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Melanie Klein

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PSICOLOGIA
Selma Alves
Lariadyna Ferreira 
Jéssica Neves
Macaé - RJ
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PSICOLOGIA
Biografia de Melanie Klein
Trabalho realizado em cumprimento as exigências da 
Disciplina de Teorias e Sistemas Psicológicos II – Psicanálise, 
Ministrada pela professora Aline Vilhela Lisboa
No curso de graduação em psicologia
Na faculdade Estácio de Sá
Macaé- RJ
2017
INTRODUÇÃO
Desde seu surgimento no final do século passado até os dias de hoje, a psicanálise passou por muitas mudanças, em grande parte, vindas de novos estudiosos interessados na área. Entre eles, destaca-se a austríaca Melanie Klein (1882-1960) que ganhou reconhecimento por seu trabalho realizado, principalmente com relação à análise de crianças.
Neste trabalho vamos apresentar um pouco de suas contribuições para a psicanálise e a história pessoal dessa importante mulher.
DESENVOLVIMENTO
Melanie Klein
A psicoterapeuta austríaca Melanie née Reizes, posteriormente conhecida como Melanie Klein, nasceu na cidade de Viena, no dia 30 de março de 1882. Era filha do médico Moritz Reizes e de Libussa Reizes. Ela não foi uma filha muito esperada, nascendo depois de três filhos, em um ambiente dominado pelo desentendimento entre os pais. Sua mãe tinha uma natureza dominadora, e posteriormente transformaria o matrimônio e a vida familiar de Melanie em terrível suplício. Ela cresceu entre mortes e perdas dolorosas; aos quatro anos viu sua irmã Sidonie partir, vítima de uma tuberculose, com apenas 8 anos; aos 18 ela perdeu o pai, permanecendo sob o domínio materno; e quando ainda contava 20 anos de idade, Emmanuel, seu irmão preferido.
Casou-se cedo aos 22 anos com o engenheiro químico Arthur Klein, de personalidade severa, em 1903. O trabalho de Arthur levava o casal a viagens constantes, durante as quais Melanie pode conquistar o conhecimento de diversos idiomas. O casal, depois de muitas desavenças, intensificadas pelas invasões da mãe dela, se divorciaria em 1926. Deste matrimônio nasceram três filhos: Hans, Melitta e Erich Klein. Em 1914, Klein entra em contato com a obra de Freud, mais precisamente com seu texto Sobre os Sonhos.
Em 1919 ela passa a integrar a Sociedade de Psicanálise de Budapeste. Um ano depois ela conhece Freud durante o V Congresso da International Psychoanalytical Association (IPA), e neste mesmo evento toma contato com seu futuro analista e mentor, Karl Abraham, em Haia.
Ela se devotou completamente ao ofício psicanalítico a partir de 1923, aos 42 anos. Um ano depois Melanie expôs, no VIII Congresso Internacional de Psicanálise, o texto A técnica da análise de crianças pequenas, colocando em questão o conceito freudiano conhecido como Complexo de Édipo. Logo depois, em 1927, ela rompe com Anna Freud, dando origem assim a um grupo fundado por discípulos kleinianos na Sociedade Britânica de Psicanálise, da qual ela passou a fazer parte neste mesmo período.
Em 1930 ela começa a se voltar para a análise de adultos, mas não abandona a preocupação com o universo infantil, lançando em 1932 a obra A psicanálise da criança, desenvolvendo em 1936 uma conferência sobre O desmame.
No dia 22 de setembro de 1960 Melanie morre, vítima de um câncer no cólon, aos 78 anos.
Em 1935 Klein publica “Uma contribuição à psicogênese dos estados maníaco-depressivos” que apresentava o conceito de “posição depressiva”. Mesmo D. Winnicott, um dos seus mais magistrais contestadores, admirou essa descoberta, classificando-a como a mais importante depois da descoberta do inconsciente. Ainda que Klein, até mesmo por questões políticas, insistisse em se considerar “freudiana”, a partir deste trabalho, já se pode falar em pensamento Kleiniano, tamanha as introduções de novos conceitos que este artigo trouxe.
Em 1940 publica “O luto e suas relações com os estados maníacos-depressivos”, onde amplia os conceitos já introduzidos pela posição depressiva, postulando que o luto não seria mais que uma repetição das sensações dessa posição.
Melanie Klein foi uma das maiores psicanalistas da história. Seguidora de Freud, com genialidade e amor à verdade levantou uma escola com pensamentos próprios e distintos.
São três os pilares fundamentais da teoria Kleiniana - Primeiramente existe um mundo interno, formado a partir das percepções do mundo externo, colorido com as ansiedades do mundo interno. Com isso os objetos, pessoas e situações adquirem um colorido todo especial.
Inicialmente, ao nascer, o bebê experimenta a posição esquizoparanóide, a única que conhece até os seis meses de idade. O seio materno, primeiro objeto de relação da criança com o mundo externo, tanto é percebido como bom (amado) quando amamenta, daí o nome de “seio bom”, e a esse objeto no mundo interno, quando é percebido como “seio mau” (odiado), quando não alimenta na hora em que a criança assim deseja. Como é impossível satisfazer a todos os desejos da criança, invariavelmente ela possui os dois registros desse seio, um bom e um mau. O seio é bom porque o amamenta, e é mau porque se ausenta. Tudo se concentra nessa relação de amor e ódio.
O problema é que na fantasia da criança, o “seio mau”, esse objeto interno, vai se vingar dela pelo ódio e destrutividade direcionados a ele. Esse medo de vingança é chamado de ansiedade persecutória.
Com o desenvolvimento o bebê percebe que o mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que ama (seio bom). Ele percebe que ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa.
Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de ódio e voracidade o tenham danificado ou morto. Esse temor da perda do objeto bom é chamado por Klein de “ansiedade depressiva”. O conjunto de ansiedade depressiva e suas respectivas defesas são chamados por Klein de “posição depressiva”.
O conceito de posições é muito importante na escola kleiniana, pois o psiquismo funciona a partir delas, e todos os demais desenvolvimentos são invariavelmente baseados em seu funcionamento. Nesse sentido, o desenvolvimento em fases, proposto por Freud (fase oral, anal e genital), é aqui substituído por um elemento mais dinâmico que estático, pois as três fases estão presentes no bebê desde os três primeiros meses de vida.
CONCLUSÃO
Através dos estudos e sua técnica de análise de criança pequena, Melanie Klein possibilitou não somente uma contribuição para a análise do desenvolvimento infantil, mas também como no tratamento específico para crianças. Graças a sua técnica do brincar, a psicanálise teve acesso ao psiquismo infantil. Possibilitando assim uma melhoria na vida, social, emocional e intelectual das crianças.
REFERÊNCIAS
Valor do conhecimento, A teoria de Melanie Klein e o eterno dilema entre o amor e o ódio.
Disponível em: <http://www.valordoconhecimento.com.br/blog/a-teoria- de-melanie- klein-e-o-eterno- dilema-entre- o-amor- e-o- odio/>
 Acesso em 15/09/2017
A psicanálise, 340 Melanie Klein. Disponível em:
<http://www.apsicanalise.com/index.php/blog-psicanalise/48- artigos/340-melanie- klein>
Acesso em 15/09/2017

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