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Apresentação de Anofelinos e Culicíneos

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CULICIDAE
CULICIDAE
Introdução
A distribuição dos insetos da família 
Culicidae, é mundial.Estão presentes em 
diversos “habitats” florestais, rurais e 
urbanos. Freqüentam domicílios humanos 
e anexos dos animais domésticos. 
Interferem no trabalho, incomodam em 
áreas de lazer pelas insistentes picadas 
hematofágicas somente das fêmeas, as 
quais podem veicular diversos patógenos.
Culicidae
• A veiculação de agentes morbígenos por insetos 
da família Culicidae, está estreitamente associada 
às precárias condições de vida da população. Estes 
insetos hematófagos desempenham importante 
papel na medicina, pois disseminam entre os 
homens e os animais, agentes etiológicos de várias 
enfermidades, como protozooses (malária), viroses
(febre amarela, febre dengue, encefalite) e 
helmintoses (filarioses).
CULICIDAE
Taxonomia
Filo: Arthropoda - o corpo é revestido de 
exoesqueleto esclerotizado, 
Classe: Insecta - é segmentado e apresenta 
delimitados a cabeça, tórax e abdome.
Ordem: Diptera
Taxonomia
Subordem: Nematocera
As dimensões destes insetos são variáveis. 
Enquanto algumas espécies apresentam porte 
pequeno, em torno de 2 mm de comprimento, 
outras variam de 5 a 19 mm. Cabeça globosa e 
ocupada em grande parte pelos olhos compostos. 
A frente dos olhos implantam-se antenas longas 
com 15 a 16 segmentos, dotados de longos pêlos. 
Nos machos esses pêlos, bastantes numerosos,
conferem aspecto plumoso as antenas e nas fêmeas
são mais escassos, apresentam aspecto piloso.
As asas estão implantadas no mesotórarx e 
apresentam veias alares com nomenclatura 
própria. Ao longo das veias encontram-se escamas 
claras ou escuras, entremeadas, características 
estas que auxiliam para identificar os gêneros.
• Família: Culicidae
Das 3.500 espécies conhecidas, apenas 
algumas dos gêneros Anopheles, Culex, 
Aëdes, Haemagogus e poucas mais, são de 
interesse médico.
Os membros da família Culicidae são 
identificados porque, além das 
características de dípteros nematóceros, 
apresentam: 
- escamas ao longo das veias das asas;
- franja de escamas bem evidentes, na 
margem posterior das asas;
- pernas longas e finas;
- probóscida longa.
Os Culicidae classificam-se em 3 
subfamílias:
Anophelinae *
Culicinae*
Toxorhynchitinae
• * Possuem probóscida longa e reta e suas
peças bucais são para picar (picador-
sugador ou pungitivo) e sugar.
• Somente Anophelinae e Culicinae encerram 
espécies envolvidas com a medicina.
- Toxorhynchitinae
• Os mosquitos toxorrinquitíneos não são 
hematófagos, alimentam-se com néctar das flores 
e outros sucos vegetais. Portanto, do ponto de 
vista médico são destituídos de qualquer interesse. 
As larvas são vorazes devoradoras de larvas de 
outros mosquitos que vivem no ambiente.
• Têm a probóscida longa e recurvada para trás, em
forma de gancho. São mosquitos de belas cores 
metálicas, mas sem importância médica.
Diferenças
entre
Anophelinae
e Culicinae
Subfamília Anophelinae Subfamília Culicinae
Subfamília: Anophelinae
Possui três gêneros
Gênero: Anopheles - distribuição 
cosmopolita, embora ausente em algumas 
regiões do Oceano Pacífico.
Nas Américas, as espécies importantes por 
transmitirem malária, são:
Anopheles darling, Anopheles albimanus,
Anopheles aquasalis
Anopheles pseudopunctipennis.
Outras dez estão em áreas limitadas de 
diversos países. No Brasil, o principal vetor 
de malária é A. darlingi, seguido, em áreas 
litorâneas, por A. aquasalis.
Gênero: Chagasia
São culicídeos silvestres e se 
concentram ao nível das copas das 
árvores. Até ao momento nenhuma 
das suas espécies evidenciou 
interesse sanitário. 
Gênero: Bironella
É de ocorrência exclusiva na Nova 
Guiné e na Austrália, nenhuma de 
suas espécies tem importância 
sanitária.
