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RELAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS

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A Revolução industrial permitiu mais eficiência de produção, barateando o preço final dos produtos, além de produzir maiores quantidades em menor espaço de tempo. Por outro lado, A Revolução Industrial aumentou o número de desempregados substituídos pelas máquinas, o que permitiu que os empresários utilizassem mão de obra mais bem qualificada.
Esse cenário tornou-se ideal para o surgimento das lutas sindicais, que buscavam melhores condições de trabalho, melhores salários e a manutenção dos empregos.
INFLUÊNCIA DOS GOVERNOS NA ECONOMIA BRASILEIRA
Nos anos seguintes à década de 1950, inclusive no Governo Médici, houve o período do “milagre brasileiro”, mas surgiu, também, o aumento da dívida externa e a concentração de renda.
No final de 1989 e durante a década de 1990, os Governos Collor e Fernando Henrique Cardoso marcaram o modelo neoliberal, com sérias repercussões no setor secundário da economia brasileira.
Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, contribuiu, nos oito anos de seu mandato, para a desejada estabilidade nas regras da economia, o que gerou o crescimento do número de empresas e investimentos no País.
O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
1944- Outro documento que pode ser destacado é a Declaração da Filadélfia de 1944, em que o princípio da liberdade  Sindical foi reafirmado, incluindo programas da OIT.
1948- A liberdade sindical e a proteção do direito sindical são os principais postulados da OIT, definidos, em 09 de julho de 1948, na reunião da organização na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Essa norma traça os parâmetros principais a respeito da liberdade sindical. 
Em 1927, o Artigo 4º, Inciso XXIII, da Declaração Universal dos Direitos do Homem determinou que todo homem tivesse direito a ingressar em um sindicato. Nesse mesmo ano, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), junto à Convenção nº 87/48, passou a determinar as linhas-mestras sobre o direito de livre sindicalização, sem qualquer ingerência por parte do Estado.
1958 - Algumas constituições trazem em seu contexto a liberdade de filiação, como a da França, de 1946, reafirmada em 1958, que prevê que todo homem pode defender seus direitos e seus interesses por meio do sindicato, além de aderir à agremiação de sua escolha.
O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO NO BRASIL
No Brasil, essa convenção de liberdade de filiação ainda não foi ratificada pelo governo, inclusive porque a atual Constituição estabelece a existência do sindicato único e da Contribuição Sindical, o que torna  a Convenção de São Francisco incompatível. 
A Declaração Universal dos Direitos do Homem também assegura, em seu Artigo XX, o “direito à liberdade de reunião e associações pacíficas”.
O conceito de liberdade sindical está expresso como o direito de os trabalhadores e empregadores se organizarem e constituírem, livremente, as agremiações que desejarem, no número por eles idealizado, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do Estado, nem uns em relação aos outros, visando à promoção de seus interesses ou de grupos que irão representar. 
Essa liberdade sindical também compreende o direito de ingressar e retirar-se dos sindicatos. Sendo assim, os interesses profissionais ou econômicos serão dos empregados, dos empregadores e dos trabalhadores autônomos, como se observa no Artigo 511da Consolidação das Leis Trabalhista brasileira (CLT).
Os trabalhadores em serviço público também têm direito de constituir, livremente, sindicato. A exceção à regra diz respeito aos membros das Forças Armadas.
O direito de se filiar ao sindicato comporta dois aspectos: o de ingressar na agremiação e o de se retirar do sindicato.
Conforme recepcionado no Artigo 8º, Inciso V, da Constituição Federal Brasileira, não pode, portanto, haver qualquer constrangimento ou coação para a pessoa ingressar ou não no sindicato.
A liberdade sindical* implica a possibilidade de livre criação de sindicato, inclusive a criação de mais de um sindicato para a mesma categoria. Além disso, a liberdade sindical garante o direito de aderir ou não ao sindicato e à liberdade de auto-organização sindical, sem qualquer ingerência governamental. 
A liberdade sindical caracteriza-se pela impossibilidade de intervenção estatal na organização, criação e dissolução do sindicato.
*Liberdade sindical é autonomia sindical. Portanto, não se impõe qualquer determinação de vontade à pessoa de se associar ou não ao sindicato.
