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Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira Engenharia Elétrica Prof. MSc. Aurélio Luiz Magalhães Coelho BAC006 – ELETRICIDADE 2 Semestre - 2014 Aula 4 – Circuitos Série e Parelo 1. Conceitos de Circuitos Como os elementos de um circuito elétrico podem ser conectados em diferentes modos, precisamos compreender alguns conceitos básicos sobre topologias de circuitos. Tais elementos incluem: Ramo: representa um componente simples, tal como um resistor ou outro elemento; Nó: é um ponto de conexão entre dois ou mais ramos. O nó engloba todos os pontos de mesmo potencial; Loop: é qualquer caminho fechado em um circuito. 1. Conceitos de Circuitos 1. Conceitos de Circuitos Dois ou mais elementos estão em série se eles compartilharem exclusivamente um único nó e, consequentemente, são percorridos pela mesma corrente; Dois um mais elementos estão em paralelo se eles estiverem conectados aos mesmos dois nós e, consequentemente, tiverem a mesma tensão entre eles. 1. Conceitos de Circuitos Se considerarmos o fio como um condutor ideal a diferença de potencial V entre os terminais do resistor será igual à tensão aplicada pela bateria. Por convenção, o sentido do fluxo convencional da corrente como indicado na figura, é oposto ao fluxo de elétrons. 1. Conceitos de Circuitos Pelo sentido convencional temos: Um aumento de potencial ao atravessar a bateria de – para +; Uma queda de potencial ao atravessar o resistor de + para –. 1. Conceitos de Circuitos Um circuito consiste de um número qualquer de elementos unidos por seus terminais, estabelecendo pelo menos um caminho fechado através do qual o fluxo possa fluir; Duas configurações básicas para circuitos, série e a paralela, constituem a essência de circuitos mais complexos. 2. Circuitos em Série Dois elementos estão em série se: O ponto comum entre os dois elementos não está conectado a outro elemento percorrido por corrente. Os resistores R1 e R2 estão em série porque possuem apenas o ponto “b” em comum. 2. Circuitos em Série Diz-se que dois elementos estão o em série se eles compartilharem exclusivamente um único ponto e, consequentemente, transportarem a mesma corrente. Os resistores R1 e R2 estão em série porque possuem apenas o ponto “b” em comum. 2. Circuitos em Série Os resistores R1 e R2 não estão em série porque o ponto comum entre os dois elementos está conectado a outro elemento percorrido por corrente (R3). 2. Circuitos em Série Exemplo de um circuito com nenhum resistor em série Exemplo de um circuito com dois resistores em série 2. Circuitos em Série Em um circuito série a corrente é a mesma através dos elementos resistivos que o compõem. 2. Circuitos em Série A resistência total ou resistência equivalente de resistores conectados em série é a soma das resistências individuais. S T V I R 1 2T NR R R R SP VI 1 2 NS R R R P P P P Num circuito série, a potência fornecida pela fonte é igual a soma da potência dissipada em cada um dos resistores 2. Circuitos em Série 1) Para o circuito determine a resistência total, a corrente fornecida pela fonte, a queda de tensão nos resistores, a potência dissipada em cada resistor e a potencia fornecida pela fonte. Resposta: Req = 8Ω; I = 2,5A; V1=5V; V2=2,5V; V3=12,5V; PR1 = 12,5W; PR2 = 6,25W; PR3=31,25W; PF=60W EXEMPLO: 2. Circuitos em Série EXEMPLO: 2) Dado RT e I, calcule R1 e E para o circuito dado: Resposta: R1 = 2kΩ; V1=12V; V2=24V; V3=36V; E=72V 3. Fontes de Tensão em Série As fontes de tensão podem ser conectadas em série, para aumentar ou diminuir a tensão total aplicada a um sistema; A tensão resultante é determinada somando-se as tensões das fontes de mesma polaridade e subtraindo-se as de polaridade oposta. 