Os transmissores de malmalááriaria
As espécies transmissoras primárias da malária são 
as que apresentam as características seguintes:
1. Preferem picar os humanos a outros animais.
2. Picam freqüentemente dentro das casas, à noite, 
onde se encontram normalmente as pessoas.
3. Apresentam, aí, uma alta densidade populacional. 
Os transmissores de malmalááriaria
4. As populações de anofelinos devem compreender 
indivíduos suficientemente longevos para que se 
complete, no seu organismo, o ciclo dos 
plasmódios até a fase de esporozoítas.
O que requer 8 a 12 dias para Plasmodium vivax
ou para Plasmodium falciparum.
No caso de P. malariae, o ciclo dura 18 a 24 dias.
5. É necessário, também, que os anofelinos sejam 
suscetíveis aos plasmódios humanos.
• Do gênero Anopheles, fazem parte 5 Subgêneros 
no Brasil.
• Subgêneros: Anopheles (Anopheles)
Anopheles (Kerteszia)
Anopheles (Nyssorhynchus)
Anopheles (Laphopodomyia)
Anopheles (Stethomyia)
CULICIDAE
Taxonomia
Subgêneros: Anopheles (Anopheles)
Anopheles (Kerteszia)
São mosquitos silvestres e procriam na 
água acumulada de bromélias, taquara e 
bambu. Água limpa, com pouca matéria
orgânica.
Anopheles aquasalis
Anopheles darlingi
Culex
Subfamília: Culicinae
Constitui a maior subfamília de 
mosquitos, com 10 tribos, 34 
gêneros, 134 subgêneros e cerca de 
3.434 espécies dispersas pelo mundo, 
compõem esta subfamília. Por 
englobar tão vasto contingente de 
representantes, torna-se difícil 
generalizar suas características 
morfológicas e biológicas.
Inclui muitas espécies de importância 
médica.
Gênero: Aëdes, Culex, Haemagogus, 
Mansonia, Sabethes, Psorophora e 
Caquillettidia. 
As espécies destes gêneros, 
dispersam-se pela América Central e 
do Sul. Outras espécies fazem parte 
da mesma subfamília Culicinae, 
porém de menor importância. Esses 
sete gêneros acima especificados, 
apresentam o maior número de 
vetores de diversos organismos 
patogênicos que afetam o homem e os 
animais domésticos. 
Os mosquitos culicíneos.
Os Culicinae constituem a principal 
subfamília de mosquitos, com 27 gêneros. 
São conhecidos, em geral, como culicíneos.
Eles estão envolvidos na transmissão da 
filaríase linfática (Culex quinquefasciatus), 
da febre amarela urbana (Aëdes aegypti) e 
silvestre (Haemagogus spegazinii, Hae-
magogus leucocelaenus, A. scapularis, 
Sabethes chloropterus e outros), assim 
como da transmissão do dengue, etc.
Alguns caracteres que permitem distingui-
los rapidamente dos anofelinos são: 
- Ovos aglutinados e formando jangadas com 
centenas deles; ou isolados, mas sem 
flutuadores; 
- larvas aquáticas que apresentam sifão 
respiratório e permanecem obliquamente em 
relação à superfície para respirar;
- os adultos pousam com o abdome orientado 
paralelamente ao suporte e formando ângulo 
com a cabeça e a tromba.
Culex quinquefasciatus
É o mosquito das casas, outrora dito Culex
fatigans.
Inseto cor de palha, com mesonoto pardo escuro e 
cerdas curvas amarelas. Nos segmentos 
abdominais há faixas amarelas. Os tarsos são 
escuros.
Habita as regiões tropicais e subtropicais do 
mundo, tendo hábitos domésticos e antropófilos. 
Os machos e as fêmeas buscam o domicílio
humano como local de abrigo habitual.
Sua capacidade de vôo é grande e as fêmeas são 
ecléticas quanto a lugares para desovar, inclusive 
em latas e pneus com água da chuva, em fossas e 
esgotos a céu aberto. As águas onde se criam têm, 
em geral, alta concentração de matéria orgânica.
• Aëdes aegypti
• De origem africana, levado para as 
Américas logo depois do descobrimento. 
Aqui é um mosquito urbano e doméstico, 
estreitamente associado ao hábitat humano e 
acompanha o homem em seus
deslocamentos. Tem hábitos diurnos e 
preferem sugar o homem.
• * O mosquitos podem ser facilmente
levados através de aviões , carros, navios, 
etc.
• Aëdes aegypti é o principal transmissor dafebre amarela urbana e do dengue.
