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ARTIGO AMANDA

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HÁBITOS INFANTIS QUE INFLUENCIAM NA SAÚDE NA FASE ADULTA: Higiene e alimentação na prevenção de doenças
Amanda Raquel de Barros Silva¹
RESUMO
Objetivo: Estimular os bons hábitos de higiene, visando melhorar a qualidade de vida das crianças, conscientizá-las e incentivá-las, promovendo o consumo de alimentos saudáveis, manter hábitos de higiene e a consciência de sua contribuição para a promoção de sua saúde na fase infantil e consequentemente na fase adulta.
Palavras-Chave: hábitos de higiene, doenças crônicas, má alimentação.
1 INTRODUÇÃO
A alimentação saudável é essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde. Os hábitos alimentares inadequados acarretam problemas de saúde imediatos e também em longo prazo. O entendimento de como as preferências alimentares é adquirido é essencial para uma interferência efetiva, no sentido de melhorar a qualidade da ingestão dietética infantil. De acordo com a nossa vivencia pessoal e profissional, podemos perceber que desde a infância sofremos intensa influencia de diversas formas de vida ao contato com outras pessoas e isso nos leva a seguir alguns exemplos comportamentais, seja em questão social, higiênica e/ou alimentar e isto pode nos trazer consequências positivas ou negativas.
Promover uma alimentação saudável é considerado um eixo prioritário de ação para promoção da saúde e, neste contexto, o ambiente escolar é apontado como espaço fundamental para a criação de documentos nacionais e legislações (BRASIL, 1999; CONSEA, 2004). 	
A infância é a fase que podemos considerar a base de uma vida saudável, uma boa alimentação e higienização correta, esta está diretamente ligada à saúde do individuo. 
Segundo Figueiredo (2008, p. 35), 
“as crianças que passam por um processo de educação alimentar e cuidados de qualidade em menos chance de desenvolver problemas de saúde, tendo essas oportunidades quando pequenas há menos propensão a apresentar obesidade, diabetes, problemas cardíacos entre outras patologias”. (FIGUEIREDO, 2008, p.35)
Como os problemas relativos a uma má higiene costumam por sua vez acarretar em problemas graves de saúde, estes podem ser diminuídos sensivelmente a partir de um trabalho de conscientização que, consequentemente, atingirá os pais e a comunidade em geral. Quanto melhor estas crianças forem esclarecidas, mais elas terão o conhecimento do bem que faz uma boa alimentação para seu crescimento e possivelmente evitarão problemas futuros de saúde como obesidade, diabetes e outras na sua fase adulta da vida. Acerca destas análises, este trabalho abordou os hábitos de higiene na infância de maneira prática, proporcionando uma aprendizagem capaz de aproximar as crianças da importância dos bons hábitos higiênicos e torná-las aptas para repassar o conhecimento.
2 JUSTIFICATIVA
É na infância que se dá inicio a tomada de consciência acerca do esquema geral do corpo. Desde pequenos ouve-se que tem de comer muitas frutas, verduras e legumes, para crescer forte e saudável. Evitando doenças crônicas por falta de bons hábitos alimentares e higiênicos.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa teve caráter exploratório, isto é, ela mostra aspectos subjetivos e atingiu motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea, pois de acordo Lüdke e André (1986) pode ser classificada também como “Pesquisa Bibliográfica, que é a atividade de consulta de fontes diversas de informações escritas, para coletar dados gerais ou específicos a respeito de um tema”. 
Neste caso, foram tratadas as informações coletadas em bibliografia já pronta, articulando-as com um nível de análise crítica não meramente descritiva e quantitativa, pois houve questionário para apurar informações. Com a obtenção dos resultados através do questionário parte dos problemas relatados foram avaliados e debatidos.
A abordagem deste tema também foi realizada através de vídeos explicativos e informativos que foram assistidos com o auxílio de equipamentos multimídia. 
3.1 Hábitos de higiene na infância
A higiene é a melhor arma para a manutenção da saúde. Manter limpos nossos corpos e o ambiente em que vivemos é tarefa individual e indispensável. Entretanto não devemos esperar somente por intervenções externas para de fato conquistarmos uma boa saúde. 
Martins (1993) diz que “nossas atitudes principalmente em relação à higiene pessoal no dia a dia devem fazer parte da solução na busca por uma melhor qualidade de vida e bem estar”.
