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OS SOFISTAS E SÓCRATES

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OS SOFISTAS E SÓCRATES:O HUMANO COMO TEMA E PROBLEMA
FILOSOFIA
Nadia Gadelha
O contexto sóciopolítico de Atenas
Exigia do cidadão o domínio da linguagem, o diálogo, a discussão rompem com a violência, o uso da força e do medo, na medida em que, em princípio, todos os falantes têm no diálogo os mesmos direitos(isegoria):
A razão se sobrepõe à força,
interrogar, questionar, contra-argumentar. A razão se sobrepõe à força, é uma forma de controlar o exercício do poder. 
A linguagem
A linguagem precisa ser racional, as discussões pressupõem a apresentação de justificativas, de argumentos, sendo abertas à interpelação, ao questionamento. 
 
O surgimento da filosofia
Corresponde portanto, à busca de bases para essa discussão legítima, tais como: o que é a verdade Quais os princípios da razão? Com base em que critérios se pode justificar aquilo que se diz? É neste sentido que podemos entender o contexto histórico e político do discurso filosófico, da filosofia, que encontra seu apogeu nos sécs. V-IV a. C.
Império da intelectualidade
Arte, História, Ciências, política, literatura,medicina....... E filosofia.	Uma fase progressiva de transição em que muitos elementos da tradição anterior, aristocrática, mitológica, religiosa, permanecem no discurso filosófico, na literatura e até mesmo nas formulações científicas.
Os sofistas 
Os sofistas são os mestres de retórica e oratória, muitas vezes mestres itinerantes.Não forma uma escola e sim desenvolvem uma prática. 
Uma paideia
Uma paideia, um ensinamento, uma formação pela qual os sofistas foram responsáveis, consistindo numa forma de preparação do cidadão para a participação na vida política. Sua função, e sua prática, se reflete na forte oposição que sofreram por parte de Sócrates, Platão e Aristóteles.
Os principais e mais conhecidos
Górgias de Leontino(c.487-380)
Protágoras de Abdera(c. 490-421)
Hípias de Élis, Licofron,Pródicos e Trasímaco.
Desses os mais importantes:Protágoras e Górgias
OS SOFISTAS OU A ARTE DE ENSINAR
SOFISTAS: Fundadores da pedagogia democrática, mestres da arte da educação do cidadão.
Arte não é ciência, pois os sofistas se apresentavam como técnicos e professores de técnicas e não como filósofos.
A sofística não designa uma doutrina e sim um modo de ensinar.
Que é um sofista?
Prática de ensinar para transmitir um saber mais a perícia em algum ofício ou em alguma atividade.
Sophya : uma qualidade intelectual ou espiritual em um dado ofício ou habilidade.
Que ensinavam os sofistas?
Os sofistas eram peritos numa arte necessária aos membros de uma democracia: a arte da palavra.
Os sofistas ensinavam a arte de argumentar e persuadir, decisiva para quem exerce a cidadania numa democracia direta, em que as discussões e decisões são feitas em público e nas quais vence quem melhor souber persuadir.
nómos e phýsis
Os sofistas introduziram em Atenas o ardor pela dialética e pela retórica.
Quanto à pretensão da filosofia de conhecer a verdade última das coisas os sofistas têm dúvidas. Quanto as discussões sobre a diferença entre nómos (a convenção que depende de uma decisão humana) e phýsis ( a natureza, cuja ordem necessáriaindepende da ação humana)
Perguntas e propostas sobre phýsis e nómos
Os costumes e as crenças sobre o bem, o justo e o verdadeiro são phýsis ou nómos? São nómos. A moral e convenção.
As leis
 leis não escritas, codificadas para o bom uso e as normas do Direito, são phýsis ou nómos.?
São nómos. A justiça é convenção.
A retórica (tékhne rhetoriké)
A retórica é a arte de persuadir oferecendo os lógoi, isto é, as razões ou os argumentos e definições de uma coisa, tendo como base não o que a coisa seria em si mesma ou por natureza (phýsys), mas tal como ela nos parece e nos aparece e tal como nos será útil.
