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Resumo de filosofia

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Resumo do livro “Filosofia do Direito” de Mascaro 
 A filosofia é identificada, contemporaneamente, como uma tradição consolidada de 
pensamentos, temas, ideias, indagações e conclusões. 
 A filosofia, ao mesmo tempo em que é uma sistematização do pensamento, é um 
enfrentamento do próprio pensamento e do mundo. 
 Para Aristóteles, direito natural é tomado no sentido literal, de observação da natureza, 
e, portanto não é mero compilado e conservado de normas, nem é cerebrino. É aberto 
ao novo, como a própria natureza das coisas o exige. 
 A equidade aristotélica, que foi o ápice do pensamento jusfilosófico antigo, não se 
repete no mundo medieval. O justo será tido por divino, imposto e não construído 
socialmente. Não tem o caráter engenhoso e de conjunto de normas eternas. Sai de 
uma política antiga, entra em cena o teológico medieval. 
 O absolutismo é a adaptação da velha visão teológica medieval, equipada 
pioneiramente para dar conta do surgimento do Estado moderno. A primeira doutrina 
por excelência do capitalismo nascente valeu-se, portanto, dos velhos elementos 
jusfilosóficos teológicos. Mas o absolutismo é eivado dos vícios dos estamentos antigos, 
a nobreza e o clero. A burguesia, como classe nova e ascendente, não dominando o 
Estado, lança-se à construção de uma filosofia de combate, extremamente racionalista, 
o iluminismo. 
 Entre os antigos gregos deu-se a primeira grande sistematização do pensamento 
filosófico. A contribuição de tal alvorada da filosofia se destacou também para as 
questões do direito e da justiça. Durante muitos séculos e mesmo milênios aquilo que 
foi o senso comum do pensamento jurídico ocidental foi consolidado a partir de uma 
visão geral de mundo que foi a dos romanos, que, por sua vez, hauriram-na diretamente 
da filosofia do direito grega. 
 Já desde o tempo atribuído a Homero (séc. IX a.C.) o pensamento grego se confronta 
com a cristalização de sua mitologia ou com a sua explicação com bases racionais. A 
antiga visão grega sobre os mitos a respeito do justo, que era religioso, com o tempo vai 
se transformando. Nos séculos posteriores, surgem aqueles que, de maneira clara, 
rompem com as velhas explicações do mundo e partem a um entendimento das coisas 
tendo por fundamento alguma racionalidade. Tais novos pensadores, como Tales de 
Mileto, Anaximandro, Heráclito e Parmêndes, já não mais se limitam a reencontrar a 
tradição, mas sim, buscam entender o mundo em novos padrões. 
 
 Cosmogonia estudo das origens das coisas e do mundo e do próprio mundo. 
Logos é a própria razão como o verdadeiro. 
Physis natureza 
 
 Para os gregos, não há uma criação do mundo surgida de um deus que o faça sem que 
antes houvesse algo. 
 Diké é um símbolo, tal qual, para Themis, haurido da mitologia e da religião grega, mas sua 
expressão revela outro uso não se apoia na norma tanto como força e autoridade, mas sim com 
uma ênfase maior sobre o justo. 
Themis refere-se à autoridade do direito 
Diké cumprimento da justiça 
 