Culex
Ambos os sexos de Culex procuram abrigo nas 
casas, escondendo-se de dia atrás de móveis ou em 
outros lugares discretos.
As fêmeas picam à noite. 
As provas com precipitinas mostram que o sangue 
encontrado no estômago é de origem humana, em 
90% ou mais dos casos.
Em zonas de filaríase, a densidade de Culex nas 
casas é muito alta (300-500 por casa, em certos 
meses do ano). 
Aëdes aegypti
O gênero Aëdes compõe-se de mais de 500 
espécies, distribuídas entre o Equador e as regiões 
polares.
Muitas espécies são florestais e se criam na água 
dos verticilos das bromélias; outras em ocos de 
árvores, poças d’água, etc.
Aëdes aegypti é de origem africana, os 
colonizadores trouxeram para cá e se tornou inseto 
urbano e estreitamente associado ao hábitat 
humano. 
Ele tem acompanhado os homens em suas
migrações. Por isso, tem sido reintroduzido em 
áreas de onde havia sido antes eliminado.
Aëdes aegypti
Apresenta-se como um mosquito rajado, de colorido geral 
escuro, com manchas brancas pelo corpo.
Sua identificação é facilitada pela presença, no escudo, de 
escamas prateadas cujo desenho lembra uma lira.
Escamas brancas são encontradas no clípeo, no occipício, 
nos segmentos abdominais e nas pernas, que apresentam 
vários aneis brancos.
Após 1 a 3 dias de nascidos, os adultos copulam e as 
fêmeas buscam sua primeira refeição sanguínea. Picam de 
dia, mas sobretudo em horas crepusculares. 
Elas desovam na água limpa que se acumula em tanques, 
barris, potes, latas, vasos de flores, pias, calhas, caixas 
d’água, nos telhados, etc.
Fêmea de Aëdes aegypti
com um desenho em forma 
de lira no mesonoto.
Aëdes aegypti
Os ovos de Aëdes aegypti são depositados em grande 
número (10 a 100 de cada vez) logo acima do nível da 
água, de modo que só fiquem submersos depois das 
chuvas, mas podem resistir muito tempo no seco.
As desovas são dispersadas em vários recipientes e se 
repetem com 4-5 dias de intervalo. Uma fêmea põe 300 a 
700 ovos.
O embrionamento faz-se em 72 horas (entre 25oC e 30oC) 
e o desenvolvimento larvário e pupal, em condições 
favoráveis, tarda ao menos uma semana.
O ciclo de ovo a ovo é de 11 a 18 dias, se a temperatura 
estiver em torno de 28oC.
A fêmea vive cerca de 2 meses, alimentando-se de sangue 
12 vezes ou mais.
No Brasil, A. aegypti foi o único vetor da febre amarela 
urbana; hoje ele é quem transmite o dengue, transovariana,
de um inseto a outro. 
• Haemagogus spegazzinii
• Encontrado sobretudo nas “copas das florestas”, podendo ser 
capturados junto ao solo, especialmente em clareiras, derrubadas, 
estradas e margens de rios que correm entre arvoredos. As fêmeas
picam durante o dia.
Ele tem grande raio de vôo, pois insetos marcados já foram 
encontrados a 10 km do ponto de origem.
As desovas são feitas em ocos de árvores, entrenós de bambu etc., 
onde se colete água. As fêmeas picam de dia.
Ele e o Haemagogus janthinomys são importantes na transmissão da 
febre amarela silvestre entre macacos (sagui, bugio, mico), de forma 
cíclica.
Entretanto, as migrações de macacos e sua invasão de hortas e culturas 
rurais, podem estabelecer um vínculo entre a febre amarela silvestre e 
a urbana, se o homem for novamente envolvido. 
Haemagogus spegazzinii
Haemagogus
spegazzinii, vetor de 
febre amarela silvestre
Outras espécies de culicíneos
São também transmissores importantes da febre amarela 
silvestre, entre os macacos referidos, os seguintes:
Haemagogus leucocelaenus- cuja biologia e 
comportamento são semelhantes aos de H. spegazzinii. 
Apresenta ampla distribuição geográfica, nas Américas, 
prevalecendo no sul do Brasil. 
Aëdes escapularis - é um mosquito neotropical e comum 
nas matas secundárias, assim como em plantações e 
ambientes modificados pelo homem; bem como em 
coleções temporárias de água no solo, alagados e valas de 
drenagem etc. Muito abundante depois das chuvas, ataca 
animais e o homem o dia todo, mas sobretudo ao 
crepúsculo. Transmite arboviroses e a filária do cão 
(Dirofilaria immitis), que pode infetar os humanos.