A liberdade sindical foi consagrada, universalmente, como direito fundamental da pessoa humana, por sua inclusão em várias constituições nacionais e, principalmente, em normas internacionais, tais como:
A origem do Sindicalismo no Brasil remonta os últimos anos do século XIX e está vinculada ao processo de transformação de nossa economia, cujo centro agrário era o café. Nessa época, prevaleciam:
• A substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado;
• A transferência do lucro do café para a indústria;
• O poder político nas mãos dos cafeicultores.
As primeiras formas de organização do Sindicalismo foram: as sociedades de socorro e ajuda mútua; e a união operária, que, com o advento da indústria, passou a se organizar por ramo de atividade, dando origem aos sindicatos.
NATUREZA JURIDICA 
Para uma corrente, o sindicato é ente de direito privado, pois é criado em razão do interesse de um grupo de pessoas (trabalhadores ou empresários), com o objetivo de defender seus interesses. "O sindicato é pessoa de direito privado, que exerce atribuições de interesse público, em maior ou menor amplitude, consoante à estrutura política do país e segundo o papel, mais ou menos saliente, que lhe seja atribuído". 
Em geral, o sindicato tem natureza de pessoa jurídica de direito público nos regimes totalitários, em que há controle do Estado sobre as associações sindicais, pois essas são criadas pelo Estado e defendem os interesses deste: "Pela teoria do fim, o sindicato será de interesse público se destinado a cumprir interesses peculiares do Estado.
Pela teoria da funcionalidade, leva-se em conta a atividade da pessoa: se toda ela estiver controlada pelo Estado, é inafastável a natureza pública da instituição. A teoria eclética combina caracteres das duas anteriores (vigilância e controle do Estado; atingimento de fins políticos etc.)". Na doutrina nacional, prevalece a opinião de considerar a natureza do sindicato como de direito privado. Quando o regulamento contiver disposições menos vantajosas do que a Convenção Coletiva, a sentença normativa ou a lei, não prevalecerão as cláusulas desfavoráveis, diante do princípio da hierarquia das normas jurídicas trabalhistas. 
O regulamento pode ser alterado pelo empregador, mas as cláusulas regulamentares que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento (Enunciado nº 51 do TST). No Brasil, os regulamentos de empresas são facultativos, privados, não dependem de homologação (embora os quadros de carreira sim) e, geralmente, unilaterais.
ESTRUTURA SINDICAL. SISTEMA LEGAL BRASILEIRO
A estrutura sindical brasileira é feita em um sistema confederativo, ou seja, em três níveis, com o sindicato em sua base, a federação em grau intermediário e a confederação em grau superior aos demais.
Em termos políticos, a federação se forma para concretizar a força representativa de uma determinada corrente sindical presente 
em uma determinada categoria. O mesmo ocorre com relação à confederação, que tem representação nacional. Temos de observar que 
o princípio da unicidade sindical também é aplicável às entidades sindicais de grau superior, conforme prevê o Artigo 8º, Inciso II, 
da Constituição Federal.
O sistema da unicidade sindical (prevista no Artigo 8º, Inciso II, da Constituição Federal) configura-se da seguinte forma:
• As categorias profissionais e econômicas são representadas, em uma determinada base territorial,por seus respectivos sindicatos. 
Estes, em condições excepcionais, podem aglutinar atividades similares ou conexas, tornando-os sindicatos multirrepresentativos; 
• Cada ramo de atividade pode formar a federação sindical, em regra estadual;
• Cada ramo de atividade nacional pode formar a correspondente confederação sindical.
Em um nível externo ao do sistema sindical, surgiram as Centrais Sindicais, projetando a ideia da união geradora das associações 
de grau superior. As Centrais Sindicais não integram o sistema sindical, por isso, não possuem natureza sindical. Elas são associações 
civis (previstas no Artigo 5º, Incisos XVII e XXI, da Constituição Federal) que podem, inclusive, impetrar mandado de segurança coletivo, 
nos termos do Inciso LXX, Alínea b, do mesmo dispositivo constitucional. No entanto, "porque não são destinatárias da investidura 
sindical, não têm legitimidade jurídica para decretar greves, celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, instituir juízo 
arbitral ou representar categoria de trabalhadores em dissídio coletivo da competência da Justiça do Trabalho".
