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Infecções Virais Dengue e Febre Amarela

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Infecções Virais: Dengue e Febre
Amarela
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, FORMA DE TRANSMISSÃO E PRINCIPAIS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DE
DENGUE E FEBRE AMARELA.
AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI
AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI
DENGUE
A Dengue é uma doença causada por um RNA vírus da família Flaviviridae, endêmica em quase todo
território nacional. Existem quatro sorotipos distintos conhecidos de dengue (vírus dengue 1, 2, 3 e 4).
A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa
doente. Encontrado em áreas tropicais e subtropicais, além de tratar de uma importante arbovirose que
afeta o homem. Trata-se de sério problema de saúde pública no mundo, especialmente em países tropicais
onde as condições do meio ambiente favorecem a proliferação dos seus vetores, os mosquitos do gênero
Aedes.
Atualmente, quase metade da população mundial vive em áreas de risco para a doença e apesar de sua
extensão e gravidade, vacinas ou tratamentos específicos ainda não estão disponíveis.
A infecção pode manifestar-se de variadas formas, desde uma doença assintomática, sintomas brandos ou
até formas mais graves com quadros hemorrágicos.
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Legenda: AEDES AEGYPTI, VETOR TRANSMISSOR DA DENGUE, FEBRE AMARELA E FEBRE
CHIKUNGUNYA.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
A classificação epidemiológica em DENGUE CLÁSSICA ou DENGUE HEMORRÁGICA é  feita após o desfecho
clínico, na maioria das vezes depende de informações clínica e laboratoriais disponíveis ao final do
acompanhamento do paciente. Estes critérios, geralmente, não permitem identificar formas mais graves
desde o princípio. Para isso é necessário estar atento aos sinais e sintomas durante a evolução da doença.
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Sinais Clínicos
Caso suspeito de dengue: Febre associada a mais dois dos seguintes sintomas em pacientes que estiveram
nos últimos 15 dias em área de transmissão da doença:
cefaléia
mialgia
artralgia
dor retro-orbitária
prostração
Exantema
 
Sinais de alarme - anunciam a perda plasmática com iminência de choque:
Hemorragias na pele: petéquias, púrpuras, equimoses.
Sangramento gengival
Sangramento nasal
Sangramento gastrointestinal
Hematúria
Metrorragia em mulheres
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
TESTES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS
Hemograma (observar plaquetas)
Função hepática
Urina
 
DETECÇÃO DO VÍRUS: 
ISOLAMENTO DO VÍRUS 
RT-PCR: para detecção de ácido nucléico viral. 
IMUNO-HISTOQUÍMICA: detecção do antígeno em tecidos fixados.
 
TESTES SOROLÓGICOS 
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PESQUISA DO ANTÍGENO NS1:  realizado pelo emprego de um teste rápido baseado na proteína NS1 ou
ELISA de captura . NS1 é uma glicoproteína altamente conservada que está presente em altas
concentrações no soro dos pacientes infectados por Dengue durante o estágio inicial da doença. O
antígeno NS1 é encontrado a partir do primeiro dia e pode permanecer até 9 dias depois do
estabelecimento da febre, porém o período adequado para a realização do teste é do primeiro ao quinto dia
após início dos sintomas. É um importante marcador sorológico de fase aguda. É encontrado tanto na
infecção primária como secundária. É um exame específico que permite diagnóstico dos quatro sorotipos.
O teste de NS1 negativo não exclui a possibilidade da doença.
 
ELISA DE CAPTURA PARA IgM (ELISA MAC): baseia-se na detecção de anticorpos IgM específicos aos 4
sorotipos. Anticorpo IgM anti-Dengue desenvolve-se rapidamente . Na primoinfecções e reinfecções
detecta-se a IgM. Recomenda-se realização do teste após sexto dia de sintomas.
 
MÉTODO ELISA IgG: costuma positivar a partir do nono dia de doença na infecção primária e já estar
detectável desde o primeiro dia da doença na infecção secundária. 
 
MÉTODO ELISA IgM e IgG:  teste rápido, baseado na detecção qualitativa e diferencial de anticorpos IgM e
IgG, em curto espaço de tempo.
 
Para definição de dengue basta encontrar anticorpos da classe IgM em única amostra de soro ou aumento
do título de anticorpos IgG em amostras pareadas.
Anticorpos do tipo IgM são encontrados na infecção primária e secundária, sendo detectados títulos mais
baixos ou ausentes na infecção terciária.
Anticorpos do tipo IgG são menos específicos, podem advir de transferência vertical materna à criança ou
serem positivos após vacinação contra febre amarela, mas sua dosagem é importante em áreas endêmicas,
pois partes dos pacientes reinfectados podem não apresentar níveis de IgM detectáveis.
 