Haemagogus leucocelaenus
Aedes
CULICIDAE
BIOLOGIA
• São insetos holometabólicos, os quais passam por quatro 
estádios distintos: ovo, larva (quatro instares ), pupa e 
adulto. As fases de ovo, larva e pupa desenvolvem-se em 
águas doces com suave correnteza. Entretanto, algumas 
espécies na África, América Central e do Sul, ovipõem em 
águas salinas. A maioria das espécies possui criadouros em 
águas continentais das mais variadas qualidades e volumes 
permanentes ou temporárias. O acasalamento entre os 
culicídeos pode ocorrer isoladamente ou em conjunto, 
entre muitos casais em áreas físicas mais extensas, com 
formação de enxames. Normalmente as fêmeas fecundadas 
têm necessidade do alimento sangüíneo para maturação 
dos ovos; também encontram os alimentos em néctares 
vegetais. É sabido que só as fêmeas sugam sangue, o qual 
fornece as proteínas indispensáveis para a maturação dos 
ovos. 
CULICIDAE
BIOLOGIA
• Sem um prévio repasto sangüíneo as posturas são 
reduzidas e os ovos não vingam. Todavia, algumas 
espécies fazem a ovipostura sem alimentação 
sangüínea. Sugam sangue, mas dele não carecem 
para necessidade de sua ovipostura. Este 
fenômeno é denominado autogenia. Fenômeno
oposto, onde os mosquitos necessitam de sangue 
para realizar a maturação dos ovos e subseqüente 
ovipostura, chama-se anautogenia. A maioria dos 
mosquitos é anautogênica. Os machos alimentam-
se de substâncias açucaradas. Os açúcares 
fornecem aos mosquitos energia necessária para o 
vôo, a dispersão e as demais necessidades 
fisiológicas e biológicas.
CULICIDAE
BIOLOGIA
• Assim que os anofelinos abandonam os criadouros
em horas crepusculares, costumam formar
enxames. Dezenas de machos participam ao
mesmo tempo da dança nupcial. O enxame pode
durar de 10 a 15 minutos (em função da 
intensidade luminosa). 
• As fêmeas buscam para fazer desova, diferentes
tipos de coleção de água segundo as preferências
de cada espécie. Algumas buscam depósito de 
água no chão (A. aquasalis), outras buscam
grandes extensões de água doce ensolarada (A. 
darling), ou sombreadas (A. funestus), ou pequeno
volume de água (A. cruzi).
• Biologia
• As fêmeas colocam os ovos na superfície da água. 
Aglomerados em forma de jangada ou isolados
sem grudar uns aos outros, pois apresentam
flutuadores laterais, essas expansões contêm ar e 
faz com que os ovos apresentem a forma navicular
(Anophelinae). 
• O número de ovos por fêmea é regido por fatores 
endógenos de cada espécie. A oviposição sempre 
ocorre em meio líquido, pois as larvas só se 
desenvolvem na água. Em geral os números 
extremos flutuam entre 10 a 200 ovos, por fêmea. 
O embrionamento do ovo ocorre no exterior, 
depende do contato com a água e varia com a 
temperatura. Geralmente o embrionamento leva de 
2 a 3 dias, algumas espécies chegam a 6 dias.
Os ovos depositados na superfície da água ou fora, 
passam um tempo no meio ambiente para que 
ocorra a embriogênese e a formação de larvas, as 
quais eclodem dentro da água, iniciando o 
crescimento que faz passar por 4 instares, marcado
pela ocorrência de mudas. Na quarta ecdise ela se 
transforma em pupa. O tempo de crescimento 
larval e as sucessivas mudas estão condicionados 
as condições dos criadouros em que deve haver 
bom suprimento alimentar, ausência de predadores 
e condições climáticas adequadas, como 
precipitações pluviométricas e temperaturas 
elevadas. As temperaturas baixas retardam o 
crescimento.
• Numerosos fatores de ordem endógena e exógena 
têm grande influência no período de 
desenvolvimento embrionário dos ovos em 
diferentes espécies de mosquitos. Fatores 
ambientais como, temperatura,luminosidade e 
nutrição, são importantes no desenvolvimento das 
formas imaturas. A temperatura elevada é um dos 
requisitos ambientais que favorecem, acelerando a 
evolução. As temperaturas baixas, ao contrário, 
prolongam o desenvolvimento larval. Em média, o 
período de embrionamento ocorre entre 2 a 4 dias 
após a ovipostura.
