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A Importância da Literatura na Educação Infantil

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RESUMO
Artigo realizado por pesquisa bibliográfica com foco ao reconhecimento da literatura infantil na escola e como incentivo para a formação de leitores a partir da infância com desenvolvimento da cognição e afetividade, levando a criança a um desenvolvimento da imaginação, das emoções e dos sentimentos. Entre os grandes desafios apresentados aos professores da educação infantil se encontra o ensino da leitura para seus alunos, mas o ensino não somente a fim da decifragem de códigos, mas sim para a provocação do hábito da leitura, por prazer, por necessidade de estudo ou até mesmo para se informar, a prática da leitura é um meio para melhoria do vocabulário e de dinamização do raciocínio. O estudo tem seu início com histórico da literatura infantil, apresentando conceitos acerca da linguagem e da leitura, com foco na importância das histórias contadas e trabalhos de leitura, da importância do contato da criança com o livro e oferecendo estratégias para o desenvolvimento do hábito de leitura, como parte da preparação das crianças para à vida. A literatura em geral, e a literatura infantil em especial além de tudo são poderosos instrumentos para a distração com prazer, quando bem conduzida a iniciação à leitura, a criança cria o costume para a leitura e consegue obter prazer quando conhece novas histórias. 
Palavras-chave: Educação Infantil, Literatura Infantil, Leitura, Desenvolvimento Infantil.
SUMÁRIO
4��INTRODUÇÃO	
6��DESENVOLVIMENTO	
7��Fundamentação Teórica	
13��Material e Métodos	
14��Resultados e Discussão	
16��CONSIDERAÇÕES FINAIS	
18��REFERÊNCIAS	
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INTRODUÇÃO
O artigo que ora apresentamos tem a finalidade de demonstrar que a literatura é por demais importante na Educação Infantil, onde se formarão os futuros leitores adultos, como foco não exclusivo nas crianças, mas também foco nos pais e e nos professores, peças fundamentais nesse processo de iniciação à literatura.
A leitura, de modo geral oportuniza o crescimento do indivíduo, sendo que as crianças possuem mais facilidade para adquirir esse conhecimento, contribuindo sensivelmente para uma melhor comunicação, cultivar a sensibilidade e sentimentos, alargar horizontes de pensamento e dar asas aos sonhos e imaginações.
A motivação para esse tema de trabalho foi pensada com o objetivo de identificar a interação entre a biblioteca e demais formas de obtenção de textos literários, avaliar se a utilização da literatura infantil contribui no processo de formação da moral na criança, e após, analisar o desenvolvimento das crianças em relação à linguagem e expressão com a utilização da literatura e verificar as condições da escola em oferecer obras literárias adequadas, tanto em quantidade como em qualidade, e se a escola oferece condições físicas e espaciais adequadas para o desenvolvimento das atividades de leitura e contação de histórias.
Toda criança que possui contato e envolvimento com a literatura em seu dia a dia, tanto na forma oral ou forma escrita, terão maiores chances de adquirir o gosto da leitura. De forma geral os contatos iniciais das crianças com a literatura se dá com os adultos mais próximos a ela, sejam familiares ou professores, e esse é um processo fundamental na formação do interesse pela leitura. Deste modo é por demais relevante possuir um ambiente escolar constituído de bons materiais didáticos, com amplo e variado acervo de obras literárias infantis, com adequada acessibilidade, sendo fundamentais para uma boa prática pedagógica, se tornando ainda mais significativo com o entusiasmo e criatividade do professor em conseguir mostrar a literatura infantil sob diversas formas com as crianças. 
No processo político-pedagógico da escola, a formação dos alunos em todos os ciclos deve possuir o constante desafio de formar alunos com fluência na leitura, possuindo una boa capacidade para fazer interpretações, de realizar questionamentos a partir da análise e compreensão daquilo que está escrito no texto, tanto de modo explícito ou de modo implícito no texto, além de oferecer à criança uma leitura lúdica e cheia de magia. A aprendizagem torna-se mais significativa, em busca de um aluno mais culto, que consiga desenvolver plenamente suas habilidades, com fantasia imaginativa e criativa.
O incentivo à leitura vai muito além das técnicas para alfabetização, uma vez que se busca a criação de uma nova forma de se ver o trabalho com livros de histórias, de se ver a leitura como algo renovador, refinando a preferência pessoal das crianças e oferecendo uma maior segurança ao trabalho, que visa a formação dos novos leitores.
