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PEC das domésticas

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PEC das domésticas
Vamos começar compreendendo o que significa PEC, para simplificar a conversa. A sigla PEC é Proposta de Emenda à Constituição. Trocando em miúdos, é um projeto que propõe uma mudança na Constituição do Brasil. No caso específico da PEC 77/2013 que ficou popularmente conhecida como “PEC das Domésticas”, o objetivo central da mudança era alterar o parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal com o objetivo de estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e demais trabalhadores urbanos e rurais.
Essa alteração era necessária já que de acordo com dados do PNAD 2012 ( Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) 70% dos empregados domésticos são informais, ou seja, não possuem carteira assinada.  Mesmo os empregados que possuem vínculo formal de emprego ainda estavam distantes de direitos garantidos aos demais trabalhadores de diferentes categorias profissionais, tais como o FGTS, a multa de 40% sobre o saldo acumulado no FGTS para casos de demissão sem justa causa por parte do empregador, o seguro desemprego e o seguro acidente de trabalho.
Outros critérios como a definição da jornada de trabalho, o pagamento de adicionais por serviços desempenhados em período noturno ou durante viagem a pedido do patrão ainda precisavam de definições legais. Ainda neste grupo de determinações que permaneciam pendentes estava a definição de quando o vínculo empregatício se tornava obrigatório, a proibição da contratação de menores de 18 anos como empregados domésticos e o controle de ponto.
Leis que regulamentam o emprego doméstico:
Desde 11 de novembro de 1972 existe a Lei 5.859Desde 11 de novembro de 1972 existe a Lei 5.859, que estabelece os direitos e obrigações do empregado doméstico e do empregador doméstico, e foi revogada (não vale mais) pela Lei Complementar 150. Em 19 de julho de 2006 houve algumas mudanças através da Lei 11.324Desde 11 de novembro de 1972 existe a Lei 5.859, que estabelece os direitos e obrigações do empregado doméstico e do empregador doméstico, e foi revogada (não vale mais) pela Lei Complementar 150. Em 19 de julho de 2006 houve algumas mudanças através da Lei 11.324.  Em 08/04/2014, foi sancionada a Lei 12.964Desde 11 de novembro de 1972 existe a Lei 5.859, que estabelece os direitos e obrigações do empregado doméstico e do empregador doméstico, e foi revogada (não vale mais) pela Lei Complementar 150. Em 19 de julho de 2006 houve algumas mudanças através da Lei 11.324.  Em 08/04/2014, foi sancionada a Lei 12.964 que estabeleceu multas para o empregador doméstico que não cumpre a Lei. E finalmente a partir de 01/06/2015, a Lei Complementar 150 é que regulamenta o emprego doméstico.
A PEC foi promulgada em Abril de 2013, mas alguns dos novos direitos foram regulamentados apenas em junho de 2015, em votação no congresso e posteriormente sancionados pela Presidente da República Dilma Rousseff.
Lista do que já está em vigor desde 2013:
Recebimento de um salário mínimo ao mês; ou piso 
	regional para os estados que possuem.
Pagamento garantido por lei (o patrão não poderá deixar de pagar o salário em hipótese alguma);
Jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais;
Hora extra (as primeiras 40 horas devem ser pagas em dinheiro para o trabalhador. A partir daí, cada hora extra deve ser compensada com folga ou redução da jornada em até um ano)
Direito a trabalhar em local onde sejam observadas todas as normas de higiene, saúde e segurança;
Empregador tem que respeitar regras e acordos estabelecidos em convenções coletivas;
Proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil;
Proibição de discriminação em relação ao portador de deficiência;
Proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao trabalhador menor de 16 anos.
Direitos que foram regulamentados em junho de 2015:
Sete novos direitos foram regulamentados em junho de 2015 e sancionados pela presidente da república Dilma Rousseff. Dentre estes, alguns passaram a vigorar imediatamente após a assinatura presidencial e outros tiveram o prazo de 120 após a sanção estabelecido para começar a valer.
Passaram a valer a partir de 02 de junho de 2015 o pagamento do adicional noturno, do adicional de viagem, a obrigação do controle de ponto do empregado e também a utilização do banco de horas. Foram determinados para entrar em vigor a partir de outubro de 2015, a redução da alíquota do INSS do empregador de 12% para  8% , Obrigatoriedade do FGTS, Seguro Acidente de Trabalho, Antecipação da Multa de 40% do FGTS, Seguro Desemprego e Salário Família.
