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Apostila Redação Publicitária II

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
COMUNICAÇÃO SOCIAL/PUBLICIDADE E PROPAGANDA
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA II - PROF. JÚLIO MARTINS
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA PARA RÁDIO
 Características do Meio
 Vantagens e Desvantagens do Rádio como Veículo de Propaganda em
 relação aos outros meios
	Prós
	Contras
	Grande alcance do meio como um todo;
Fácil acesso do público ao meio e à mensagem;
Baixo custo de veiculação e produção;
Meio dinâmico (informações em tempo real);
Meio intimista (interage com o público);
Meio favorável à segmentação por público e região;
Meio onde a criatividade é ampla (apelo à imaginação).
	O alcance por emissora geralmente é limitado (local);
Meio de pouco impacto;
O tempo de vida da propaganda é curto (em média 30”);
Meio altamente dispersivo;
Meio concentrado (tem que veicular muito);
Não possui apelo visual;
Poucas possibilidades de demonstrar o produto na propaganda;
Volume de informações restrito.
Relação entre Características do Rádio e da Linguagem no Rádio
	Vantagens
	Desvantagens
	Grande alcance do meio como um todo;
Fácil acesso do público ao meio e à mensagem;
Baixo custo de veiculação e produção da propaganda;
Meio dinâmico (grande fluxo de informações em tempo real);
Meio intimista (aproxima-se do público e interage com ele);
Meio onde a criatividade é ampla (forte apelo à imaginação).
Meio favorável à segmentação por público e por região;
	O alcance por emissora geralmente é restrito (local);
Meio de pouco impacto;
O tempo de vida da propaganda é muito curto (em média 30”);
Meio altamente dispersivo;
Meio concentrado (tem que veicular muitas inserções);
Não possui apelo visual;
Poucas possibilidades de demonstrar o produto na propaganda;
Volume de informações limitado no texto da propaganda.
Características da Linguagem no Rádio
Linguagem Simples: Deve-se evitar o uso excessivo de termos técnicos, linguagem muito formal, rebuscada, pois a audiência é heterogênea (o Rádio atinge desde o analfabeto até o mais culto), abrangendo ouvintes com vários níveis de entendimento. 
 Exemplos: 
Errado: “A meteorologia para hoje é de céu encoberto com muitos cirrus cumulus, podendo haver precipitação no final do período.”
Certo: “A previsão do tempo para hoje é de céu com muitas nuvens [ou nublado], podendo chover no final do dia.”
Ordem Direta: O texto no Rádio deve procurar dar uma noção de ordem cronológica de forma que o ouvinte tenha mais facilidade em imaginar as cenas e montar a história na cabeça, evitando, portanto, a ordem indireta (isto é, a inversão dos elementos da oração ou frases entre vírgulas, exceto aposto e vocativo). 
 Exemplos:
Errado: “Chovendo estava quando chegou a moça à sua casa. Esperando por ela estavam os seqüestradores, que pela polícia foram capturados.”
Certo: “Estava chovendo quando a moça chegou à sua casa, onde os seqüestradores a esperavam. Mais tarde, felizmente, a polícia conseguiu capturá-los.”
Períodos Curtos: No Rádio, o texto deve ser bem pontuado, com pausas suficientes para que o locutor possa tomar fôlego durante a leitura. Devem-se evitar, portanto, períodos muito longos, sem pausas.
 Exemplos:
Errado: “Hoje pela manhã, o Exmo. Presidente Luís Inácio Lula da Silva dirigiu-se ao Palácio do Planalto para despachar com um assessor pessoal, o Sr. João Neves, passando toda a manhã em seu gabinete e contrariando as expectativas da multidão de jornalistas que acreditavam que o Sr. Presidente concederia uma entrevista.”
Certo: “O Presidente Lula passou a manhã no Palácio do Planalto, despachando com seu assessor, o Sr. Joãozinho das Couves. Contrariando a expectativa dos jornalistas, o Presidente não concedeu entrevistas.” 
