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TeratogÊnESE por radiação AYSLANE PATRICIA RIZIA FERREIRA ONÉLIA QUEIROGA o que é a radiação? A radiação consiste na emissão de energia sob a forma de partículas radioativas aceleradas a alta velocidade ou sob a forma de ondas eletromagnéticas. que tipos de radiação existem? Não-ionizantes: Ondas eletromagnéticas que não possuem energia suficiente para separar moléculas ou remover elétrons das células humanas. Estas constituem o espectro eletromagnético em que o ser humano está diariamente em contato. Ionizantes: Partículas ou ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda curtos e frequência elevada, que possuem energia capaz de afetar a estrutura normal da célula tanto direta, como indiretamente. Incluem as partículas alfa, beta, os raios gama e os raios-X. Embora haja uma tendência para se pensar que a radiação ionizante atua diretamente sobre a célula viva, na realidade esta interação é feita a nível atômico, através de um processo denominado ionização. Desta forma, a radiação interage com átomos, que podem modificar moléculas, alterar as células, transformar tecidos, afetar órgãos e que finalmente podem ter repercussões a nível do normal funcionamento do organismo Radiação ionizante As partículas alfa e beta geralmente não representam um risco significativo quando emitidas, visto que o seu potencial de penetração no corpo humano, não ultrapassa as primeiras camadas de pele. Contudo podem ter efeitos adversos quando ingeridas, inaladas ou injetadas. Já os raios gama e os raios-X penetram facilmente os tecidos, causando lesões orgânicas.É este tipo de radiação que mais preocupa os profissionais e pode, se em quantidade suficiente, ser deletéria ou mesmo letal para os seres vivos. Mecanismos em que a radiação pode afetar as células Efeito Direto O efeito direto caracteriza-se pela interação da radiação com os átomos da cadeia da molécula de DNA. Esta interação pode comprometer a capacidade da célula de se reproduzir e, desta forma, sobreviver. Efeito Indireto O efeito indireto caracteriza-se pela interação da radiação com as moléculas de água que compõem a porção maior da célula. Isto causa uma ruptura da molécula de H2O em H e OH (radicais livres de hidrogênio e hidróxido), que ao se combinarem com outros elementos da célula, podem formar compostos tóxicos como o peróxido de hidrogênio (H202) que lesa a célula e contribui para a sua destruição. Regeneração Celular Quando sujeitas a radiação podem ser capazes de se autoreparar e continuar a funcionar normalmente. Todavia, se esta reparação não ocorre ou é feita de maneira incorreta, três possíveis desfechos podem ser esperados: - O dano é tão severo que a célula afetada morre; -Ou a célula ainda mantém a sua capacidade de replicação, mas as células filhas não tem elementos essenciais à sua sobrevivência e morrem; - Ou ainda, a célula adquire uma alteração que perpetua ao longo da sua linhagem celular. Susceptibilidade celular As células não são todas igualmente sensíveis à radiação; As células com maior atividade mitótica estão mais susceptíveis; Os tecidos que têm células com alto grau de proliferação têm maior sensibilidade à radiação; EFEITOS DA EXPOSIÇÃO dosimetria Dose Absorvida: A dose absorvida consiste na quantidade de radiação absorvida por unidade de massa de um meio/material. Dose equivalente: Relaciona a dose absorvida pelo meio, neste caso o tecido humano, com a capacidade de causar dano biológico produzida pelos diferentes tipos de radiação emitida. Dose Efetiva: consiste na soma ponderada da dose equivalente de todos os tecidos irradiados. DE (rem) = DA (rad) x Q efeitos biológicos sobre as células humanas Altas doses (efeitos agudos) Caracteriza-se pela exposição do indivíduo a altas doses de radiação durante reduzidos períodos de tempo, produzindo efeitos a curto prazo. As doses elevadas de radiação normalmente causam a morte celular o que consequentemente tem repercussões a nível do organismo. Sintomas: Náuseas Vômitos Fadiga anorexia (se a dose de radiação não exceder os 150 rad.) até alterações do sistema hematopoiético, coagulopatias alterações gastrointestinais e neurológicas que causam a morte. eritema queimaduras, alopécia esterilidade cataratas efeitos biológicos sobre as células humanas Baixas doses (efeitos crônicos) caracteriza-se pela exposição a baixas doses de radiação por longos períodos de tempo.