Buscar

Casos concretos Unidade 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

CASO CONCRETO 1: 
 
 O município de Parués, no Estado Anaguá, fica na margem esquerda do Rio 
Ituiruaçú e faz divisa com o município de Erolim, que fica no Estado vizinho de 
Rocilom, na margem direita do mesmo rio. 
 O caudaloso rio sempre foi a principal fonte de peixes para a alimentação das 
populações locais. 
 Certo dia os moradores são surpreendidos com a notícia de que a empresa 
HOTEL S/A comprou vários hectares de terra na região para criar um Resort na 
localidade. Um grande empreendimento imobiliário que inclui, entre outras coisas, o 
uso do Rio Ituiruaçú como local para prática de esportes radicais aquáticos. 
 As autoridades dos dois Estados iniciaram uma briga para saber de quem era a 
responsabilidade pela fiscalização, controle e pelas autorizações ambientais para o 
empreendimento. 
 Considerando a art. 23 parágrafo único da Constituição Federal que diz: "Art. 
23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: (...) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a 
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em 
vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem -estar em âmbito nacional." E ainda a 
Lei complementar n.º 140/2011 que fixa normas para União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios nas ações administrativas relativas à proteção do meio 
ambiente, responda: Como solucionar a referida contenda? 
 
Espelho de resposta: 
 
 Considerando que o rio Ituiruaçú representa a divisa entre dois entes 
federados, nos termos do art. 20, III da Constituição, ele é um bem da União. 
 Logo, ainda que os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a União 
detenham competência material comum para a tutela do meio ambiente, sendo o 
empreendimento localizado às margens de um bem da União caberá a ela, e não 
aos Estados membros, o licenciamento ambiental. 
 Ademais, ressalte-se ainda que o empreendimento gerará efeitos a mais de 
um Estado membro, o que, pelo princípio da preponderância do interesse também 
justifica o licenciamento feito pelo IBAMA. Nesse sentido, o STJ já se manifestou nos 
seguintes termos: 
 
3. Não merece relevo a discussão sobre ser o Rio Itajaí-Açu estadual ou 
federal. A conservação do meio ambiente não se prende a situações 
geográficas ou referências históricas, extrapolando os limites impostos pelo 
homem. A natureza desconhece fronteiras políticas. Os bens ambientais são 
transnacionais. A preocupação que motiva a presente causa não é 
unicamente o rio, mas, principalmente, o mar territorial afetado. O 
impacto será considerável sobre o ecossistema marinho, o qual receberá 
milhões de toneladas de detritos. 
4. Está diretamente afetada pelas obras de dragagem do Rio Itajaí-Açu 
toda a zona costeira e o mar territorial, impondo-se a participação do 
IBAMA e a necessidade de prévios EIA/RIMA. A atividade do órgão 
estadual, in casu, a FATMA, é supletiva. Somente o estudo e o 
acompanhamento aprofundado da questão, através dos órgãos ambientais 
públicos e privados, poderá aferir quais os contornos do impacto causado 
pelas dragagens no rio, pelo depósito dos detritos no mar, bem como, sobre 
as correntes marítimas, sobre a orla litorânea, sobre os mangues, sobre as 
praias, e, enfim, sobre o homem que vive e depende do rio, do mar e do 
mangue nessa região. (REsp 588.022/SC, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, 
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2004, DJ 05/04/2004, p. 217) 
 
 
CASO CONCRETO 2: 
 
“NORDEXIT” - COMO O BREXIT ANIMOU MOVIMENTOS SEPARATISTAS NO BRASIL 
(Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-36720198) 
 
 Líderes de movimentos separatistas brasileiros veem no resultado do 
plebiscito no qual os britânicos votaram pela saída do Reino Unido da União Europeia 
um bom momento para conquistar novos adeptos. 
 Eles não são necessariamente novos - a maioria surgiu nas décadas de 80 e 90, 
como "O Sul é meu País" e o Grupo de Estudos para o Nordeste Independente 
(Gesni), fundamentados em um histórico de revoluções como a Praieira (1850), e as 
guerras do Contestado (1912) e dos Farrapos (1845), entre outras. 
 Há movimentos mais recentes, que afirmam ter "ares mais modernos", 
inspirados nas demandas da Catalunha e da Escócia - caso do Movimento São Paulo 
Livre, criado logo após as eleições presidenciais de 2014. 
 Considerando os temas estudados na aula, analise criticamente estas 
iniciativas separatistas. 
 