• A fase larval é de 8 a 12 dias em condições 
normais. Sua alimentação, basicamente, é
composta de microrganismos aquáticos . 
• A larva apresenta tufos palmados no tórax e 
abdome, é revestida por material céreo
(impermeabiliza e contribui para manter o corpo
aderido a superfície líquida), onde ela costuma
permanecer por longo período para se alimentar e 
respirar. No 9 0 segmento estão a abertura anal 
cercada de tufos de cerdas e os folíolos
respiratórios (quatro expansões que funcionam
como brânquias traqueais e permitem as larvas
respirarem no fundo da água). 
• Algumas espécies são mais exigentes quanto ao
grau de salinidade, outras quanto a concentração
de matéria orgânica, etc.
• As larvas de culicídeos que atacam ativamente 
outros organismos vivos são consideradas 
predadoras, como as do gênero Culex.
CULICIDAE
BIOLOGIA
• As pupas, apesar de muito móveis e muito ativas em seu
meio, não se alimentam. Nesta fase é que ocorrem 
profundas modificações tissulares, quando se formam as 
diferentes estruturas dos adultos. A duração da fase pupal
varia muito em função da temperatura, oscilando entre 2 a 
10 dias. O inseto adulto, completamente formado, mas com 
a cutícula ainda mole, sai do envoltório que constituia a 
pele da pupa através de uma fenda em forma de T que se 
abre na região dorsal. Pousado sobre a pele antiga na
superfície da água, aguarda alguns minutos ou algumas
horas, até que “fenômenos oxidativos” produzam
endurecimento da nova cutícula e o vôo se torne possível. 
O período de emergência dos adultos é crítico para a vida
da espécie, pois muitas circunstâncias, como chuvas
intensas, fortes ventos, ondas, predadores, podem destruir
os insetos nessa ocasião.
• Os mosquitos adultos após sua eclosão e depois de 
endurecido seu revestimento quitinoso, voam em busca de 
algum abrigo sombrio com certo grau de umidade e onde 
não haja muito vento (buracos em troncos de árvores, 
grutas, embaixo de pontes, canos de esgotos, barracões, 
etc.). 
• Muitos mosquitos procuram suas vítimas para sugar o
sangue durante as horas crepusculares, outros somente a 
noite, havendo os que fazem em qualquer hora do dia ou 
da noite. A capacidade de voar de certos mosquitos é muito 
grande e existem mosquitos que freqüentam assiduamente 
o interior de habitações humanas.
• Perto de seus criadores, os culicídeos formam enxames de 
muitos indivíduos e em certas áreas torna-se difícil a 
permanência de qualquer animal e do homem. Há uma 
categoria de culicídeos cujos hábitos são silvestres, 
encontrados no interior de grutas, na copa das árvores e em 
abrigos de animais; estes mosquitos só picam o homem 
no interior das florestas ou das residências quando 
situadas nas proximidades das matas.
Anopheles darlingi cruzi (Larva)
Anopheles darlingi cruzi
Culex pipiens - Antena do macho
Ciclo biológico
• O hematofagismo é precedido por inoculação de 
saliva com substâncias, que após o abandono do 
hospedeiro, desencadeiam reações alérgicas, 
muitas das vezes intensas
• Durante o hematofagismo as fêmeas atuam como 
veiculadoras de bioagentes de várias enfermidades 
do homem e dos animais, como:
• 1) Malária
• - Plasmodium sp. Somente as fêmeas hematófagas 
do gênero Anopheles, participam da dinâmica da 
transmissão das quatro espécies de Plasmodium. 
Apesar do conhecimento sobre as medidas de 
controle de vetores e a existência do arsenal de 
medicamentos modernos eficientes, a malária 
humana continua sendo um problema de saúde 
pública em extensas áreas do mundo. 
CULICIDAE
Importância
• Esta protozoose tem sido um fator limitante do
desenvolvimento econômico, cultural e demográfico em 
várias áreas do mundo, como em países em 
desenvolvimento da Ásia, África e Américas. Cerca de um 
terço da população mundial ainda vive em áreas 
endêmicas.
• 2) Filárias
• Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e B. timori.
