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Processual Penal

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Questões Prejudiciais: é algo que impede o imediato processamento e julgamento do processo porque há uma questão com valoração penal ou extra penal, que deverá ser enfrentada antes do mérito. Exemplo: crime de bigamia, crime de abandono material. 
Elementar é uma circunstância, e se essa circunstância desaparece o fato se torna atípico. 
As questões prejudiciais afetam a tipicidade do delito. 
Natureza Jurídica: é a localização de determinado tema dentro do ordenamento jurídico. Existem dois posicionamentos doutrinários:
1ª A questão prejudicial é uma elementar da infração penal (dado relevante para ser considerado crime). Tipicidade Relativa = retira uma elementar do tipo penal e o fato passa a ser caracterizado como outro. Exemplo: peculato, ser perder a elementar será furto.
 
2ª A questão prejudicial é uma espécie de conexão.
Características da questão prejudicial:
Anterioridade: a questão prejudicial deve ser resolvida antes do enfrentamento do mérito da ação penal. 
Essencialidade, Necessariedade ou Interdependência: significa que há uma relação lógica entre a questão prejudicial e a questão pretendida. É preciso que ela tenha essa essencialidade para a caracterização penal.
Autônoma: toda questão prejudicial pode ser resolvida dentro de um processo autônomo, ou seja, a questão prejudicial tem vida própria fora do processo penal. 
Diferença entre questão prejudicial e preliminar → a questão prejudicial está relacionada ao direito material (direito penal), tem vida própria fora da ação penal, podendo ser resolvida por Juiz Cível ou Penal. Já a preliminar está relacionada ao direito processual (exemplo: inépcia da denúncia). 
Classificação das Questões Prejudiciais: quanto a sua natureza pode ser HOMOGÊNEA ou HETEROGÊNEA. 
Homogênea: a questão prejudicial é do mesmo ramo do direito da questão prejudicada. Exemplo: lavagem de dinheiro, receptação. Nesses crimes é preciso que ocorra outro crime anterior. É regulada pelas regras de conexão do art. 56, CPP. 
Heterogênea: a questão prejudicial é de ramo diverso da questão prejudicada. Exemplo: bigamia, abandono material, regulados pelos arts. 92 (envolvendo estado de pessoa) e 93 (civis relativas às demais hipóteses) do CPP. 
Competência para apreciação: 
Não Devolutiva: não encaminha a outro juízo. É aquela apreciada no próprio juízo criminal. A espécie não devolutiva corresponde às questões prejudiciais homogêneas. 
Devolutiva Obrigatória/ Absoluta: significa que a questão prejudicial obrigatoriamente será analisada pelo Juiz Cível (art. 92, CPP). Trata-se de natureza heterogênea.
Devolutiva Facultativa: questão prejudicial que pode ser analisadas pelo Juiz Penal. Não diz respeito ao estado de pessoas (art. 93, CPP). 
Consequências da Questão Prejudicial: 
Necessária: é aquela que sempre acarretará na suspensão do processo. 
Facultativa: nem sempre acarreta na suspensão do processo, pois o Juiz Penal pode apreciar o mérito (art. 93, CPP e art. 76, CP). 
Quanto ao grau de influência sobre a questão prejudicada: pode ser total ou parcial: 
Total → é aquela que possui a aptidão para afetar a existência do crime. Afeta totalmente a existência do crime. 
Parcial → é aquela que se limita ao reconhecimento de uma circunstância, nunca afetando a existência do crime. Jamais gerará suspensão do processo na medida em que o CPP nos arts. 92 e 93 somente autoriza a suspensão na hipótese de questão prejudicial que afeta a existência da infração penal (tipicidade). A questão prejudicial parcial somente diz respeito à circunstância do crime e nunca da sua existência. 
Sistemas de solução das questões prejudiciais:
Sistema de cognição incidental
Sistema de prejudicialidade obrigatória 
Sistema de prejudicialidade facultativa 
Sistema eclético/misto
Questão prejudicial devolutiva absoluta (art. 92, CPP): tem como pressupostos: 
que diga respeito à questão principal. 
que haja uma controvérsia séria e fundada. As meras alegações desprovidas de suporte não geram a suspensão do processo. 
diga necessariamente ao estado das pessoas. 
Consequências: a existência de uma questão prejudicial devolutiva absoluta é que causa a suspensão do processo e do prazo prescricional (arts. 92 e 116, I, CPP), ficando suspenso até o trânsito em julgada da decisão cível.
A inquirição de testemunhas e produção de outras provas consideradas urgentes. 
A intervenção do MP no processo cível a fim de zelar pela celeridade do processo, mesmo que não seja em casos de sua atribuição originária. 
Questão prejudicial absoluta relativa (art. 93, CPP): diz respeito a questões cíveis diversas do estado civil das pessoas e tem como pressupostos: 
está liga a existência da infração.
essa questão prejudicial não é relativa ao estado da pessoa.
para que essa questão suspenda o processo é necessário que já haja uma ação cível em andamento. 
que a questão seja de difícil solução. 
Consequências: são as mesmas da questão devolutiva absoluta. 
Recursos cabíveis: contra a decisão que determina a suspensão do processo, caberá o RESE.  
Não cabe recurso para decisão que não determinar a suspensão do processo (art. 93, 2°, CPP), embora não caiba recurso, caberá HC. 