Concisão e Precisão: No texto para Rádio, devemos procurar passar as informações de forma concisa e precisa, evitando redundâncias ou imprecisões na mensagem.
 Exemplos:
Errado: “O dólar subiu hoje devido à instabilidade do mercado asiático, devendo permanecer instável durante todo este período de instabilidade.”
Certo: “O dólar subiu hoje devido a oscilações no mercado asiático. Deverá permanecer instável enquanto as montadoras de automóveis não fixarem seus preços.” [ou por tempo indeterminado.] 
Necessidade de Leitura Prévia: O redator deve ler aquilo que redigiu antes de enviá-lo para a Rádio ou para a produtora, para evitar rimas (que produzem ecos), cacofonias (combinações sonoras desagradáveis), uso excessivo ou inadequado de gírias, barbarismos ou estrangeirismos (uso desnecessário de termos estrangeiros) e outros vícios de linguagem.
 Exemplos:
Errado: “O sol estava quente, deixando muita gente doente.” (Rima)
Certo: “As altas temperaturas durante todo o dia fizeram com que muitos adoecessem.” 
Outros Exemplos:
“Dê uma mão a ele.” (cacofonia)
“A boca dela é carnuda.” (cacofonia)
“Entrar para dentro” (redundância ou pleonasmo vicioso)
“Sair para fora.” (idem)
“Descer para baixo.” (idem)
“Subir para cima.” (idem)
“Enfrentar de frente.” (idem)
“As senhoras do high society acham que o novo business center é um must” (barbarismos)
O TEXTO PUBLICITÁRIO NO RÁDIO
Tipos de peças publicitárias para Rádio:
 Jingle
 Mensagem publicitária para Rádio na forma de música, em que se cantam os benefícios da marca. O jingle facilita a transmissão da informação e favorece a memorização da mensagem.
 Spot
 Texto falado/interpretado por locutores e/ou atores, eventualmente acompanhados por efeitos sonoros e mesmo alguma música.
Mensagem publicitária de rádio, feita por uma locução(*) simples ou mista (duas ou mais vozes), com ou sem efeitos sonoros e uma música de fundo (BG**).
(*) Locução: texto falado por locutor ou intérprete para comerciais de Rádio, televisão e Cinema. Ato de realizar a gravação desse texto.
(**) Locução em OFF: texto de comercial interpretado por locutor / intérprete que não se vê em cena. Locução feita por baixo da cena que se vê em um comercial, ou seja, a pessoa que fala não aparece.
(**) BG (Background): som ou música ao fundo de uma locução numa propaganda de Rádio ou TV. 
A tendência do spot é transformar informação (briefing) em situação, em um contexto criativo (historinha). Sua vantagem é que, por meio dessa situação criativa, o spot chama a atenção e desperta o interesse do público, facilitando a transmissão e a assimilação de um volume considerável de informações.
 Texto-Foguete
 Pequena locução publicitária (5” a 10”) feita durante a transmissão de programação (geralmente eventos esportivos ou musicais de Rádio), muitas vezes vinculada a ações promocionais. É uma espécie de minispot. 
 “Spingle”
Meio spot, meio jingle. Propaganda para rádio em que uma parte corresponde a um jingle (no início ou no fim da veiculação), que é sucedido ou precedido por uma ou mais locuções típicas de um spot.
 TÉCNICAS PARA A REDAÇÃO DE ROTEIROS DE SPOTS
 Os roteiros para spots geralmente têm duração de 15”, 30” ou mais (menos comum). Para que este tempo seja melhor calculado no roteiro e para facilitar a gravação para o(s) locutor(es), devemos observar algumas dicas:
Escreva as palavras por extenso no texto do roteiro, principalmente quando a forma escrita é diferente da falada.
Valores numéricos extensos:
Ex.1: R$ 17.593.412,35 = Dezessete milhões, quinhentos e noventa e três mil, quatrocentos e doze reais e trinta e cinco centavos.
Ex.2: US$ 35,474,298.57 = Trinta e cinco milhões, quatrocentos e setenta e quatro mil, duzentos e noventa e oito dólares e cinqüenta e sete centavos.
b) Tempo:
Ex.: 3:47:59:28 = Três horas, quarenta e sete minutos, cinqüenta e nove segundos e vinte e oito décimos.
Ex.: 2’19”25”’ = Dois minutos, dezenove segundos e vinte e cinco décimos.
