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Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará Magnólia, Brasileira, Portador da Carteira de identidade: xxxxxxxx e do CPF: xxxxxxxxxxx, Residente: xxxxxxxxxxxxx vem à presença de Vossa Excelência, com fundamento no inciso LXIX do art. 5º da CF/88, ajuizar: MANDADO DE SEGURANÇA em face da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, pelas razões de fato e de Direito a seguir aduzidas: DOS FATOS A Impetrante Magnólia Diante do agravamento do seu estado de saúde, Magnólia foi internada com urgência no hospital estadual da rede pública em Fortaleza, capital do Estado, onde foi submetida a diversos exames através dos quais foi diagnosticada como portadora de Lúpus, uma grave doença autoimune. Entretanto, após uma sensível melhora em seu quadro clínico, Magnólia recebeu alta, verificaram que lhe foi receitado o uso contínuo de um medicamento específico para a sua doença, o que, dada a pouca frequência de diagnósticos semelhantes e a custosa confecção da droga, por si só, já demonstravam que a realidade seria outra vez dura com ela. Ocorre que, como já dito, ela é uma jovem humilde e de escassos recursos financeiros, não tendo como arcar com o pagamento dos medicamentos, os quais custam um valor elevado para a realidade financeira da sua família. Diante dessa situação, Magnólia novamente necessita da assistência da Defensoria Pública para solucionar o seu problema. DO DIREITO Art.6º da CF/88: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. Art. 5º da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”: “III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”; Art. 6 da Lei 8080/90: “Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências”. d) “de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica”; Art. 7º da Lei 8080/90: “As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios”: I – “Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência”; II – “Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral.” DA LIMINAR Art. 7, inc. III da Lei nº 12.016/09 “Ao despachar a inicial, o juiz ordenará”: III – “que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir da impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica”. A relevância do fundamento pode ser entendida como a plausibilidade do direito invocado ou, na expressão latina, “fumus boni iuris”. Enquanto que a ineficácia da medida, caso não seja deferida de imediato, refere-se ao chamado “periculum in mora”. Assim, estão presentes o “fumus boni iuris”, pois a inconstitucionalidade é manifesta, uma vez violada a imunidade determinada pela Constituição, bem como o “periculum in mora”, pois, a cada dia que passa sem que a impetrante faça o uso do medicamento, sua saúde fica mais debilitada correndo risco até mesmo de falecer devido a falta do remédio, justificando plenamente o pedido de liminar. DO PEDIDO Em face do exposto, a Impetrante requer: a) a concessão da liminar, ordenando à autoridade coatora a liberação do medicamento; b) a notificação da autoridade coatora para prestar informações cabíveis, como de direito, bem como a oitiva do Ministério Público; d) procedência da ação, confirmando a liminar: a condenação ao pagamento das custas judiciais. Dá-se à causa o valor de R$ 1,000,00 Nesses termos, pede deferimento. Fortaleza-CE, xx/xx/xxxx _________________________ OAB/CE nº XXXXXXX
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