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AO JUÍZO DA ____ VARA DO TRABALHO DO MINICIPIO DE ... ( 10 linhas) LV, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com endereço na Rua..., Nº..., bairro ..., cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., por seu advogado in fine assina, com endereço para fins de intimações na Av...., Nº..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., vem perante este douto juízo com base nos artigos 539 à 549 de Código de Processo Civil e artigos 334 às 345 do Código Civil, ajuizar AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO pelo procedimento especial, em face de JOSE SOBRENOME..., nacionalidade..., estado civil..., recepcionista, carteira de identidade nº, com a CTPS nº..., inscrito no CPF sob o nº..., e no PIS sob o nº..., residente na Rua..., nº..., bairro..., cidade..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., pelos fatos e fundamentos abaixo aduzidos. I – DA COMPETENCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Trata-se de uma ação oriunda da relação de trabalho ainda que seu aparato legal seja outros diplomas legais deve-se observar a competência material da Justiça do Trabalho para processar e julgar o feito, conforme artigo 114, I da Constituição Federal de 1988 (CF/88), veja: “Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;” Portanto é competente esse ilustríssimo órgão para dar prosseguimento a presente ação. II – DO CONTRATO DE TRABALHO O CONSIGNATÁRIO foi admitido em 11/05/2015, ocupando o cargo de recepcionista, com percepção mensal de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais). Em 19/06/2016, o CONSIGNATÁRIO afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que O CONSIGNATÁRIO tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida Pelo mesmo mediante aviso de recebimento. Mesmo assim não foi atendida a notificação, e, completados trinta dias de falta, a CONSIGNANTE expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, o CONSIGNATÁRIO não retornou ao trabalho III – DA JUSTA CAUSA Com os fatos acima relatados, não resta qualquer dúvida que o CONSIGNATÁRIO abandonou o emprego, uma vez que findado o prazo da licença não retornou e nem justificou, além de não ter atendido a nenhuma das convocações realizadas pela CONSIGNANTE, nesse sentido nos diz o artigo 482, alínea “i” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que: “Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: Abandono de emprego;” Corroborando com o referido artigo tem-se o entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho (TST) dizendo que: “Súmula nº 32 do TST ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.” IV – DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Haja visto que o CONSIGNATÁRIO não justificou o motivo de seu não comparecimento para desempenhar suas obrigações ou para que lhe fosse dado quitação das verbas devidas, o CONSIGNANTE possui amparo expresso em lei para exercício do ato de consignação. Vejamos o que diz o artigo 335, I do Código Civil/2002: “Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;” Portanto o CONSIGNANTE) pleiteia que seja reconhecido por Sentença o depósito judicial da quantia abaixo descrita, a fim de que possa exonerar-se da obrigação, já que não consegue realizar o pagamento diretamente ao CONSIGNATÁRIO, que se recusa a receber o valor devido atualizado. Saldo de salário equivalente a 18 dias no total de R$... Saldo da férias integrais no valor de R$... acrescidas de 1/3 (um terço) Ainda requer o CONSIGNANTE que não ocorra a incidência das multas previstas no artigo 477, § 8º da CLT, uma vez que o prazo de deposito foi cumprido. V - DOS HONORÁRIOS ADVOCATICIOS No mais e observando o disposto no artigo 791-A da CLT deve a RECLAMADA ser condenada em honorários advocatícios. Nesse sentido tem-se: ““Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.” VI – DOS PEDIDOS Por todo o exposto é que se requer: A – Seja reconhecido por Sentença a quitação dos débitos acima tratados, com a consequente exoneração do CONSIGNANTE da obrigação e das multas do artigo 477,§ 8º da CLT; B – Seja o CONSIGNATÁRIO condenado a pagar honorários advocatícios no percentual de 15% (quinze por cento) VII – DA CITAÇÃO Requer que seja o CONSIGNATÁRIO intimado para realizar o levantamento dos valores depositados ou e apresentar defesa, sob pena de REVELIA e CONFISSÃO quanto a matéria de fato. VIII – DAS PROVAS Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito e sua produção em momento oportuno IX – DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$... X – DOS REQUERIMENTOS FINAIS Requer a procedência dos pedidos, condenando a RECLAMADA a arcar com os ônus da sucumbência e a pagar os honorários advocatícios. Nestes termos, pede e espera deferimento. Local, data Advogado e nº OAB
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