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Caso concreto 5 Penal IV

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Plano de Aula: Crimes Equiparados a Hediondos. 
DIREITO PENAL IV - CCJ0034 
Título 
Crimes Equiparados a Hediondos. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
5 
Tema 
Crimes equiparados a hediondos. Lei de Tortura. Terrorismo 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer o plano de aula. 
 Identificar as figuras típicas de tortura, previstas na lei n.945/1997 e sua necessária interpretação 
constitucional. 
 Diferenciar o delito de tortura de outras figuras típicas previstas no Código Penal e na Legislação 
Penal Especial. 
 Identificar as figuras típicas de terrorismo, previstas na lei n.13260/2006. 
 Analisar as controvérsias existentes acerca do delito de terrorismo, seu iter criminis e respectiva 
responsabilização penal. 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula, não esqueça de ler: 
 O Art. 5º, inciso XLIII CRFB/1988. 
 Os artigos 1º a 4º, todos da Lei n. 9455/1997. 
 Parte I, art. 1º da Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, 
Desumanos ou Degradantes (1984). 
 Os artigos 1º a 11, 16 a 18, todos da Lei n.13260/2006. 
 Os artigos 1º a 3º, do Decreto n. 5639/2005 que ratificou a Convenção Interamericana contra o 
Terrorismo. 
 
Estrutura de Conteúdo 
1. A Lei n. 9455/97. 
 1.1. Bem jurídico-penal tutelado - art. 5°, III e XLIX, XLIII da Constituição da República de 1988. 
 1.2.. A Lei n. 9455/1997 e o art. 4°, da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura. 
 1.3 Conceito de Tortura: alcance da expressão sofrimento físico e mental. 
 1. 4. A incidência dos institutos repressores previstos na Lei n. 8072/1990. 
1.5. Figuras típicas: controle de constitucionalidade: (i)figura Equiparada - art. 1°, §1°; (ii) a 
responsabilidade do omitente prevista no art. 1°, §2° - confronto com os art.13, §2º e 29, ambos do 
Código Penal; (iii) confronto com as figuras típicas da Lei n. 4898/1965 - Lei de Abuso de Autoridade; (iv) 
confronto entre a figura típica prevista no art. 1°, II, da Lei n. 9455/1997 e o art. 136, do Código Penal; (v)a 
figura qualificada e o confronto com a figura prevista no art. 121, §2°, III, do Código Penal. 
1.6. Consectários Penais e Processuais: (i) alterações legislativas e o Direito Intertemporal; (ii) causas de 
aumento de pena; (iii) questões controvertidas. 
 
2. A Lei n. 13260/2006 
2.1. Bem jurídico-penal tutelado - art. 5°, XLIII da Constituição da República de 1988. 
2.2. A Lei n. 13260/2006 e os arts. 1° e 2º , doDecreto n. 5639/2005. 
2.3. Conceitos de Terrorismo: alcance da expressão e características. 
2.4. Alterações legislativas no Código Penal e Lei de Crimes Hediondos. 
2.5. Figuras típicas: atos de terrorismo, atos preparatórios, iter criminis. 
2.6. Exclusão da tipicidade e iter criminis. 
 
 UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. 
 
 Para enriquecer seus conhecimentos, como leitura complementar indica-se a leitura dos seguintes 
livros didáticos constantes na Bibliografia Básica e Complementar da disciplina Direito Penal IV. 
 Tortura. 
A lei de tortura, ainda que tenha por fonte normativa a definição constante no art.1º, da Convenção da 
ONU de 1984, em muitos aspectos desvencilhou-se desta para fins de 
tipificação das condutas de tortura. Antes do advento da lei de tortura, a mesma só e ra tipificada 
expressamente pelo Estatuto da Criança e Adolescente (lei n.8069/1990, art.233). 
 A lei n.9455/1997, por questões de política criminal, não restringiu a tipificação da prática da tortura a 
qualquer condição pessoal do agente, sendo, portanto, um delito comum e tem por objetivo imediato a 
proteção da dignidade humana. 
 Crime equiparado a hediondo e, portanto, sujeito aos institutos repressores da lei n.8072/1990 
apresenta como figuras típicas: tortura prova, tortura meio e tortura dis criminatória, estas com especial fim 
de agir ou motivação. As demais figuras, previstas no art.1º, II e §1º do art.1º, aplicam -se aos agentes que 
exercem sobre as vítimas sob sua guarda, poder ou autoridade. 
 Cabe salientar que a conduta prevista no §2º do art.1º, não é equiparada a delito hediondo e configura-
se como delito omissivo próprio. 
 Por fim, insta salientar a existência da figura qualificada pela lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima ou morte, prevista no §3º, do art.1º e as caus as de aumento previstas no §4º, do mesmo 
artigo. 
Terrorismo. 
A Convenção Interamericana contra o Terrorismo, ratificada pelo Brasil pelo Decreto 5639/2005, 
estabelece que?(?) o terrorismo constitui uma grave ameaça para os valores democráticos e para a p az e 
a segurança internacionais (?)?.(Organização dos Estados Americanos ? OEA. Convenção 
Interamericana contra o Terrorismo). 
 As tentativas de sua conceituação partem dos meios empregados e dos resultados produzidos, bem 
como da finalidade política dos atos, da qualidade organizacional e cujos efeitos são indiscriminados. 
 Para os atos de terrorismo ou ?preparatórios de terrorismos? os bens jurídicos penais tutelados são 
tanto individuais, quanto metaindividuais, tais como a paz pública e a própria democracia. 
 
 
Aplicação Prática Teórica 
 APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA 
CASO CONCRETO 
Leia a situação hipotética abaixo e responda às questões formuladas: 
ROMOALDO, padrasto de L.T, de 11 anos de idade, foi denunciado pelos vizinhos por ter submetido a 
criança a intenso sofrimento físico e mental com o fim de castigá-la ao agredi-la por diversas vezes com a 
utilização de seu cinto, pois esta estava brincando na sala de sua casa no momento em que ROMOALDO 
assistia ao jogo final do campeonato estadual de futebol e o barulho da brincadeira atrapalhava sua 
concentração no jogo. Dos fatos, ROMOALDO restou denunciado pelo delito de maus -tratos, previsto no 
art.136,§1º, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e 
equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO 
está correta. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Crisóstomo, policial militar, e Elesbão, agente da Polícia Civil, agindo em comunhão de esforços e 
desígnios, buscando a confissão de um crime, provocaram intenso sofrimento físico a Nicanor. 
Posteriormente, Vitorino, delegado de polícia, ao saber do ocorrido, mesmo possuindo atribuição 
investigativa, opta por não apurar o caso, visando a abafá-lo. Nesse contexto é correto afirmar que: 
 a) todos praticaram crimes da Lei nº 9.455, contudo a conduta do delegado não é equiparada a crime 
hediondo. 
 b) o policial militar cometeu crime militar, equiparado a hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei 
n° 9.455, também equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
 c) O policial militar e o agente cometeram crime previsto na Lei n° 9.455, equiparado a hediondo; e o 
delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo. 
 d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei n° 9.455. 
 e) o policial militar cometeu crime militar, não hediondo; o agente cometeu crime previsto na Lei n° 
9.455, equiparado a hediondo; e o delegado cometeu crime de prevaricação, não hediondo.

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