 Os pré-socráticos, foram um conjunto de pensadores que viveram nos séculos 
anteriores a Sócrates. 
 Tales Mileto, primeiro pré-socrático. 
 Escolas pré-socráticas: 
o Escola jônica: Na Ásia Menor. Tales Mileto pioneiro, além de Anaximandro de 
Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso. 
o Escola Pitagórica: Magna Grécia (atualmente sul da Itália). Maior representante 
Pitágoras de Samos. 
o Escola Eleata: Magna Grécia. Principal pensador Parmênides de Eleia, e, além 
dele Xenófanes de Colofão e Zenão de Eleia. 
 Quarta corrente de pré-socráticos, reúne pensadores variados com os atomistas Leucipo 
de Abdera, Demócrito de Abdera, Empédocles de Agrigento e Anaxágoras de 
Clazómena. 
 Anaximandro de Mileto, foi discípulo de Tales, tendo-se destacado pelo seus inventos e 
pela sua argúcia no campo da ciência, em especial na astronomia. Enquanto a velha 
tradição da mitologia grega considerava a cosmologia como tendo por base o ar, a água, 
a terra ou o fogo, em Anaximandro tal compreensão alcançava um novo patamar: A 
physis se originava de ápeiron, ilimitado, que, sem forma, dá origem a todas as coisas. 
Rompendo com as velhas tradições, pode-se dizer que Anaximandro dá início a sua 
própria filosofia. 
 Heráclito de Éfeso, filosofo excêntrico, que desprezava as massas e suas crendices. Em 
sua cosmologia, fundava no fogo a base da natureza. Por tal razão, o universo tinha por 
padrão a mudança. O fogo procedia uma constante transformação de todas as coisas. 
 A noção de devir, em Heráclito, não é a de qualquer fluxo: trata-se da luta dos 
contrários. 
 Mas, enquanto o logos (o ser, o pensamento, a fala) de Parmênides é um conceito, uma 
visão lógica sobre as coisas, para Heráclito a logos é, além de tudo isso, uma ação. 
 Sócrates, desenvolveu seu pensamento no tempo de apogeu da vida cultural e social 
dos gregos. Atenas vivia, na fase em que surgiu Sócrates, a época que foi chamada de 
século de Péricles. 
 Os sofistas foram os grandes artífices da construção prática democrática ateniense. 
 
 
Sofistas mestres da retórica 
Sócrates se recusa a considerar os sofistas filósofos 
 
 
 Os sofistas mais importante foram homens do mundo grego, mas não eram cidadãos de 
Atenas: Protágoras de Abdera e Górgias de Leortini. 
 
Péricles incentivador da presença dos sofistas em Atenas. 
Protágoras (nomos – normas) condição necessária para a manutenção 
das sociedades humanas. 
 
 Para Sócrates, era preciso buscar o fundamento de novas ideias e dos conceitos. A 
primeira atividade do filosofo é a indagação sobre o que é, no sentido do esclarecimento 
e da iluminação em direção do verdadeiro. Ao contrário do sofista, que afasta a verdade 
porque considera uma convenção, e, portanto, trabalha com a verdade, Sócrates busca 
a verdade. 
 A busca de Sócrates é extrair o conceito do justo por meio da razão. 
o Críton (ou Critão) é o diálogo mais importante de Sócrates o respeito do justo. 
o Eutífron, a apologia de Sócrates, Críton e Fédon – diálogos de Sócrates, escrito 
por Platão. 
 Platão, responsável por um grande sistema de pensamento que deixou inteligíveis 
marcas na visão de mundo Ocidental, desde seu tempo até hoje. Pode- se dizer mesmo 
que uma espécie de metafísica das ideias como sendo o senso comum média da filosofia 
principiou com Platão. 
 A dialética é o método que permite sair do mundo sensível e alcançar ideias. 
A dialética é o movimento que permite a alma, subindo de hipótese em hipótese, chegar 
ao não hipotético, isto é, ao não condicionado por outra coisa, ao que é verdadeiro em 
si e por si mesmo, à ideia como princípio de realidade e de conhecimento. 
 Um símbolo marcante para tratar das ideias em Platão, é o conhecido Mito da Caverna, 
exposto no Livro VII da República. Na narrativa dada a Platão a tal mito, havia presos 
agrilhoados que, de dentro de uma caverna. De costas à luminosidade do exterior, 
observaram a movimentação da realidade externa e, a partir dos objetos e seres que 
estavam no exterior da caverna, faziam o juízo a seu respeito, sobre sua forma, sua 
aparência e seu tamanho. Na verdade, no entanto, viam apenas as sombras desses seres 
projetados no interior da caverna. Em uma certa ocasião, libertando-se dos grilhões que 
os prendiam, um daqueles que se situavam na caverna ao alto, e tal subida é difícil, já 
que o corpo até então agrilhoado não está acostumado ao movimento.Ao chegar ao 
exterior, cega-se, num primeiro momento, com a luz solar que brilhava. Mas, após se 
acostumar a enxergar sob a claridade da luz, passa a compreender que as sombras que 
via projetadas na caverna, na verdade, eram imagens distorcidas. A verdade não 
estavam naquilo que suas percepções corrompidas viam a partir das sombras. A 
luminosidade do ser só brilhou quando a libertação das imagens e dos conceitos 
imperfeitos. 
 Na própria República, Platão insiste que a alma, antes de habitar no mundo terreno, 
morava no mundo das ideias. Platão aponta como método para apreensão das ideias a 
reminiscência, ou seja, a recordação da vida anterior. O mais sábio é aquele que menos 
dessa água bebeu, ou seja, aquele que mais se lembra da vida passada. 
 
