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SARCOPTIDAE S. scabiei Introdução 1- Os ácaros desta família são ectoparasitos obrigatórios do homem, de diversos animais domésticos e animais silvestres (em cativeiro). 2 - Passam a vida em contato íntimo com seus hospedeiros, desta forma sua propagação de hospedeiro a hospedeiro é feito principalmente por contato físico Sarcoptidae • Antigamente Sarcoptes scabiei era muito comum entre a população, posteriormente com advento de medicamentos mais eficazes e higiene mais aprimorada , ela tornou-se rara. Entretanto, a partir da década de 70 elevou-se o número de pessoas apresentando esse parasito. Parece que as principais razões foram “aumento da população”, facilitando o maior contato em ambientes coletivos, promiscuidade sexual e “mudança no comportamento humano” em geral, ou seja, modificação de hábitos e costumes. Sarcoptidae ? Movimentos de contestação: hippe e funk. ? Desinformação da população para o “mecanismo de transmissão”. ? Resistência dos ectoparasitos SARCOPTIDAE • FILO: ARTHROPODA CLASSE: ARACHNIDA ?Compreende os artropodes que não possuem antenas e nem mandíbulas. SUBCLASSE: ACARI ORDEM: ASTIGMATA (=Acaridida)- ? Tegumento muito fino. ? Estigmas ausentes (Astigmata). ? Fazem as trocas respiratórias através do tegumento. ? As coxas estão inseridas profundamente na superfície ventral do corpo e denominadas de epímeros. SARCOPTIDAE • FAMÍLIA: SARCOPTIDAE ?São parasitas da “pele de mamíferos” ?A fêmea mede 0,4 mm de comprimento e 0,3 mm de largura, sendo o macho pouco menor. GÊNERO: SARCOPTES SARCOPTIDAE MORFOLOGIA • São acarinos muito pequenos, • Idiossoma de forma arredondada ou ovalar. • Corpo curto, possuindo uma cutícula estriada com várias escamas ou cerdas especializadas. O tegumento mole é marcado por sulcos finos transversais. • Pernas curtas, espessas e cônicas, trazem nos tarsos cerdas e ventosas pedunculadas. Elas se agrupam de modo a haver 2 pares de pernas anteriores e 2 posteriores. Sarcoptidae SARCOPTIDAE BIOLOGIA E CICLO DE VIDA • Os ácaros destas famílias são ovíparos. • Ovo⇒ larva⇒ (período de atividade), depois torna-se inerte e desta forma evolui para protoninfa que adquire o quarto par de pernas. Neste estágio já mostra um rudimento da abertura genital. A protoninfa passa por uma fase imóvel, dando origem a tritoninfa, semelhante ao adulto, mas com abertura genital apenas vestigial. ESPÉCIES • S. sacabiei (espécie que parasita o homem e vários animais). • Trata-se de uma espécie com variedades ou subespécies ou raças biológicas diferentes. Assim são designadas de acordo com o hospedeiro de procedência: S. scabiei - homem • S. scabiei var. canis, S. scabiei var. cuniculi, S. scabiei var.caprae, S. scabiei var. ovis, S. scabiei var.bovis, S. scabiei var. equi e S. scabiei var. canis. HABITAT Pele. Na epiderme, sob a camada córnea. A longevidade é de 3 meses para as fêmeas e 2 para os machos. A população, nesse período, pode elevar-se para 50 a 500 ácaros; mas, decresce depois para 10 ou menos. SARCOPTIDAE BIOLOGIA • S. scabiei • Esses ácaros não sobrevivem fora do hospedeiro por mais de 24 horas e tornam-se extremamente ativos em temperaturas superiores a 260 C, aumentando assim seu potencial de transmissão. • 1- Escavam galerias (característica da família). A penetração é facilitada através das carúnculas, as quais aderem-se a pele, e pelas peças bucais que cortam a epiderme. • As fêmeas vivem somente nas galerias. • 2- Nutrem-se de linfa e fluido celular. SARCOPTIDAE BIOLOGIA • 3- Transmissão. • Através do contato físico ou através de roupas e utensílios. • Para a espécie humana é favorecida pela promiscuidade e falta de higiene. • A fêmea fertilizada escava galerias na espessura da