E a melhoria das condições de vida tem muito haver com o impacto provocado por essas pequenas providências cotidianas. Melhorar a higiene pessoal começando com uma atitude bem simples como a lavagem correta das mãos já traz benefícios para a vida das pessoas evitando doenças e também contaminações de alimentos e até de objetos pessoais. 
Não há dúvida que alimentação de qualidade é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida. Somos o que comemos e como comemos. Para Monteiro e Costa, 2004, “Cultivar bons hábitos de higiene pessoal e limpeza é um comportamento individual, porém, indispensável para o bem-estar podendo gerar uma expectativa de vida muito maior e com mais saúde e qualidade”.
3.2 Doenças causadas pela má alimentação 
A alimentação é uma necessidade vital do ser humano, mas a má alimentação é responsável por diversas doenças, como por exemplo, o aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose, além da obesidade.
A obesidade é uma doença séria que traz consigo uma série de outras doenças e complicações. É fator de risco indiscutível para várias doenças - só para citar exemplos: diabetes mellitus, hipertensão arterial, alteração nos níveis de triglicérides e colesterol, infarto do miocárdio, derrame cerebral, tromboses, problemas ortopédicos e dermatológicos etc. A manutenção da obesidade ou o seu agravamento faz com que o indivíduo se torne cada vez mais propenso a quedas, riscos anestésicos, doenças graves e a morte precoce. A obesidade provoca também alterações socioeconômicas e psicossociais: discriminação educativa, laboral e social, isolamento social, depressão e perda de autoestima. Se o indivíduo com obesidade não se tratar, ele tende a engordar cada vez mais e também a comprometer cada vez mais sua saúde e qualidade de vida. (FRANQUES, 2007, p. 01 apud LIMA, 2008, p. 18) 
O consumo exagerado de alguns alimentos e bebidas podem gerar diversos problemas e até matar aos poucos. Refrigerantes, refeições prontas e congeladas. Os embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, presunto, salame). Os caldos e temperos industrializados e os salgadinhos de milho também possuem altos teores de sódio e glutamato monossódico. As frituras também devem ser evitadas, devido às alterações químicas que ocorrem no óleo, principalmente quando utilizado varias vezes para fritar os alimentos, onde podem causar sério risco a saúde. Zancul (2004), “A maior parte das margarinas é feita com óleos vegetais líquidos, mas conhecidos como hidrogenados, que são as gorduras trans”. Essas gorduras não são reconhecidas pelo organismo. Isso provoca um acumulo de gordura na região abdominal e um sério risco de desenvolver o colesterol ruim e doenças cardiovasculares. 
O açúcar é um alimento sem valor nutricional e quando consumido em excesso ele fica armazenado em nosso corpo em forma de triglicérides o que é uma bomba relógio para o nosso organismo, esse consumo excessivo causa o diabetes. (ZANCUL, 2004, p.25)
3.3 Alimentação adequada para controle de diabetes e outras doenças crônicas
O mais importante é que um hábito serve para impulsionar o outro, como por exemplo: ao adotar uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente, o peso tende a diminuir, o estresse pode ser aliviado e a dieta fica mais regrada. 
O acompanhamento e controle do diabetes, na esfera da atenção básica, evitam o seu agravamento e o aparecimento de complicações, diminuindo a quantidade de internações, assim como, a mortalidade Contudo, o controle metabólico dos portadores de diabetes em evoluçãorepresenta um dos maiores desafios dos serviços de saúde. Observa-se, portanto, que o tratamento do diabético abrange três pontos importantes que são: planejamento nutricional, atividade física e uso de fármacos. (ASSUNÇÃO, SANTOS e GIGANTE, 2001). (BRASIL, 2006). 
A perda de peso é fundamental, assim como a perda da medida da circunferência abdominal. Isso porque a gordura que se acumula nessa região e se concentra no fígado e nos intestinos, produz substâncias inflamatórias, que podem estar associadas a um conjunto de mudanças no metabolismo como, por exemplo, o aumento da pressão arterial, das taxas de colesterol no sangue e da resistência à insulina. Para ter uma boa saúde é preciso consumir todos os nutrientes, e moderar o consumo de gordura e açúcar. Koche (2007) ressalta que “É importante ainda realizar de 4 a 6 refeições por dia, beber no mínimo 2 litros de água e mastigar pelo menos 20 vezes cada garfada”.