Platão não é um juspositiva 
 
 Platão considerava que assembleia democrática, ao fazer as leis, o faz tal qual uma 
mesma assembleia de cidadãos buscando, por maioria de votos, fazer prescrições 
médicas a um doente. 
 Para Platão, não é o debate entre os homens na pólis que se extrai o justo. A aparência, 
a imagem banalizada, o comentário e o estudo sobre os fatos não levam ao justo. 
 Aristóteles representa o apogeu do pensamento filosófico grego, e o mesmo se pode 
dizer para a filosofia do direito. Após sua morte, durante toda a Antiguidade e a Idade 
Média, suas reflexões jusfilosóficas foram tidas como o mais alto patamar de ideias 
sobre o direito e o justo já construídas. 
 Aristóteles é considerado o maior sistematizador de toda a filosofia em sua história, pelo 
caráter estruturado e lógico de seu pensamento. 
 Para Aristóteles, diferentemente dos modernos, a lei produzida na pólis a partir de um 
princípio ético, é diretamente relacionada ao justo, mas não por conta de sua forma (ou 
seja, não é justa somente porque é formalmente válida), e sim razão de seu conteúdo. 
Para Aristóteles, uma má lei não é lei. Sendo lei somente a lei justa, a justiça tomada no 
seu sentido universal não deixa de ser, também o cumprimento da lei. 
 
Na sua perspectiva universal, a justiça é tomada num sentido lato. Ela tanto é uma 
manifestação geral da virtude quanto uma apropriação do justo á lei que, no geral é tido 
por justa. 
Quadro da justiça em Aristóteles: Justiça universal 
 
 Distributiva 
 Justiça particular Corretiva 
 Reciprocidade (caso especial) 
 
 Para Aristóteles, a justiça distributiva trata da distribuição de riquezas, benefícios e 
honrarias. 
 Só ganha bens e cargos de acordo com o mérito. 
 A justiça corretiva, também chamada de diortótica, por sua vez, é bem menos 
complexa que a distributiva. Trata-se de uma proporção aritmética, no dizer de 
Aristóteles. – nessa vertente a justiça é tratada como uma reparação do quinhão que 
foi, voluntariamente, subtraído de alguém por outrem. 
 Aristóteles, no entanto, chama a tenção para outra forma de justiça, que ele não 
enquadra nem na justiça distributiva, nem na corretiva, e que denomina 
reciprocidade. A sala aplicação mais importante se dá no caso de produção. 
 Aristóteles sistematiza os possíveis tipos de governo, suas virtudes e seus defeitos 
vislumbra três tipos possíveis extensões: o governo de um, o governo de alguns ou o 
governo da maioria. Quadro de seis possíveis tipos de governo: 
Exercício do poder Um só Alguns A maioria 
No interesse de 
todos 
Monarquia Aristocracia República 
No interesse 
próprio 
Tirania Oligarquia Democracia 
 