c) Siglas e abreviações desconhecidas ou pronunciadas diferentementeda forma escrita:
Exs.: 
“Os E.U.A. são a maior potência do mundo” = “Os Estados Unidos são a maior potência do mundo.”
“O Estado do RJ fica na região SE.” = “O Estado do Rio de Janeiro fica na região Sudeste.”
200g = duzentos gramas
Obs.: Exceções para siglas e abreviaturas já consagradas ou pronunciadas da forma como se escreve. Exs.: IBGE, INSS, CCAA etc.
d) Números de telefones e de endereços:
Ex.: “Ligue pra AMIL. DOIS – DOIS – UM – MIL”
“Faculdade CCAA. Telefone: DOIS – UM – CINCO – MEIA – CINCO MIL”
“Sorveteria Iglu. Praça das Nações, dois mil, duzentos e quarenta e sete.”
2. Palavras estrangeiras pouco conhecidas devem vir com a pronúncia entre colchetes [ ].
Exs.: “Venha conhecer o Restaurante Strawberry [istróbéri], no Shopping Cittá America [tchitá américa]”.
3. Todo o texto a ser narrado pelos locutores deve vir entre aspas.
Procure diferenciar os locutores (sempre que houver mais de um) através de nomes ou apelidos.
Ex.:	Homem: “Toda vez que eu chego em casa, sinto cheiro de queimado...”
 	Mulher: “É que você sempre chega atrasado para o jantar!”
Obs.: Não se esquecer da pontuação para indicar a entonação de cada locutor.
Exs.:	“Hoje é feriado.” (afirmação)
 “Hoje é feriado!” (exclamação, alegria)
	“Hoje é feriado?” (indagação, dúvida)
	“Hoje é feriado?!?” (surpresa, incredulidade)
 “Hoje é feriado...” (sugestivo, reticente)
4. Indicar o perfil dos personagens ou tipos de vozes / entonação dos locutores 
Isso deve ser feito antes das respectivas falas ou através de uma espécie de legenda ou “ficha técnica” antes do texto do roteiro.
Ex.:	(Legenda:)
LOC 1 = narrador (homem), cerca de 40 anos, voz séria e contundente
	LOC 2 = mulher, cerca de 25 anos, voz calma e suave
	LOC 3 = criança (menino), cerca de 6 anos, voz chorosa
	(Roteiro:)
	LOC 3: “Manhê, eu tô com fome!!!”
	LOC 2: “Calma, meu filho, com Miojo é rapidinho...”
	LOC 1: “Com Miojo, seu filho não morre de fome.”
Obs.1: Se ao longo do roteiro houver alguma alteração no perfil dos locutores com relação ao que está descrito na legenda, essa alteração pode ser indicada entre parêntesis antes da fala em que ela ocorrerá.
Exemplo: Mulher (voz histérica, brigando com o filho): “Eu não agüento mais essa criança, desse jeito vou enlouquecer!”
Obs.2: No caso de locutores famosos (atores, celebridades etc.), se houver necessidade de compor um personagem, deve-se indicar o seu perfil. Caso contrário, o locutor fica livre para “emprestar” sua própria personalidade às locuções.
5. Devemos indicar a trilha sonora, música de fundo, sonoplastia / efeitos sonoros etc., e sua duração entre parêntesis.
Exemplos:
Técnica: Som do mar quebrando nas pedras (3”).
O spot começa com trecho instrumental do tema do filme Titanic (5”) Música desce BG (ou BG↓) 
Loc.1 (voz masculina, cerca de 30 anos, num tom romântico): “Dê flores a quem você ama”.
Nomenclatura técnica: 
BG = Background (ao fundo da locução, isto é, neste caso, criou-se um fundo musical para acompanhar a locução).
Desce BG (ou BG↓) = Volume diminui e fica baixo.
Sobe BG = Volume, que estava baixo, aumenta ate o nível normal.
em BG = Música ou sonoplastia sendo executada em volume baixo.
Off = Volume zera. (Ex.: Trilha off).
Fade out = Volume vai diminuindo gradativamente, até zerar.
Fade in = Volume começa a subir do zero e vai aumentando gradativamente.
6. O texto do spot deve ser lido pausadamente e ser cronometrado
Isso deve ser feito antes que o texto seja enviado para o(s) locutor(es) ou para a produção, deixando uma margem de 2” a 4”, em média, para evitar que a gravação ultrapasse o tempo estipulado para veiculação.
OBS.: OS MODELOS DE ROTEIROS PARA SPOTS SERÃO ENSINADOS EM AULA.
REDAÇÃO PUBLICITÁRIA PARA TELEVISÃO
Características do Meio
 Vantagens e Desvantagens da Televisão como Veículo de Propaganda com relação aos outros meios
	Prós
	Contras
	