Na escola, a narração e contação de histórias deve se tornar um momento lúdico e prazeroso, não somente um instrumento para avaliação da criança. No ambiente familiar o estímulo ao hábito de leitura será muito facilitado se as crianças tiverem o exemplo de verem os seus pais praticando a leitura de forma usual e cotidiana.
desenvolvimento
	
	Até o advento do século XVIII, não havia a concepção de uma visão específica sobre a infância, pois a criança fazia parte do cotidiano do mundo adulto, em convivência conjunta, ouvindo as mesmas histórias, e na literatura, quando havia, era do mundo adulto ao qual era inserido. Havia uma nítida separação quanto ao formato das histórias da época, sendo que as crianças pertencentes à nobreza ou classes altas da sociedade da época, ouviam ou liam clássicos greco-romanos, enquanto às crianças das classes mais populares ouviam ou liam histórias sobre aventuras, contos e lendas de cunho folclórico. 
	Houveram nessa época mudanças na estruturação familiar, e a literatura infantil teve uma alavancagem, não havendo mais núcleos de parentesco ou vidas em clãs, e sim moradias individuais a cada família, mantendo certa privacidade familiar e com o afastamento de parentes mais distantes se valorizou mais a aproximação entre os pais e filhos, com maior identidade familiar (pai, mãe, filhos) e o nascimento de desejos individuais e não somente de grupo, como antes.
	Com o absolutismo, e depois com o liberalismo burguês, houve uma centralização do poder político, de modo a diminuir as rivalidades existentes no feudalismo, com os antigos senhores em eternos jogos de interesses, essa centralização oportunizou a vida em família, em sua unidade, valorizando o afeto, a solidariedade entre seus parentes mais próximos, assim se criando uma identidade familiar com privacidade, originando e valorizando uma nova visão sobre a infância, com a criança sendo inserida dentro da organização familiar, gerando responsabilidades dos pais quanto ao crescimento dos filhos, a fim de que atingissem de modo saudável a vida adulta, existindo novas visões sobre o desenvolvimento da intelectualidade dos filhos e controle de suas emoções.
	No Brasil, as primeiras edições de livros da literatura infantil se deram a partir da segunda metade do século XIX, como exigências pedagógicas e ideológicas do Império, e utilização da imprensa oficial para a adaptação ou tradução de livros já publicados e com boa aceitação na Europa. Já com o advento da República, consolidaram-se os livros infantis, com a sociedade brasileira se tornando mais urbanizada apareceu a necessidade e público ávido por produções culturais mais modernas e adaptadas ao novo tempo.
	Era uma época de grandes transformações na sociedade brasileira, com as escolas passando a possuir papéis cada vez mais fundamentais na formação e preparação das crianças, assim se originou uma convergência entre os livros escolares e a literatura infantil, com uma forte carga ideológica, de moldar um país de progresso e nas previsões de um futuro vitorioso. De modo semelhante à maioria dos demais países, aqui no Brasil as obras literárias inicialmente foram mais voltadas e focadas ao aspecto pedagógico, com adaptaçõesde obras portuguesas, ainda evidenciando dependência da ex-colônia em relação ao país que o dominava até poucos anos antes. 
Fundamentação Teórica
Para a formação de alunos leitores fluentes e competentes, com atributos críticos, que possam ter domínio tanto da leitura e como da escrita, fazendo um uso constante da prática de leitura literária, há a necessidade de que os pais e os professores sejam ativamente incentivadores da leitura por todo o período da infância, pois desde pequenas as crianças já ouvem histórias sob a forma oral e é um processo que enriquece o contato da criança com o mundo da leitura. 
 
Os contatos iniciais com a literatura é deveras importante para o desenvolvimento infantil, pois quanto mais estimulada em relação ao universo da literatura, mais substancial será a formação da criança. Ter pais leitores possui grande importância para que a criança adquira interesse pela leitura, o que vem a possibilitar não somente o envolvimento e o interesse, mas favorecendo a criação de condições idealmente melhores para uma boa aprendizagem.
Mesmo antes de qualquer criança ingressar nos bancos escolares, ela já possui um contato sócio-cultural propiciado pela ação dos pais, que a motivou e a estimulou para interagir com a leitura, a fim de estimulá-la para uma aprendizagem com maior significância e essa ação também vem a colaborar para que a criança atinja um bom desempenho na sua vida escolar.
