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2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8 Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança APRESENTAR AS PRINCIPAIS NORMAS DE SEGURANÇA E EXPLICAR COMO É FEITO O MANUSEIO DE AMOSTRAS NA COLETA AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI Amostras: Cuidados, tipos de amostras e acondicionamento Os imunoensaios possibilitam identificar a presença de antígenos, ou de anticorpos. No diagnóstico de doenças infecciosas, quando se pesquisam antígenos, é importante saber a localização do agente etiológico. Nas doenças invasivas, nas quais os agentes atingem orgãos e tecidos, coleta-se o sangue para separação do soro com a finalidade de identificar imunoglobulinas. Exemplos de doenças infecciosas que utilizam o soro para análise de anticorpos e também de antígenos são as hepatites A, B e C, infecção pelo HIV, sífilis, doença de Chagas, dengue. Parasitos intestinais também podem ser determinados por meio de imunoensaios, porém com menos frequência. Nesses casos são analisados antígenos encontrados nas amostras de fezes. Um bom exemplo,é a criptosporidiose, na qual os oocistos de Cryptosporidium parvum é difícil de observar ao microscópio comum. A giardíase e amebíase são outras parasitoses intestinais em que amostras de fezes podem ser analizadas por imunoensaios, porém com menos frequência. As doenças autoimunes, imunodeficiências e respostas de hipersensibilidade (alergias) também são diagnosticadas e avaliadas através de imunoensaios. A determinação de concentração de hormônios circulantes no sangue, também pode ser diagnosticadas por imunoensaios. Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 01 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8 “Etapa pré analítica abrange a recepção, a identificação, a preparação do usuário, a coleta, o armazenamento e o transporte das amostras até o laboratório”. A coleta de amostra biológica é uma etapa muito importante no processo de realização do exame pelo laboratório. Tem como finalidade obter um resultado preciso e de qualidade, fundamental para uma orientação epidemiológica e/ou clínica correta. Na coleta de amostras deve-se atentar para as condições do paciente, o local de coleta e o modo de preservação das amostras. As condições do paciente devem ser conhecidas pelo analista. Dessa forma, pode-se saber se essas condições são variáveis que podem interferir nos resultados dos imunoensaios. Para garantir a qualidade dos resultados obtidos em imunoensaios, é fundamental que sejam tomados cuidados nas etapas que antecedem a etapa do ensaio propriamente dito, que corresponde a etapa pré-analítica. As amostras devem ser colhidas em recipientes estéreis e de preferência tubos a vácuo (figura 2). Para soros, é mais prático o uso de tubo a vácuo com gel separador. Nas análises de leucócitos será necessário tubos que contenham EDTA. Os tubos devem ser rotulados com maior número de dados possíveis do paciente. Deve-se ficar atento se o nome e sobrenome do indivíduo é muito comum, nesse caso incluir o nome da mãe. Atualmente, com a facilidade de sistemas de informação com leitores de códigos de barra e códigos QR fica bem mais fácil a tarefa de identificação do paciente, o que é recomendado pois reduz o risco de troca de amostras. Uma facilidade que existe em relação a estocagem dos soros é a possibilidade de congelamento de-20°C a -80°C. Período de jejum: O tempo de jejum varia de acordo com o exame laboratorial. Existem dosagens para as quais a necessidade de jejum varia entre 4 e 12 horas. Veja abaixo algumas situações e as orientações para cada uma delas com relação ao período de jejum: Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 02 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8 Situação Orientação para a coleta Exames sorológicos para o diagnóstico da infecção pelo HIV, da sífilis e das hepatites virais. Recomenda-se jejum de 4 horas para evitara presença de lipemia . Contagem de células T CD4+/CD8+ou quantificação da carga viral. Não há necessidade de jejum se a coleta de sangue for exclusivamente para estes exames. Em situações de emergência, como no caso de acidentes com materiais perfurocortantes. Deve-se realizar a coleta do sangue independentemente do usuário estar ou não em jejum. Em bebês. Deve-se realizar a coleta entre as mamadas. Lipemia : é a presença de grande quantidade de lipídios (gordura) no sangue causando turvação da amostra.Pode ser visualizado pelo aspecto turvo do soro ou plasma. Outros fatores de Interferência Fator Exames sorológicos, contagem T CD4+/CD8+ e quantificação da carga viral Outros exames laboratoriais Atividades físicas Não interferem. Podem interferir em alguns casos,tal como na dosagem de colesterol. Fumo Não interfere. Pode interferir. Ingestão