(19) Os efeitos observados não são imediatos e podem aparecer normalmente 5 a 20 anos após a exposição. Doses baixas alteram as características celulares através da alteração do DNA celular, e assim podem-se observar três tipos de efeitos: Efeitos genéticos Efeitos somáticos Efeito in-utero Efeitos radioativos Efeitos genéticos Resultam da alteração celular sofrida pelas células germinativas que podem ser encontrados na descendência direta ou só passado várias gerações, dependendo dos genes que foram mutados. Efeitos somáticos São primariamente observados no indivíduo exposto. O desenvolvimento de células cancerígenas enquadra-se nesta categoria, de tal maneira, que muitas das vezes este efeito é denominado como carcinogênico. Efeito in-utero Representa um caso especial de efeito somático, pois irradia o embrião que se encontra no abdómen materno. Este efeito é dependente da idade gestacional e da quantidade de radiação a que o feto é exposto. Efeitos da radiação na gravidez Os efeitos da radiação durante a gravidez dividem-se em dois grandes grupos: os teratogênicos e os carcinogênicos. Os efeitos teratogênicos Podem ser variados e dependem de dois grandes fatores: a semana de gestação e o valor da dose efetiva de radiação. Primeira fase de susceptibilidade Representada pelas primeiras duas semanas após a concepção representam a. Neste momento ocorre a implantação do blastocisto na parede uterina. Dose de radiação Efeito 0,1 a 0,5 Nidaçãopoderá não ocorrer >0,5 Alta probabilidadede aborto espontâneo Lei do tudo ou nada Os embriões que sobrevivem e se implantam continuam o seu desenvolvimento normalmente, com um risco de malformações igual ao do embrião não irradiado. Alterações comuns durante as duas primeiras semanas: Clivagem Implantação do blastocisto Cromossomos ( sexuais e autossomos) Síndromes cromossômicas humanas síndrome Parmutante Tipode mutação patau Trissomiado par13 autossômica edwards Trissomiado par 18 autossômica down Trissomiado par 21 autossômica Kleinefelter Trissomiado par 23 sexual Supermulher Trissomiado cromossomoX sexual Superhomem Trissomiado par 23 sexual Turner monossomiado cromossomo X sexual Síndrome de Patau: Malformação em vários órgão Muitos não chegam a nascer Os que nascem geralmente duram 1 mês Existe relatos de portadores que sobreviveram até 10 anos de idade Síndrome de edwards Malformação de vários sistemas Retardo mental Baixa esperança de vida SÍNDROME DE DOWN Aspecto oriental Malformação do coração Problemas na fala Palato mal formado Sindrome de kleinefelter Homem com características sexuais secundarias feminina Infertilidade SÍNDROME SUPER MULHER Estatura elevada Rosto rico em acne Fenotipicamente normal Sindrome super homem Estatura elevada Comportamento agressivo Sindrome de turner Baixa estatura Pescoço alado Infertilidade Segunda fase de susceptibilidade Ocorre entre a terceira semana de gestação e a oitava, em que se inicia a formação dos órgãos do embrião, ou seja, a organogênese. Terceira fase de susceptibilidade Entre a oitava e a décima quinta semana de gestação o embrião incorre num maior risco de atraso mental, uma vez que, é durante este período que se forma o Sistema Nervoso Central. Dose deradiação Efeito 0,1 a 0,2 Malformaçãode órgãos PATOLOGIAS ASSOCIADAS Microcefalia Microftalmia Restrição do crescimento Catarata Acrania Meroencefalia acrania Ausência da caixa craniana Sobrevivem entre 1h e 3 dias ou nascem mortos anencefalia Malformação do tubo neural Ausência parcial do encéfalo e da caixa craniana Microcefalia Tamanho da cabeça menor que o normal Causa oligofrenia microftalmia Redução do bulbo ocular hidrocefalia Acúmulo de líquido cefalorraquidiano na caixa craniana Aumento da pressão intracraniana sobre cérebro Causa lesão no tubo neural, aumento e inchaço do crânio Da décima quinta semana e até ao final da gestação, são necessários valores elevados de radiação para que ocorram alterações no embrião, quase formado.(4, 17, 20) O valor limite de radiação para o aparecimento de alterações passa a ser entre 0,5 e 0,7 Gy. Carcinogênese O risco de carcinogênese é superior no primeiro trimestre do que no segundo e terceiro. Qualquer dose de radiação, por mais baixa que seja pode induzir a formação de células cancerígenas. A neoplasia mais frequente relacionada com a radiação é a leucemia, devido ao rápido turnover de células hematopoiéticas, já que são mais susceptíveis a alterações nas suas moléculas de DNA. REFERÊNCIAS CRUZ,Gonçalo Pereira Rodrigues da. Radiação na Gravidez: Abordagem da mulher Grávida exposta a Radiação Ionizante. ICBAS, Porto, Junho de 2013. D'IPPOLITO, Giuseppe; MEDEIROS, Regina Bitelli. Exames radiológicos na gestação. Radiol Bras, São Paulo , v. 38, n. 6, Dec. 2005 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100 39842005000600013&lng=en&nrm=iso>. Access on 18 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842005000600013. OKUNO, Emico. Efeitos biológicos das radiações ionizantes: acidente radiológico de Goiânia. Estud. av., São Paulo , v. 27, n. 77, 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000100014&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142013000100014. BANDAZHEVSKY, Yuri. Danos causados pelas radiações ionizantes sobre órgãos e sistemas vitais de fetos e crianças pequenas. Estud. av., São Paulo , v. 27, n. 77, 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 20 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142013000100015.
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