Sob essa ótica os pais possuem um papel de fundamental importância, que é o de propiciar e favorecer o contato com a literatura de um modo enriquecedor e muito significativo, oferecendo uma maior facilidade ao trabalho do professor que irá desenvolver as atividades de leitura. Como a criança somente possui a capacidade para compartilhamento do universo da literatura a partir do momento em que haja a compreensão sobre seu significado, há uma grande responsabilidade dos adultos em relação a isso, pois ao se demonstrar para a criança a importância da linguagem escrita em relação ao cotidiano, sem sombra de dúvida auxilia a criança para a compreensão de seu sentido, descobrindo as diferenças entre a língua falada e a língua escrita, extremamente necessários para o início da aprendizagem.
O conhecimento dos livros e da literatura oferece para a criança uma melhor compreensão sobre si mesma e sobre o mundo da qual faz parte. O contato e manuseio de literaturas diversas leituras favorece o prazer e o fascínio pelo hábito de ler, e encantamento ao sentirem que podem criar e/ou recriar as histórias que escutam ou leem. 
O professor, em suas atribuições pode servir como um mediador entre a literatura e os alunos, seja literatura infantil apresentada por um conto de fadas, uma fábula, uma revista em quadrinhos, ou pela apresentação de mitos e lendas, elas devem estar inseridas nas rotinas, de um modo que desperte a sensação de prazer e que venha a ser levada à sério ao mesmo tempo, de modo que literatura infantil seja uma peça essencialmente importante na formação de futuros bons leitores, além de oferecer diversão com envolvimento e dar contribuição para a formação de leitores com senso crítico, com fluência oral e escrita, além de principalmente estimular o ato de pensar. Na avaliação referente a essas contribuições, o professor pode oferecer um aprimoramento e ao mesmo tempo uma valorização de suas aulas, promovendo que a criança se envolva mais nas aulas, com adoção de práticas lúdicas, com prazer, para que a criança não tenha para com a leitura um sentimento de obrigação. Sob essa ótica, Aguiar (2001) nos afirma que “Formar leitores é tarefa complexa que desafia professores, bibliotecários e educadores em geral, especialmente nesta época tão dominada pelos meios de comunicação de massa, sobretudo pela televisão.” 
Há de se considerar a importância da observação do fato da escola estar realmente oferendo incentivo às crianças no que tange a literatura, a escrita e a leitura, e se tal atividade está se dando com correção e de forma prazerosa, ou, de outro modo, ainda encara tais atividades como uma forma de de penalizar seus alunos por situações comportamentais diversas que são corriqueiras em sala de aula, ou que apenas se utiliza da leitura e de escrita para que sejam cumpridos os conteúdos escolares sem oferecer nada mais para as crianças no sentido de que venham a conhecer significativamente a literatura e leitura, onde possam se dedicar ao aperfeiçoamento da linguagem.
Como um bom leitor, o professor deve demonstrar aos alunos seu interesse pela literatura, com conhecimento das várias etapas do desenvolvimento dos mesmos, bem como realizar apropriadamente suas escolhas de acordo com a idade da criança, disponibilizando uma literatura variada, realizar leituras, fazer relatos de histórias. Bamberger (1988) faz a afirmação sobre a importância do “papel do professor como motivador para que ler seja um momento que tenha alegria para praticar as habilidades, prazer da atividade intelectual e domínio da habilidade mecânica”.
O mesmo autor ainda nos diz:
“Se o professor responder a essa motivação com material de leitura fácil, emocionante, apropriado ao grupo de idade específico, e desenvolver esse primeiro material com livros de dificuldade crescente, as crianças se tornarão bons leitores. Um bom leitor gosta de ler”. (BAMBERGER, 1988)
O professor quando conhecedor dos processos, de modo a respeitar as faixas etárias de seus alunos, tem um ótimo potencial para o desenvolvimento de práticas de leitura que serão motivadoras para que seus alunos passem a gostar e tem especial interesse pela leitura. De forma que os resultados esperados tenham sucesso, também se torna necessário que existam nas salas de aula, ou ao menos na escola, espaços destinados para a leitura, seja qual for a denominação escolhida pela escola para tanto. A escola possuir biblioteca e dar acesso livre a ela é mais um importante passo em prol da formação de um leitor, sendo que a biblioteca deve conter obras literárias diversas, de acordo com os níveis alcançados pelas crianças, além de um acervo farto em variedade e diversidade de gêneros, sendo ideal também que tenha suportes para pequenas apresentações e também de equipamentos tecnológicos que permitam e sirvam de apoio às ações dos professores. As crianças, possuindo contato com os livros, os manuseando de forma prazerosa, em consonância com sua idade, conhecimento, curiosidade e desejo, se sentirão interessados e motivados para a leitura, onde com certeza encontrarão diversos momentos em que podem solicitar ao professor diversas novas fontes de leitura ou obras pelas quais tiveram interesse despertado e originado uma vontade de ter conhecimento.