• Esses helmintos são heteroxenos, tendo os vertebrados 
como hospedeiros definitivos e os invertebrados, os 
culicídeos, como vetores biológicos, nos quais ocorre a 
evolução completa das larvas infectantes. Esta filariose
predomina em áreas urbanas e suburbanas em países 
tropicais das Américas Central e do Sul, da África e da 
Ásia. Na América do Sul o principal vetor da filaríase
linfática é Culex quinquefasciatus (C. fatigans), mas outras 
espécies de culicídeos estão envolvidas: Aedes scapularis, 
Anopheles darlingi, A aquasalis e A bellator.
CULICIDAE
Importância
• A filária não linfática, Dirofilaria immitis, que 
acomete especialmente os cães, mas pode infectar 
gatos e ocasionalmente o homem, sendo a 
dirofilariose considerada uma zoonose. Os 
culicídeos vetores biológicos, são do gênero 
Aedes, Culex, Anopheles e Mansonia.
• 3) Arbovírus - são vírus veiculados por 
artrópodes, isto é, por insetos e carrapatos 
hematófagos. Os arbovírus se multiplicam nos 
tecidos desses artrópodes e depois se acumulam 
nas glândulas salivares. Uma vez infectados, os 
artrópodes permanecem assim por toda sua 
existência. São inúmeros os arbovírus veiculados 
pelos mosquitos, entre as mais conhecidas estão a 
febre amarela, o dengue e as encefalites. 
Importância
• Nas Américas , o ciclo de manutenção silvestre da 
febre amarela (Flavivirus) é feito entre macacos e 
diferentes espécies de mosquitos, principalmente 
do gênero Haemagogus (H. spegazzinii).Esses
mosquitos são encontrados nas copas das árvores e 
os macacos que vivem nas copas das árvores, onde
são picados por Haemagogus spegazzinii, assim
como por Aëdes scapularis, Aëdes fluviatilis, entre
outros, participam igualmente da transmissão.
CULICIDAE
Importância
• As migrações dos macacos podem
provocar deslocamento do foco enzoótico. 
Em alguns lugares , a invasão de plantações
ou áreas rurais habitadas, estabelece o 
vínculo entre febre amarela silvestre e 
urbana.
• O homem ao adentrar nas selvas, se infecta 
e de retorno ao convívio nas cidades, traz o 
vírus em seu organismo. Assim, o homem 
torna-se o elo de ligação entre os dois 
ciclos. Em área urbana, outro mosquito 
vetor, Aedes aegypti ao sugar sangue da 
pessoa infectada, será então responsável 
pela propagação do ciclo urbano.
CULICIDAE
Importância
• Atualmente a dengue é a mais importante 
arbovirose do homem e constitui um grave 
problema em saúde pública em áreas urbanas, 
periurbanas e rurais de países de clima tropical e 
subtropical. O vírus é do gênero Flavivirus e o 
ciclo envolve -homem- Aedes aegypti- homem. 
No mosquito vetor, o vírus após multiplicação 
concentra-se nas glândulas salivares. A situação é
alarmante, devido a rápida dispersão do Aedes
aegypti.
• As encefalites são enfermidades ocasionadas por 
arbovírus, podendo ocasionar graves seqüelas ou 
mesmo a morte. 
Epidemiologia
• As condições de vida, habitação e situação
econômica, implicam maior ou menor
exposição aos riscos de infecção. Outros
fatores humanos, como agricultura
irrigada por processos primitivos ou por
canais abertos, multiplicando os criadouros
de mosquitos, sombreamento de cultura de 
cacau que propicia o crescimento de 
bromélias, invasão das florestas e 
degradação do meio ambiente pelos
garimpeiros, ocorre igualmente para criar
um meio favorável para os anofelinos. 
Epidemiologia
• A relações entre abundância de chuvas e as doenças que
possuem os mosquitos como vetores, são evidentes; 
fazendo-se sentir através da biologia dos insetos vetores,seja determinando um aumento pronunciado da densidade
desses insetos na região e acelerando a transmissão até
criar uma onda epidêmica, seja diminuindo a população de 
mosquitos de forma a diminuir a taxa de propagação das 
doenças e assim terminar a onda epidêmica ou mesmo
interromper temporariamente a transmissão. 
• Essa influência varia consideravelmente de espécie para
espécie de vetor, em função dos requisitos representados
pelos ovos, larvas e pupas. Chuvas pesadas podem arrastá-
las para lugares inadequados ou destruir os criadouros das 
espécies que se desenvolvem em pequenas coleções de 
água. Mas em geral, aumentam o número e a extensão dos 
biótopos favoráveis à multiplicação dos insetos, 
principalmente quando as precipitações são moderadas, 
intermitentes e alternadas com períodos de insolação.