No entanto, o estudo da evolução do Direito do Trabalho mostra que a criação dos sindicatos de trabalhadores se deu diante da grande diferença de força na negociação individual, o que torna necessária a participação sindical em uma negociação justa e equilibrada, fato confirmado pelo constituinte nos termos do Artigo 8º, Inciso VI, da Carta Magna. Hoje, entretanto, o sindicalismo de luta está sendo substituído pelo sindicalismo de negociação, que somente sobreviverá se atender aos desejos de seus representados, o que por sua vez, somente será possível com a pluralidade sindical.
Contudo, enquanto perdurar o sistema da unicidade sindicato, os trabalhadores devem-se fazer representar por seu sindicato, opondo-se aos diretores, se necessário. Afinal, o sindicato deve representar os interesses dos trabalhadores, e não de sua diretoria, que são meros representantes de uma maioria.
Liberdade sindical na legislação brasileira
A liberdade sindical diz respeito  ao direito de os trabalhadores e empregadores se organizarem e discutirem os interesses e problemas profissionais e econômicos de suas categorias, sem interferência ou intervenção do Estado, podendo agregar o número de pessoas que desejarem. 
Quanto à constituição de sindicato, a única exceção ainda hoje em vigor está relacionada aos militares das Forças Armadas. Aos civis, por exemplo, é permitida a sindicalização.
Em suma, a liberdade sindical consiste no direito de aderir ou não ao sindicato e à liberdade de auto-organização sindical. Por isso, o sindicato deve ser organizado conforme a vontade de seus membros e sem a participação do Estado, até porque não é função deste criar soluções, mesmo que o sindicato contribua tributariamente. 
O Estado deve incentivar e apoiar o sindicato, principalmente nas questões trabalhistas.
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
No Brasil, a Organização Sindical já era estruturada desde a Constituição de 1824, conforme o Artigo 179, Parágrafo 25, que dizia: “ficam abolidas as corporações de ofícios, seus juízes, escrivães e mestres”.
Entretanto, a Constituição de 1891, em seu Artigo 72, Parágrafo 72, dispunha apenas que: “a todos é lícito associarem-se e reunirem-se livremente e sem armas; não podendo intervir a polícia, senão para manter a ordem pública”. Essa foi a primeira idéia de garantia de associação sindical!
SINDICATO
No Direito Romano, a palavra síndico (do grego, sundyke) designava os mandatários encarregados de representar a coletividade. Em francês, o termo syndic designa o sujeito diretivo de grupos profissionais.
A CLT não define o conceito de sindicato, apenas afirma, em seu Artigo 511, o seguinte:
“[...] é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais, de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas”.
Dessa forma, podemos definir que sindicato é uma associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria.
Sindicato não se assemelha à associação desportiva, porque esta tem por atividade-fim a reunião de pessoas para a prática de esportes.
O Artigo 8º, Inciso VI, da Constituição Federal de 1988 impõe participação obrigatória dos sindicatos, por ocasião das negociações coletivas. De acordo com o Artigo 22, Inciso I, da Carta Magna, cabe à União Federal a competência de legislar sobre o Direito do Trabalho. A Lei Complementar, entretanto, poderá autorizar os Estados da Federação a legislarem sobre questões específicas de Direito do Trabalho.
Os sindicatos podem ser de empregados e de empregadores (ou patronais), caso seus associados sejam, respectivamente, da mesma profissão (sindicatos de determinada categoria profissional) ou empregadores do mesmo ramo de atividade.
Os órgãos diretivos do sindicato são: a Diretoria, a Assembleia e o Conselho Fiscal. Conforme o disposto no Decreto-Lei nº 771/69, a Diretoria do sindicato terá mandato de 3 anos, permitida a reeleição.
O dispositivo constitucional expresso no Artigo 8º, Inciso II, da Constituição Federal limita somente um sindicato por categoria na mesma base territorial – norma que recebe críticas de grande parte da doutrina, que a considera obstáculo à ampla negociação coletiva.
