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Resumo - Carolina Marques

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INICIAÇÃO CIENTÍFICA III – Resumo para Prova 2008.1 				Carolina Marques
ESTUDOS INDIVIDUADOS DE INTERVENÇÃO
FATOR DE RISCO
Variáveis que modificam a probabilidade de um evento ocorrer
TIPOS DE ESTUDOS
Estudos ecológicos – população em região (ou no tempo)
Estudo de caso individual – casos paradigmáticos
Estudo transversal ou de prevalências
Estudo de Coorte ou de incidências
RCT – diagnóstico e terapias
Ensaios de laboratório com animais
Ensaios in vitro
Revisões narrativas (ou críticas)
Revisões sistemáticas
TIPOS DE DESENHOS DE ESTUDOS
	Tipo operativo
	Ação observador
	Temporalidade
	Tipo de estudo
	Agregado
	Observacional
	Transversal
	Ecológico
	
	
	Longitudinal
	Série temporal (Coorte, caso-controle agregado)
	
	Intervencional
	Longitudinal
	Ensaio comunitário
	Individuado
	Observacional
	Transversal
	Estudos de casos e de prevalência
	
	
	Longitudinal prospectivo
	Coorte
	
	
	Longitudinal retrospectivo
	Caso-controle, Coorte histórica
	
	Intervencional
	Longitudinal cego-randomizado
	Ensaio clínico (diagnóstico ou terapêutico), RCT
	
	
	Longitudinal não cego-randomizado
	Ensaio clínico (diagnóstico ou terapêutico), não RCT
ENSAIOS INDIVIDUADOS DE INTERVENÇÃO (CLÍNICOS)
Alocação dos indivíduos é controlada, de preferência, aleatória (randomizada)
Grupo de comparação
Diagnóstico e tratamento das doenças
“Qualquer forma de experimento com pacientes, formulado para determinar o tratamento ou o método diagnóstico mais apropriado a futuros pacientes sob as mesmas condições”
Regra de ouro: evitar vieses (erros ou distorções sistemáticas)
Tratamentos com drogas (mais comum), procedimentos cirúrgicos, dietas, etc.
Diagnósticos sensíveis e específicos, vp+ e vp, baratos e caros, invasivos e não-invasivos
Intervenção com princípio ativo x Intervenção com placebo – randomização
Vantagens: pesquisador controla exposição, 2 ou mais métodos terapêuticos ou diagnósticos são comparados
Desvantagens: padrão ouro nem sempre acessível, caros, podem requerer múltiplas intervenções no mesmo paciente
RANDOMIZAÇÃO
Cada paciente deve ter igual chance de cair num grupo ou no outro
“Quasi-randomização” – chances diferentes
Cegamento pode referir-se ao paciente, aos profissionais que aplicam o tratamento, aos que avaliam o desfecho ou aos que relatam o resultado
FASES DA PESQUISA CLÍNICA
Pesquisas pré-clínicas
Pesquisas primárias (eficácia clínica) – RCT
Pesquisas secundárias – revisão sistemática, análise econômica
PESQUISA CLÍNICA PRIMÁRIA
Fase I – ensaios de farmacologia clínica e toxicologia no homem
Geralmente em voluntários sãos (20 a 80)
Objetivo: avaliação preliminar de segurança, estabelecer perfil farmacocinético e dinâmico, saber dose sem efeitos adversos
Fase II – estudo-piloto da eficácia – ensaios iniciais de investigação clínica
Geralmente em pequeno grupo voluntário para os quais poderia haver benefício (100 a 200)
Acompanhamento intenso
Objetivo: avaliar eficácia e segurança a curto prazo e determinar melhor dose
Geralmente iniciam-se os RCT
Fase III – avaliação em larga escala
Envolve número maior e grupos variados em RCTs
Objetivo: determinar eficácia e segurança a curto e longo prazo, comparação com o padrão, estabelecer valor terapêutico absoluto e relativo
É a investigação mais extensa e rigorosa
Fase IV – estudos de farmacovigilância
Usa outros desenhos (inquéritos, caso-controle, Coorte)
Vigilância pós-comercialização (ANVISA, etc.)