Epidemiologia
• Um dos efeitos das chuvas, dos degelos e 
das inundações, é modificar a quantidade de 
água do subsolo, elevando o nível do lençol
freático e favorecendo a perenidade dos 
criadouros. A elevação do lençol freático e 
produção de novos criadouros de 
mosquitos, pode ser conseqüência de 
construção de barragens para formação de 
lagos artificiais destinados aos mais
diversos fins: abastecimento de água para as 
cidades, hidroelétricas, regulação de cursos
dos rios e outros - são as conseqüêncais
epidemiológicas das grandes obras
hídráulicas.
CULICIDAE
Epidemiologia
• Culex quinquefasciatus é o hospedeiro
invertebrado e transmissor por excelência
da W. bancrofti na Região Neotropical. É
um mosquito bastante versátil em relação
aos criadouros. Em muitas localidades a 
maioria dos focos de criação é
representado por fossas das latrinas.
• Em focos de alta endemicidade Wuchereria
bancrofti pode ser transmitida por outras
espécies, nas Américas eles são : Anopheles 
darlingi, Anopheles aquasalis, Aëdes
scapulares, entre outros.
Controle
• A prevenção ou o controle de muitas doenças, 
tanto em escala regional quanto mundial, depende
freqüetemente do controle de insetos vetores. O 
êxitos alcançados em muitos países contra a 
transmissão da malária, da oncocercose, entre
outras, mostram que bons resultados podem ser 
alçandos, desde que disponha do recurso
financeiro, do pessoal competente, do plano
adequado de ação para cada condição
epidemiológica.
Controle
Empregam-se basicamente, inseticidas dos grupos de:
- organoclorados, como o DDT, o hexaclorociclo-hexano
(HCH ou BHC), o dieldrin etc.;
- organofosforados: malation, fenitrotion, diclorvos e outros;
- carbamatos: carbaril, propoxur etc.
- piretróides: deltametrina, permetrina, cipermetrina, ciflu-
trina e lambdacialotrina. 
No Brasil, o DDT é ainda o mais utilizado, sendo barato, 
com elevado poder residual e moderadamente tóxico.
Ele foi o mais eficiente instrumento de controle da ma-
laria, poupando milhões de vidas.
Controle
Entretanto, não é biodegradável e se acumula no 
plancton, nos peixes, aves etc., de modo a produzir 
distúrbios ecológicos, quando utilizado maciça e 
indiscriminadamente. Como se fez outrora, na 
agricultura de todo mundo e, principalmente, dos 
países ricos.
Isso não ocorre quando aplicado no interior de 
casas e anexos, pelos serviços de saúde, razão pela 
qual a OMS tem autorizado seu uso.
• Inseticida de ação residual- aspersão intradomiciliar agindo
no ponto crítico homem-mosquito, isto é, nos locais e nas
horas em que a transmissão irá efetuar-se, intoxicando
especificamente as fêmeas de anofelinos. As aplicações
devem ter intervalos regulares. O efeito destruidor sobre
as populações de insetos é tanto maior, quanto maior
for a domesticidade da espécie (endofilia) e o tempo que
as fêmeas permanecem repousando no interior das casas, 
pois apenas os mosquitos que penetram nas habitações e 
interiores anexos são intoxicados. Em verdade, os
inseticidas operam 2 fenômenos: 
• A) Redução da densidade de mosquitos, em função da 
elevada mortalidade, principalmente de fêmeas e 
conseqüente diminuição da ovipostura. Esse resultado nem
sempre se consegue, pois algumas fêmeas, por exemplo
Anofenilos, são pouco domésticas, ou seja, são exófila.
• B) Causam também, redução da longevidade das fêmeas
que penetram nas habitações e picam o homem
• Outros efeitos dos inseticidas: ação repelente sobre as 
espécies vetoras, reduzindo seu tempo de permanência
dentro das casas e portanto a probabilidade contato-
mosquito-homem.
• Um grave obstáculo foi o aparecimento de resistência
aos inseticidas, os mecanismos envolvidos nesse processo
são vários e específicos.
Resistência
Ela foi registrada pela primeira vez nos EUA, em 
1949 e estendeu-se pelo mundo, envolvendo 
várias espécies de insetos e de inseticidas.