pele, atingido o estrato germinativo onde se nutre de linfa. SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE Ciclo de Vida • S. scabiei • 1- Postura dos ovos • 2- Larvas hexápodas⇒ ecdise • 3- Ninfas (protoninfa e tritoninfa) ⇒ ecdise ⇒ machos e fêmeas adultos ⇒ cópula⇒ fêmea adulta e fertilizada penetra na pele e recomeça o novo ciclo. • O ciclo se completa com 10 a 14 dias. SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE Ciclo de Vida • Postura dos ovos com 2 a 3 dias de intervalo e se sucedem durante 2 meses, sendo depositados 10 a 15 ovos por dia. Cinco dias após a ovipostura, eclodem as larvas. Estas abandonam os túneis e atingem a superfície da pele a procura de alimentos e abrigo, vivendo entre as crostas ou permanecendo nos túneis e continuando o desenvolvimento. Após alguns dias as larvas sofrem ecdise e se transformam em ninfas. Há dois estágios ninfais (protoninfa e tritoninfa). SARCOPTIDAE Ciclo de Vida • Os machos são mais raros e geralmente são encontrados em pequenas galerias ou na superfície da pele a procura das fêmeas púberes para a cópula. A tarnsformação da tritoninfa para fêmea ovígera, provavelmente ocorre após a fertilização. Ciclo de vida • A fêmea perfura a epiderme, formando túneis onde irá depositar seus ovos, formando verdadeiras galerias as quais são reconhecidas pelo aspecto irritativo e pelas excreções enegrecidas que a fêmea vai deixando. Diagnóstico Clínico ?É sugerido por outros casos na família. Mas deve ser confirmado pelo en-contro dos ácaros: ?Colar sobre a pele doente uma fita gomada transparente (os ácaros vão aderir a ela); ?Colar essa fita sobre uma lâmina de microscopia e examinar ao microscópio. Diagnóstico ?Observar as lesões cutâneas típicas que traduzem a presença do ácaro ? “túneis”na epiderme sob a camada córnea ?Raspado ?Os ácaros costumam ser poucos em relação a área atingida, o que faz com que muitas amostras sejam negativas. Pela biologia do ácaro há necessidade de um raspado profundo da lesão, com auxílio de bisturi ou com a borda de uma lâmina de microscopia. Utilizar óleo mineral nas bordas, para evitar a perda dos ácaros. Observar em microscopia – aumento de 400x. • Biópsia cutânea • ELISA- para pesquisa de anticorpos IgE específico do Sarcoptes - bastante sensível. SARCOPTIDAE Importância • Galerias (o parasito instala-se na epiderme “cavando túneis”) • “Stress” - em função do prurido intenso. No homem ocorre principalmente a noite. Este prurido é pelo movimento da fêmea ovígera em atividade de perfuração e também pela saliva extremamente irritante, produzida pelo ácaro. SARCOPTIDAE Importância • Áreas do corpo mais atingidas: espaços interdigitais, punhos, face interna dos braços, axilas, cotovelo, ventre, face interna das coxas, órgãos genitais, seios e nádegas. • Promiscuidade e falta de higiene. • Aumento da imunodeficiência. SARCOPTIDAE • Pessoas sadias e portadoras, sobretudo quando há coabitação, mormente entre indivíduos que ocupam o mesmo leito. • Locais anteriormente usados por pessoas infestadas (hospitais e hotéis). • Alopecia na “sarna norueguesa”- pacientes imunodeficientes. Sarna norueguesa Patologia e Sintomatologia A dermatose produzida por Sarcoptes scabiei, mais conhecida como “sarna”, é uma infestação cosmopolita encontrada em todos os climas e regiões. Como S. scabiei pode viver alguns dias no meio ambiente, a transmissão pode dar-se pela ocupação de locais antes utilizados por um portador da infestação. • Uma semana ou mais após o contágio, aparece o prurido, que é mais intenso à noite, e resulta da sensibilização do organismo aos parasitos e seus produtos. Patologia e Sintomatologia As crostas resultam de uma hiperqueratose, havendo abundância extraordinária de