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O FILOSOFAR a filosofia e a teoria do conhecimento

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O FILOSOFAR 
FILOSOFIA DO DIREITO 
NADIA
O PROBLEMA DOS PRESSUPOSTOS
Ciência parte sempre de um m ou mais pressupostos.
Ciência depende de seu ponto de partida.
Filosofia: é crítica dos pressupostos.
A Filosofia converte em problemas os pressupostos.
“Uma compreensão crítico-sistemática do universo e da vida”.
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Concepções epistemológicas da ciência
O sentido lato:
“Sistemas de conhecimentos metodicamente adquiridos e integrados em uma unidade coerente”
Os diversos conceitos de ciência contemporâneos;
“A certeza da ciência é sempre provisória, sujeita a sucessivas verificações”
Ser próprio das asserções científicas as suas refutabilidades realçando-se o seu viés conjectural.
A filosofia entendida como ciência indaga dos pressupostos integrando-os a uma unidade conceitual.
"Philosophia, Ancilla (a serva e a auxiliar da exploração científica)
O positivismo(Augusto Comte (1793-1857), o pensador europeu que no século XIX 
Augusto Comte, cuja "lei dos três estados" é invocada como sendo a pedra angular de seu sistema, que atribui, com efeito, à humanidade três estádios históricos sucessivos fundamentais, o teológico, o metafísico e o positivo.
Para Comte, a Filosofia só é digna desse nome enquanto não se diversifica da própria Ciência, marcando uma visão orgânica da natureza e da sociedade, fundada nos resultados de um saber constituído objetivamente à luz dos fatos ou das suas relações. 
Entre Ciência e Filosofia
Entre Ciência e Filosofia não haveria, portanto, uma diferença de essência ou de qualidade, mas, tão-somente, uma diferença de grau ou de generalidade.
Ciência é
Ciência é, portanto, um saber parcial unificado, referente a um aspecto abstraído de outros aspectos possíveis, como condição de observação e análise, nunca deixando de ser observação de fatos e de relações entre fatos.
A Filosofia
A Filosofia viria depois, como Enciclopédia das ciências ou sistematização das concepções científicas.
a Filosofia não devia ser vista senão como uma "Enciclopédia" (en, kuklos, paideia), o que quer dizer conhecimento cíclico, total, das coisas.
Qual a vantagem ou missão da Filosofia?
Qual a vantagem ou missão da Filosofia? Realizar esta síntese, para propiciar a cada cientista abertura de novas perspectivas, e a todos uma compreensão total, mas positiva do universo.
O positivismo contrapõe-se, sob certo prisma, a uma outra concepção, também de subordinação da Filosofia, dominante no período medieval.
A Filosofia é uma serva da Teologia, uma "ancilla Theologiae".
Na visão positivista
Na visão positivista opera-se uma inversão: a Filosofia é também algo posto a serviço de algo, não mais um conhecimento subordinado à Teologia, ou que encontre nesta um "limite negativo", mas, a serviço da própria Ciência, cujos resultados deve unificar e completar, e de cujas conclusões deve partir.
Na concepção positivista
Na concepção positivista da Filosofia como sendo a própria Ciência em sua explicação unitária — a Filosofia deixa praticamente de desempenhar uma função criadora autônoma
 A Filosofia não cria, nem inova
 A Filosofia não cria, nem inova, porque seu trabalho fica na dependência do trabalho alheio. "A Filosofia caminha pelos pés da Ciência“.
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Na visão comteana a filosofia 
À medida que a Ciência descobre verdades, a Filosofia se enriquece. Quer dizer que ela não teria função própria na busca da verdade, resolvendo-se a sua função cm um apêndice do trabalho do cientista, para descobrir os nexos de harmonia entre os resultados, formulando-se um "compêndio de resultados": 
Os Neopositivistas
A Filosofia consistiria em esclarecer e precisar os meios de expressão do
conhecimento científico, para apurá-lo, ou melhor, depurá-lo deequívocos e pseudoverdades.
