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JUSTIÇA EM ARISTÓTELES

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JUSTIÇA EM ARISTÓTELES
NADIA GADELHA
APRESENTAÇÃO
Trataremos o conceito de justiça em Aristóteles, buscando-se os conceitos de justiça – desde a particular até o bem comum – iniciado com Platão.
INTRODUÇÃO 
o conceito grego sobre lei e justiça, o direito natural e a virtude.
virtude como um pressuposto da ética, elemento indispensável para a consecução da paz social.
A contribuição pré-socrática 
estava voltada para a problemática fisiológica (tivera como objeto o conhecimento da natureza e do ser enquanto submetido à ordem mundana e dentro de uma estrutura composta pelos elementos que compõe o mundo físico). 
No pensamento aristotélico
há uma transição da concentração dos esforços intelectuais pautado na natureza (COSMOLOGIA) para o antropológico (POLÍTICO-SOCIAL, HISTÓRICO, FILOSÓFICO, METAFÍSICO
Aristóteles, diferentemente
de seu mestre Platão
Dá maior ênfase às condições reais do homem e de suas instituições, discordando, inclusive, da teoria das formas ou idéias de Platão, por considerá-la desnecessária para os fins da ciência política/jurídica nas relações sociais existentes.
a pólis ateniense 
mantinha uma linha de pensamento iniciada por Sócrates – determinado ao estudo da questão da justiça, desenvolvidas na linha fenomênica,(METAFÍSICA) enquanto idéia captada pelo pensamento humano – no conjunto de valorações construídas espaço-temporalmente num contexto preciso (Histórico, cultural) 
Platão e sua doutrina
 acerca da justiça
a inserção do logos na sociedade política, sua legitimidade e justificação mostram-se como um momento na realização do ideal.
O Estado (polis) é sinônimo de justiça modelo ideal de perfeição.
O pensamento platônico acerca da justiça
é uma correta reflexão sobre a idéia de justiça como igualdade, ponto de partida da doutrina.
Platão
o sistema concebido por Platão dá o caráter da conveniência segundo as aptidões de cada membro tal qual como ocorre com a alma humana( e suas virtudes) em sua conceituação.
define a natureza de cada indivíduo,
Dentro destes atributos - chamado de virtudes - define a natureza de cada indivíduo, sua posição dentro do Estado segundo elas (a saber: sabedoria, coragem, temperança).
A justiça surge como virtude universal (pertencente a todos
onde cada indivíduo se põe em seu lugar, contribuindo para a salus populi. Esta quarta virtude é o elo entre as demais, trazendo a harmonia ao conjunto societário, elaborando uma hierarquia lógica entre as classes - cada um tem conhecimento de seu papel - comandante e comandado.
A justiça para Platão
A idéia de justiça no pensamento platônico está intimamente ligada à política. 
A preocupação é a função política da idéia daquilo que é justo, cuja igualdade dos membros da comunidade é expressa numa relação geométrica, o homem é garantia individual, é a medida no Estado, pela suas aptidões que corresponde.
Justiça em Platão corresponde a própria idéia de Estado
Não é um Estado abstrato, mas sim um Estado real, refletindo o Estado grego de seu tempo no plano filosófico ou conceitual. 
Podemos definir a justiça em Platão de duas maneiras:
como idéia norteadora da conduta e consolidadora do Direito e da lei; 
E
a justiça como virtude determinada e norteada pela lei. 
justiça não se sujeita à vontade da divindade;
A idéia de justiça não se sujeita à vontade da divindade; e a justiça como sendo o hábito de cumprir o direito, entendido como aquele que está escrito dentro do direito do legislado por deus ou derivada da natureza.
Cosmologia, a ordem perfeita da natureza, do mundo
Na Grécia pré-filosófica, filosófica imperava a ordem natural e social que o homem deveria ser submeter sem questionar. Neste contexto os fatos eram conseqüências do divino, tudo o que acontecia era atribuído à vontade dos deuses.