A leitura prazerosa oferece inúmeras possibilidades de abertura de horizontes, com a criança despertando para um mundo repleto de novas descobertas, com inúmeras possibilidades de encantamento, com o senso critico despertado na forma de descobrir que há um mundo enorme de conflitos, de dúvidas, de impasses, e sentir que pode encontrar soluções, ao seu nível de conhecimento, com o despertar imaginativo, ter curiosidades aguçadas por tantas questões e perguntas e tendo a possibilidade de encontrar ideias inovadoras para que consiga solucionar novas questões, de tal forma como os personagens da literatura o realizam, além de apresentar empatia em sua identificação com os personagens das literaturas por ela conhecida.
As crianças, em especial as mais novas, manifestam diversos sentimentos quando em contato com literatura ou ouvem histórias, tristeza, medo, alegria, são sentimentos que normalmente afloram em tais momentos da aprendizagem, que vem a permitir que elas realizem suas interpretações conforme sua visão, exprimindo seu pensar sobre as leituras efetuadas e que tudo o que foi vivenciado venha a contribuir para que possam vir a criar uma autonomia de pensamento. Seguindo esse entendimento, nota-se que a literatura na educação infantil possui um papel extremamente importantena vida da criança, pois sem dúvida alguma vem proporcionar uma grande melhoria em seu desenvolvimento cognitivo, conforme o pensamento de Abramovich (2008), “O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo (a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!”
São diversos os motivos referentes à utilização da literatura infantil no âmbito do processo de formação de leitores, não bastando que a criança tenha contado único com a literatura e leitura, mas que tenha de modo permanente e rotineiro essa prática, inicialmente em família, e depois na escola com seus professores. Abramovich (2008) nos diz que “ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... é encantamento, maravilhamento, sedução...”
Todo professor ao se reconhecer um leitor, poderá transmitir para seus alunos o prazer que possui com a literatura e leitura, e ao demonstrar seu gosto e possuindo a percepção do que atrai os alunos e assim ter condições para poder desenvolver uma melhor forma de efetivar o gosto pela leitura e literatura, mesmo que seja difícil obter essa percepção através dos gostos do aluno, visto que por muitas vezes o mesmo rejeita a leitura, pensando nela como um dever, uma obrigação para aprender.
Ao professor cabe o avanço na desconstrução dessa visão da obrigatoriedade de se aprender a ler, pois no caminho ao avanço e desenvolvimento da criança o aprender a ler é somente uma etapa, tendo também a construção de valores como o reconhecimento e valorização da literatura, oportunizando e criando condições favoráveis para que a criança possa construir seus momentos prazerosos de leitura, valendo observar que esse processo também possui influência da escola, de como são suas dependências físicas, como a existência e acesso à biblioteca, a participação pro-ativa da família, a formação continuada e preparação dos professores e o reconhecimento dos mesmos como leitores, além de todo o restante da comunidade escolar
Ainda sobre o fato do professor dever ser um leitor assíduo temos que: 
“... o trabalho com a leitura nas escolas e como é importante que o professor seja ele mesmo um leitor, não seja só mais uma pessoa letrada, mas que com frequência, seja um leitor que desfrute ler todos os tipos de leituras possíveis, como ler jornais, revistas, bulas de remédio, romances, gibis. (ZILBERMAN, 1988)
Com o passar dos anos, os interesses em relação à literatura e leituras vão se modificando concomitantemente ao desenvolvimento do leitor, enriquecido pelo progresso de suas novas visões e experiências de vida, tanto pelo aspecto da leitura por si mesmo, quanto pelo aspecto de uma maior vivência cotidiana. Porém de fato o mais importante é o ato da procura pela leitura e literatura, presente no desejo de aprender mais e obter novos conhecimentos, pois a própria leitura oferece novas e diversas possibilidades para se interessar também por outros novos conhecimentos que anteriormente eram desconhecidos ou considerados irrelevantes. Pode-se afirmar que a leitura se torna um círculo virtuoso, pois novos conhecimentos geram curiosidade, que é suprida por novas leituras, que geram novos conhecimentos que vem a gerar novas curiosidades e assim por diante.