Ludwig Wittgenstein em seu Tractatus Logico-
Philosophicus:
"O objeto da Filosofia é a clarificação lógica dos pensamentos. A Filosofia não é uma teoria, mas uma atividade. Um trabalho filosófico consiste essencialmente de elucidações. O resultado da Filosofia não são 'proposições filosóficas', mas é tornar claras as proposições"
A Filosofia não teria de fazer indagações sobre o ser
pondo ou alimentando problemas metafísicos, dos quais não é possível dizer que sejam verdadeiros, nem falsos, mas apenas destituídos de sentido. 
Relativismo sofístico
A Metafísica é expressão que não tem significado aos olhos do neopositivismo.
 O problema ético mesmo é algo que desborda do campo específico da pesquisa, científica, porquanto depende de cada indivíduo, de seus pendores e inclinações, de emoções variáveis e imprevisíveis, sem garantia de verificabilidade.
É impossível falar-se em "verdade moral", porque a verdade é apenas atributo dos enunciados lógicos, e não de uma diretiva do comportamento humano.
 
Uma diretiva não pode ser classificada como "verdadeira" ou "falsa", porquanto estes predicados só se aplicam a enunciados, ou seja, a proposições, as quais podem ser ou sintéticas ou analíticas.
sob a forma do neopositivismo
sob a forma do neopositivismo se conserva fiel à tese de subordinação da Filosofia às ciências físico-matemáticas ou empírico-formais, embora já não pense em transformar a Filosofia em uma Enciclopédia das ciências, ou estas em Filosofia.
Juízos analíticos
Dizem-se analíticos os juízos que são puramente formais: o predicado de tais juízos nada acrescenta ao sujeito; apenas torna explícito ou desenvolve rigorosamente o que no sujeito já se contém.
Assim, se digo: "o todo é maior que a parte", estou predicando do"todo" o que evidentemente está implícito em seu conceito, semnecessidade de recorrer, para tanto, a qualquer dado da experiência
Os juízos sintéticos, ao contrário, são fundados na experiência, e como tais são a posteriori: o que seu predicado expressa não estácontido no conceito do sujeito, mas representa algo que seacrescenta ao sujeito por via empírica. experiência.
A asserção só pode resultar da experiência.
Se digo: "Esta gramática é de língua portuguesa", afirmo algo que não se contém no simples conceito de gramática, que podia ser de francês, de alemão etc.: aasserção só pode resultar da experiência.
o positivismo de inspiração comteana,
o positivismo de inspiração comteana, revelam os adeptos do neopositivismo, ou empirismo lógico, um cuidado maior na determinação das condições formais da investigação científica, baseados sobretudo no princípio de convencionalidade de seus pressupostos e no de verificabilidade.
em todas as formas de positivismo uma idéia central no sentido de subordinar a Filosofia às necessidades ou às coordenadas do saber científico positivo, concebendo-a como Metodologia da Ciência, ou Teoria das Ciências.
Será exato dizer que a filosofia é apenas Metodologia das ciências, a Linguagem das ciências, ou a Enciclopédia das ciências?
Pode a Ciência mesma oferecer os critérios de sua validade?
Autonomia da Filosofia
Autonomia da Filosofia — Seus Máximos Problemas: Perguntas Prévias
O que se dá com a Filosofia é que esta representa uma compreensão total: não ordena os fatos e os compreende segundo este ou aquele setor de fins, mas em sua referibilidade axiológica total, segundo critérios unitários, atendendo à unidade do sujeito e à unidade da "situação do sujeito", em uma totalidade de conexões de sentido. 
uma cosmovisão fundamental.
É próprio, pois, da Filosofia este "saber de compreensão total" mercê do qual a realidade é situada em uma cosmovisão fundamental.
um dos propósitos da Filosofia não é alcançar uma"síntese das ciências", talvez irrealizável, mas sim uma concepção unitária da ciência, o que já foi afirmado por Aristóteles e essa tarefa só é possível superando-se a concepção acanhada e fragmentária que os positivistas têm da realidade
A falha do positivismo
começa quando pensa atingir a síntesecientífica aceitando os resultados das ciências como ponto de partida. 