de café Não interfere. Pode interferir. Ingestão de água A ingestão de um copo, ou menos, de água não interfere na qualidade da amostra. Horário da Coleta Tipo de exame Orientação Exames de sangue, como hemograma e contagem de células T CD4+/CD8+. Devem ser colhidos preferencialmente no período da manhã, pois há variação no número de leucócitos ao longo do dia. Exames sorológicos e quantificação da carga viral. Podem ser colhidos a qualquer hora do dia. 1 1 Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 03 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8 Legenda: FIGURA 2 - MATERIAL NECESSáRIO PARA PUNçãO VENOSA DO SANGUE (FONTE: GUIA MINISTéRIO DA SAúDE: DIAGNóSTICO E MONITORAMENTO DAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS) Biossegurança A disseminação de doenças infecciosas emergentes e reemergentes traz à tona a necessidade de avaliação das condições de biossegurança nos laboratórios de análises clinicas presentes em instituições de ensino, centros de pesquisa e os que realizam prestação de serviços. Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 04 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/8 Definem-se como precauções básicas de biossegurança, o modo padrão como o profissional de saúde deve atuar na assistência aos pacientes, na manipulação de amostras (sangue, secreções, excreções), contato com mucosas e pele não-íntegra (ferimentos, cortes). Isso independe do diagnóstico, definido ou presumido, de doença infecciosa (HIV, hepatites B e C), ou seja, o profissional deve ter a expectativa de estar sempre exposto ao risco de contágio por qualquer doença. Estas medidas preventivas já incluem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.), cuja finalidade é reduzir a exposição do profissional ao sangue ou fluidos corpóreos, bem como recomendações quanto aos cuidados específicos ao manipular e descartar materiais perfuro-cortantes contaminados por material orgânico. Alguns cuidados pessoais que devem ser lembrados em um laboratório são: Uso de EPI adequado para o procedimento a ser realizado (verificar classe de risco na tabela 1) Jamais comer, beber ou fumar em area analítica. Os alimentos, incluindo bebidas, devem ser consumidos exclusivamente em áreas destinadas para este fim, como copas e refeitórios. Jamais reencapar agulhas que não foram produzidas para este procedimento. Jamais pipetar com a boca. Na area laboratorial náo é permitido plantas. Ventiladores não devem ser usados em laboratórios pois proliferam contaminantes. Os telefones celulares, tablets, e outros equipamentos eletrônicos devem ficar fora da área onde análises ou ensaios são realizados, para evitar a contaminação do aparelho e a distração do profissional. Os profissionais devem ser treinados paratodo o tipo de situação, desde o modo como fazer a punção, acondicionamento das amostras, descarte de materiais perfuro cortantes, eliminação de lixo com risco biológico e até algum desconforto que o paciente possa apresentar. Isso pode ser padronizado por protocolos fixados no laboratório, que é definido como POPS (procedimentos operacionais padrão). No laboratório sempre deve estar presente um supervisor mais experiente para auxiliar os técnicos recém efetivados. O ambiente de coleta deve ser restrito aos profissionais e devem ser bem estabelecidas as condições de limpeza e higiene ambiental. Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 05 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/8 ATIVIDADE A importância da biossegurança depende do profissional de saúde envolvido na coleta e acondicionamento das amostras. A Aids é uma doença com muitos individuos assintomáticos, ou seja, na maioria das vezes não dá para saber se um individuo é soropositivo. No caso de um individuo, por conta própria solicitar um exame para HIV: Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 06 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/8 A. sempre usar procedimentos e os EPIs para risco biológico nivel 4 B. esperar o supervisor para avaliar com questionários se o individuo pertence a grupos de risco. C. encaminhar para um laboratório de referência para Aids. D. sempre usar procedimentos e os EPIs para risco biológico nivel 2 E. sempre usar procedimentos e os EPIs para risco biológico nivel 3 REFERÊNCIA Ministerio da Saúde, Sus: Riscos ocupacionais e práticas seguras: http://telelab.aids.gov.br/component/joomdle/course/5?Itemid= 2014 Ministerio da Saúde, Sus Coleta : http://telelab.aids.gov.br/component/joomdle/course/3?Itemid= 2014 Ministerio da Saúde, Anvisa, Normas de Biossegurança, Anvisa, www.anvisa.gov. Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança 07 / 07 2017528 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/8
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