PESQUISA CLÍNICA SECUNDÁRIA
Revisões sistemáticas – busca sistemática por estudos de qualidade, procura de síntese; fornece as melhores evidências
Análise econômica – estudo de custos benefícios, custos efetividade, custos minimização de riscos
PLACEBO
Controla mudanças na doença não-atribuíveis à intervenção
Distingue efeitos adversos dos sintomas da doença de base
VANTAGENS E DESVANTAGES DOS TIPOS DE ESTUDOS
	Ecológico
	Rápido. Barato. Levanta hipóteses.
	Não sabemos se quem foi exposto desenvolve o desfecho. Falácia ecológica.
	Coorte (concorrente ou histórica)
	Estima incidências e risco. Explora graus de exposição e desfechos.
	Caro e demorado. Inadequado para doenças raras e muito insidiosas.
	Transversal
	Rápido. Barato. Estuda etiologias. Estima prevalências.
	Amostra representativa pode ser difícil. Não vê casos graves/mortalidade. Não discrimina causa de efeito.
	Caso-controle
	Rápido. Barato. Gera hipóteses preliminares. Doenças raras.
	Vulnerável a vieses (seleção, memória). Pareamento difícil.
	Casos
	Estuda peculiaridades. Doenças raras.
	Não observa coletivos.
	Ensaio clínico – RCT (diagnóstico ou terapêutico)
	Avalia bem intervenções.
	Caro e demorado.
	Revisão sistemática
	Síntese de resultados.
	Poucos trabalhos com metodologia comparável.
	Revisão narrativa
	Panorama geral de uma situação clínica.
	Critério livre para seleção de trabalhos.
A LEPRA E OS ESTUDOS INDIVIDUADOS
LEPRA
Doença menos fatal e menos contagiosa
90 % da população consegue não ter
Inimiga da lepra: tuberculose
Endêmica desde a antigüidade (pandêmica nas cruzadas/ inumação na idade média)
Gerhard Henrik Armauer Hansen – descoberta de formas microscópicas por inoculação em humanos sem consentimento (estudo de caso individual)
ESTUDO DE CASOS
Exame meticuloso de um caso raro
Observa no nível individual peculiaridades interessantes
Exemplo: doença do sono como DST
ESTUDOS SECCIONAIS (OU DE PREVALÊNCIA)
Exposição e desfecho são avaliados em uma única observação no tempo
As taxas de prevalência entre os com e sem exposição ou com níveis variáveis de exposição são então determinados e comparados
Vantagens: são analíticos (sabe-se quem é doente/exposto, etc.); estudar prevalências e etiologias (exposição); rápidos e baratos; “fotografia” da doença
Desvantagens: uma série de casos prevalentes não percebe os casos mais graves/fatais em contraste com os estudos de Coorte; não se sabe se é o grupo realmente representativo; dificuldade de discriminar causa de efeito
Surveys de prevalência associados às etiologias detectam fatores de risco/proteção para doenças crônicas de início insidioso (ex.: osteoporose e sol, bronquite crônica e poluentes)
ESTUDOS DE COORTE (OU DE INCIDÊNCIA)
Coorte = uma das 10 divisões da legião romana
Pesquisador define 1 ou mais grupos de pessoas livres da doença que diferem entre si pela extensão da exposição a uma causa potencial da doença
Exemplo: estudo de Framingham (DAC e lipidemia, HAS, tabagismo, stress...)