 Todos os resultados que a Ciência nos
oferece
serão sempre válidos? Quantas e quantas vezes a Ciência não nos apresenta conclusões provisórias, precárias e, até mesmo, precipitadas!
crítica da própria ciência, das
condições de sua certeza.
A Filosofia, para ser fiel às conquistas do saber científico, deve ser, antes de mais nada, uma crítica da própria ciência, das
condições de sua certeza.
A Filosofia, para ser fiel às conquistas do saber científico, deve ser, antes de mais nada, uma crítica da própria ciência, das condições de sua certeza. 
especulação filosófica
Donde se deve concluir que a especulação filosófica é sempre de natureza crítica, visando a atingir o valor essencial sobre aquilo que se enuncia sobre os homens e as coisas, e dos atos. 
Uma teoria do valor 
Assim sendo,implica, segundo certo prisma, uma consideração de natureza axiológica, o que quer dizer, uma teoria do valor, a começar pelo problema da validade do conhecimento em geral.
a Filosofia tem como problema central o problema do valor
Quando filosofamos, estamos sempre indagando do valor de algo. Poderíamos mesmo dizer que a Filosofia tem como problema central o problema do valor '.
Teoria do Conhecimento: Lógica e Ontognoseologia
Dicionário:
É a teoria do conhecimento. É o estudo de temas especiais da filosofia, quais sejam, Ontologia, Epistemologia , Deontologia, Culturologia e Lógica. São elementos que possibilitam a compreensão como um todo, quando são estudados em unidade e integrados. 
o valor do conhecimento deve ser apreciado em dois planos distintos: o transcendental c o empírico-positivo. Este condicionado por aquele. 
As condições primordiais do conhecimento são objeto da parte da Teoria do Conhecimento que denominamos Ontognoseologia.
a Ontognoseologia é a ciência transcendental do conhecimento, enquanto que a Lógica é a ciência positiva dos signos, das formas do processo do conhecimento.
condições do conhecimento pertinentes ao sujeito que conhece (Gnoseologia);
A Teoria do Conhecimento
A Teoria do Conhecimento pode, assim, ser concebida como a doutrina das condições transcendentais e empírico-positivas do conhecimento, de conformidade com o seguinte esquema: (página 27)
O realismo crítico e o realismo transcendental
Que é que se conhece? Como se conhece? Até que ponto o conhecimento do real é válido e certo? Quais as atitudes de nosso espírito diante daquilo que é conhecido?
A Ontognoseologia
A Ontognoseologia desdobra-se, por abstração, em duas momentos distintos de pesquisas: ora indaga das condições do conhecimento pertinentes ao sujeito que conhece (Gnoseologia); 
cognoscibilidade
Ora indaga das condições de cognoscibilidade de algo, ou, por outras palavras, das condições segundo as quais algo torna-se objeto do conhecimento, ou, em última análise, do ser enquanto conhecido ou cognoscível (Ontologia, tomada esta palavra em sentido estrito).
ontognoseologia
Ontognoseologia, palavra que, de conformidade com as suas raízes etimológicas, quer dizer, ao mesmo tempo, teoria do conhecimento e teoria do ser enquanto objeto de conhecimento.
Epistemologia 
estudamos as condições do conhecimento nos domínios de cada ciência particular, melhor é denominar a esse estudo Epistemologia, que quer dizer "doutrina, ou ciência da ciência": — é a teoria particular de cada ciência.
Ontologia,
Ontologia, enquanto que em sentido lato tradicional, se refere à teoria do ser, parte geral da Metafísica.
 Em sua acepção estrita, por conseguinte, a Ontologia se contém no âmbito da Teoria Geral do Conhecimento.
A Filosofia
A Filosofia apresenta-se, pois, como o exame crítico das condições de certeza das próprias ciências: das ciências, em sua universalidade, como produtos do espírito, o que constitui a precípua razão de ser da Gnoseologia, 
ou, mais genericamente, da Ontognoseologia, bem como das ciências nos distintos campos particulares em que se desenvolvem as suas estruturas e linguagem,tal como é estudado pela Lógica.
