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TRABALHO JURÍDICA V 2

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Introdução
	Este trabalho se propõe a estabelecer a correlação da alienação parental no contexto das separações e disputas de guarda, mediante o perfil do alienador, as consequências psicológicas nas crianças envolvidas nas contendas entre seus pais, as consequências ao pai/mãe alvo da alienação, e as sanções legais ao alienador.
“A síndrome de alienação parental (SAP) é uma disfunção que surge primeiro no contexto das disputas de guarda. Sua primeira manifestação é a campanha que se faz para denegrir um dos pais, uma campanha sem nenhuma justificativa. É resultante da combinação de doutrinações programadas de um dos pais (lavagem cerebral) e as próprias contribuições da criança para a vilificação do pai alvo.”(Silva, D. M. P, 2011).
	Na Alienação Parental, a criança rejeita o pai/mãe alvo (com mensagens difamatórias, chantagem sentimental, violência psicológica, até o ódio ou acusação de abuso sexual). A (SAP) é o conjunto de sintomas que a criança pode vir ou não a apresentar, decorrente dos atos de Alienação Parental.
Desenvolvimento
	Numa mesclagem de filme com documentário (A Morte Inventada), discorre entre relatos e comentários de profissionais das áreas de serviço social, de psicologia e jurídica que trazem ao título um tom de realidade e verossimilidade. 
	O caso tratado na família Sócrates, Karla e Daniela, a mãe retira do pai todo o direito de aproximação das filhas, onde as crianças sentiram raiva e frustração pela ausência do pai. Sendo privadas da presença da figura paterna, durante toda a infância. A alienação parental muitas vezes ocorre por vingança de um dos cônjuges. 
Conforme o art. 2º da Lei nº 12.318/2010, “Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este”, e seus incisos apresentam alguns exemplos de condutas que podem caracterizar o ato, como realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade, impedir o pai/mãe não-guardião(ã) de obter informações médicas ou escolares dos filhos, criar obstáculos à convivência da criança com o pai/mãe não-guardião(ã) e familiares deste(a), apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares. (A nova Lei da Alienação Parental).
A ação de alienar o menor de seu genitor que produz, para isso, falsas memórias, extingui o amor que possa existir entre os dois por mentira e da falsa acusação e dificulta o encontro entre pai (mãe, entre outros) e filho é uma violência desproporcional (violência psicológica).
	O caso Rafaella e José Carlos, a mãe depois que descobriu que o ex marido já estava com outra pessoa sai de Recife às escondidas do pai e a partir daí começa a fazer pressão psicológica com as crianças, a ponto da filha para não magoar a mãe, omitia os bons momentos que tinha com seu pai quando passavam algum tempo juntos. Rafaella relata que essa distância do pai gerou um buraco dentro dela. Pois, amava tanto um quanto o outro.
	O artigo 3º da Lei equipara a alienação parental a abuso moral contra a criança/adolescente, ao prejudicar a convivência social e afetiva desta com o grupo familiar pelo descumprimento dos deveres da guarda parental. Devido à manipulação emocional do alienador sobre a criança, fragilizando seu psiquismo, SILVA (2009, (a)) inclui a SAP dentre as vitimizações psicológicas. (A nova Lei da Alienação Parental).
O caso S.
	Uma relação em que o casal não conseguia compartilhar a relação, o que a mãe queria fazer era completamente anulado, pela ameaça e pela força ela se anulava também. Ela não sabia do que o marido era capaz. Passaram dois anos separados de corpos. O pai pegou a criança, trocando de escola sem informar a mãe. Durante o processo de divórcio, a mãe fica com a guarda da criança e o pai ficava nos finais de semanas, feriados e férias. O pai enquanto ficava com o filho distorcia a imagem da mãe, a ponto da criança não permitir que a mãe se aproximasse dele. 
Mesmo depois de mais de um ano de aprovação da Lei nº 11.698/08 (Guarda Compartilhada), ainda existem pais/mães contrários à aplicação da Guarda Compartilhada aos seus casos concretos, e lançam mão dos recursos da Alienação Parental de manipular emocionalmente seus filhos menores para que passem a odiar o outro pai/mãe, com argumentos inverídicos mas suficientemente graves e convincentes para mobilizar as autoridades para impedir as visitas (e até, suspender o poder familiar, anterior “pátrio poder”), com acusações de agressão física ou molestação sexual, procedentes ou não. Além de ser um entrave à aplicabilidade da Guarda Compartilhada, será uma manobra sórdida para afastar o outro pai/mãe do convívio, objetivando a destruição definitiva dos vínculos parentais – causando graves prejuízos psíquicos aos filhos e a desmoralização do pai/mãe acusado e excluído. (A nova Lei da Alienação Parental).
É possível observar que através das palavras, ações e reações dos parentes alienados, o efeito deste fenômeno sobre suas vidas exposto por suas próprias narrativas carregadas de angústias, traumas e desprezo. Mediante terríveis consequências de tais práticas, faz se necessário recorrer à leis com o objetivo de poder contribuir melhor para solução do conflito familiar e jurídico se for o caso.
Conclusão
Muitas vezes a alienação parental acontece dentro do casamento, quando a mãe acha que ela é que dá conta de tudo, fica todo tempo em função do outro, ela não qualifica esse pai para a criança como alguém que cuida, protege, ela prefere delegar os cuidados da família dela do que a dele. O alienador muitas vezes se convence que o que ele diz que aquela mentira é a verdade. Passa a viver de tal forma que sua vida passa a ser um tormento. Em que momento se descobre que o guardião da criança que tem um comportamento desequilibrado não está apto para cuidar dela? (A morte inventada)
	As crianças herdam os sentimentos negativos que a os pais separados sofrem. É como se elas, as crianças, também tivessem sido traídas, abandonadas, pelo pai (ou mãe). Com isto, um ser inicialmente mais puro (criança) passa a refletir os sentimentos negativos herdados. Tendem, em primeiro momento, a se repremir, a se esconder, perdem o foco na escola, depois se revoltam, criam problemas na escola ou no círculo de amizades. Com o tempo, passam a acreditar que os pai (ou mãe) afastado é realmente o vilão que o guardião pintou. Sentem se diferentes dos amigos, um ser excluído do mundo, rejeitado pelo próprio pai (ou mãe). Alguns repetem as frustrações amorosas dos pais na sua vida pessoal. Outros não suportam os sentimentos ruins e partem para o álcool ou coisa pior. A formação daquela criança passa a contemplar um vazio, uma frustração que não a ajudará no futuro. Outros finalmente, ao crescerem e reencontrarem o pai (ou mãe) afastado, percebem que foram vítimas da alienação e se voltam contra o alienador, que passa a ocupar a figura de vilão da história e o feitiço se vira contra o feiticeiro.
	A alienação parental é pior que agressão física. A reconstrução psicológica é muito difícil de ser feita. O sofrimento dos pais e filhos vítimas da alienação parental é imensa. As circunstâncias mostram que exigi se um esforço dobrado pelo parente alienado, já que a criança é uma vítima indefesa e não sabe como lidar com este comportamento, sendo cada vez mais envolvida emocionalmente e usada para satisfazer a necessidade doentia do genitor alienante.
	Pais e mães seriamente comprometidos com suas devidas responsabilidades familiares, seriam independentemente de estarem juntos ou não devem priorizar sempre a saúde psicológica da criança para que esta não seja vítima do relacionamento dos pais. 
	
Referência Bibliográfica
SILVA, Denise Maria Perissini da. A nova lei da alienaçãoparental. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011.

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