Os alunos que melhor leem nas escolas de modo geral são aqueles que retiram livros da biblioteca ou os leem lá mesmo, e conforme as condições financeiras da família, adquirem obras literárias para si, enfim, os alunos que mais se destacam, são justamente aqueles que mais se interessam pela leitura. Assim o professor deve demonstrar que aprender a ler trata-se de uma competência que deve ser vista com um meio e não como um fim por si mesmo, onde o aluno faz leitura com interesse maior do que somente para aprender a ler.
Material e Métodos
	Na análise do processo de literatura infantil na escola fundamental, a realização e a conclusão desde trabalho foi fundamentado e baseado em uma pesquisa bibliográfica exploratória sobre a importância da literatura na educação infantil, e durante a pesquisa foi realizada a observação de que os personagens das histórias são fortes elementos na hora de identificar uma boa história, pois é no espelhamento com os personagens que as crianças criam uma ficção, uma fantasia, e deixam a imaginação fluir, tanto aqueles personagens dos livros de histórias e até mesmo filmes, desenhos e seriados, já que muitos deles, são originalmente baseados na literatura infantil. Pinto (2004) afirma que “Uma criança que é capaz de interpretar uma história é capaz de codificar símbolos e significados ligados aos fatos do seu cotidiano, e a afetividade faz parte destes signos, uma vez que o cognitivo e o afetivo estão interligados”.
A pesquisa bibliográfica foi realizada baseada em livros, artigos referentes ao assunto literatura no ensino fundamental, de modo a obter a ótica de pensamento de autores diversos e suas obras literárias, na busca de obtenção de respostas aos questionamentos levantados pela relevância do tema pesquisado foi realizado o estudo de natureza qualitativa, realçando as relações de dinamismo entre o mundo real e o sujeito, em vínculo que torna indissociável o mundo objetivo e o sujeito subjetivo.
O estudo ora realizado, por sua natureza possibilitou significativo aprofundamento em relação ao tema proposto sobre a importância do ensino de literatura na educação infantil, o que inclui o período de alfabetização, de letramento, além dos aspectos relacionados ao desenvolvimento social da criança. Percebe-se que a literatura infantil, por sua importância, deve ter presença cotidiana na vida das crianças, seja no contexto formal de escolarização ou no contexto informal junto a seus familiares, sabendo-se que os benefícios provindos do processo de literatura e leitura são imensamente benéficos para todas as crianças em processo de alfabetização e letramento.
Assim, o presente trabalho foi feito com base na pesquisa bibliográfico, na reflexão relativa ao tema e análise pessoal sobre a importância do ensino de literatura infantil no ensino fundamental.
Resultados e Discussão
Percebe-se que pela dinâmica dos fatos sociais e avanços em relação a todos os aspectos humanos da sociedade, a formação dos professores jamais deve ser dada como concluída, pois devem estar sempre em uma contínua capacitação, não somente no modo formal como especializações, pós-graduações, seminários, congressos, cursos presenciais ou via online, mas também informais, aprendendo diuturnamente com seus colegas e alunos na troca de experiências e vivências, principalmente no que se refere aos aspectos da formação de alunos leitores, de forma a estar sempre na busca e descoberta de novas práticas e de informações consistentes e de fontes fidedignas que possam agregar valor aos seus conhecimentos, de forma a possuir cada vez melhores condições para poder oferecer ruma aprendizagem significativa aos seus alunos, e com muita segurança se pode afirmar que o aperfeiçoamento na formação do professor possibilita a ele, que possa transformar seus alunos em leitores com consciência crítica, com fluência na linguagem oral e escrita, e no futuro homens e mulheres em condição do pleno exercício de sua cidadania. 
Quando ocorre o pleno convencimento da importância da literatura, da leitura e dos livros para a formação de seus alunos, seja ela de forma individual, social ou cultural, maior e melhor será a contribuição oferecida pelo professor, que em sua constante busca do melhor aprendizado sabe como é de extrema importância a leitura não somente para uma formação de qualidade, como quanto no desenvolvimento de práticas que venham a estimular o hábito da leitura e na criação de estímulos para que venha a haver a construção de atitudes que visem a que o aluno venha a gostar de ler e desenvolva um comportamento ativo como leitor.
O questionamento pesquisado e os resultados encontradosvieram ao encontro da proposta inicial, de pesquisar e revelar a importância da literatura na educação infantil no ensino fundamental. Fica evidenciado que os atos de ler e de ouvir histórias está muito distante de ser um ato passivo, mas é um caminho no qual se encontram grandes possibilidades para serem trabalhadas diuturnamente com as crianças da educação infantil. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O artigo que ora se finaliza, permite que se faça uma verdadeira reflexão sobre a importância da literatura infantil na educação fundamental, firmemente associada à formação de alunos leitores. 