Coorte contemporânea ou concorrente ou prospectiva: inicia com a observação das pessoas expostas
Coorte histórica ou retrospectiva: a observação das pessoas expostas foi iniciada em algum momento do passado (ex.: mortalidade de escravos em navios negreiros)
Vantagens: excelente maneira de estudar taxa de incidência (e risco) diretamente; segue a mesma lógica da pergunta clínica; pode avaliar a relação da exposição com várias doenças
Desvantagens: pouco viável para doenças raras e de curso prolongado (ex.: lepra); caro e demorado; resultados não disponíveis por longo tempo; avalia somente a relação entre doença e exposição aos fatores estabelecidos no início do estudo
ESTUDO CASO-CONTROLE
Passos:
selecionar uma amostra de uma população com a doença (casos)
selecionar uma amostra de uma população sob risco da doença (controles)
medir as variáveis preditoras
Comparação de um grupo de casos a um grupo de controle (sem a doença)
Individuado, observacional, longitudinal, retrospectivo e analítico
Aninhado a uma Coorte: estudos híbridos (ex.: câncer no pulmão em trabalhadores expostos a asbesto)
os casos, à medida que aparecem, são comparados a 1 ou mais controles (geralmente 4:1) selecionados no momento do diagnóstico
nem todos os indivíduos originalmente selecionados para a Coorte são avaliadosVantagens: rápidos e baratos; muito útil para gerar uma hipótese preliminar sobre novas doenças ou surtos (examina um grande número de variáveis preditoras); mais útil em doenças raras
Desvantagens: somente um desfecho pode ser analisado; não há como se estimar risco ou incidência diretamente (estima-se o Odds-ratio); grande susceptibilidade a vieses (seleção, memória); muitos cuidados no pareamento
BEM, RS, RN E METANÁLISES
TIPOS E NÍVEIS DE EVIDÊNCIA
evidência forte de, pelo menos, uma metanálise de múltiplos RCT bem delineados
evidência forte de, pelo menos, um estudo RCT bem delineado, de tamanho adequado e com conteúdo clínico apropriado
evidência de estudo sem randomização, com grupo único, com análise pré e pós-coorte; séries temporais ou caso controle
evidência de estudos bem delineados não-experimentais, realizados em mais de um centro de pesquisa
opiniões de autoridades respeitadas, baseadas em evidência clínica, estudos descritivos e relatórios de comitês de experts ou consensos
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
Ferramentas:
Epidemiologia clínica (conceito de exposição e desfecho)
Validação estatística
Metodologia científica (revisões sistemáticas)
Ciência da informação
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
“Estudo secundário que avalia criticamente estudos semelhantes, publicados ou não, considerando sobretudo sua metodologia”
Os sujeitos da investigação são os estudos primários, que podem ser ensaios clínicos aleatórios, estudos de acurácia, estudos coortes ou qualquer outro
Tradicionalmente, é um estudo retrospectivo
Permite extrapolar achados de estudos independentes, avaliar a consistência de cada um e explicar as possíveis inconsistências e conflitos
Aumenta a acurácia dos resultados, melhorando a precisão das estimativas de efeito de uma determinada intervenção
Métodos de seleção e análise dos dados
elaboração da questão clínica ou objetivo principal e do projeto de revisão
ampla busca da literatura
avaliação da qualidade metodológica entre os selecionados
síntese dos resultados em uma metanálise (se possível)
METANÁLISE
Síntese matemática dos resultados de trabalhos comparáveis
Método estatístico aplicado à revisão sistemática que integra resultados de 2 ou mais estudos primários
Gráfico da metanálise:
Linhas horizontais: intervalos de confiança (variação de valores onde a razão de chances (odds-ratio) pode estar com 95% de probabilidade)
Linha horizontal tocando (ou cruzando) a linha vertical central: não há diferença estatística entre os grupos (benefício ou malefício do tratamento)
Linha que termina com seta: o IC estende-se além da escala do gráfico
O ponto central da linha horizontal equivale ao tamanho ou a mensuração do efeito – peso relativo de cada estudo no resultado final (baseado no número de participantes e de eventos); grandes estudos têm maior peso
O ponto central à direita da linha central indicaria um efeito maléfico do tratamento avaliado (aumento da probabilidade de morte)
O losango na parte inferior indica o resultado final da metanálise; o ponto central representa a razão de chances da metanálise e seu tamanho representa o intervalo de confiança
Se o IC não tocar nem cruzar a linha vertical, estes resultados são considerados estatisticamente significantes
TIPOS DE ESTUDO SECUNDÁRIOS
Quando o resultado das revisões sistemáticas não é suficiente
Avaliação tecnológica e saúde: uso da tecnologia (formas de diagnóstico, prevenção, tratamento e cuidados) e suas conseqüências na área de saúde
Estudos com análise econômica: custo-minimização, custo-efetividade, custo-utilidade, custo-benefício, etc.