Após a Constituição Federal de 1988, a representação do sindicato passou a ser de toda a categoria, independentemente de associação de todos os empregados ao sindicato – embora cada um pudesse intervir no processo, afastando o sindicato. Além disso, em seu Artigo 8º, Inciso VI, a Constituição Federal de 1988 tornou obrigatória a presença do sindicato nas negociações coletivas de trabalho.
NESSE SENTIDO 
• Colaborar com os Poderes Públicos no desenvolvimento da solidariedade social;
• Manter serviços de assistência judiciária para os associados;
• Promover a conciliação nos dissídios de trabalho;
• Manter se possível, um assistente social em seu quadro, para promover a cooperação operacional na empresa e a integração profissional na classe.
O empregado deverá efetuar o pagamento da Contribuição Sindical no mês de março de cada ano. Caso não esteja empregado nesse mês, a contribuição deverá ser paga no primeiro mês subseqüente ao mês do reinício do trabalho.
Os sindicatos que observam a unidade sindical são reconhecidos e constituídos na forma da lei, de modo que podem entrar com ação judicial e provocação administrativa. Trata-se da prerrogativa de impor contribuição parafiscal a todos os integrantes da categoria, associados ou não. Estes não podem se opor à contribuição.
A partir da Constituição Federal de 1988, o sindicato foi constituído diretamente e registrado no arquivo da entidade sindical. O Direito Coletivo do Trabalho tem sua referência básica nas relações grupais, coletivas, entre empregados e empregadores, cuja origem está no nascedouro do capitalismo e das relações industriais de produção. 
A consciência coletiva dos trabalhadores resultou na vontade coletiva e na ação coletiva, o que permitiu a estruturação do ser coletivo: o sindicato.
Sendo assim, o conteúdo do Direito Coletivo do Trabalho engloba princípios, regras e institutos que regem a existência e o desenvolvimento das entidades coletivas trabalhistas, suas inter-relações e as regras criadas em decorrência de tais vínculos.
As confederações situam-se no terceiro degrau da Organização Sindical, sendo sua esfera de atuação nacional quando da transferência da capital federal para Brasília.
As funções básicas das confederações são coordenar as federações e os sindicatos de seu setor. Hoje, as confederações dividem essa função com as Centrais Sindicais que, com maior capacidade de mobilização, devem manter essacoordenação.
A federação e a confederação não têm legitimidade para atuar diretamente na negociação coletiva – competência originária dos sindicatos. Aquelas, todavia, exercem uma função subsidiária, segundo a qual, não havendo sindicato da categoria na base territorial, a federação (e, na falta desta, a confederação) pode figurar na negociação.
O surgimento natural e espontâneo das Centrais Sindicais no Brasil ocupou um espaço que, infelizmente, não vinha sendo ocupado pelas entidades superiores, federações e confederações sindicais, da mesma forma que ocorreu em outros países.
A Organização Sindical confederativa não conseguiu ter a unidade nacional, ficando vinculada a uma única categoria, diferente das Centrais Sindicais, que se organizaram intercategorias, tendo, com isso, mais capacidade de mobilização e ação conjunta em defesa de interesses comuns. 
As confederações não preenchem esse espaço.
Essa nova lei regulamenta e dá força às Centrais Sindicais. Após 25 anos de sua existência, as Centrais Sindicais devem aumentar sua capacidade de organização, mudando, de forma significativa, os rumos do movimento sindical no Brasil. Um grande exemplo disso é o atual movimento dos trabalhadores dos Correios e dos bancários, que conseguiram uma mobilização nacional jamais atingida.
O Artigo 589 da CLT passa a vigorar com a seguinte redação direcionada aos trabalhadores: 
a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 10% (dez por cento) para a Central Sindical; c) 15% (quinze por cento) para a federação; d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e) 10% (dez por cento) para a Conta Especial Emprego e Salário”.
Colocamos em negrito o valor a ser arrecadado pelas Centrais Sindicais, que passam a ter uma participação na Contribuição Sindical, tornando ainda mais difícil sua extinção (o que muitos pretendem para que haja uma efetiva representação das entidades sindicais). Obviamente, nenhuma das Centrais Sindicais possui legitimidade junto aos trabalhadores pelas diversas ações praticadas em prol de todos.
