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CASO CONCRETO 9 : O Presidente da República, inconformado com o número de servidores públicos na área da saúde que responde a processo administrativo disciplinar, resolve colocar tais servidores em disponibilidade e, para tanto, edita decreto extinguindo os respectivos cargos. Considerando a hipótese apresentada, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda aos itens a seguir.
A) A extinção de cargos públicos, por meio de decreto, está juridicamente correta? Justifique. 
Resposta: Não agiu corretamente o Presidente da República. Primeiramente, o Art. 48, caput, e inciso X, da Constituição Federal estabelece a competência do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, para dispor sobre as matérias de competência da União, inclusive sobre a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, conforme art. 84, inciso VI, alínea “b”, também, da Carta Magna. Esse mesmo dispositivo dispõe que compete privativamente ao Presidente da República dispor, mediante decreto, sobre, a organização e funcionamento da Administração Pública Federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, inclusive sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Portanto, a extinção de cargos públicos, por meio de decreto, só é possível quando o cargo estiver vago Sendo assim o caso em tela trata de matéria a ser disciplinada por lei, na forma do Art. 48, inciso X, da Constituição Federal.
B) É juridicamente correta a decisão do Presidente da República de colocar os servidores em disponibilidade? 
Resposta: Com relação ao item “B”, cumpre ressaltar que a disponibilidade consiste no afastamento de servidor público estável do exercício de suas atribuições, com remuneração, por motivo de extinção do cargo ou por declaração de sua desnecessidade, em decorrência de extinção ou reorganização de órgão ou entidade pública, na forma do Art. 41, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, c/c os artigos 28, 31 e 37, da Lei n. 8.112/90.
É ato administrativo e como tal o ato de disponibilidade, além dos requisitos de validade, deve submeter-se a uma adequada correlação entre o seu pressuposto lógico (motivação) e seu pós-suposto lógico (finalidade), sob pena de nulidade, na forma do Parágrafo único, do Art. 2º, da Lei n. 4.717/65.
Desse modo, a medida é inconstitucional, pois o Chefe do Executivo utilizou-se do instituto da disponibilidade com desvio de finalidade, uma vez que a disponibilidade não tem por finalidade sancionar disciplinarmente servidores públicos e, evidentemente, porque a extinção dos cargos se deu com desvio de finalidade, haja vista a disponibilidade não possuir natureza sancionatória.
C) Durante a disponibilidade, os servidores públicos percebem remuneração? 
Resposta: Por fim, o servidor público que foi posto em disponibilidade tem direito a remuneração, a qual será proporcional ao tempo de serviço, até que ele seja adequadamente aproveitado em cargo de atribuição e vencimentos compatíveis com o cargo anteriormente ocupado, nos moldes do Art. 41, §3º, da CRFB/88, c/c Art. 30 da Lei n. 8.112/90

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