Revisão narrativa (ou crítica): apropriadas para descrever a história ou desenvolvimento de um problema e seu gerenciamento; discussão do ponto de vista teórico ou contextual; não fornecem respostas quantitativas
Enfoque multidisciplinar: estabelece analogias e integra áreas de pesquisa independentes
REVISÃO NARRATIVA x REVISÃO SISTEMÁTICA
	Características
	Revisão Narrativa
	Revisão Sistemática
	Questão
	Escopo é amplo
	Questão clínica focalizada e prática
	Fonte/pesquisa
	Pode não ser especificada
	Fonte e estratégia de busca bem definidos
	Critério de seleção dos textos
	Pode não ser especificada
	Seleção criteriosa, avaliação crítica dos dados
	Avaliação
	Variável – “bom senso”
	Avaliação crítica rigorosa
	Síntese
	Sumário qualitativo
	Sumário qualitativo e/ou quantitativo
	Inferências
	Baseadas em sínteses de especialistas
	Sempre baseadas em evidências
20 REGRAS PARA COMUNICAÇÃO VISUAL
SÍNTESES
O que vai ser apresentado, de forma geral, deve passar idéias de forma clara e imaginativa
Elementos das idéias: pontos-chave, correlações, metáforas e figuras visuais
TEXTO
Abrevie a mensagem
Não use parágrafos completos
Abuse de métodos mnemônicos
Use a regra dos 7x7
Preserve a continuidade dos títulos nos mesmos assuntos – não comprima toda a informação em um só slide
Use apenas 2 ou 3 fontes por slide (clássico: verdana, times-new-roman para título e arial para texto)
Caixa alta + baixa é melhor do que caixa alta + caixa alta, que é melhor que caixa alta em itálico
DESIGN
Mantenha o design consistente: títulos iguais, textos com mesmo estilo, etc.
Use cores economicamente
Fundos claros ajudam a passar clareza e sinceridade
Evite fundos muito neutros (cinza, marrons)
Evite a sobrecarga de fundos quentes (hipomaníacos)
Texturas e fundos figurativos podem competir ou emoldurar o texto
Fundos abstratos devem ser bem selecionados para se adaptar ao texto
GERAIS
Use parcimoniosamente as pérolas (ilustrações, cartoons, arte, ilusões de óptica)
Evite as imagens muito pesadas (tente convertê-las em formatos mais compactos como .jpg)
Não use laser pointer como lanterna nem mova-o muito rapidamente para circular um número ou imagem
Olhe para a audiência mais do que para os slides
Se quiser se destacar, não use cliparts-padrão
Abuse do corretor ortográfico
Boas apresentações não contêm somente informação
CÓLERA E ESTUDOS ECOLÓGICOS
CÓLERA
Movimentos migratórios de cidades portuárias
Barco a vapor
Falta de saneamento
NY (XIX): sem sistema de esgoto
Londres: epidemia em 1854
Coleta de lixo: porcos
Mortalidade infantil
Irlandeses: 40% dos mortos
Fontes de “água pública”
Quarentenas são inúteis para o controle da epidemia
John Snow: acreditava na impureza do aparentemente límpido, seguia a trilha das doenças, germofóbico
PESQUISA EPIDEMIOLÓGICA
“Estudo da distribuição e dos determinantes dos eventos ou padrões de saúde em populações definidas. Aplicação deste estudo para controlar problemas de saúde”
Coleta sistemática e quantificação de informações sobre eventos de saúde
Transforma valores numéricos em categorias (ex.: 154mmHg para P.A.S. = hipertenso)
É necessário interferências entre fatores e doenças
Epidemiologia: explica a ocorrência de doenças e identifica causas, determinantes de distribuição, tendências e modos de transmissão nas populações, para predizer a freqüência de doenças e os padrões de saúde em populações específicas
Estudos epidemiológicos analíticos: inferências dedutivas (causa ( efeito)
Modelo probabilístico: prediz quantos irão adoecer, mas não quem; estima parâmetros causais para populações, não determinísticos
ESTUDOS ECOLÓGICOS E SÉRIES TEMPORAIS
Unidade de análise é um grupo de indivíduos que pertencem a uma área geográfica definida (estado, cidade, setor censitário) ou agregados institucionais (escolas, fábricas, presídios, hospitais)
Avalia o contexto social ou ambiental
Medidas coletadas no nível individual muitas vezes não refletem os processos do nível coletivo
Objetivos: grande capacidade de gerar ou testas hipóteses sobre doenças