Decisão cível e sua repercussão no âmbito criminal: 
Questão heterogênea relativa ao estado das pessoas: a decisão cível faz coisa julgada no âmbito criminal. Ou seja, o juiz não pode decidir diferente.  Se por ventura o processo não estava suspenso e é prolatada sentença cível divergente da criminal, o réu poderá ajuizar revisão criminal, demostrando por exemplo a invalidade do primeiro casamento no crime de bigamia. 
Questão heterogênea não relativa ao estado das pessoas: esse tipo de questão o próprio juiz penal pode resolver no processo (incidentalmente), portanto, a decisão criminal incidental acerca da questão prejudicial não faz coisa julgada no cível. Se na esfera cível o juiz modificar a decisão do juiz criminal, será possível revisar a decisão criminal. 
Princípio da Suficiência da ação penal: relaciona-se com as questões prejudiciais heterogêneas, em que a ação penal em determinadas situações é suficiente para resolver a questão prejudicial ligada ao estado de pessoas, sendo desnecessário aguardar a solução no âmbito cível. 
Esse princípio se aplica às questões homogêneas, heterogêneas não relativas ao estado da pessoa. 
Exceções no processo penal:  é o meio processual pelo qual o acusado busca a extinção do processo sem que haja julgamento de mérito. É dividida em duas: 
Exceção peremptória: aquela que objetiva a extinção do processo. Exemplo: exceção de coisa julgada e exceção de litispendência. 
Exceção dilatória: aquela que visa retardar o curso do processo. Exemplo: exceção de suspensão e exceção de incompetência. 
Regras gerais: as exceções podem ser arguidas a qualquer momento; elas são processadas em apartado, ou seja, elas não são processadas dentro do mesmo processo (art. 111, CPP); elas não são dotadas de efeito suspensivo (exceto no caso de exceção de suspeição, desde que a outra parte reconheça a procedência e relevância da arguição – art. 102, CPP). 
Exceção de Suspeição (hipóteses no art. 254, CPP – Amizade fidalgal ou Inimizade figadal): o procedimento de suspeição sempre precede os demais (art. 96, CPP). O Juiz pode reconhecer a exceção de ofício, podendo também as partes alegá-la. Essa alegação deve ser fundamentada e/ou acompanhada de provas. 
Em regra, as partes que arguem a exceção de suspeição. O assistente de acusação, segundo o rol taxativo de seus poderes do art. 271, CPP não está o de arguir a suspeição do Juiz. Existem duas correntes doutrinárias a esse respeito: 
1ª Afirma que por falta de previsão legal, o assistente não pode arguir a suspeição.
2ª Diz que o assistente de acusação, uma vez que é de interesse de todos os participantes do processo ter um Juiz imparcial. 
Arguida a exceção de suspeição os autos irão conclusos ao Juiz, que pode reconhecer a procedência da suspeição, remetendo osautos ao seu substituto legal (desta decisão não cabe recurso, por motivos óbvios!!!). Ou o Juiz não reconhecendo a suspeição, determina autuação da referida exceção, tendo 3 dias para defender-se apresentando provas. Esgotado o prazo o Juiz tem 24h para remeter os autos ao TJ. 
Em SP quem aprecia a exceção de suspeição é a Câmara Especial. 
Se o TJ reconhecer a procedência da suspeição, anula os atos praticados pelo Juiz suspeito e remete os autos ao seu respectivo representante legal. 
Se o TJ reconhecer a improcedência da suspeição, o processo continua normalmente (dessa decisão cabe Embargos de Declaração. Resp e RE). 
Exceção de Impedimento (hipóteses no art. 252, CPP)
Diferença entre SUSPEIÇÃO e IMPEDIMETO → a suspeição acarreta a nulidade dos atos. O impedimento acarreta na inexistência dos atos. 
Suspeição: em regra traz uma situação fora do processo ( extra alto).
Impedimento: traz situações de dentro do processo ex: o juiz julgou em primeira instância, ele não pode julgar o recurso da decisão que ele mesmo proferiu.
As situações de impedimento se situam dentro do processo, para parte da doutrina acarreta na inexistência jurídica, outra parte na nulidade.
Exceção de Incompetência: é uma exceção dilatória, o processo não será extinto, ou seja apenas passa de um juiz para o outra, temos de diferenciar a competência relativa e territorial.
Para o processo penal a competência é onde se consumou o fato e em casos de plurilocalidade a competência relativa é o da ação ou omissão.
A violação da competência relativa gera uma nulidade também relativa, deve ser a nulidade relativa arguida sob pena de perclusão.
A competência absoluta como a competência de juízo gera uma hipotese de nulidade absoluta pode ser arguido a qualquer momento, no processo penal o juiz pode ser reconhecido de ofício.
Diferença entre competência ABSOLUTA e RELATIVA é que na CA gera nulidade absoluta, e na CR gera nulidade relativa. 
ATENÇÃO: no Processo Penal o Juiz pode reconhecer ambas de ofício. 
Art. 251 do CPP
Caberá ao juiz prover a regularidade do processo (autoriza o juiz)
Uma vez aposta a exceção o juiz que decidirá, se ele julgar procedente a exceção, caberá RESI (recurso em sentido estrito) com fundamento no art. 581, III, CPP.
Se ele se julgar incompetente não cabe recurso só Habeas Corpus.
Litispendência (exceção)
No processo penal a litispendência se dá pela causa de pedir, ações penais o mesmo fato criminoso haverá litispendência. (quando houver duas)
A litispendência segui a parte geral das exceções
 