Pela tabela apresentada anteriormente, podemos perceber que restam, ainda, 17,84% de não filiados às Centrais Sindicais. Com a legalização, esse grupo deverá aderir a uma dessas entidades para que tenhamos 100% de participação e uma nova realidade em torno da Organização Sindical no Brasil.
As Centrais Sindicais representam as confederações, e não os trabalhadores diretamente, o que ainda trará alguns debates até que, de fato, tenhamos um melhor entendimento dessa nova lei, para que, a partir dela, possamos criar uma nova estrutura em nossa Organização Sindical e buscar novas conquistas para os trabalhadores.
As prerrogativas dos sindicatos
Antes de iniciarmos nossa aula sobre as prerrogativas e deveres dos sindicatos, devemos, primeiramente, conhecer as terminologias prerrogativa e dever.
 Prerrogativa significa privilégio, regalia, e dever consiste no que se deve fazer. A partir do conhecimento e significado dessas duas palavras, podemos iniciar nossos estudos.
Com a legalização da representação dos trabalhadores, os representantes do Estado estabeleceram, em lei, determinadas prerrogativas às entidades de classe, visando garantir o livre exercício das funções dos sindicatos.
ATENÇÃO! Embora legalmente registradas, as prerrogativas atribuídas ao sindicato não podem ser usadas pelas associações profissionais. Somente os sindicatos têm esse privilégio!
A prerrogativa que a lei confere ao sindicato é representar, perante autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais de uma categoria ou profissão liberal, ou os interesses individuais dos associados, relativos à atividade ou profissão exercida.
O sindicato representa em nome não apenas de seus associados, mas de todos aqueles que integram a mesma categoria, ao passo que, em relação aos interesses individuais, só poderá fazê-lo quando o interessado for seu associado.
amos conhecer melhor o Artigo 513 da CLT? Clique nos títulos para ver os conteúdos.
Artigo 513 da CLT – Alínea a
Artigo 513 da CLT – Alínea b
Artigo 513 da CLT – Alínea c, d, e
Infere-se do Artigo 8º, Inciso IV, da Constituição da República, que a contribuição confederativa para custeio do sistema confederativo da representação sindical independe de norma coletiva de trabalho, bastando à deliberação da Assembléia Geral, considerando-se os Estatutos das entidades sindicais, para o custeio respectivo. Recurso a que se dá provimento para excluir a cláusula. De outra parte, trata-se de matéria que se coloca ao largo da competência normativa da Justiça do Trabalho.
MANDATO DE SEGURANÇA 
A doutrina e a jurisprudência presente nos Tribunais do Trabalho sempre entenderam que o mandado de segurança é impetrável perante a Justiça do Trabalho. 
 Em outras palavras, a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, Inciso LXX, alude ao mandado de segurança coletivo, que pode ser impetrado por:
 Partido político com representação no Congresso Nacional; 
Organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.
Por ser nova, temos de discorrer sobre essa matéria, embora em termos sucintos!
Dois são os pressupostos da legitimidade do pedido de segurança por uma entidade sindical: essa entidade tem de existir há mais de um ano e os beneficiários da medida hão de ser todos os membros da categoria ou associados da entidade.
 
A Lei nº 1.533/51 dispõe de todos os elementos para sua imediata aplicabilidade. Isso é simples decorrência do fato de uma Organização Sindical existir para defender os interesses de seus associados ou dos membros da categoria que representa como trabalhadores que são.
Essa matéria também se encontra na Constituição Federal, Artigo 5º, Inciso XXI.
Hoje, há o que chamamos de sindicalismo de resultados, que utiliza como eixo reivindicatório a greve por empresa. Esse sindicalismo encontra-se acomodado dentro dos limites do regime democrático.
 
De acordo com a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, Inciso XIX, as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.
Essa norma constitucional é aplicável às entidades sindicais!
Os conceitos de representação sindical e filiação sindical são diversos e expressam realidades distintas. 