Meio com grande alcance;
Meio altamente impactante;
Meio dinâmico;
Meio intimista (interage com o público);
Fácil acesso do público ao meio e 
 à mensagem;
Tem apelo visual;
Amplos recursos criativos;
Pode demonstrar o produto em uso;
	
Alto custo de veiculação e produção;
Tempo de vida curto;
Meio altamente dispersivo;
Meio concentrado (tem que veicular muito);
Volume de informações restrito;
Meio com segmentação restrita se comparado aos demais (meio muito massificado).
 
Características da Linguagem na Televisão
1) Linguagem simples:
 O texto para televisão deve primar pela simplicidade, pois, à semelhança do rádio, esse meio possui uma audiência bastante heterogênea, abrangendo desde o analfabeto até o mais culto.
Exemplo errado: "Enquanto a genitora do morto recebia as condolências, os agentes da lei protegiam o ataúde do colega, porém a causa mortis ainda não foi revelada."
Exemplo certo: "Os policiais protegiam o caixão do colega e a mãe dele recebia os cumprimentos. Ainda não se sabe a causa da morte."
 
2) Ordem direta:
A ordem direta facilita a compreensão da mensagem, além de simplificá-la. Por isso devemos evitar frases intercaladas (entre vírgulas), que demoram a chegar ao ponto principal da mensagem. Além de mais clara e mais objetiva, a mensagem será mais facilmente retida pelo telespectador.
Exemplo errado: "O presidente da Iugoslávia disse que, diante de um ataque iminente das forças da OTAN, o povo iugoslavo deve seguir vida normal."
Exemplo certo: "O presidente da Iugoslávia quer que o povo tenha vida normal, apesar da ameaça de ataque pelas forças da OTAN."
3) Concisão e Precisão:
O texto para TV deve conter frases que usem apenas as palavras necessárias, sem excessos. Se as palavras forem precisas, o texto será naturalmente conciso e transmitirá o essencial, ficando enxuto. Por isso, devemos evitar escrever com muitas palavras o que pode ser dito com poucas, sem prejudicar o sentido.
Exemplo errado: “Hoje pela manhã, o Exmo. Presidente Luís Inácio Lula da Silva dirigiu-se ao Palácio do Planalto para despachar com um assessor pessoal, o Sr. Joãozinho das Couves, passando toda a manhã em seu gabinete, contrariando as expectativas da multidão de jornalistas que acreditavam que o Sr. Presidente concederia uma entrevista.”
Exemplo certo: “O Presidente Lula passou a manhã no Palácio do Planalto, despachando com seu assessor, o Sr. Joãozinho das Couves. Contrariando a expectativa dos jornalistas, o Presidente não concedeu entrevistas.” 
O texto para TV também deve procurar empregar palavras adequadas ao que se quer informar, palavras que não tenham duplo sentido (a não ser quando houver um motivo especial que o justifique). Por isso, devemos escolher a palavra correta e, no caso de usarmos algum termo que possa confundir o telespectador ou deixar a informação vaga, é melhor explicarmos seu sentido.
Exemplo errado: "O filme 'Central do Brasil' ganhou inúmeros prêmios nos vários festivais de cinema nos países europeus" (informação vaga).
Exemplo certo: "O filme 'Central do Brasil' ganhou 12 prêmios nos oito festivais de cinema da Europa durante o ano de 1999."
4) Períodos Curtos: No TV, assim como no Rádio, o texto deve ser bem pontuado, com pausas suficientes para que o locutor ou personagens possam tomar fôlego durante as falas. Devem-se evitar, portanto, períodos muito longos, sem pausas.
Exemplo errado: “O Presidente disse que, apesar do aumento da inflação, o preço dos combustíveis não deverá subir.”
Exemplo certo: “Apesar do aumento da inflação, o Presidente disse que o preço dos combustíveis não deverá subir.”
5) Necessidade de leitura prévia: 
Devemos ler o texto que redigimos para TV antes de enviá-lo para a produção, para evitarmos a presença de rimas/ecos, cacofonias (combinações sonoras desagradáveis) e vícios de linguagem, como os pleonasmos viciosos (redundâncias), ouso excessivo ou indevido de gírias, os barbarismos (excesso de termos estrangeiros) e outros vícios que na forma escrita podem até passas despercebidos, porém no texto narrado ficam bem evidentes.
 
