Impropriedade vocabular e acentuação gráfica

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Erros do português: 
impropriedade vocabular e acentuação gráfica 
Lúcia Vaz Pedro 
 
Para além dos erros ortográficos referidos na semana passada, existem outros 
relacionados com impropriedade vocabular e que ocorrem quando se usa uma 
palavra em lugar de outra por falsa associação de sentido entre elas. 
 
Exemplos 
 
As lâmpadas florescentes são mais económicas. (fluorescentes) 
O criminoso foi apanhado em fragrante. (flagrante) 
Os estrangeiros têm sido muito descriminados no país. (discriminados) 
 
Relativamente, os erros de acentuação gráfica ocorrem por dois motivos: 
 
 Desconhecimento das normas ortográficas vigentes; 
 Desconhecimento da posição correta da sílaba tónica. 
 
Exemplos 
 
1. A mulher gosta de joias. (CORRETO) 
2. As rúbricas dos documentos eram falsas. (INCORRETO) 
 
[No primeiro caso, de acordo com o Novo Acordo Ortográfico,] o ditongo “oi” na 
sílaba tónica das palavras paroxítonas/graves deixa de ser acentuado. Já no segundo 
caso, a palavra “rubrica” é paroxítona/grave [e não leva acento]. 
 
Existem, igualmente, alguns erros no emprego da crase, em que se omite o acento 
em situações em que esse sinal indicativo é obrigatório. 
 
 
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Exemplo: O jornal está a promover uma campanha de ajuda as vítimas dos 
incêndios. (às vítimas) 
 
Em outras situações, há quem coloque o acento onde não ocorre crase. 
 
Exemplo: Enviamos à V. Sª. os orçamentos. (a V. Sª.) 
 
O pronome “Vossa” não admite artigo precedente. 
 
 
Fonte 
JORNAL de Notícias. Português atual. Publicação: 27 jul. 2014. Disponível em: 
<http://www.jn.pt/Dossies/dossie.aspx?content_id=4047512&dossier=Portugu%EAs%20atual&page=
2>. Acesso em: 10 jul. 2015.