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Legenda: MARCADORES SOROLóGICOS NA INFECçãO POR DENGUE.
Os anticorpos do tipo IgM contra o vírus do dengue são detectáveis a partir do sexto dia de
sintomas e perduram por até 90 dias, de modo que uma amostra positiva indica infecção, em
curso ou recente, ocorrida nos últimos dois a três meses. 
Já os anticorpos do tipo IgG possuem níveis mais elevados na infecção secundária, podendo ser
detectados nos primeiros dias de doença e persistem por dois a três anos após a infecção.
Diante de um caso suspeito, deve ser solicitada sorologia para Dengue após o 6º dia de
aparecimento dos sintomas e em pacientes com manifestações hemorrágicas, deve ser solicitado
isolamento viral nos primeiros cinco dias de início dos sintomas.
IMPORTANTE: Todo caso suspeito deve ser notificado à vigilância epidemiológica.
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CLASSIFICAçãO DE RISCO E MANEJO DO PACIENTE
FEBRE AMARELA
Doença infecciosa causada pelo vírus amarílico, arbovírus da família Flaviviridae. É um RNA vírus, cujo
reservatório natural são os primatas  que habitam as florestas tropicais.
Modo de transmissão
Febre Amarela Urbana (FAU): o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório e o homem.
Febre Amarela Silvestre (FAS): vetor é o mosquito do gênero Haemagogus.
 
Descrição da doença:
Os principais sintomas da febre amarela são febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte,
cansaço, calafrios, vômito e diarréia que aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de
incubação). 
Febre – que dura 3 a 4 dias; acompanhada de quadro, com desenvolvimento abrupto, de mal estar; calafrios;
cefaléia; dor na região lombar; náuseas; vertigem; sinal de Faget; hiperemia conjuntival; eritema facial.
O quadro típico da doença caracteriza-se por uma evolução bifásica, com um período de infecção, período
de remissão e período de intoxicação.
Infecção: 3 dias, com início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, cefaléia, mialgia generalizada,
prostração, náuseas e vômito.
Remissão: declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no
paciente. 
Intoxicação: ocorre em cerca de 15 a 25% dos pacientes infectados com expressão clínica, caracteriza-se
pela predominância dos sintomas de insuficiência hepato-renal, dor abdominal intensa, icterícia,
manifestações hemorrágicas (petéquias, equimoses, hematomas, epistaxe, gengivorragia, hemorragia
conjuntival, hemoptise ou hemoperitônio), oligúria e anúria, acompanhados de albuminúria e prostração
intensa.
DiagnósticoObjeto disponível na plataforma
Informação:
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Como os sintomas da febre amarela são muito parecidos com os da dengue e da malária, o diagnóstico
preciso é indispensável e deve ser confirmado por exames laboratoriais específicos, a fim de evitar o risco de
epidemia em áreas urbanas, onde o vírus pode ser transmitido pelo mesmo mosquito da dengue. À
admissão, devem ser solicitados: hemograma, glicemia, TGO, TGP, fosfatase alcalina, gama-GT, uréia,
creatinina, bilirrubina total e frações, albumina. Solicitar hemocultura nos casos em que se suspeita de
infecção bacteriana associada.
TESTES ESPECÍFICOS PARA DETECÇÃO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA
Testes rápidos: detecção do antígeno por imunoensaio enzimático.
Biologia Molecular: detecção do genoma viral através da Reação da Cadeia da Polimerase em tecido ou
sangue.
Sorologia
Pesquisa de IgM pelo ensaio imunoenzimático para captura de IgM (MAC ELISA) para a detecção de IgM
específico, que aparece em 7 a 10 dias após o início da infecção.
TRATAMENTO 
Os pacientes com suspeita clínica de febre amarela devem, obrigatoriamente, ser atendidos em caráter de
urgência e internados para investigação.Doente com febre amarela precisa de suporte hospitalar para evitar
que o quadro evolua com maior gravidade. Não existem medicamentos específicos para combater a doença.
Basicamente, o tratamento consiste em hidratação e uso de antitérmicos que não contenham ácido
acetilsalicílico. Casos mais graves podem requerer diálise e transfusão de sangue.
VACINA
 Constituída pelo vírus vivo atenuado. Deve ser administrada a moradores de áreas endêmicas e pessoas que
irão viajar para estes locais. A vacina forma anticorpos protetores em 7 a 10 dias com duração de 10 anos; a
taxa de soroconversão é de 95%, devendo ser aplicada a partir de 9 meses.
ATIVIDADE FINAL
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Paciente de 15 anos chega ao hospital apresentando febre, mal estar,
dor retrorbital, exantema, dores articulares e intensa dor de cabeça há
dois dias. O paciente relata que já teve dengue.   Após sorologia o
médico confirma que o paciente está com re-infecção por dengue.   
Quais os marcadores foram REAGENTES levando em consideração que
os  testes foram realizados no segundo dia de sintomas?
A. IgM pesquisa através do ELISA de captura e IgG pesquisado através do ELISA indireto.
B. Antígeno NS1 pesquisado através de ELISA e IgM pesquisado através do ELISA de captura.
C. Antígeno NS1 pesquisado através de ELISA e IgG pesquisado através do ELISA indireto.
D. Ácido nucléico do vírus detectado por RT- PCR e IgM pesquisado por ELISA indireto.
REFERÊNCIA
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 

Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue :
diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.
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