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A TEORIA DAS NECESSIDADES INTERPESSOAIS DE WILL C. SCHUTZ.
Will Carl Schutz foi professor da Universidade de Harvard e desenvolveu a teoria das Necessidades Interpessoais na década de 50, na qual defendia a ideia de que a aprendizagem ocorreria melhor a partir do momento que os indivíduos se relacionassem melhor dentro do contexto de cada novo grupo e novo ambiente de estudo, e que esta interação ocorreria melhor através de atividades em grupo motivados pelo professor como centro orientador e participativo destas interações.
Inovou no campo da educação com esta teoria, pois provou que os membros de um grupo não acatam em integrar-se senão a partir do momento em que certas necessidades fundamentais e pessoais fossem satisfeitas pelo grupo; e que estas necessidades só podem ser satisfeitas em grupo e pelo grupo. Estas necessidades foram classificadas de afeição, controle e inclusão.
Para subsídio de adequação desta teoria, o professor deve contar com as ações didáticas e planejamento. Pilleti (1986, p.343) defende que:
A didática tem como objeto específico a técnica de ensino. A didática geral studa os princípios, que devem regular o ensino e a didática especial estuda aspectos científicos de uma determinada disciplina ou faixa de escolaridade.
Segundo a teoria de Will os indivíduos desenvolvem o aprendizado melhor e mais rápido se trabalhado em forma de atividades em grupo. Vejamos a importância do significado de grupo, sua formação e estrutura na opinião de Moscovicci (1996 p. 30) afirma que:
O grupo não é a simples soma de indivíduos e comportamentos individuais. O grupo assume uma configuração própria que influi nos sentimentos e ações de cada um. A passagem do individual para o coletivo ainda encerra mistérios e pontos obscuros não desvendados pela ciência.
De acordo com teoria de Schutz (1994) a aprendizagem ocorrerá mais facilmente a partir do momento que os indivíduos passarem a ter melhores relações dentro de um grupo. Mas para chegar à fase ou etapa em que ocorre melhor a fase de integração o grupo passará por outras de transição chamadas de fases de inclusão, controle e afeição.
A Necessidade de Inclusão é a primeira a surgir quando se ingressa em um grupo. É a necessidade de se sentir integrado, valorizado e de ser aceito, de também ser distinto dos demais. Nesta fase não há formação de vínculos emocionais fortes, pois, primeiro o indivíduo procurará indícios de que não é marginalizado pelo grupo.
Na dimensão da inclusão, meu comportamento é determinado pelo modo como me sinto a respeito do que significo como pessoa. Se minha autoestima é baixa e julgo-me sem importância alguma, meu comportamento de inclusão tende a ser extremado e marcado pela ansiedade. Ou eu me esforço ao máximo para fazer com que as pessoas prestem atenção em mim, sendo o ultra social, ou me afasto dos outros, sendo o subsocial (Schutz, 1989, p. 106)
Para a fase de Inclusão, Weil (1967, p.50) descreve que o comportamento observado em sua pesquisa se traduz nos seguintes resultados: 
“Na fase de Inclusão a autoestima é baixo, o comportamento é caracterizado pela ansiedade e pode assumir duas formas: o subsocial ou pouco social e ultra social ou super. – social e o social”.
Quanto a necessidade de Controle surge depois que o indivíduo encontra seu lugar, cada membro do grupo passa a interessar-se pelos procedimentos que levam às decisões entre as pessoas na área do poder, da influência e da autoridade. É importante observar que a necessidade de controle varia desde o desejo de controlar ao desejo de ser controlado, isto é, o indivíduo pode desejar poder e autoridade ou desejar ter as responsabilidades tiradas de cima dele. Nesta fase de controle o indivíduo apresenta necessidade que implica o respeito pela competência e pela responsabilidade alheia, e a consideração alheia da própria competência.
Esta fase de ‘controle’ se apresenta frequentemente conturbada por causa da dificuldade na comunicação, aparecem as disputas pessoais pela liderança e surgem as facções e subgrupos que eventualmente por conveniência podem fazer coalizões. É nesta fase em geral que os membros observam o funcionamento do grupo e aprendem quais são as normas que começam a se estabelecer.
Com relação a necessidade de Afeição é a última fase a surgir no desenvolvimento de um grupo. O afeto se baseia na construção de vínculos emocionais e é quando as pessoas começam a expressar e buscar a integração emocional. Pode ser a fase mais produtiva do grupo já que houve um avanço na sua relação de confiança mútua, no nível de respeito, de aceitação de seus membros e na tolerância às diferenças individuais.
Resumidamente, podem-se citar alguns dos principais sentimentos e comportamentos característicos desta fase: afetividade, ligações e interações mais profundas, maior disponibilidade para o grupo, feedback, encontro com o outro mais verdadeiro e respeito às normas e regras das relações.

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