Preconceitos: ciência e filosofia
Um é querer que a Filosofia seja apenas um reflexo das ciências; e o outro é pensar que a Filosofia possui maior dignidade do que as próprias ciências
 Este problema da dignidade da Ciência com referência à Filosofia não tem sentido.
 Cada qual possui em sua esfera a sua valia. 
Não existe uma hierarquia de mérito entre o cientista e o filósofo. 
A Filosofia abrange a Ciência, para criticá-la; mas isto não quer dizer que seja superior, como valia, à própria ciência que também se revela autônoma. São campos de indagação distintos,
Filosofia não é uma ancilla scientiae, nem tampouco a ciência é algo de subordinado à Filosofia. 
São, ao contrário, conhecimentos que marcham em mútua dependência, de tal sorte que não nos é possível filosofar em nossa época com abstração ou desconhecimento total dos resultados da Ciência contemporânea. 
Conceber uma Filosofia destacada do meio histórico e cultural a que pertencemos é algo de absurdo. 
A Filosofia está sempre condicionada a uma situação histórica, embora haja problemas filosóficos que transcendem às contingências sociais e históricas mesmas.
A Filosofia apresenta-se, pois, como o exame crítico das condições de certeza das próprias ciências: das ciências, em sua universalidade, como produtos do espírito, o que constitui a precípua razão de ser da Gnoseologia, 
ou, mais genericamente, da Ontognoseologia, bem como das ciências nos distintos campos particulares em que se desenvolvem as suas estruturas e linguagem,tal como é estudado pela Lógica.
Ética
Qual o outro problema da Filosofia que a ciência positiva não resolve, nem está em condições de resolver? É o problema da conduta ou do valor da ação humana.
o problema do valor da conduta ou do valor da ação, do bem a ser realizado, que constitui capítulo do estudo denominado Ética.
A atitude do homem perante o homem e o mundo, e a projeção dessa atitude como atividade social e histórica, eis o tema nuclear e até mesmo dominante da Filosofia.
Que éque posso conhecer? Como é dado ao homem certificar-se da verdade das ciências e dos poderes e limites do entendimento e da razão? 
Para responder a tais perguntas Immanuel Kant escreveu uma obra fundamental no pensamento moderno, a Crítica da Razão Pura(1781, 2ª ed. com modificações em 1787).
Crítica da Razão Prática (1788), destinado a responder a esta outra perquirição; —Que devo eu fazer? Como devo comportar-me como homem?
Uma terceira obra fundamental foi escrita por Kant, formandouma trilogia, a Crítica do Juízo (1791), a qual corresponde às
perguntas: — Qual a finalidade da natureza? Qual o destino das
coisas ? qual o destino do homem? Ou, em outras palavras: — Qual o sentido último do universo e da existência humana?
É por ter escrito essas três obras, buscando os pressupostos da "razão", da "vontade" e do "sentimento", que a Filosofia de Kant se chama criticismo transcendental, e o filósofo é geralmente apontado como sendo o "filósofo das três críticas".
Criticar significa
Criticar significa indagar das raízes de um problema, daquilo que condiciona, lógica, axiológica ou historicamente, esse mesmo problema. Toda vez que indagamos dos pressupostos ou das razões de legitimidade ou da validez de algo, estamos fazendo sua "crítica".
O Direito,
O Direito, como experiência humana, situa-se no plano da Ética, referindo-se a toda a problemática da conduta humana subordinada a normas de caráter obrigatório.
Axiologia
Segundo o prisma dos valores dominantes, a Axiologia se manifesta, pois, como Ética, Estética, Filosofia da Religião etc.
toda especulação filosófica é necessariamente crítica, e que criticar implica valorar, apreciar algo sob prisma de valor, chegaremos à conclusão de que, nesse sentido especial ou a essa luz, a Filosofia é Axiologia.
que se refere, por exemplo, à Filosofia do Direito
o seu problema nuclear é o do valor do justo, de que cuida a Deontologia jurídica; 
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mas o estudo desta matéria envolve também a prévia determinação da consistência da realidade jurídica, suscitando
questões relativas às estruturas dos juízos jurídico-normativos, assim como ao processo histórico de objetivação das exigências axiológicas no plano da experiência humana.

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