 O epicurismo, uma longa escola que durante séculos, no mundo grego e romano 
disputou a primazia do pensamento intelectual, tem sua origem lastreada nas ideias 
de Epicuro de Samos. Sua orientação maior está na busca do prazer, entendido não 
como uma ação positiva no sentido da mundanidade – bebidas, mulheres, gozo e 
alegria – mas, sim na acepção de regação: ausência de perturbação e de dor. 
 Para o direito romano, o estoicismo representou uma influência ainda muito mais alta 
que o epicurismo. O fundador dessa escola foi Zenão de Citium. Por ensinar em Atenas 
sob o Pórtico Pintado (Stoa poikíle), a sua corrente de pensamento leva o nome de 
estoicismo. 
 Segundo Miguel Reale: os estoicos, em verdade, repudiam o relativismo utilitário de 
Epicuro e proclamam que a justiça não nasce da conclusão de um acordo entre os 
homens, não resulta de um pacto entre homens desejosos de não se prejudicarem 
mutuamente, mas é, ao contrário, anterior às leis positivas. 
 O quadro de pensamento jurídico e filosófico greco-romano só vai mudar, 
substancialmente, com a entrada em cena, no final da Idade Antiga, do cristianismo. 
Carreando um visão de mundo totalmente peculiar e estranha à greco-romana, o 
cristianismo principia sua visão sobre o direito e a justiça a partir de bases muito 
distintas daquelas da tradição filosófica. 
O fundamento do cristianismo é a vida e o exemplo de Jesus Cristo. Como não deixou 
obra escrita, nem tampouco se dedicou a uma visão sistematização de seu 
pensamento, não se pode querer enxergar, em Jesus, um filósofo. 
 O cristianismo se constitui, a princípio, não como um pensamento filosófico, mas como 
uma visão de mundo nascente, a filosofia somente seria legítima nos limites da 
verdade da religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo dos slides 
 