Rimas/ecos:
Exemplo errado: "O cirurgião anunciou que a operação no coração do governador do Maranhão será adiada para depois do verão." (rimas)
Exemplo certo: "O cirurgião Roberto Faria anunciou que a cirurgia cardíaca do governador maranhense, Paulo Gonçalves, será adiada para depois do mês de março."
Cacofonias:
Exemplo errado: "Nunca gaste o que não tens".
Exemplo certo: "Jamais gaste aquilo que você não tem."
Uso inadequado de gírias:
Exemplo errado: "A torcida do Fluminense ficou bolada com a derrota para o Palmeiras."
Exemplo certo: "A torcida do Fluminense ficou indignada [ou revoltada] com a derrota para o time adversário."
Redundância ou Pleonasmo vicioso:
Exemplo errado: “Num momento de crise, é melhor encarar de frente os desafios."
Exemplo certo: “Num momento de crise, é melhor encarar (ou enfrentar) os desafios."
Estrangeirismos ou Barbarismos (uso excessivo ou desnecessário de termos estrangeiros):
Exemplo errado: "Um bando de playboys foi preso num rendez-vous."
Exemplo certo: "Um grupo de jovens da elite foi preso numa baderna."
Etapas para redigir um roteiro para TV ou Cinema
1º Momento: Ideia
Essa ideia pode ser de vários gêneros:
a) selecionada: surge em nossa memória, a partir de nossa vivência pessoal, uma ideia própria.
b) verbalizada: tem como ponto de partida algo que ouvimos, às vezes ao acaso.
c) lida: é a ideia que surge quando estamos lendo algo. 
d) transformada: é uma ideia adaptada de uma para outra linguagem. Exemplo: uma minissérie adaptada de um romance.
e) solicitada: é uma ideia sob encomenda. Exemplo: a abertura de uma novela.
f) pesquisada: surge a partir de uma pesquisa de mercado.
2º Momento: Story line, enredo
É o enredo, a trama da história. Deve ser apresentado em poucas linhas. Contém a apresentação do conflito, o desenvolvimento do conflito e a solução do conflito (trama).
3º Momento: Argumento ou sinopse
É um resumo mais detalhado da história (trama), situando sobre os cenários, perfil dos personagens e as tramas que se entrelaçam.
4º Momento: Esqueleto ou escaleta
É uma estrutura que consiste em colocar no papel um resumo de cada seqüência. Um longa-metragem, por exemplo, tem mais ou menos 70 seqüências.
5º Momento: Roteiro ou argumento cinematográfico
Contém a descrição de cada cena e as falas, sonoplastia e trilhas correspondentes a cada cena. O roteiro é dividido em dois blocos: áudio e vídeo.
Exemplo de Roteiro de Comercial de TV em Duas Colunas
	
	 Vídeo
	 Áudio
	
	
Imagem do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, passando à paisagem do Morro do Careca, em Natal e o Farol da Barra, em Salvador.
Um entrevistador aborda clientes ao saírem de um ponto de venda da Tapióka em um shopping no Rio de Janeiro. Três clientes são abordados comendo tapioca. O primeiro é uma estudante, o segundo é uma funcionária pública e o terceiro é um empresário. As profissões dos clientes serão mostradas escritas na tela ao apresentá-los, respectivamente.
Packshot das tapiocas sobre uma bancada 
Na tela, aparece lettering com o slogan “Dê um novo sabor ao seu dia!”, e o site tapiokarj.com.br.
	
