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2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9 Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, FORMA DE TRANSMISSÃO E PRINCIPAIS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DE DENGUE E FEBRE AMARELA. AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI DENGUE A Dengue é uma doença causada por um RNA vírus da família Flaviviridae, endêmica em quase todo território nacional. Existem quatro sorotipos distintos conhecidos de dengue (vírus dengue 1, 2, 3 e 4). A transmissão se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Encontrado em áreas tropicais e subtropicais, além de tratar de uma importante arbovirose que afeta o homem. Trata-se de sério problema de saúde pública no mundo, especialmente em países tropicais onde as condições do meio ambiente favorecem a proliferação dos seus vetores, os mosquitos do gênero Aedes. Atualmente, quase metade da população mundial vive em áreas de risco para a doença e apesar de sua extensão e gravidade, vacinas ou tratamentos específicos ainda não estão disponíveis. A infecção pode manifestar-se de variadas formas, desde uma doença assintomática, sintomas brandos ou até formas mais graves com quadros hemorrágicos. Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 01 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/9 Legenda: AEDES AEGYPTI, VETOR TRANSMISSOR DA DENGUE, FEBRE AMARELA E FEBRE CHIKUNGUNYA. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A classificação epidemiológica em DENGUE CLÁSSICA ou DENGUE HEMORRÁGICA é feita após o desfecho clínico, na maioria das vezes depende de informações clínica e laboratoriais disponíveis ao final do acompanhamento do paciente. Estes critérios, geralmente, não permitem identificar formas mais graves desde o princípio. Para isso é necessário estar atento aos sinais e sintomas durante a evolução da doença. Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 02 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/9 Sinais Clínicos Caso suspeito de dengue: Febre associada a mais dois dos seguintes sintomas em pacientes que estiveram nos últimos 15 dias em área de transmissão da doença: cefaléia mialgia artralgia dor retro-orbitária prostração Exantema Sinais de alarme - anunciam a perda plasmática com iminência de choque: Hemorragias na pele: petéquias, púrpuras, equimoses. Sangramento gengival Sangramento nasal Sangramento gastrointestinal Hematúria Metrorragia em mulheres DIAGNÓSTICO LABORATORIAL TESTES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS Hemograma (observar plaquetas) Função hepática Urina DETECÇÃO DO VÍRUS: ISOLAMENTO DO VÍRUS RT-PCR: para detecção de ácido nucléico viral. IMUNO-HISTOQUÍMICA: detecção do antígeno em tecidos fixados. TESTES SOROLÓGICOS Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 03 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/9 PESQUISA DO ANTÍGENO NS1: realizado pelo emprego de um teste rápido baseado na proteína NS1 ou ELISA de captura . NS1 é uma glicoproteína altamente conservada que está presente em altas concentrações no soro dos pacientes infectados por Dengue durante o estágio inicial da doença. O antígeno NS1 é encontrado a partir do primeiro dia e pode permanecer até 9 dias depois do estabelecimento da febre, porém o período adequado para a realização do teste é do primeiro ao quinto dia após início dos sintomas. É um importante marcador sorológico de fase aguda. É encontrado tanto na infecção primária como secundária. É um exame específico que permite diagnóstico dos quatro sorotipos. O teste de NS1 negativo não exclui a possibilidade da doença. ELISA DE CAPTURA PARA IgM (ELISA MAC): baseia-se na detecção de anticorpos IgM específicos aos 4 sorotipos. Anticorpo IgM anti-Dengue desenvolve-se rapidamente . Na primoinfecções e reinfecções detecta-se a IgM. Recomenda-se realização do teste após sexto dia de sintomas. MÉTODO ELISA IgG: costuma positivar a partir do nono dia de doença na infecção primária e já estar detectável desde o primeiro dia da doença na infecção secundária. MÉTODO ELISA IgM e IgG: teste rápido, baseado na detecção qualitativa e diferencial de anticorpos IgM e IgG, em curto espaço de tempo. Para definição de dengue basta encontrar anticorpos da classe IgM em única amostra de soro ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras pareadas. Anticorpos do tipo IgM são encontrados na infecção primária e secundária, sendo detectados títulos mais baixos ou ausentes na infecção terciária. Anticorpos do tipo IgG são menos específicos, podem advir de transferência vertical materna à criança ou serem positivos após vacinação contra febre amarela, mas sua dosagem é importante em áreas endêmicas, pois partes dos pacientes reinfectados podem não apresentar níveis de IgM detectáveis. Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 04 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/9 Legenda: MARCADORES SOROLóGICOS NA INFECçãO POR DENGUE. Os anticorpos do tipo IgM contra o vírus do dengue são detectáveis a partir do sexto dia de sintomas e perduram por até 90 dias, de modo que uma amostra positiva indica infecção, em curso ou recente, ocorrida nos últimos dois a três meses. Já os anticorpos do tipo IgG possuem níveis mais elevados na infecção secundária, podendo ser detectados nos primeiros dias de doença e persistem por dois a três anos após a infecção. Diante de um caso suspeito, deve ser solicitada sorologia para Dengue após o 6º dia de aparecimento dos sintomas e em pacientes com manifestações hemorrágicas, deve ser solicitado isolamento viral nos primeiros cinco dias de início dos sintomas. IMPORTANTE: Todo caso suspeito deve ser notificado à vigilância epidemiológica. Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 05 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/9 CLASSIFICAçãO DE RISCO E MANEJO DO PACIENTE FEBRE AMARELA Doença infecciosa causada pelo vírus amarílico, arbovírus da família Flaviviridae. É um RNA vírus, cujo reservatório natural são os primatas que habitam as florestas tropicais. Modo de transmissão Febre Amarela Urbana (FAU): o mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório e o homem. Febre Amarela Silvestre (FAS): vetor é o mosquito do gênero Haemagogus. Descrição da doença: Os principais sintomas da febre amarela são febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarréia que aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação). Febre – que dura 3 a 4 dias; acompanhada de quadro, com desenvolvimento abrupto, de mal estar; calafrios; cefaléia; dor na região lombar; náuseas; vertigem; sinal de Faget; hiperemia conjuntival; eritema facial. O quadro típico da doença caracteriza-se por uma evolução bifásica, com um período de infecção, período de remissão e período de intoxicação. Infecção: 3 dias, com início súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, cefaléia, mialgia generalizada, prostração, náuseas e vômito. Remissão: declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. Intoxicação: ocorre em cerca de 15 a 25% dos pacientes infectados com expressão clínica, caracteriza-se pela predominância dos sintomas de insuficiência hepato-renal, dor abdominal intensa, icterícia, manifestações hemorrágicas (petéquias, equimoses, hematomas, epistaxe, gengivorragia, hemorragia conjuntival, hemoptise ou hemoperitônio), oligúria e anúria, acompanhados de albuminúria e prostração intensa. DiagnósticoObjeto disponível na plataforma Informação: Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 06 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/9 Como os sintomas da febre amarela são muito parecidos com os da dengue e da malária, o diagnóstico preciso é indispensável e deve ser confirmado por exames laboratoriais específicos, a fim de evitar o risco de epidemia em áreas urbanas, onde o vírus pode ser transmitido pelo mesmo mosquito da dengue. À admissão, devem ser solicitados: hemograma, glicemia, TGO, TGP, fosfatase alcalina, gama-GT, uréia, creatinina, bilirrubina total e frações, albumina. Solicitar hemocultura nos casos em que se suspeita de infecção bacteriana associada. TESTES ESPECÍFICOS PARA DETECÇÃO DO VÍRUS DA FEBRE AMARELA Testes rápidos: detecção do antígeno por imunoensaio enzimático. Biologia Molecular: detecção do genoma viral através da Reação da Cadeia da Polimerase em tecido ou sangue. Sorologia Pesquisa de IgM pelo ensaio imunoenzimático para captura de IgM (MAC ELISA) para a detecção de IgM específico, que aparece em 7 a 10 dias após o início da infecção. TRATAMENTO Os pacientes com suspeita clínica de febre amarela devem, obrigatoriamente, ser atendidos em caráter de urgência e internados para investigação.Doente com febre amarela precisa de suporte hospitalar para evitar que o quadro evolua com maior gravidade. Não existem medicamentos específicos para combater a doença. Basicamente, o tratamento consiste em hidratação e uso de antitérmicos que não contenham ácido acetilsalicílico. Casos mais graves podem requerer diálise e transfusão de sangue. VACINA Constituída pelo vírus vivo atenuado. Deve ser administrada a moradores de áreas endêmicas e pessoas que irão viajar para estes locais. A vacina forma anticorpos protetores em 7 a 10 dias com duração de 10 anos; a taxa de soroconversão é de 95%, devendo ser aplicada a partir de 9 meses. ATIVIDADE FINAL Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 07 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/9 Paciente de 15 anos chega ao hospital apresentando febre, mal estar, dor retrorbital, exantema, dores articulares e intensa dor de cabeça há dois dias. O paciente relata que já teve dengue. Após sorologia o médico confirma que o paciente está com re-infecção por dengue. Quais os marcadores foram REAGENTES levando em consideração que os testes foram realizados no segundo dia de sintomas? A. IgM pesquisa através do ELISA de captura e IgG pesquisado através do ELISA indireto. B. Antígeno NS1 pesquisado através de ELISA e IgM pesquisado através do ELISA de captura. C. Antígeno NS1 pesquisado através de ELISA e IgG pesquisado através do ELISA indireto. D. Ácido nucléico do vírus detectado por RT- PCR e IgM pesquisado por ELISA indireto. REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Diretoria Técnica de Gestão. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013. Infecções Virais: Dengue e Febre Amarela 08 / 08 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/9
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