A resistência pode ser absoluta: todos os membros 
de uma espécie sendo igualmente resistentes a 
determinado inseticida. Mas pode ser adquirida 
em função da pressão seletiva da droga sobre a 
população de insetos, onde são eliminados os 
indivíduos suscetíveis e poupados os resistentes, 
nas áreas onde a droga foi usada.
Controle
Os insetos resistentes acabam por constituir toda a 
população presente de uma dada espécie.
A resistência é fisiológica quando o metabolismo do inseto 
(uma característica genética) é que impede o efeito tóxico.
Ela é comportamental, quando seleciona insetos que 
evitam o contato com a droga. Isso porque o inseticida 
exerce efeito repelente sobre a população restante; ou 
porque ele só deixa sobreviver uma população exófila, isto 
é, que não penetra no interior das casas, onde se encontra o 
inseticida.
Para evitar o desenvolvimento de resistência, recomenda-
se racionalizar o uso dos inseticidas. 
Uma modalidade é sua utilização rotativa. 
A mudança de droga leva a que, as características genéti-
cas que fazem uma espécie de inseto ser sensível a dado 
inseticida, não desapareçam do “pool” genético da popula-
ção.
O mesmo se consegue se áreas vizinhas são tratadas com 
inseticidas diferentes. Pois a suscetibilidade aos inseticidas 
está sempre ligada a fatores genéticos dominantes, na 
ausência da pressão seletiva do inseticida.
Controle
Outra medida importante é a associação com outros 
procedimentos de controle.
Assim é o emprego de meios físicos, como a telagem das 
casas e o uso de mosquiteiros e cortinas (inclusive os 
impregnados com inseticidas). 
Também vêm sendo empregados os hormônios juvenis e 
os inibidores da formação de quitina.
Ensaiam-se os feromônios a fim de atrair os machos para 
as armadilhas ou para perturbar a reprodução.
Estudam-se produtos vegetais com vários tipos de ação.
Controle
• Uso de larvicidas
• Tende a produzir uma redução da densidade
populacional da espécie. As medidas vizam
suprimir os criadouros de mosquitos
(aterros, drenagem de pântanos) ou na
impossibilidade disso, destruir as formas larvárias
na água. 
• O controle de larvas é mais eficiente onde as 
coleções de água são de pequenas dimensões, 
como nas áreas urbanas e nas zonas áridas e semi-
áridas. 
• Métodos de controle biológico
Controle biológico de vetores
O controle biológico vem sendo praticado com 
Bacillus thuringiensis e B. sphaericus, produtores 
de uma endotoxina protéica que destrói o epitélio 
digestivo e mata as larvas que os ingerirem.
Seu emprego tem sido feito com êxito, sobretudo 
para o controle das larvas dos simulídeos,
transmissores da oncocercíase. Esses Bacillus
agem também contra larvas de Aëdes, de
Anopheles e de Culex.
Peixes, como Gambusia affinis e outros, são úteis 
para reduzir a população larvária, desde que 
associados a outras medidas.
Controle
• Controle biológico
• O uso de peixes larvófagos,
• Bacilus que produzem proteínas tóxicas para as 
larvas de Culex.
• Saneamento ambiental- rede de drenagem de 
águas pluviais e esgotos• Redução do contato homem mosquito - telagem de 
casas, mosquiteiros, etc. 
• Estudos epidemiológicos e amplos devem servir
de base para o conhecimento da situação local.
• Envolvimento dos serviços de saúde regionais e 
locais para que possam fazer o controle a longo
prazo.
	CULICIDAE
	CULICIDAE
	Culicidae
	CULICIDAE
	Os transmissores de malária
	Os transmissores de malária
	CULICIDAE
	Anopheles aquasalis
	Anopheles darlingi
	Culex
	 Os mosquitos culicíneos.�
	Culex quinquefasciatus
	Culex
	Aëdes aegypti
	Aëdes aegypti
	Haemagogus spegazzinii
	Outras espécies de culicíneos
	Haemagogus leucocelaenus�
	Aedes
	CULICIDAE�BIOLOGIA
	CULICIDAE�BIOLOGIA
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	Anopheles darlingi cruzi (Larva)
	Anopheles darlingi cruzi
	Culex pipiens - Antena do macho
	Ciclo biológico
	CULICIDAE�Importância
	CULICIDAE�Importância
	Importância
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	Epidemiologia
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	Controle
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	Resistência
	Controle
	Controle
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	Controle

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