Buscar

Gestão de Custos - Gasto, Investimento, Despesa, Perda

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO DE CUSTOS 
 
 
GASTO, INVESTIMENTO, CUSTO, DESPESA, PERDA, DESEMBOLSO 
 
A contabilidade de custos utiliza-se terminologias específicas, algumas genéricas (como gastos, 
perdas e desembolso) e outras específicas (como custos e despesas). 
 
GASTO 
Gastos são sacrifícios financeiros com os quais uma organização, uma pessoa ou um governo, 
têm que arcar a fim de atingir seus objetivos, sendo considerados esses ditos objetivos, a 
obtenção de um produto ou serviço qualquer, utilizados na obtenção de outros bens ou serviços. 
Todo sacrifício financeiro que implique desembolso imediato ou futuro de recursos (capital) da 
empresa é considerado um gasto. 
 
O gasto pode ser um investimento, custo ou despesa. 
 
INVESTIMENTO 
 
São gastos ativados (classificados no ativo), que gerarão suporte tecnológico, estrutural e 
operacional, em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. Ou seja, ativado em 
função de sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros períodos. 
 
Exemplo: Aquisição de máquinas e equipamentos, móveis, ferramentas, etc. 
 
“Investimento – Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro(s) 
período(s).” (MARTINS, 2003) 
 
CUSTO 
 
Custo é um gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. 
 
Exemplo: Matéria prima utilizada na formação do produto 
 
De acordo com a NPC 2 do IBRACON, “Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários 
para a aquisição, conversão e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua 
condição e localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos na sua aquisição ou 
produção, de modo a colocá-los em condições de serem vendidos, transformados, utilizados na 
elaboração de produtos ou na prestação de serviços que façam parte do objeto social da 
entidade, ou realizados de qualquer outra forma.” 
 
Segundo Martins (2003) “Custos representam os gastos relativos a bens ou serviços utilizados 
na produção de outros bens ou serviços. Portanto, estão associados aos produtos ou serviços 
produzidos pela entidade”. 
 
DESPESA 
 
Todos os bens ou serviços consumidos na manutenção de atividades operacionais e na obtenção 
 
de receitas, não vinculadas á produção de bens e serviços. 
 
Exemplos: Comissão de representante sobre as vendas efetuadas, folha de pagamento do pessoal 
administrativo (contabilidade, finanças, vendas). 
 
“Despesas – Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para obtenção de receitas”. 
(MARTINS, 2003) 
 
PERDA 
 
São gastos incorridos de forma anormal e inesperada, de forma que não compreende o processo 
rotineiro da empresa. 
 
Martins (2003) diz que, “Não se confunde com despesa (muito menos com o custo), exatamente 
por sua característica de anormalidade, e involuntariedade; não é um sacrifício feito com 
intenção de obtenção de receita. [...].” 
 
São considerados como perda aqueles que não são previstos, como: incêndio, desabamento, 
atentados e etc.. 
 
DESEMBOLSO 
 
Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a 
entrada da utilidade adquirida, portanto defasada ou não do gasto. 
 
Segundo Martins (2003), “Desembolso consiste no pagamento do bem ou serviço, 
independentemente de quando o produto ou serviço foi ou será consumido.” 
 
CUSTEIO INDÚSTRIAL 
O custo de produção do período (CPP) é a totalidade de custos incorridos na produção durante 
determinado período de tempo. É compostos por três elementos: materiais diretos, mão-de-obra 
direta e custos indiretos de fabricação 
1. Materiais Diretos (MD) - referem-se se a todo material que se integra ao produto acabado 
e que possa ser incluído diretamente no calculo do custo do produto. Ex.: matéria-prima, 
insumos secundários, material de embalagens. 
2. Mão-de-Obra Direta (MOD) - é o custo de qualquer trabalho executado no produto 
alterando a forma e natureza do material de que se compõe. Ex.: gasto total com sálarios 
e encargos com a mão-de-obra apropriável diretamente ao produto. 
3. Custo Indiretos de Fabricação (CIF) - ou Gastos Gerais de Fabricação ou Despesas 
Indiretas de Fabricação são os outros demais custos necessários para a operação da 
fábrica, porém genéricos demais para serem apropriados diretatamentos ao produto. Ex.: 
materiais indiretos, mão-de-obra indireta, energia elétrica, seguro e aluguel da fábrica, 
depreciação de máquinas. 
Estes custos também podem ser classificados da seguinte forma: 
1. Custos Diretos e Indiretos - dizem respeito ao relacionamento entre o custo e o produto 
feito: Os primeiros são fáceis, objetivos e diretamente apropriáveis ao produto feito. Os 
 
indiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais como bases de rateio, 
estimativas, etc. 
2. Custos fixos e variáveis - são classificações que não leva em consideração o produto, e 
sim o relacionamento entre o valor total do custo num período e o volume de produção. 
Fixos, como o próprio nome diz, são custos que mantém um montante fixado não em 
função das oscilações na atividade. Por outro lado, os variáveis são os que têm seu valor 
determinado em função dessa oscilação. 
CUSTOS DIRETOS 
 
É aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de obra a ser custeado, 
no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de 
custo. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, 
centro de custo ou departamento. 
 
Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado. 
 
Ou ainda, são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. 
 
Exemplos de custos diretos: 
 
• Matérias-primas usados na fabricação do produto 
• Mão-de-obra direta 
• Serviços subcontratados e aplicados diretamente nos produtos ou serviços 
 
Os custos diretos tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os 
custos são qualificados aos portadores finais (produtos), individualmente considerados. 
 
Conforme Martins (2003, p. 48) “[...] alguns custos podem ser diretamente apropriados aos 
produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, 
embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra utilizada e até quantidade de forca consumida).” 
 
Os CUSTOS DIRETOS constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com 
respeito ao produto ou serviço, isto é, se identificam imediatamente com a produção dos 
mesmos, mantendo uma correspondência proporcional. Um mero ato de medição é necessário 
para determinar estes custos. 
 
CUSTOS INDIRETOS 
 
É aquele que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no 
momento de sua ocorrência. São aqueles apropriados aos portadores finais mediante o emprego 
de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, 
rateada por horas/homem da mão de obra direta, gastos com energia, com base em 
horas/máquinas utilizadas, etc. 
 
Atribui-se parcelas de custos a cada tipo de bem ou função por meio de critérios de rateio. É um 
custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a 
cada um, no momento de sua ocorrência. Ou ainda, pode ser entendido, como aquele custo que 
não pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de 
custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao 
objeto custeado. 
 
 
São aqueles que apenas mediante aproximação podem ser atribuídos aos produtos por algum 
critério de rateio. 
 
Exemplos: 
 
1. Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias 
ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhumproduto ou serviço executado, 
como a mão de obra de supervisores, controle de qualidade, etc. 
 
2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo 
relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc. 
 
 
CUSTOS FIXOS 
 
São os custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada, 
independem do volume de produção. Independente da quantidade produzida, dentro do limite da 
capacidade instalada, permanecem constantes, ou seja, independente de quanto a empresa venha 
a produzir eles se manterão constantes, ou se oscilarem não terá nenhuma relação entre a 
oscilação e a quantia produzida. 
 
Custos fixos são aqueles cujos valores tem pequena ou nenhuma relação com o volume de 
produção da empresa. 
Exemplos: 
 
• Aluguel de Imóveis utilizados na produção de bens e serviços 
• Mão de Obra Indireta (supervisores e gerentes de produção) 
• Pró-Labore do Diretor de Produção 
• Honorários de Vigilância das instalações produtivas, etc. 
 
Tais custos ocorrerão, independentemente do nível de atividade. 
 
CUSTOS VARIÁVEIS 
 
Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção ou 
atividades. 
 
São os custos que mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço. Dessa maneira, 
o total dos custos variáveis cresce à medida que o volume de atividades da empresa aumenta. Na 
maioria das vezes, esse crescimento no total evolui na mesma proporção do acréscimo no 
volume produzido. 
 
Exemplos: Matéria-Prima consumida, serviços de terceiros, remunerados por peça, aplicadas em 
unidades produzidas, material de embalagem nos produtos acabados 
 
Os custos variáveis aumentam na medida em que aumenta a produção e caso a produção venha a 
chegar a zero em um determinado período, caso não haja produção o custo variável será zero, 
não existe custo variável quando não existir produção. 
 
 
 
DESPESAS VARIÁVEIS E FIXAS 
 
 
As despesas são sub-classificadas como variáveis e fixas: 
 
Despesas variáveis: São restritas as despesas com vendas, podendo facilmente ser 
apropriada aos produtos. Sua classificação é de suma importância para a confecção do método de 
custeio variável, e é necessária uma atenção redobrada para não cometer os mesmos erros do 
custeio por absorção, usando técnicas de rateios. 
 
“Despesas variáveis: variam de acordo com o volume das vendas.” (CRC-SP / 
IBRACON, 2000) 
 
Caso não se identifique com qual produto se incorreu a despesa, ela deverá 
automaticamente ser classificada como despesa fixa, mesmo sendo despesa com vendas. 
 
Santos, Marion e Segatti (2002, p. 36) diz que, “No momento em que é gerada a despesa 
de comissão dos vendedores houve também uma receita, ou seja, venda de bens ou serviços 
resultante do trabalho dos vendedores. Esta despesa é normal, previsível, orçável.” 
 
 As despesas variáveis são caracterizadas por sofrerem alterações proporcionais às receitas 
geradas pela empresa. Seus valores podem ser obtidos através das receitas e acompanham as 
tendências desta. 
 
Exemplo de despesas variável: Comissão paga a vendedores. 
 
Despesas fixas: São as despesas resultantes do processo administrativo e financeiro da 
empresa, compreende todas as despesas financeiras, contábeis, gerenciais e outras de caráter 
administrativo que não variam de maneira proporcional ao volume de vendas. 
 
Exemplo de despesas fixas: Salários do pessoal administrativo, consumo de papel na 
contabilidade, gastos com telefone no setor administrativo e etc. 
 
O CRC-SP / IBRACON, 2000, p. 83), diz que: “Despesas fixas: não variam em função 
do volume das vendas.”

Outros materiais