 
Representação é o ato derivado da representatividade, que confere ao sindicato o poder de atuar em nome de toda uma categoria, independentemente da outorga de poderes ou da vontade individual de cada um dos trabalhadores ou empresas representadas.
Já filiação é o ato voluntário do representado de participar da organização sindical, seja de trabalhadores ou de empregadores, o que lhe confere direitos e lhe acarreta obrigações específicas, tais como votar, ser votado, pagar a contribuição associativa etc. Isso vale para todo tipo de associação sindical, seja de categoria profissional, autônoma ou econômica.
 
Recurso provido para julgar procedente a ação de cumprimento. (TRT/SP - 00366200703002004 - RO - Ac. 12ªT 20090955212 - Rel. DAVI FURTADO MEIRELLES - DOE 13/11/2009)
A previsão contida no Artigo 514, Alínea c, da CLT, inclui, entre os deveres do sindicato, “promover a conciliação nos dissídios de trabalho”, sem a intervenção do Poder Judiciário. Por certo, a presença da entidade de representação dos trabalhadores garante a proteção que a eles deve ser outorgada.
A Lei nº 9.958/00, por sua vez, possibilita a constituição de Comissões de Conciliação Prévia no âmbito das empresas ou dos sindicatos, com composição paritária e precípua atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais de trabalho (Artigo 625-A da CLT), sem que seja acionada a estrutura judiciária.
O Artigo 625-E, Parágrafo Único, da CLT estabelece que o termo de conciliação lavrado perante a Comissão é título executivo extrajudicial (reprisado noArtigo 876 da CLT) e terá eficácia geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Em alguns casos, o êxito da Conciliação pode significar a extinção integral das controvérsias oriundas de uma determinada relação laboral pelas próprias partes, o que enseja consequências importantes, reduzindo a litigiosidade submetida ao Poder Judiciário.
OUTROS DEVERES DO SINDICATO 
A assistência nas rescisões dos empregados com mais de um ano de emprego (prevista no Artigo 477 da CLT) e dos empregados estáveis demissionários (prevista no Artigo 500 da CLT) é prestada também pelo sindicato.
Além desses deveres, o sindicato também tem função social, de integração social do trabalhador à sociedade. Determinados sindicatos têm programas de recolocação profissional do trabalhador no mercado de trabalho, além de manter programas sociais.
Sobre a proteção ao exercício da atividade sindical, essa lei afirma o seguinte:
Atualmente, a norma coletiva prevalece sobre a estatal, quando a primeira é mais favorável ao obreiro ou nos casos em que a legislação permite a estipulação de regra diferente da estatal (quando a norma estatal é dispositiva e não indisponível).
 Veja o que Nascimento (2000) fala sobre a questão:
Ao sindicato devem ser garantidos os meios para o desenvolvimento de sua ação destinada a atingir os fins para os quais foi constituído. De nada adiantaria a lei garantir a existência de sindicatos e negar os meios para os quais suas funções pudessem ser cumpridas. 
Nesta aula, você verificou a importância que os sindicatos têm na vida de seus associados, principalmente em sua formação social e econômica. Por isso, os sindicatos possuem não somente prerrogativas mas também deveres para com a sociedade e o Estado.
REPRESENTAÇÃO DOS TRABALHADORES 
Aula 5
A representação dos trabalhadores nas empresas foi definida pela Resolução nº 135 da OIT com o objetivo de facilitar o entendimento com os empregadores.
 Sempre houve muita preocupação por parte de empregadores em relação à representação de empregados que pudessem, com a autorização dos demais, debater, aberta e livremente, sobre as decisões que implicassem diretamente a relação capital versus trabalho.
 De modo geral, as empresas não estão preparadas para isso e não possuem profissionais capazes de manter esse diálogo em nome do empresário, sem que haja um estremecimento no clima interno da empresa, que pode prejudicar o moral e o normal andamento do trabalho.
Quando abrimos um canal direto de comunicação com os trabalhadores, procurando ouvir suas reivindicações e expectativas, tudo caminha de forma normal e tranquila. 