Se ele não reconhecer não caberá recurso apenas Habeas corpus.
Exceções de coisa julgada
É um atributo da decisão judicial do qual não cabe mais recursos.
A decisão criminal que tramita em trânsito julgado poderá ser desconstituído por meio de revisão criminal ( equiparace a ação recisória).
 
A sentença absolutória transitada em julgado não pode ser desconstituído em nenhuma hipótese ( coisa soberanamente julgada), é verdadeiramente imultável.
Havendo coisa julgado de um fato criminal a parte deverá opor a exceção.
Exceção de ilegitimidade da parte
Existem duas espécies de ilegitimidade no direito penal.
1- ilegitimidade " ad causam " o MP propõe uma ação que é de iniciativa privada ou a vítima propõe uma ação pública, quando isto ocorre temos uma hipótese de ilegitimidade ad causam.
2- ilegitimidade " processual " diz respeito em regra aos vícios de representação, pessoa que ajuíza queixa sem estar representado por advogado, ou advogado que ajuíza queixa sem apresentar procuração nos moldes do (art. 44 CPP).
Esses vícios podem ser sanados dentro do prazo decadêncial, 6 meses ao contar da data de conhecimento.
Esta exceção segue a regra geral das exceções inclusive quanto aos recursos.
Prisão
É a privasão da liberdade da pessoa que é recolhido ao carcere em razão da prática de uma infração.
Fundamento Constitucional
Art. 5, LXI- a prisão como regra é sempre determinada por um juiz competente, toda prisão deve decorrer de uma ordem judicial, mas o dispositivo traz exceções:

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