 Conceito de filosofia: o termo Filosofia foi atribuído a Pitágoras (570-496 a.C.), 
significando em sua base etimológica “Amigo da Sabedoria” (do grego Philos + 
Sophia). Ele explicita o amor, o respeito ou a busca constante pelo saber. Desse 
modo, o filosofo é aquela pessoa “que ama a sabedoria, [que] tem amizade pelo 
saber, [que] deseja saber. Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da 
pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita” 
(CHAUI, 2002, p. 19). 
 Filosofia x filosofia do Direito:“A filosofia, ao mesmo tempo em que é uma 
sistematização do pensamento, é um enfrentamento do próprio pensamento e do 
mundo. Tudo isso pode se aplicar a objetos específicos da própria filosofia, 
como o direito. E, assim sendo, a filosofia do direito nada mais é que a filosofia 
geral com um tema específico de análise, o direito. A filosofia do direito, sendo 
objeto da filosofia, não é, de modo algum, um método [...]” 
 Filosofia ocidental x sabedoria oriental: “[...] A exclusão das contribuições dos 
indianos, chineses e japoneses à filosofia talvez fosse compreensível no começo 
do século XIX, quando o filósofo alemão Hegel pronunciou veredictos 
mordazes a respeito dessas tradições, pois eram muito poucas as traduções de 
suas obras. Seria menos compreensível um século depois, após a explosão de 
estudos eruditos sobre o Oriente, quando Edmund Husserl duvidava da própria 
existência de uma filosofia não-ocidental [...]” 
 O mito: Historicamente, cada povo desenvolveu seu modo de explicar e 
compreender a realidade (origem do mundo, a vida, a morte, o fogo, 
tempestades, chuva, seca, etc.), tentando explicar tais coisas a partir de 
narrativas. Ao olhar para os diversos fenômenos naturais, físicos e sociais, os 
povos elaboravam teorias para explicara realidade. Logo, temos diferentes 
narrativas mitológicas e explicações em diferentes culturas: Chineses, Celtas, 
Gregos, Egípcios, Persas, Sumérios, Hebreus, etc. 
 O mito de Pandora: Em tempos muito, muito longínquos, não existiam 
mulheres no mundo, apenas homens, que viviam sem envelhecer, sem 
sofrimento, sem cansaço. Quando chegava a hora de morrerem, faziam-no em 
paz, como se simplesmente adormecessem. Mas um dia, Prometeu (cujo nome 
significa ‘o que pensa antecipadamente’, isto é, Previdente) roubou o fogo a que 
só os deuses tinham acesso e deu-o aos homens, para que também eles 
pudessem usufruir desse bem, na defesa contra os animais ferozes, na confecção 
dos alimentos, na garantia de aquecimento nas noites frias. Ora, o rei dos deuses 
não podia deixar passar em branco a afronta de Prometeu e concebeu um 
castigo terrível para a humanidade. Mandou então que, com a ajuda de Atena, 
Hefesto, o deus ferreiro, criasse a primeira mulher, Pandora, que significa 
(‘todos os dons’), e cada um dos deuses dotou-a com uma das suas 
características: Afrodite deu-lhe beleza e poder da sedução; Atena fê-la arguta e 
concedeu-lhe a habilidade dos lavores femininos; mas Hermes deu-lhe a 
capacidade de mentir e de enganar os outros. Zeus ofereceu-a então de presente 
a Epimeteu, que era irmão de Prometeu. O seu nome significava exatamente o 
contrário do irmão, pois Epimeteu quer dizer ‘o que pensa depois’, isto é, 
Irrefletido. E, de facto, sem pensar duas vezes e contrariando a advertência do 
irmão, que lhe dissera que nunca aceitasse nenhum presente vindo de Zeus, ele 
deixou-se seduzir pela bela Pandora e casou-se com ela. 
Pandora trazia consigo um presente dado pelo pai dos deuses: uma jarra (a’ 
caixa de Pandora’), bem fechada, que estava proibida de abrir. Mas, roída pela 
curiosidade, um dia decidiu levantar só um bocadinho da tampa, para ver o que 
lá se escondia. De imediato dela se escaparam todos os males que até aí os 
homens não conheciam: a doença, a guerra, a velhice, a mentira, os roubos, o 
ódio, o ciúme… Assustada com o que fizera, Pandora fechou a jarra tão 
depressa quanto pôde, colocando-lhe de novo a tampa. Mas era demasiado 
tarde: todos os males haviam invadido o mundo para castigar os homens. Lá 
muito no fundo da jarra, restara apenas uma pequena e tímida coisa, que 
ocupava muito pouco espaço, a esperança. Por isso se diz que ‘a esperança é a 
última a morrer’. De facto, com todos os males soltos no mundo, lutando e 
quantas vezes vencendo os bens de que os homens gozavam, só a esperança, 
bem guardada no mais fundo dos nossos corações, nos dá ânimo para nunca 
desistirmos de expulsar as coisas más das nossas vidas. 
 Dos mitos a especulação filosófica: Apesar de se constituir a partir da 
construção do pensamento racional, a Filosofia se desvinculou dos mitos de 
forma gradual. Os mitos enquanto narrativas originada na experiência de 
grupos, buscavam explicar a origem da humanidade, ou dos próprios fenômenos 
naturais, porém, sem buscar compreender a natureza física desses fenômenos 
com base na razão. A Cosmogonia ou Teogonia são as narrativas mitológicas 
que tentam explicar a realidade a partir dos deuses que dão origem e ordem ao 
mundo. A Cosmologia é o estudo sobre a origem do mundo e/ou sua ordem, a 
partir da especulação acerca da Physis (Natureza). Essa especulação parte de 
um princípio ou fundamento, que é o Logos. O Logos atua tanto como a base da 
explicação racional quanto um discurso sobre as coisas que se podem provar, 
que não são fruto do acaso, mas de uma regra, de um princípio lógico. 
 Os primeiros filósofos pré-socráticos surgiram na cidade de Mileto, sendo os 
principais Tales, Anaximandro, Anaxímenes e Heráclito. Na época desses 
primeiros filósofos não havia um sistema de pensamento único que era seguido, 
portanto não podemos falar em uma Escola. Eles tentavam explicar a origem do 
mundo e das coisas por meio da observação da natureza ao seu redor, buscando 
um princípio primordial, chamado de Arché. 
 Pensamento dos filósofos: 
o Tales: O “princípio único” de todas as coisas, o Arché, se encontra na 
Água, pois na umidade há a vida e o que a alimenta. 
o Anaximandro: O princípio das coisas não tem origem em deuses, mas no 
Apeiron, algo infinito, sem forma, ou limites. 
o Anaxímenes: O princípio das coisas se encontra no Ar. A partir da 
condensação os elementos podem transformar-se em outros. 
o Heráclito: A base da natureza das coisas é o Fogo, pois dele procedia 
uma constante transformação do mundo: “Não se pode entrar duas vezes 
no mesmo rio”, ideia que fundamenta o Devir. 
 Escolas Pré-socraticas: 
o Pitagórica: Pitágoras, Hipaso e Filolau. Ideias: Os números são o 
princípio de todas as coisas. 
o 
o Atomista: Leucipo e Demócrito. Ideias: A matéria é formada por 
minúsculas partículas indivisíveis, que estão em movimento em um vazio 
infinito e se chocam por não se encaixarem ou se unem por afinidade. 
o 
o Eleática: Parmênides, Zenão e Melisso. Ideias: Conhecimento sensível x 
conhecimento racional. 
 Ironia a refutação das ideias 
 Maiêutica o parto das ideias 
 A Dialética é o método oque permite sair do mundo sensível e 
alcançar as ideias. 
 Objetos do conhecimento: 
 Mundo inteligível Mundo sensível 
Eidos (forma, ideia) Zóa(coisas vivas e coisas visíveis) 
Tá Mathéma (objetos matemáticos) Eíkones (imagens) 
 