parasitos. Localizam-se de preferência nas mãos e pés, mas pode ser disseminada, atacando inclu- sive o couro cabeludo, com queda dos cabelos. Patologia e Sintomatologia Outros dados clínicos são o aparecimento de trajetos escuros na pele (sujeira e dejeções dos parasitos acumuladas nas galerias da epiderme) e pequena pápula no fim da galeria, onde se encontra o ácaro. Também há produção de vesículas perláceas que surgem como reação do organismo à saliva dos Sarcoptes. O prurido persiste e pode aumentar, mesmo depois de reduzido o número de parasitos ou após a cura parasitológica. Profilaxia e controle Baseia-se no tratamento concomitante de todos os casos da casa ou da instituição onde ocorre a escabiose. Aplicar as medidas usuais de higiene individual e coletiva. Desinfetar toda a roupa íntima, de cama e toalhas, lavando-as de preferência em máquinas de lavar, acompanhando o tratamento. Outros ácaros Actinedida (=Prostigmata/Trombidiformes) Com espiráculos situados na base do gnatossomo ou perto dele. Grupo heterogêneo com espécies terrestres e aquáticas, parasitas, predadoras ou fitófagas. São de interesse as famílias: Trombiculidae e Demodicidae Trombiculidae Os Trombiculidae apresentam grande quantidade de cerdas no corpo dos adultos e ninfas. Idiossoma oval. As larvas, com 3 pares de pernas, são esbranquiça- das mas passam a vermelhas após sugarem sangue. Os adultos e ninfas são predadores, atacando outros artrópodes. Atacam, também, as pessoas. Larva de um trombiculídeo sugarando seu hospedeiro. Trombiculidae As larvas dos Trombiculidae sugam o líquido intersticial de qualquer mamífero. No Brasil, são freqüentes no Norte e Centro- Oeste, embora ocorram em todo o território nacional. Apolonia tigipioensis ataca as galinhas e o homem, na Região Nordeste do Brasil. Algumas pessoas picadas sofrem uma dermatite com prurido insuportável. Certas espécies são resevatórios da febre tsutsugamushi, na Ásia e no Pacífico. Trombiculidae Eutrombicula- dermatite irritativa e infecções secundárias. E. Alfreddugesi Intenso prurido, promove uma dermatite que persiste por mais de dua semanas. E. batatas. Demodicidae Os Demodicidae são minúsculos acariformes (0,1 a 0,4 mm de comprimento) de corpo alongado ou vermiforme. Demodex folliculorum vive nos folículos pilosos das pessoas; e D. brevis, nas glândulas sebáceas do rosto, principalmente nariz e pálpebras. Mas não causam doença, exceto blefarite, talvez. • Muito se tem discutido sobre a participação do D. folliculorum na acne e outros processos cutâneos. Demodex folliculorum Demodex sp. • Existem dois aspectos gerais na morfologia dos demodicídeos, que os tornam bem adaptados a viverem confinados em seu hábitat: (1) Redução do tamanho e (2) Redução drástica dos apêndices externos. Demodex sp. Ciclo biológico Ocorre todo no hospedeiro A fêmea deposita 20 a 24 ovos no folículo piloso. Larvas e ninfas são carreadas pelo fluxo sebáceo para a abertura do folículo, onde atingem a maturidade. O ciclo se completa com 18 a 24 dias. þÿ S. scabiei Introdução Sarcoptidae Sarcoptidae SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE� MORFOLOGIA Sarcoptidae SARCOPTIDAE �BIOLOGIA�E CICLO DE VIDA ESPÉCIES HABITAT SARCOPTIDAE�BIOLOGIA SARCOPTIDAE�BIOLOGIA SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE�Ciclo de Vida SARCOPTIDAE SARCOPTIDAE�Ciclo de Vida SARCOPTIDAE�Ciclo de Vida Ciclo de vida Diagnóstico Diagnóstico SARCOPTIDAE�Importância� SARCOPTIDAE�Importância� SARCOPTIDAE� Sarna norueguesa Patologia e Sintomatologia Patologia e Sintomatologia Patologia e Sintomatologia Profilaxia e controle Outros ácaros Trombiculidae Trombiculidae Trombiculidae Demodicidae Demodex sp. Demodex sp.
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