4. Lei de Kirchhoff para Tensão A Lei de Kirchhoff afirma que a soma algébrica das elevações e quedas de potencial em uma malha fechada é zero. 1 2 0E V V 1 2E V V elevacoes quedasV V 4. Lei de Kirchhoff para Tensão A tensão aplicada a um circuito em série é igual à soma das quedas de tensão nos elementos em série; A aplicação da Lei de Kirchhoff não precisa seguir um caminho que inclua elementos percorridos por corrente. Loop 1 +8-12+Vx= 0 Vx = 4 V Loop 2 +12-8-Vx= 0 Vx = 4 V 4. Lei de Kirchhoff para Tensão 1) Determine as tensões desconhecidas nos circuitos: EXEMPLO: +9-16+ V1 +4,2 =0 V1 = 2,8 V ou +16-9-4,2-V1=0 V1 = 2,8 V +6+14-Vx=0 Vx = 20 V ou -12+32-Vx=0 Vx =20 V 2) Determine V1 e V2 para o circuito mostrado. 4. Lei de Kirchhoff para Tensão Loop 1 -25+ V1 -15 = 0 V1 = 40 V Loop 2 + V2 + 20 = 0 V2 = -20 V 3) Usando a Lei de Kirchhoff das tensões, determine a tensão desconhecida para o circuito: 4. Lei de Kirchhoff para Tensão Loop 1 +60 + 30 - Vx - 40 = 0 Vx = 50 V Loop 2 + Vx – 30 – 60 + 40 = 0 Vx = 50 V 4) Para o circuito determine a resistência total, a corrente fornecida pela fonte, a queda de tensão nos resistores, a potência dissipada em cada resistor e a potencia fornecida pela fonte. Resposta: Req = 10Ω; I = 2A; V1=8V; V2=12V; PR1 = 16W; PR2 = 24W; PF = 40W 4. Lei de Kirchhoff para Tensão Elementos de circuitos em série podem ser intercambiados sem que a resistência total, a corrente que circula e a potência consumida pelos diferentes elementos sejam afetados. 5. Elementos em Série 1) Encontre a corrente e as tensões em cada resistor. Resposta: I=0,3A, V1=3V, V2=4,5V, V3=-1,8V, V4=2,4V, V5=-3,3V e Vab=5,7V VER RESOLUÇÃO A SEGUIR EXEMPLO: 5. Elementos em Série 5. Elementos em Série Resolução do Exercício: Req = 10+15+6+8+11 = 50 Ω Eeq=12-5+8 = 15 V I = Eeq/ Req = 0,3 A V1=10*0,3 = 3 A V2=15*0.3=4,5 V V3= -6*0,3 = -1,8 V V4 = 8*0,3 =2,4 V V5= -11*0,3 =-3,3 V 5. Elementos em Série Resolução do Exercício: Para encontrar Vab temos que adotar o sentido da corrente de a para b: Isso pode ser feito de duas maneiras: Primeiro caso (muda o sentido da corrente de a para b): -V1 + 12 + V5 = Vab -3+ 12 + (-3,3) = Vab Vab = 5,7 V 5. Elementos em Série Resolução do Exercício: Para encontrar Vab temos que adotar o sentido da corrente de a para b: Isso pode ser feito de duas maneiras: Segundo caso (mantém o sentido da corrente) V2 + 5 - V3 + V4 - 8= Vab 4,5+5-(-1,8)+2,4-8=Vab Vab = 5,7V A tensão entre os terminais dos elementos resistivos divide-se na mesma proporção que os valores de resistência; A razão entre os valores das resistências determina a divisão da tensão em um circuito CC em série. 6. Divisores de Tensão Regra dos divisores de tensão: 1 2TR R R T E I R 1 1 1 T R E V IR R 2 2 2 T R E V IR R x x T R E V R 6. Divisores de Tensão 1) Utilizando a regra dos divisores de tensão determine a tensão V1 para o circuito em série. EXEMPLO: 6. Divisores de Tensão V1 = (E. R1)/(R1 + R2 ) V1 = (64. 20)/(20 + 60 ) V1 = (1280)/(80) V1 = 16 V V2 = (E. R2)/(R1 + R2 ) V2 = (64. 60)/(20+ 60 ) V2 = (3840)/(80) V2 = 48 V 2) Utilizando a regra dos divisores de tensão determine a tensão V1 e V3 para o circuito em série. 6. Divisores de Tensão V1 = (E. R1)/(R1 + R2 + R3 ) V1 = (45. 2k)/(2k + 5k +8k ) V1 = (90k)/(15k) V1 = 6 V V2 = (E. R1)/(R1 + R2 + R3 ) V2 = (45. 8k)/(2k + 5k +8k ) V2 = (360k)/(15k) V2 = 24 V V3 = (E. R3)/(R1 + R2 + R3 ) V3 = (45. 5k)/(2k + 5k +8k ) V3 = (225k)/(15k) V3 = 15 V Os sistemas elétricos e eletrônicos são aterrados por razões de segurança e para fins de referência. 