MODOS DE CONHECIMENTO Nóesis (intuição intelectual) 
Pístis e Dóxa (crença) e (opinião) Dianóia (raciocínio dedutivo) Eikasía (imaginação 
ou simulacros) 
 A Alegoria do Navio ilustra o governo justo, dos filósofos e o governo injusto, 
dos sofistas. 
 Apologética: convencer o Imperador do direito de existência legal dos cristãos 
dentro do Império Romano. As cartas de Paulo de Tarso possuem grande 
influência sobre a Apologética 
 Irineu também é considerado um dos primeiros pensadores da Patrística (Pais 
da Igreja) 
 O Gnosticismo surge a partir de grupos cristãos que interpretam as Escrituras a 
partir de uma concepção Dualista de mundo baseada em Platão. 
 O Gnosticismo dará origem a novas crenças dualistas como o Mandeísmo e o 
Maniqueísmo, combatido por Agostinho de Hipona. 
 A Patrologia e a Patrística são duas formas de estudar os primeiros pais (ou 
padres da Igreja) e seus escritos. A Patrologia designa o estudo deste período, 
sua evolução histórica, seus protagonistas e, sobretudo, seu conteúdo litúrgico, 
místico e teológico. Já a Patrística é o termo usado para designar a forma de 
pensar e os modelos de Teologia que surgem com os pais da Igreja. 
 Neoplatonismo: Seguidores de Plotino, eram dualistas, seguindo a concepção 
dos mundos de Platão. 
 A Graça é a principal doutrina que brota do pensamento de Agostinho.

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