 Entretanto, quando criamos dificuldades em estabelecer, de forma natural e espontânea, uma relação superior de entendimentos, criamos, também, um ambiente ruim e propício para que um sindicato atuante realize, de modo mais radical, esse papel.
 Muitas vezes, ficamos surpresos com as decisões propostas pelos trabalhadores, tendo em vista seu grau de conservadorismo, o que supera nossas expectativas.
Quando promovemos esse tipo de encontro entre empregador e empregado, de forma a buscar uma melhor relação entre ambos sem que tenhamos qualquer tipo de reserva ou preconceito, conseguimos, de forma tranquila, atingir os objetivos organizacionais e até superá-los. Analisando as definições da Constituição Federal quanto ao disposto na Resolução nº 135 da OIT, chegamos à conclusão de que não há definição clara de como ocorreria essa representação nem de qual seria sua proporcionalidade.
 O Projeto de Lei (PL) nº 252/09, que tramita no Senado Federal, poderia criar os elementos necessários que trouxessem mais tranquilidade aos trabalhadores no exercício de suas atividades profissionais.
Haveria, na verdade, o preenchimento de uma lacuna existente na legislação sindical, que nunca permitiu a ocorrência de um sindicato por empresa, e sim por categoria econômica, o que não permite a solução de conflitos específicos e, muitas vezes, até dificulta um diálogo direto entre patrões e empregados. 
 
A ideia, em si, é válida e poderá ser um marco importante na relação capital versus trabalho, permitindo um equilíbrio moderado de forças e abrindo um diálogo permanente em prol de um relacionamento superior.
O principal objetivo das representações internas de trabalhadores nas empresas é dirimir conflitos oriundos das relações de trabalho no âmbito da empresa, minimizando os processos a serem ajuizados na Justiça do Trabalho. 
O representante poderá exercer a fiscalização trabalhista dentro da empresa, verificando o fiel cumprimento da legislação e das normas coletivas de trabalho da respectiva categoria.
A representação torna possível a negociação direta dos trabalhadores com a empresa para propor e debater possíveis melhorias nas condições de trabalho e nos salários a serem pagos. Por isso, essa representação funciona como um fator de solução dos conflitos, que visa melhores resultados nas relações trabalhistas e sindicais. 
Os trabalhadores ganham um novo fórum e têm a possibilidade de fiscalizar, no âmbito trabalhista, o cumprimento por parte do empregador da legislação e das normas coletivas de trabalho da respectiva categoria.
Há, ainda, a possibilidade de negociação direta dos trabalhadores com os empregadores, com o objetivo de se efetivarem, de modo definitivo, as condições satisfatórias, abrigando as relações trabalhistas.
Dessa forma, as empresas devem facilitar o trabalho do representante sindical, para que ele possa cumprir, com eficiência, suas atividades.
ATENÇÃO!
No Brasil, esse representante não conta com a garantia de emprego, fato que inibe sua implantação em muitas empresas.
Veja, a seguir, algumas funções que, normalmente, são destinadas ao delegado sindical:
• Dar apoio integral às lutas dos trabalhadores;
• Participar de eventos e atividades promovidas pelo sindicato;
• Representar os trabalhadores junto ao sindicato; 
• Todas as suas decisões tomadas com os trabalhadores deverão ser encaminhadas ao sindicato;
• Estar pronto para debater individual e coletivamente, organizando as listas de reivindicações, críticas ou sugestões, que devem ser encaminhadas ao sindicato e aos empresários ou a seus representantes legais, para obter melhores condições de trabalho;
• Fazer a distribuição interna de todas as comunicações que sejam do interesse dos trabalhadores.
Em seu Artigo 523, a CLT trata do delegado sindical da seguinte forma:
 Os delegados sindicais destinados à direção das delegacias ou seções instituídas na forma estabelecida no segundo parágrafo do artigo 517 serão designados pela diretoria dentre os associados radicados no território da correspondente delegacia. Em função de tudo o que já estudamos, podemos medir a importância do papel exercido pelo delegado sindical na manutenção do equilíbrio da relação capital  versus trabalho. É o delegado sindical que interpreta e defende, junto à empresa, os interesses dos trabalhadores, reduzindo a possibilidade de conflitos.

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