7. Fontes de Tensão e Terra A tensão Vab é a tensão no ponto a em relação ao ponto b. Vab será positivo se o ponto “a” tem um potencial maior que o ponto “b”; Vab será negativo se o ponto “b” tem um potencial maior que o ponto “a”. ab a bV V V 8. Duplo Índice Inferior O índice inferior único indica um ponto em relação ao referencial terra. 9. Índice Inferior Único Diz-se que dois resistores estão em paralelo se eles compartilharem os dois mesmos nós e, consequentemente, tiverem a mesma tensão entre eles. 10. Circuitos em Paralelo O formato retangular das conexões não descaracteriza a ligação em paralelo dos componentes. 10. Circuitos em Paralelo Para resistores em paralelo, a condutância total é a soma das condutância individuais. 1 2T NG G G G 10. Circuitos em Paralelo 1 2 1 1 1 1 T NR R R R 1G R A resistência total de um conjunto de resistores em paralelo é sempre menor que a do resistor de menor resistência. 10. Circuitos em Paralelo Para circuitos em paralelo com apenas uma fonte, a corrente fornecida pela fonte é igual à soma das correntes em cada um dos ramos do circuito. 1 2SI I I I Para circuitos em paralelo com apenas uma fonte, cada ramo do circuito tem a mesma tensão da fonte. 1 2E V V V 10. Circuitos em Paralelo 1 2E V V 1 1 1 1 V E I R R 1 2 1 1 1 T E E R R R 1 2sI I I 10. Circuitos em Paralelo 1) Determine a resistência equivalente dos circuitos: EXEMPLO: 10. Circuitos em Paralelo Req = 1,0526 Ω Req = 1,4286 Ω Req = 4 Ω Req = 0,5 Ω A resistência total referente a dois resistores em paralelo é o produto das duas resistência dividido pela sua soma. 1 2 1 2 T R R R R R Elementos em paralelo podem ser intercambiados sem alterar a resistência total ou a corrente total. 10. Circuitos em Paralelo A Lei de Kirchhoff para Corrente afirma que a soma algébrica das correntes que entram e a soma das que saem de uma região, sistema ou nó é igual a zero. entram saemI I 11. Lei de Kirchhoff para Corrente entram saemI I A aplicação mais comum da Lei de Kirchhoff será em junções de dois ou mais caminhos para a corrente. 6 2 4A A A 11. Lei de Kirchhoff para Corrente 1) Determine as correntes I3 e I4 no circuito usando a lei de Kirchhoff para corrente. EXEMPLO: 11. Lei de Kirchhoff para Corrente Em “ a” : I2 + I1 -I3 = 0 I3 = I2 + I1 I3 = 5A Em “ b” : I3 + I5 -I4 = 0 I4 = I3 + I5 I4 = 6A 1) Determine as correntes I1 , I3, I4 e I5 para o circuito usando a lei de Kirchhoff para corrente. 11. Lei de Kirchhoff para Corrente 11. Lei de Kirchhoff para Corrente Na analise de circuitos, muitas vezes nos deparamos com um circuito paralelo e desejamos saber a corrente que flui para um determinado ramo; Uma regra pratica para se determinar essa corrente sem se calcular a tensão nos nós e o que chamamos de regra do divisor de corrente. 12. Divisores de Corrente Para dois resistores! A regra do divisor de corrente é mais interessante do ponto de vista da condutância. Considere um circuito paralelo com N resistores (e suas respectivas condut^ancias associadas); A condutância equivalente GT , vista pela corrente I, é a soma das condutâncias de cada ramo: 12. Divisores de Corrente 12. Divisores de Corrente 12. Divisores de Corrente 12. Divisores de Corrente 12. Divisores de Corrente 12. Divisores de Corrente Referências 1) Introdução à análise de circuitos. Robert Boylestad, 10ª Edição, Prentice Hall do Brasil. 2) Análise de circuitos. John O‘Malley, 2ª Edição, Makron Books. 3) Notas de Aula dos Professores Clodualdo Venicio de Sousa e Tiago de Sá Ferreira – BAC006 – UNIFEI (ITABIRA). 4) Notas de Aula do Professor Caio Fernandes de Paula – BAC006 – UNIFEI (ITABIRA).
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