Trilha: Música instrumental de forró em BG
Locutor em off (voz feminina): “O sabor do Nordeste está invadindo o Rio de Janeiro. Agora, você tem uma nova opção para o seu lanche rápido do dia a dia. Chegou a rede de fastfood Tapióka.”
Entrevistador (homem): “O que você achou da nova Tapióka?”
Entrevistado 1 (rapaz): “Adorei! Os sabores! São irados, É muito gostosa!”
Entrevistado 2 (mulher): “Uma delícia! Muito boa. Vale muito a pena experimentar.”
 Entrevistado 3 (homem): “Sugiro a todos que provem. Vocês não vão se arrepender.”
Locutor em off: “Viu só?! A Tapióka vai te surpreender. E você vai conhecer um novo jeito de se comer bem.”
 Loc.off: “Tapióka. Dê um novo sabor ao seu dia!”
PLANOS DE CÂMERA
Plano: Unidade dramática do filme / comprimento final de cada cena determinado pela montagem e o tipo de enquadramento e movimento feitos pela câmera em cada cena.
Tipos de plano relacionados ao enquadramento da câmera:
Grande Plano Geral (GPG) ou Plano de Grande Conjunto: É o enquadramento geral do cenário ou da paisagem, abrangendo todo o local da ação.
Plano Geral (PG) ou de Conjunto: Focaliza os personagens dentro do local da ação e apresenta parte do cenário ou da paisagem.
Plano Médio (PM): Focaliza essencialmente os personagens de corpo inteiro e uma parte do cenário.
Plano Americano (PA): É o enquadramento de meio corpo (ex.: locutores num telejornal).
Primeiro Plano (PP) ou Close: A câmera, próxima ao assunto, revela apenas uma parte dele. No caso da figura humana, enquadra apenas o rosto, ou as mãos etc.
Primeiríssimo Plano (PPP) ou Super Close: É uma tomada tão próxima ao assunto que isola outros detalhes. Ex.: um brinco na orelha de uma mulher.
Planos Relacionados ao movimento da câmera ou a recursos técnicos:
Plano Aéreo: Tomada feita do alto, geralmente de helicóptero.
Plano de Guia: Enquadramento feito através de um guindaste que vai subindo e descendo (grua).
Plano de sequência: Seqüência inteira de cenas feita sem cortes.
Travelling: Deslocamento da câmera na mão ou no carrinho (trilho).
Panorâmica: Tomada ampla com a câmera girando sobre um eixo imaginário e fixo.
Plongée: Câmera alta (filmagem feita de cima para baixo).
Contre-plongée: Câmera baixa (filmagem feita de baixo para cima).
Flash back: Qualquer imagem que se refira à época anterior à da narrativa.
Flash farward: Avanço para o futuro.
Fade out: Imagem escurecendo.
Fade in: Imagem clareando.
Flou: Imagem desfocada, nebulosa, muito usada para produzir o efeito flash back.
Fusão: Desaparece uma imagem e aparece outra simultaneamente.
Campo: Câmera direta (filmagem de frente ao objeto).
Contracampo: Câmera filmando por trás do objeto.
Exemplo de Roteiro de Comercial de TV em Três Colunas
	 Planos de Câmera
	 Vídeo
	 Áudio
	
Grande Plano Geral
Plano Médio
Plano Americano
Primeiro Plano no rosto do entrevistado 1
Primeiro Plano no rosto do entrevistado 2
Primeiro Plano no rosto do entrevistado 3
Primeiríssimo Plano nas tapiocas
	
Imagem do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, passando à paisagem do Morro do Careca, em Natal e o Farol da Barra, em Salvador.
Um entrevistador aborda clientes ao saírem de um ponto de venda da Tapióka em um shopping no Rio de Janeiro. Três clientes são abordados comendo tapioca. O primeiro é uma estudante, o segundo é uma funcionária pública e o terceiro é um empresário. As profissões dos clientes serão mostradas escritas na tela ao apresentá-los, respectivamente.
Packshot das tapiocas sobre uma bancada 
Na tela, aparece lettering com o slogan “Dê um novo sabor ao seu dia!”, e o site tapiokarj.com.br.
	
Trilha: Música instrumental de forró em BG
Locutor em off (voz feminina): “O sabor do Nordeste está invadindo o Rio de Janeiro. Agora, você tem uma nova opção para o seu lanche rápido do dia a dia. Chegou a rede de fastfood Tapióka.”
Entrevistador (homem): “O que você achou da nova Tapióka?”
Entrevistado 1 (rapaz): “Adorei! Os sabores! São irados, É muito gostosa!”
Entrevistado 2 (mulher): “Uma delícia! Muito boa. Vale muito a pena experimentar.”
 Entrevistado 3 (homem): “Sugiro a todos que provem. Vocês não vão se arrepender.”
Locutorem off: “Viu só?! A Tapióka vai te surpreender. E você vai conhecer um novo jeito de se comer bem.”
 Loc.off: “Tapióka. Dê um novo sabor ao seu dia!”
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