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SUBGRUPO MOBILIDADE Pacientes classificados no subgrupo mobilidade ou na categoria dor cervical com déficits de mobilidade referem dor cervical e/ou dor torácica. A disfunção primária é a redução da mobilidade associada a limitações funcionais. Os objetivos centrais da intervenção neste subgrupo são melhorar a amplitude de movimento (ADM) funcional e reduzir a dor e a incapacidade. TRATAMENTO O tratamento do subgrupo mobilidade inclui a manipulação thrust e a mobilização para as disfunções das colunas cervical, cervicotorácica e torácica e costelas, identificadas pelos testes provocativos e de mobilidade segmentar passiva. Exercícios de ADM ativa, exercícios de alongamento muscular, de automobilização, controle motor, endurance e fortalecimento são combinados à terapia manual para manter e aumentar os ganhos funcionais. SUBGRUPO TOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO E CONDICIONAMENTO Pacientes classicados no subgrupo tolerância ao exercício e condicionamento ou na categoria dor cervical com disfunções no controle do movimento referem dor cervical persistente com duração superior a três meses.5 A disfunção primária deste subgrupo é o décit de controle motor, endurance e força muscular, e o objetivo das intervenções neste subgrupo é a restauração desses décits. Traumas na coluna cervical, principalmente em esportes de contato ou radicais que exponham o atleta a longos períodos de imobilização, podem contribuir para o surgimento das disfunções. TRATAMENTO No subgrupo tolerância ao exercício e condicionamento, o tratamento inclui os seguintes exercícios e treinamentos: exercícios de controle motor específico; exercícios gerais para as disfunções de endurance e força muscular do quadrante superior; reeducação postural; exercícios de alongamento; e treinamento baseado em tarefas específicas dirigidas às limitações funcionais. Após a avaliação do desempenho dos músculos cervicais, tem início um programa de exercícios terapêuticos designados especificamente para retreinar os músculos disfuncionais. O objetivo principal do tratamento desses pacientes é reduzir o estresse nos segmentos vertebrais envolvidos, por meio do restabelecimento do controle motor, da endurance e da força muscular, diminuindo a dor e a incapacidade funcional. SUBGRUPO CENTRALIZAÇÃO Pacientes classificados no subgrupo centralização ou na categoria dor cervical com dor referida irradiada para o membro superior referem dor cervical associada a sintomas na cintura escapular e na extremidade superior, que podem coexistir com défiicits de força muscular nos miótomos afetados, redução de sensibilidade em padrão dermatogênico e hiporreexia.5 A disfunção primária deste subgrupo é a compressão radicular associada a limitações funcionais. O objetivo primário da intervenção consiste na migração dos sintomas no sentido distal-proximal (isto é, centralização), na melhora da funcionalidade e na resolução dos sinais e sintomas neurológicos. DIAGNÓSTICO Assim como nos subgrupos anteriores, os achados dos exames de imagem parecem não colaborar de forma denitiva para o diagnóstico dos pacientes do subgrupo centralização. Contudo, a avaliação por meio da eletroneuromiograa (ENMG) pode ser utilizada como uma forma diagnóstica com boa acurácia. TRATAMENTO As principais intervenções recomendadas para os pacientes do subgrupo centralização incluem exercícios neurodinâmicos, manipulações e mobilizações da região torácica e tração cervical. SUBGRUPO REDUÇÃO DA CEFALEIA Pacientes classicados no subgrupo redução da cefaleia ou na categoria dor cervical com cefaleia referem dor cervical associada a sintomas na cabeça.42 As disfunções primárias deste subgrupo são a redução da mobilidade articular da coluna cervical alta e o décit de força e endurance dos músculos exores profundos cervicais associados às limitações funcionais.Os objetivos principais da intervenção incluem a redução da cefaleia e da dor cervical, assim como o ganho de ADM funcional e a redução da incapacidade. TRATAMENTO É de se esperar, pelas características dos exames subjetivo e físico, que indivíduos com cefaleia cervicogênica respondam tanto a exercícios especícos para a musculatura cervical profunda quanto a exercícios direcionados para o ganho de mobilidade articular segmentar. SUBGRUPO CONTROLE DA DOR Lesões agudas são comuns em atletas envolvidos em esportes de alta demanda e contato direto. Essas lesões, em geral, ocasionam dor acentuada no local acometido. Pacientes classificados no subgrupo controle da dor referem dor cervical de alta intensidade, muitas vezes relacionada a traumas. A disfunção primária é o alto índice de dor, tornando o paciente incapacitado para as AVDs. O objetivo primário da intervenção neste subgrupo é o controle da dor. DIAGNÓSTICO Neste subgrupo, o exame físico é intolerável, assim como outras intervenções, especicamente as manuais. Os achados de exame subjetivo são apresentados no Quadro TRATAMENTO O tratamento dos pacientes do subgrupo controle da dor deve centrar-se em exercícios de ADM de forma suave, exercícios ativos e mobilizações suaves de áreas não irritáveis, como ombro e coluna torácica.6 Movimentações e atividades devem ser encorajadas, desde que não evoquem dor. Doses com poucas repetições e baixa frequência devem ser adicionadas à rotina do paciente.
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