análise do tipo penal; (ii) questões 
controvertidas: distinção entre favorecimento pessoal e concurso de pessoas no delito antecedente; 
confronto com os delitos de prevaricação e corrupção passiva; alcance das escusas absolutórias. 
 9. Favorecimento real. (Art. 349, do Código Penal): (i) análise do tipo penal; (ii) questões controvertidas: 
o art. 349-a e sua subsunção à lei n. 9472/1997, art. 60,§1º; distinção entre favorecimento real e concurso 
de pessoas no delito antecedente; confronto com os delitos de favorecimento pessoal e receptação; 
inexigibilidade de conduta diversa. 
10. Exploração de prestígio (Art. 357, do Código Penal): (i) análise do tipo penal; (ii) questão relevante: 
confronto com o delito de tráfico de influência. 
11. Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito. (Art. 359, do Código 
Penal): (i) análise do tipo penal; (ii) questão relevante: confronto com o delito de desobediência (art.330, 
código penal) e com as medidas previstas nas leis n. 9099/1995, 9503/1997 e 11340/206. 
 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. 
 Na presente semana de aula serão identificadas, demonstradas e relacionadas algumas das figuras 
típicas previstas no rol de crimes praticados contra a Administração da Justiça. 
 Em um primeiro momento, com relação aos delitos de denunciação caluniosa, comunicação falsa 
de crime ou contravenção, autoacusação falsa e falso testemunho ou falsa perícia serão identificadas 
suas semelhanças e elementares distintivas. 
 Saliente-se que nestas condutas o objeto jurídico é a própria administração da justiça, logo o Estado 
e, secundariamente, o particular que possa vir a ter seus direitos e garantias lesionados pelo falso, razão 
pela qual a todo momento há o confronto com o direito à autodefesa bem como à vedação da 
autoincriminação compulsória. 
 No que concerne ao delito de exercício arbitrário das próprias razões, relevante salientar que a 
pretensão visada pelo agente é lícita, todavia o meio empregado por ele para alcançá -la transforma sua 
conduta em relevante sob o prisma jurídico-penal. A conduta é descrita como a denominada justiça 
realizada pelas próprias mãos de modo a afastar, portanto, a normal administração da justiça. 
 Com relação ao delito de fraude, na medida em que à lesão à normal administração da justiça 
também figura como sujeito passivo indireto a pessoa prejudicada com a inovação artificiosa no processo 
pendente, seja ele no âmbito civil ou administrativo, conforme expressa previsão do art. 347, do Código 
Penal, todavia consuma-se independentemente da ocorrência de efetivo prejuízo. 
 As infrações de favorecimento pessoal e favorecimento real, por sua vez, tem como elemento 
distintivo o fato de que na primeira o auxílio é prestado ao criminoso (para sua fuga ou ocultação) e não 
ao crime, como ocorre no favorecimento real. Por outro lado, ambos se configuram como delitos 
subsidiários, ou seja, para sua configuração é imprescindível a prática de delito anterior. 
 O delito de exploração de prestígio guarda similitude com o delito de tráfico de influência, previsto 
no art.332, do Código Penal, na medida em este configura espécie de tráfico de influência que recai sobre 
a conduta de magistrado, jurado, órgão do Ministério Público, perito, testemunha. 
 
Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes 
livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal IV. 
Bibliografia Básica 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 10.ed. Forense, 2014. ISBN 9788530953898 
Bibliografia Complementar 
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. 4.ed. São Paulo: Saraiva.v 4, 2009.ISBN 978 -
85-02-09149-8. 
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. 15. ed São Paulo: Saraiva.v.3,2015. ISBN 9788502619050. 
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Especial. 11.ed. Niterói: RJ: Impetus. V.4, 2015. 
9788576268178. 
 PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro. 13ª. edição revista e ampliada. São Paulo. Revista 
dos Tribunais.2014. ISBN 9788520350683. 
 
 
 
 
Aplicação Prática Teórica 
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões 
formuladas: 
 
Caso concreto. 
ARNALDO, jovem de 17 anos, após praticar o crime de roubo de um veículo automotor, procura seu 
amigo LAURO e o solicita que mantenha o carro guardado em sua casa por um tempo. LAURO aceita a 
incumbência e age conforme o combinado, unicamente com a intenção de ajudar ARNALDO. Contudo, a 
autoria do roubo é descoberta, pois a Polícia Civil consegue recuperar o veículo que ainda estava com 
LAURO. Dos fatos, ARNALDO e LAURO são denunciados em processo-crime pelo delito de roubo, sendo 
LAURO, considerado partícipe do delito. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra o Patrimônio e Administração 
Pública, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:a) A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO? 
Questão objetiva. 
Xisto, Vereador de um determinado município do Estado de Sergipe, com o escopo de vingar -se do seu 
desafeto Tácito, também Vereador do mesmo município, faz uma denúncia escrita de crime eleitoral 
perante a Autoridade Policial contra Tácito, sabendo da inocência deste, apresentando -se como Moisés 
para não ser identificado. O Inquérito Policial é instaurado pela Autoridade Policial. Neste caso Xisto 
cometeu crime de 
 a) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos, aumentada de um terço. 
 b) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, aumentada de um terço. 
 c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte. 
 d) comunicação falsa de crime, com pena de 1 a 6 meses de detenção e multa, sem qualquer 
majoração. 
 e) denunciação caluniosa, com pena de 2 a 8 anos, sem qualquer majoração.

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