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ATIVIDADE 1 IDEN SURDA Estêfane Borges

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Universidade Federal do Piauí – UFPI
Centro de Educação Aberta e a Distância – CEAD 
Licenciatura plena em Letras Inglês
Disciplina: Língua Brasileira de Sinais 
Professor(a): Esp. Anesio Marreiros
Aluno(a):Estêfane de Sousa Borges Matrícula: 20179114085
Tutor(a): João de Deus Data: 16/04/2018
Polo: Picos
	
ATIVIDADE 1
ESTUDO DIRIGIDO
A pesquisadora Perlin, 1998, em sua pesquisa de mestrado obteve o seguinte relato de uma mulher surda de 25 anos: “Aquilo no momento do meu encontro com os outros surdos era o igual que eu queria, tinha a comunicação que eu queria aquilo que identificavam eles identificava a mim também, e fazia ser eu mesma, igual”. Com base nesse e em outros depoimentos a autora afirma que o encontro surdo-surdo é essencial para a construção da identidade surda. Discorra sobre essa afirmação.
O encontro surdo-surdo é onde ele se sente à vontade, pois não há diferença de comunicação entre os mesmos, fala a mesma língua. É muito comum hoje em dia vermos surdos excluídos do meio social, por as pessoas não entender a sua forma de se comunicar.
Para Perlin, 1998, não existe uma única identidade, mas múltiplas identidades, que se transformam que não são fixas, imóveis, estáticas ou permanentes. Entre as inúmeras identidades surdas a autora cita algumas. São elas: 
Identidade surdas;
Identidades surdas híbridas;
Identidades surdas de transição
Identidades surdas incompletas
Identidades surdas flutuantes
Explique as principais características de cada uma das identidades acima citadas.
 Identidade surdas é um grupo de surdos que fazem uso da língua de sinais e de sua experiência visual propriamente dita, são aqueles que valorizam o contato com outros surdos, construindo assim sua identidade política e seu espaço-visual.
Identidades surdas híbridas são os surdos que nasceram ouvintes, e com o tempo se tornaram surdos. Conhecem a estrutura do português falado e usam-no como língua, possuindo sempre duas línguas. 
Identidades Surdas de transição é o grupo de surdos que foram inicialmente educados sob a ótica da cultura ouvinte e que passaram para a comunidade surda, quase todos os surdos passam pelo período de transição, já que a maioria possuem pais ouvintes.
Identidades surdas incompletas é o grupo de surdos que vivem sob ideologia ouvintista que trabalha para socializar os surdos de maneira compatível com a cultura dominante.
Identidade surdas flutuantes é o grupo de surdos que rejeitam a cultura surda, que não se aceitam como surdos, querendo ser ouvintizados a todo custo, não existindo assim um compromisso com a comunidade surda.
“O surdo tem diferença e, não, deficiência [...] o que importa é como assumimos o sujeito surdo” (PERLIN, 1998, p. 56). Percebemos na fala da pesquisadora um claro posicionamento contra a ideia da surdez enquanto patologia em favor da ideia da surdez enquanto diferença. Aponte as principais diferenças entre essas duas visões da surdez. 
A primeira visão é clínico-terapêutica que entende a surdez como patologia, visando a medicalização, o tratamento, a normalização do surdo e os trata de forma assistencialista. A segunda visão é sócio antropológica, que entende a surdez como uma experiência visual, uma forma distinta de perceber o mundo, que tem uma maneira diferenciada de construir a realidade histórica, política e social.
Ao discutir sobre as identidades surdas a autora Perlim, 1998, afirma que a educação, no hegemônico paradigma ouvinte, produziu “verdades” prejudiciais aos estudantes surdos pertencentes a minorias. Ela afirma ainda que o ouvintismo “é uma forma atual de continuar o colonialismo”. (PERLIN, 1998, p. 52). Aponte alguns argumentos que justifiquem a afirmação da autora no que concerne à educação dos surdos e às dificuldades que estes enfrentam numa sociedade majoritariamente ouvinte. 
As condutas atribuídas aos surdos, não teriam sua origem na surdez e sim nas dificuldades de comunicação que o surdo historicamente 	enfrentou, e ainda hoje continua enfrentando. E com isso quando o surdo não consegue aprender a modalidade escrita da língua portuguesa, e até 	mesmo a modalidade oral, de acordo com o que se espera dele, se projetam sobre ele as dificuldades do processo sem se considerar que entre os alunos surdos e professores ouvintes nunca, ou 	quase nunca, existe uma língua compartilhada e mesmo quando há, 	ela se apresenta como uma hemilíngua, uma superposição de línguas, o que complica ainda mais o processo de ensino/aprendizagem.

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