A retórica
Parte de nossas opiniões sobre as coisas e nos ensina a persuadir os outros de que nossa opiniãoé a melhor. A arte da persuasão opera com o pressuposto de que as opiniões (dóxai), porque são opiniões, são conflitantes e contrárias e, 
dialética
portanto, para realizar-se, a persuasão precisa da dialética , isto é do confronto de argumentos contrários, os dissói lógoi.
A retórica, arte da persuasão, apóia-se na dialética, arte da dsicussão.
Protágoras de Abdera(o humanismo e o relativismo)
“ de todas as coisas o homem é a medida”.
As coisas ou não são conforme os humanos as façam ser ou não ser, ou digam que elas são ou não são segundo nómos.
As coisas, 
As coisas são como nos parecem ser, como se mostram à nossa percepção sensorial, e não temos nenhum critério para decidir essa questão. Portanto, nosso conhecimento depende sempre das circunstâncias em que nos encontramos e pode, por isso, mesmo, variar de acordo com a situação. 
Protágoras
Protágoras aproxima-se assim bastante dos mobilistas, de;e afasta-se da visão eleática de uma verdade única.essa concepção de natureza humana e do conhecimento está subjacente à visão política de Protágoras e a seu recurso à retórica e à dialética enquanto arte ou técnica do discurso
manipuladores da opinião?
Os sofistas como Protágoras não eram mero manipuladores da opinião, mestres sem escrúpulos que vendiam suas habilidades retóricas a quem pagasse mais, 
mas, ao contrário
mas, ao contrário, acreditavam não haver nenhuma outra instância além da opinião a que pudesse recorrer para as decisões na vida prática, as quais deveriam ser tomadas com base na persuasão a fim de produzir um consenso em relação às questões políticas.. 
Numa discussão na Assembléia
Numa discussão na Assembléia ninguém detinha a verdade em um sentido completo e absoluto, simplesmente porque isso não seria possível; mas todos tinham suas razões, seus interesses, seus objetivos, para que se pudesse produzir um consenso, e era para esse fim que a retórica e a dialética deveriam contribuir.
A política: a arte moderadora dos conflitos
Essa técnica moderadora, é instituidora da lei ou do nómos.Se a justiça é o equilibrio de forças e a reparação de faltas somente a política é capaz de conciliar, em cada cidade, o nómos e a dike, isto é, a lei e a justiça.
O homem é a medida da realidade: o que isso significa?
O homem é a medida da realidade não significa, portanto, que o homem tem o poder total para fazer as coisas ser ou não ser, mas tem o poder pleno para decidir o omque elas são ou que elas deve ser e quais não deverão passar à existência. 
Não há um saber universal necessário sobre as coisas
Não há verdade, apenas opiniões verdadeiras em movimento e as técnicas nascidas da experiência e da observação para uso e a ação dos homens.
A arte retórica e a arte política devem persuadir –nos de quais são as melhores verdades e as melhores técnicas para cada cidade.
Górgias de Leontini
“Não posso, pela palavra, dizer coisas: pela palavra, digo palavras e não coisas.Portanto, mesmo que o ser seja e possa ser pensado, não pode ser dito ou comunicado. Comunicamos opiniões sobre as coisas dadas pelos sentido, não comunicamos coisas, seres. 
O que Górgias afirma é:
Podemos pensar o inexistente e dizer o inexistente, que o pensamento pode pensar irrealidades e a linguagem pode dizer irrealidades, e que em contrapartida, não é necessário e inevitável que a realidade pode ser pensada (conhecida) e comunicada (proferida).
Uma nova areté é a cidadania
e se a educação visa à formação do cidadão virtuoso, os sofistas se apresentavam como professores de areté ou, ou como professores da virtude.

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