Conheça a lista dos novos direitos regulamentados:
1 - Adicional noturno: 
O projeto define trabalho noturno como o realizado entre as 22h e as 5h. A hora do trabalho noturno deve ser computada como de 52 minutos e 30 segundos – ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna. A remuneração do trabalho noturno deverá ter acréscimo de 20% sobre o valor da hora diurna. Este entendimento está consolidado, inclusive, na Súmula 60 do TST, a qual dispõe que o adicional noturno será também devido quando houver a prorrogação da jornada noturna, ou seja, além das horas extraordinárias, o empregado terá direito ao adicional noturno ainda que o horário de trabalho ultrapasse às 05:00h da manhã.
2 - FGTS: 
A cota relativa ao FGTS do empregado doméstico será de 8% sobre o valor do salário registrado em carteira. Os empregadores poderão recolher o valor, que passa a ser obrigatório por meio do DAE (Documento de Arrecadação do eSocial) que foi desenvolvido pela Caixa Econômica Federal e Receita Federal.
3 – Indenização:
Em caso de demissão sem justa causa: O empregador deverá depositar, mensalmente, 3,2% calculados sobre o valor do salário do empregado em uma espécie de poupança, que deverá ser usada para o pagamento da multa dos 40% sobre o saldo do FGTS a que o trabalhador tem direito quando é demitido sem justa causa.
4 - Seguro-desemprego: 
O seguro-desemprego poderá ser pago durante no máximo três meses, no valor de um salário mínimo, para o empregado doméstico dispensado sem justa causa e que tenha trabalhado por no mínimo 18 meses para a mesma família, de acordo com Resolução 754 do CODEFAT.
5 - Salário-família: 
O texto também dá direito a este benefício pago pela Previdência Social. O trabalhador que tiver filhos de até 14 anos ou inválidos de qualquer idade e recebe até R$ 1.089,72, tem direito a R$ 26,20 por filho.
6 - Auxílio-creche e pré-escola: 
Ainda não foi regulamentado. O pagamento de auxílio-creche dependerá de convenção ou acordo coletivo entre sindicatos de patrões e empregadas.
7 - Seguro contra acidentes de trabalho:
 As domésticas passam a ser cobertas por seguro contra acidente de trabalho, conforme as regras da previdência. A contribuição é de 0,8% mensais, calculados sobre o salário da empregada e pagos pelo empregador.
O que define uma empregada doméstica?
“Art. 1º Lei Complementar 150 de 01/06/2015.
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.”
Legalmente, uma pessoa pode prestar serviços no ambiente doméstico para uma mesma família sem constituir vínculo empregatício no máximo dois dias por semana. O que significa que a partir de três dias semanais de serviços prestados de forma contínua, em uma mesma casa, já é considerada a existência do vínculo de emprego entre a família e o empregado. Se o empregador estiver em uma situação como esta e ainda assim optar por manter a relação na informalidade poderá sofrer ações trabalhistas quando dispensar os serviços.
Isto acontece porque se a empregada ao deixar de trabalhar para a família decidir entrar com uma ação trabalhista contrao ex-empregador, afirmando que prestava serviços na residência três vezes ou mais por semana e que não possuía a carteira assinada, poderá ganhar a causa. Se isto acontecer, o empregador poderá ser condenado ao pagamento dos direitos trabalhistas referentes ao tempo que utilizou os serviços do profissional.
Para evitar este tipo de transtorno, o empregador precisa manter a relação de trabalho dentro da lei. Se passar de três dias de serviço na mesma semana, precisa assinar a carteira e assegurar o cumprimento de todos os direitos trabalhistas. Empregada doméstica é uma profissional e merece, como todo trabalhador, o direito a ter uma carteira assinada, aposentadoria, pelo menos um salário mínimo, horário de trabalho, segurança previdenciária, enfim respeito e dignidade.
Direitos Garantidos aos empregados domésticos:
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 72, DE 2 DE ABRIL DE 2013 
altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.
Dedução do INSS do empregador doméstico no Imposto de Renda
LEI Nº 11.324, DE 19 DE JULHO DE 2006 
Altera dispositivos das Leis nos 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, e 5.859, de 11 de dezembro de 1972; e revoga dispositivo da Lei no 605, de 5 de janeiro de 1949.
Repouso Semanal Remunerado e feriados civis e religiosos
LEI Nº 605, DE 5 DE JANEIRO DE 1949
Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos
dias feriados civis e religiosos.

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