COM OS SOFISTAS ROMPE-SE AS CONCEPÇÕES IDEALISTAS PLATONICAS 
há uma a ruptura entre este ideal, onde "o homem é medida de todas as coisas", frase proferida por um filósofo na época socrática: Protágoras.
A ruptura se faz pela afirmação consciente da subjetividade, ou também pela particularidade do indivíduo pura e simplesmente. 
Eudemonia (felicidade)
Na ética grega, toda felicidade oriunda de uma vida ativa, governada pela razão.
Tinha em seu conceito a eudemonia como atividade e não estado.
 Esta felicidade consistia assim no cultivo da inteligência, sendo considerado as virtudes dianoéticas (ensinadas), diferentemente das éticas (exercitadas).
“O conceito de felicidade norteia toda a ética de Aristóteles;
Se ela se realiza no que há de mais interior da alma (principalmente quando se realiza na sua plenitude, na esfera intelectual), o prazer não tem qualquer função na determinação da idéia de eudemonia, visto que exterior.” (SALGADO, p.30).
a eudemonia
Aristóteles escreveu que todos concordam que a eudemonia é o bem principal para os seres humanos, mas que há diferenças consideráveis de opinião quanto ao que consiste a eudemonia (Ética a Nicómaco I.2)
Ética a Nicómaco
Ao longo dos primeiros nove livros da Ética a Nicómaco, Aristóteles parece pensar que uma vida feliz é a que envolve centralmente a atividade cívica. As virtudes que caracterizam a pessoa feliz são em si definidas como estados da alma que resultam de certas interações que têm lugar nas relações sociais.
A função humana (ergon) encontra-se na actividade das nossas faculdades racionais, em particular a sabedoria prática (phronesis) e a ilustração (sofia). 
Dado que a atividade destas duas faculdades não é regulada por considerações subjetivas mas pelas restrições formais da própria razão, a excelência humana está determinada
viver bem é
viver bem é viver uma vida caracterizada pelo uso excelente das nossas faculdades racionais, e esta excelência caracteriza-se pela aplicação bem-sucedida de regras gerais da vida virtuosa a situações particulares que exigem deliberação moral.
Para Aristóteles, como antes para Platão, a perspectiva hedonista negligencia a função essencial da racionalidade humana: regular e controlar os apetites e desejos humanos, canalizando-os para atividades que, a longo prazo, melhor assegurem o florescimento humano
é precisamente estas regulação e controlo que distinguem a sociedade humana de todas as outras formas de vida, de modo que há uma conexão íntima entre a excelência humana e a vida política.
Ética aristotélica
A ética proferida pelo estagirita tem como fim último a busca do bem, esse mesmo bem supremo e escopo do Estado: o bem comum. É com este pressuposto que o indivíduo realiza sua felicidade dentro do conjunto societário, em consonância com o interesse da comunidade.
Concepção Justiça como igualdade para Aristóteles
a igualdade como elo entre o âmbito interno e o externo da norma, o conceito aristotélico deste é trabalhado significativamente na definição da justiça.
Segundo Aristóteles, a filosofia é essencialmente teorética
deve decifrar o enigma do universo, em face do qual a atitude inicial do espírito é o assombro do mistério.
ontologia
O seu problema fundamental é o problema do ser, não o problema da vida. 
O objeto próprio da filosofia, em que está a solução do seu problema, são as essências imutáveis e a razão última das coisas, isto é, o universal e o necessário, as formas e suas relações.
a ética é um sistema prático que
que depende mais da harmonia com a natureza, entendida a razão como natural. 
A ética de Aristóteles é a da "meia-medida", o combate ao excessos, onde a virtude se encontra no meio termo; 
A filosofia, pois, segundo Aristóteles
 dividir-se-ia em teorética, prática e poética, abrangendo, destarte, todo o saber humano, racional.
A teorética
 divide-se em física, matemática e filosofia primeira (metafísica e teologia);
a filosofia prática divide-se em ética e política;
a poética em estética e técnica.
Aristóteles é o criador da lógica
Aristóteles é o criador da lógica, como ciência especial, sobre a base socrático-platônica.
é denominada por ele analítica e representa a
metodologia científica

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