	As pesquisas bibliográficas realizadas possibilitaram a compreensão sobre o surgimento da literatura infantil a partir de sua fase inicial e o caminho percorrido até seu aparecimento em nosso país ao final do período imperial.
	Verificou-se no decorrer da pesquisa, que o papel da família e professores são fundamentalmente importantes para que unidos possibilitem a formação de alunos leitores. A família não pode ser dissociada desse processo, pois tem o papel ativo de oferecer desde cedo para suas crianças o contato com a literatura, com os livros, com as histórias, de forma que possibilite a esses leitores que se tornem mais desinibidos, com atitudes estimuladoras e atuando em uma verdadeira parceria com os professores, em que juntos venham s desenvolver alunos leitores com fluência e que se tornem apreciadores da leitura, e por isso novas visões devem ser sempre adotadas e associadas com novas práticas em sala de aula, para não perder o foco, nem dinamicidade, já que o acompanhamento das mudanças sociais e culturais se faz muito necessário nessa época de rápida assimilação de novos costumes e fatos sociais.
	O ato de ler, a leitura é realizada não só para ou por que lê, podendo ser também direcionada para outras pessoas, que também leem o texto, o ouvindo, sendo a forma dos primeiros contatos das crianças com a literatura, onde os adultos leem histórias para elas. Assim o fato de ouvir histórias se torna uma forma de leitura, sendo que a diferença compreendida entre ouvir a leitura reside no fato de que a fala tem produção espontânea enquanto que a leitura baseada em um texto escrito por certo possui características próprias, que são diferentes da fala espontânea. 
	
	A leitura pode ser considerada como uma ação fundamental, que pode gerar independência tanto nos aspectos emocionais e nos aspectos culturais, já que a segurança de conhecer e poder buscar mais conhecimento é um fator que destrava receios em relação ao novo e o desconhecido. 
	A leitura, também representa uma condição para se obter acesso e ascendência em relação a seu posicionamento ante a sociedade, pois alguém que não sabe ler e escrever, mal sobrevive, vivendo de subempregos ou quando obtém um emprego formal fica sem condições para melhoria de posição dentro da entidade a que oferece sua mão de obra, e fica de modo geral praticamente à margem da sociedade ou vive de favores ou auxílio desta própria sociedade. 
	Vivemos atualmente em tempos difíceis, de crise econômica e moral, de rápidas transformações sociais, de exarcebada competividade, de extremismos políticos e religiosos. Porém somente um fato permite que uma sociedade sobreviva ou que um indivíduo possa ascender socialmente ou culturalmente, a educação, e, a leitura, a literatura são fundamentais para isso, pela formação de um cidadão capaz de discernir o que é bom, certo, que faça ele e sua sociedade avançar e progredir. Não somente a literatura, mas a cultura em geral como um todo auxiliam a entender o mundo, passado, presente e futuro, bem como ser a alavanca para a quebra de paradigmas, a fim de não permitir retrocessos no mundo, no país, na sua cidade e impedir que o obscurantismo e fanatismos destruam uma estrutura humana que paulatinamente se construiu por milhares de anos.
REFERÊNCIAS
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ÁVILA, Ivany Souza. Algumas Idéias para Pensar sobre as Práticas Pedagógicas em Alfabetização. UFRGS. 2010.
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BUSATTO,Cléo. Contar e Encantar: Pequenos Segredos da Narrativa. Editora Vozes. Petrópolis. 2003.
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COELHO, Nelly Novaes. Panorama Histórico da Literatura Infanto-Juvenil: das Origens Indo Européias ao Brasil Contemporâneo. 2. ed. São Paulo: Global, 1985
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LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil Brasileira: História e Histórias. São Paulo: Ática, 1984
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ZILBERMAN, Regina. A Literatura infantil Brasileira - Como e por que ler. Rio de Janeiro. Editora Objetiva. 2005.
ZILBERMANN. Regina. A leitura e o ensino da literatura. São Paulo: Cultrix.1988.
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Artigo apresentado à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial para o aproveitamento da disciplina Projeto Integrador, da 7ª série do Curso de Pedagogia.
Tutor a Distância: Raquel A. S. Raysaro 
Passo Fundo/RS
2017

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