Ensaios comunitários: avaliam a efetividade de intervenções na população, testama aplicação das ações
Apenas informações globais estão disponíveis
Conhecemos o número total de indivíduos expostos e o número total de casos dentro de cada grupo, mas não o número de casos expostos
Desenhos de estudos ecológicos
Exploratório: avalia a distribuição de doenças ou eventos no espaço (ex.: cólera por região do Brasil)
Analítico: avalia a associação entre o nível de exposição médio e a taxa de doença entre diferentes grupos (mais comum) (ex.: mortalidade de câncer ovariano ajustada por idade em mulheres de 100 cidades dos EUA)
Temporal-exploratória: avalia a evolução das taxas de doença ao longo do tempo em uma determinada população geograficamente definida (ex.: mortalidade de tuberculose padronizada por idade em SP, 1990-1997)
Temporal-analítica: avalia a associação entre as mudanças no tempo do nível médio de uma exposição e das taxas de doença em uma população geograficamente definida (ex.: mortalidade por doenças respiratórias na população de 60 anos e mais segundo grupos etários em SP, 1980-1998)
Vantagens: fácil e barato; rápido (usam-se estatísticas prontas); avaliação de um efeito ecológico (implantação de programa de saúde ou legislação)
Desvantagens: sem acesso a dados individuais; possibilidade de falácia ecológica; qualidade variável da informação (diferentes fontes)
FALÁCIA ECOLÓGICA (VIÉS)
Interpretação enganosa por atribuir a um indivíduo o que se observou em estudos estatísticos
Minimização: utilização de dados agrupados em unidades de análise geográfica tão menores quanto possível, tornando-se mais homogêneas
RESUMOS ESTRUTURADOS
EVOLUÇÃO DO RESUMO
1665: primeiros documentos científicos
Segunda metade século XIX: metodologia da descrição
Século XX: adoção formal do IMRAD (Introduction, Methods, Results And Discussion)
MODELO DE 1987
Objetivo: questão exata enfocada pelo artigo
Tipo de estudo: o delineamento básico do estudo
Local
Amostra: metodologia de seleção e número de participantes que entraram e completaram o estudo
Resultados: dados obtidos da amostra e resultados chave alcançados
Conclusão: incluindo suas aplicações clínicas diretas
MODELO DE 1988 (PARA REVISÕES)
Objetivo: propósitos da revisão
Fonte de dados: sumário sucinto das origens dos dados
Seleção dos estudos: número de estudos selecionados e critérios para seleção
Extração de dados: critérios de inclusão/exclusão aplicados
Síntese de dados: metodologia usada para sintetizar os resultados mais importantes
Conclusões: e potenciais aplicações
MODELO DE 1996
Dois critérios novos para suprir lacunas
Contexto ou background (1996)
Limitações (2004)
COMITÊ INTERNACIONAL DOS EDITORES DE JORNAIS DE MEDICINA
Resumo na página do título (resumo é o 2° ponto de parada na pesquisa bibliográfica)
Introdução, objetivos, materiais/métodos, resultados e conclusões
Contexto e limitações
Sem referências
Limite de palavras
Palavras-chave (keywords) imediatamente após o resumo
LIÇÕES DO RESUMO ESTRUTURADO
Concisão e objetividade
Um bom resumo permite aos leitores identificação rápida e precisa dos conteúdos e avaliação da pertinência
4 nãos:
Não deve exceder 250 palavras
Não apresentar informação e conclusão que não figurem no trabalho
Não citar referências bibliográficas
Não florear
Qualidades:
Clareza
Frases pouco extensas
Verbos na forma impessoal (discurso neutro)
Simplicidade aliada à relevância e saber específico
Capricho e revisão
DÚVIDAS FREQÜENTES
Se o trabalho está em andamento, esse fato deverá ser destacado
Devem ser apresentados os resultados preliminares ou parciais, se os tiver; se não, deve-se descrever as etapas já cumpridas
Se o trabalho for experimental, a discussão deve se apresentar como novo enfoque e ser o item mais importante; também deverá haver objetivos, métodos de trabalho, resultados e conclusões
GRÁFICOS BÁSICO
Gráficos e tabelas são instrumentos de expressão, quase sempre na seção resultados; um bom texto governará a interpretação de ambos
Gráficos são tabelas como figuras; expressam tendências, proporções, evoluções, etc.