Alimentos de origem vegetal, hortaliças, frutas, chás, trigo e peixes podem proporcionar melhora na imunidade celular contra diferentes micro-organismos e células doentes. Já os produtos ricos em vitaminas C, E, zinco e betacaroteno protegem o corpo contra a oxidação provocada pelos radicais livres.
4 DISCUSSÃO 
As crianças tendem a preferir alimentos com alta densidade energética. No entanto, o consumo exagerado de alimentos muito calóricos pode limitar a ingestão de uma dieta variada, pois rapidamente sacia a criança impedindo-a de ingerir outros alimentos. 
A televisão influencia os hábitos alimentares das crianças de forma a reforçar uma tendência à preferência por alimentos doces e gordurosos. No entanto, para o consumo de alimentos com baixo teor de gordura, a televisão não causa muita interferência. Argumenta-se que as palestras educativas direcionadas a comunidade tiveram como objetivo sensibilizar os participantes, sobre temas diferenciados e abrangentes, como podemos citar a educação em
saúde, no qual proporcionou levar informações precisas para que se obtenha melhoria na qualidade de vida.
5 CONCLUSÃO
O aumento das doenças crônicas degenerativas tem sido atribuído a estilo de vida e alimentação e, com o envelhecimento, o organismo apresenta uma capacidade reduzida de combater essas doenças. Por isso é importante conhecer a influencia dos alimentos na promoção de saúde, com o objetivo de prevenir o surgimento e/ou agravamento das doenças e possibilitar uma melhor qualidade de vida a quantidade de anos vividos.
Além da alimentação saudável e bons hábitos de higiene, é necessário um conjunto de hábitos saudáveis como exercícios físicos regulares, um bom estado emocional, repouso, sol, ar puro, ingestão de água, entre outros. A informação é melhor forma de prevenção. 
A alimentação das crianças tem que ser analisada e balanceada, e acompanhada com muito cuidado e carinho pela nutricionista e supervisionada pela diretora no caso seja na escola, e em casa supervisionada pelos pais ou responsáveis.
 Há muitos anos atrás já disse um sábio filósofo chamado Hipócrates “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento.” 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDRADE, R. G.; PEREIRA, R. A.; SICHIERI, R. Consumo alimentar de adolescentes com e sem sobrepeso do Município do Rio de Janeiro. Cad. Saúde Pública, v.19, n.5, p.1485-1495, set./out. 2003. 
ASSUNÇÃO, M. C.; SANTOS, I. da S.; GIGANTE, D.. Atenção primária em diabetes no Sul do Brasil: estrutura, processo e resultado. Revista de Saúde Pública, 2001, v. 35, p. 88-95.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n.º 710, de 10 de junho de 1999. Aprova a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jun. 1999.
CONSEA. Alimentação e educação nutricional nas escolas e creches. In: CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR, 2. ed., 2004, Olinda. Relatório final. Olinda, 2004. Disponível em: <www.fomezero.gov.br/conferencia>. Acesso em: 05 de maio de 2010. 
FIGUEIREDO, Nébia Maria A. Ensinando a cuidar em saúde pública. São Caetano do sul- SãoPaulo: Yendis Editora, 2008.
FRANQUES, A.R.M. Saber 2007	. Disponível em http:// www.aprendaki.com.br – Acesso em 24/O1/2014. 
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Cientifica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 24 ed. Petrópolis Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
GARCIA, R. W. D, Reflexos da Globalização na Cultura Alimentar: considerações sobre as mudanças na alimentação urbana, Revista de Nutrição, v.16, n.4, p. 483-492, 2003. 
MARTINS, Rosicler. Vida e Alimento. São Paulo: Moderna, 1993.
MONTEIRO, P.H.N., COSTA, R.B.L. Alimentação saudável e Escolas: possibilidades e incoerências. In: ______Qualidade de vida – Boletim do Instituto de Saúde. P. 22. Nº 32, Abril 2004. Disponível no site www.isaude.sp.gov.br - Acesso em 02/11/2013. 
POLIT, Denise F; BECK, Cheryl. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática de enfermagem. 7ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
ZANCUL, Mariana de Senzi. Consumo alimentar de alunos nas escolas de ensino fundamental em Ribeirão Preto. 2004. 85f. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2004 
Aluna do Curso de Enfermagem do Centro Educacional Nova Dimensão- Garanhuns-PE

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