Espelho de resposta: 
 
 O art. 1º da Constituição Federal traz o chamado princípio da 
indissolvibilidade da federação, também chamado de princípio da vedação da 
secessão. Não há no ordenamento pátrio possibilidade jurídica que fundamente a 
pretensão de algum desses movimentos. 
 Ademais, a Constituição prevê, em seu art. 34, I, a possibilidade de 
intervenção federal nos Estados para assegurar a manutenção da integridade 
nacional. 
 Portanto, inviável a pretensão desses movimentos separatistas, sendo papel 
do Poder Judiciário a resolução de lides entre os entes federados, como forma de 
mitigar a vedação da secessão. 
 
CASO CONCRETO 3: 
 
 A cidade brasileira de Porumberá do Estado de Maueré faz divisa com a cidade 
de Cambraio del Sol, no Paraguai. Desta forma, Brasil e Paraguai, naquela localidade, 
têm como fronteira nacional apenas uma estrada que os separa. O prefeito de 
Porumberá, sabendo que muitos de seus munícipes trabalham na cidade vizinha, em 
solo paraguaio, a fim de facilitar a vida de seus naturais, entrou em contato com o 
prefeito de Cambraio del Sol para assinarem um acordo de cooperação para emissão 
de vistos de trabalho, o que facilitaria muito a vida dos brasileiros por lá empregados. 
 O prefeito de Cambraio del Sol adorou a ideia e informou que além dele o 
próprio presidente do Paraguai viria à cidade para a cerimônia de assinatura do 
referido acordo e fazia questão de assiná-lo também. 
 O governador de Maueré, sabendo da iniciativa do prefeito brasileiro, 
informou que além de também estar presente à cerimônia e assinar o acordo, iria 
entrar em contato com a Presidência da República do Brasil e convidaria o Chefe do 
Executivo brasileiro para o evento e assinatura do documento. Contudo, ficou em 
dúvida se, ao convidar o chefe do Executivo, ele mesmo o governador, não seria 
“ofuscado politicamente”. Resolve então consultar a Procuradoria do Estado para 
resolver a questão. 
 Você é o(a) Procurador Geral do Estado de Maueré. Como orientaria o 
governador neste caso? 
 
Espelho de resposta: 
 
 Como Procurador Geral do Estado de Maueré orientaria ao Governador não 
participar do evento pelas seguintes razões: 
 
a) Competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, 
órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões sobre 
determinada matéria. A competência tem várias classificações, dentre 
elas, a competência exclusiva, atribuída a um ente, com exclusão dos 
demais, e a competência privativa, atribuída a um ente, mas com 
possibilidade de delegação a outro. 
b) Compete exclusivamente à União, nos termos do art. 21, I da 
Constituição, manter relações com Estados estrangeiros. Portanto, nem o 
Governador, nem o Prefeito Municipal poderiam assinar um tratado para o 
referente acordo de cooperação para emissão de vistos. No caso, caberia 
ao Presidente da República, nos termos do art. 84, VIII da CF, celebrar 
tratados, após o Congresso Nacional resolver definitivamente sobre 
tratados que acarretam encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio 
nacional (CF, art. 49, I). 
c) Compete ainda privativamente à União legislar sobre direito do trabalho 
(CF, art. 22, I) e imigração (CF, art. 22, XV). Contudo, nessa hipótese, seria 
possível a delegação da competência legislativa, através de lei 
complementar, aos Estados membros (CF, art. 22, parágrafo único). 
 
 Portanto, a única forma de se viabilizar o acordo seriaum tratado prévio, 
assinado pelo Presidente da República, ouvido o Congresso Nacional, e 
posteriormente, a delegação legislativa ao Estado de Maueré, para ele legislar sobre 
as condições de trabalho e de entrada dos estrangeiros do Paraguai. 
 
 
CASO CONCRETO 4 
 
Rio pede R$ 14 bilhões ao governo federal e negocia “intervenção branca”. 
 
 Sem capacidade financeira para pagar suas contas, governo do Rio tenta 
convencer Temer a liberar um novo socorro, e aceitaria a indicação de um nome para 
gerir as finanças do Estado; equipe econômica resiste a uma nova ajuda. 
 Considerando a teoria constitucional , o que se entende por “Intervenção 
Branca” ? 
 
Espelho de resposta: 
 
 No caso em tela, a chamada intervenção branca refere-se à perda parcial da 
autonomia financeira do Estado membro, através da nomeação de um interventor, 
sem a correlata forma prevista na Constituição, ou os meios de controle político da 
medida.

Outros materiais