Tabelas expressam precisão; quando organizadas originam bons gráficos
REGRAS GERAIS SIMPLES
Bidimensional
Identificação fácil
Contraste alto
Simples e sintético
Devem:
Ser auto-explicativos
Ter eixos, linhas, barras e pontos identificados
Ter títulos e legendas
Estar numerados
Texto complementar informação
Respeitar regra dos 4 segundos
Evitar:
Dados repetitivos
Dados óbvios
Gráficos para enfeitar achados pífios
Privilegiar dados máximos, mínimos e tendências
O que pode ser dito em palavras não deve ser colocado em gráficos
GRÁFICOS PADRONIZADOS (MICROSOFT)
Gráficos em linhas: tendências temporais, curvas de sobrevida
Gráficos de dispersão: alinhamento entre variáveis para observar correlação linear
Gráficos em pizza: comparação de proporções em relação a um total, podem expressar também evoluções no tempo
Gráficos em área: oscilações e tendências das proporções no tempo
Gráficos em radar: múltiplas variáveis de poucas categorias
Altas, baixas e médias
Gráficos em colunas: expressam categorias e/ou tempo x variáveis comparáveis (tendências temporais) – cilindros, cones ou pirâmides
Gráficos em colunas (ou barras) agrupadas: expressam proporções entre categorias na evolução do tempo
Gráficos em barras: expressam comparações atemporais (preferível nas categorias numerosas), valores entre categorias agrupadas
CIÊNCIA E FLEXNER
Astrologia é uma ciência porque possui métodos e técnicas próprias, tem teorias e objetivo definido, tem poder preditivo. Astrologia não é uma ciência porque não tem validação da comunidade científica, não tem capacidade preditiva específica (é mais genérico e menos verificável), a mesma teoria leva a diferentes predições (influência do observador)
Poder explicativo: a teoria científica precisa dizer porque algo acontece, e não apenas o que acontece; o resultado precisa ser validado; ela diz também o que não pode acontecer
Características da ciência e da Medicina: questionamento sistemático
TIPOS DE CONHECIMENTO
	Popular
	Religioso
	Filosófico
	Científico
	Senso comum, cultura
Não tem a pretensão de ser profundo
	Baseia-se na fé
Crer, mesmo que a realidade mostre contrário
As verdades são reveladas
	Objetivo: diferenciar o pensamento racional dos mitos (sofistas)
Raciocínio lógico: abstração sobre a realidade imediata
Deve ser revisado e justificado
Reflexão do pensar sobre o pensar
	Racional como o filosófico, mas tem a pretensão de revelar uma realidade
Raciocínio lógico – com aplicação direta e precisa à realidade
Reflexão do pensar sobre o objeto
MÉTODO CIENTÍFICO
Em 4 partes, visão idealizada:
Problema –observação( Hipóteses –método( Experimento –análise( Refutação/Confirmação –observação( Problema
RELATÓRIO FLEXNER
Modelo americano exportado ao mundo
Base teórica do currículo tradicional no Brasil
Divisão do curso: básico / profissional
Formação centrada nos professores
Enfoque no aprendizado teórico-científico
Padrões de entrada
Mínimo de 4 anos de duração
Ensino clínico em HUs
Pesquisa = ensino
Controle profissional por conselhos
O ENSINO MÉDICO NO SÉCULO XIX/XX
Caos do ensino médico
Mais de 150 escolas médicas nos EUA
Cursos de até 1 ano que incluíam até Astrologia
Panacéias
BIOÉTICA E PESQUISA
FILOSOFIA MORAL E BIOÉTICA
Aristóteles – saber teorético x prático
Saber teorético: conhecimento de seres e fatos que existem e agem independentemente de nós, sem intervenção
Saber prático: conhecimento daquilo que só existe como conseqüência de nossa ação e, portanto, depende de nós (ex.: ética)
Juízos morais: virtudes, deontologia e conseqüências
Juízos morais principialistas: beneficência, não maleficência,autonomia e justiça
PATERNALISMO
É possível que existam ações paternalistas e ao mesmo tempo éticas?
quando o protegido for paternalistas concorda que realmente precisa de cuidados (sem agressão à autonomia)
proteção de alguém que possui pleno discernimento: crianças doentes, portadores de problemas mentais
RELATIVIDADE DOS PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Brasil e Mundo Latino: beneficência, não maleficência, justiça social, autonomia
Mundo protestante: autonomia, justiça social, não maleficência, beneficência
Extremo Oriente: justiça social, beneficência, não maleficência, autonomia
PLACEBO
Eticamente discutível ou inaceitável quando já há intervenção consagrada
PRINCIPAIS DOCUMENTOS
Declaração de Helsinque (1964, 1975, 1983, 1989)
Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos (OMS, 1991)
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde
EQUIPOIESE
Define até quando prolongar uma pesquisa longitudinal
PESQUISA NA WEB
SITES
�
NCBI – National Center for Biotechnology Information
Cochrane Library
BioMed Central
BMJ – Clinical Evidence
HighWire Press
Google Acadêmico
SciELO
CAPES Periódicos
Evidências.com
Metodologia.org
PDL – Projeto Democratização da Leitura
Google Books
CDFound

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