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Amostras Utilizadas em Imunoensaios e Biossegurança

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Amostras Utilizadas em
Imunoensaios e Biossegurança
APRESENTAR AS PRINCIPAIS NORMAS DE SEGURANÇA E EXPLICAR COMO É FEITO O MANUSEIO DE
AMOSTRAS NA COLETA
AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI
AUTOR(A): PROF. WALTER KINDRO ANDREOLI
Amostras: Cuidados, tipos de amostras e
acondicionamento
Os imunoensaios possibilitam identificar a presença de antígenos, ou de anticorpos. No diagnóstico de
doenças infecciosas, quando se pesquisam antígenos, é importante saber a localização do agente etiológico.
Nas doenças invasivas, nas quais os agentes atingem orgãos e tecidos, coleta-se o sangue para separação do
soro com a finalidade de identificar imunoglobulinas. Exemplos de doenças infecciosas que utilizam o soro
para análise de anticorpos e também de antígenos são as hepatites A, B e C, infecção pelo HIV, sífilis,
doença de Chagas, dengue.
Parasitos intestinais também podem ser determinados por meio de imunoensaios, porém com menos
frequência. Nesses casos são analisados antígenos encontrados nas amostras de fezes. Um bom exemplo,é a
criptosporidiose, na qual os oocistos de Cryptosporidium parvum é difícil de observar ao microscópio
comum. A giardíase e amebíase são outras parasitoses intestinais em que amostras de fezes podem ser
analizadas por imunoensaios, porém com menos frequência.
As doenças autoimunes, imunodeficiências e respostas de hipersensibilidade (alergias) também são
diagnosticadas e avaliadas através de imunoensaios. A determinação de concentração de hormônios
circulantes no sangue, também pode ser diagnosticadas por imunoensaios.
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“Etapa pré analítica abrange a recepção, a identificação, a preparação do usuário, a coleta,
o armazenamento e o transporte das amostras até o laboratório”.
A coleta de amostra biológica é uma etapa muito importante no processo de realização do exame pelo
laboratório. Tem como finalidade obter um resultado preciso e de qualidade, fundamental para uma
orientação epidemiológica e/ou clínica correta. Na coleta de amostras deve-se atentar para as condições do
paciente, o local de coleta e o modo de preservação das amostras. As condições do paciente devem ser
conhecidas pelo analista. Dessa forma, pode-se saber se essas condições são variáveis que podem interferir
nos resultados dos imunoensaios. Para garantir a qualidade dos resultados obtidos em imunoensaios, é
fundamental que sejam tomados cuidados nas etapas que antecedem a etapa do ensaio propriamente dito,
que corresponde a etapa pré-analítica.
As amostras devem ser colhidas em recipientes estéreis e de preferência tubos a vácuo (figura 2). Para
soros, é mais prático o uso de tubo a vácuo com gel separador. Nas análises de leucócitos será necessário
tubos que contenham EDTA. Os tubos devem ser rotulados com maior número de dados possíveis do
paciente. Deve-se ficar atento se o nome e sobrenome do indivíduo é muito comum, nesse caso incluir o
nome da mãe. Atualmente, com a facilidade de sistemas de informação com leitores de códigos de barra e
códigos QR fica bem mais fácil a tarefa de identificação do paciente, o que é recomendado pois reduz o risco
de troca de amostras. Uma facilidade que existe em relação a estocagem dos soros é a possibilidade de
congelamento de-20°C a -80°C.
Período de jejum:
O tempo de jejum varia de acordo com o exame laboratorial. Existem dosagens para as quais a necessidade
de jejum varia entre 4 e 12 horas.
Veja abaixo algumas situações e as orientações para cada uma delas com relação ao período de jejum:
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Situação Orientação para a coleta
Exames sorológicos para o diagnóstico da infecção
pelo HIV, da sífilis e das hepatites virais.
Recomenda-se jejum de 4 horas para evitara presença
de lipemia  .
Contagem de células T CD4+/CD8+ou quantificação
da carga viral.
Não há necessidade de jejum se a coleta de sangue for
exclusivamente para estes exames.
Em situações de emergência, como no caso de
acidentes com materiais perfurocortantes.
Deve-se realizar a coleta do sangue
independentemente do usuário estar ou não em
jejum.
Em bebês. Deve-se realizar a coleta entre as mamadas.
 
Lipemia : é a presença de grande quantidade de lipídios (gordura) no sangue causando turvação da
amostra.Pode ser visualizado pelo aspecto turvo do soro ou plasma.
Outros fatores de Interferência
Fator Exames sorológicos, contagem T CD4+/CD8+ e
quantificação da carga viral
Outros exames laboratoriais
Atividades
físicas
Não interferem. Podem interferir em alguns casos,tal como na
dosagem de colesterol.
Fumo Não interfere. Pode interferir.
Ingestão
de café
Não interfere. Pode interferir.
Ingestão
de água
A ingestão de um copo, ou menos, de água não interfere na qualidade da amostra.
 
Horário da Coleta
Tipo de exame Orientação
Exames de sangue, como hemograma e
contagem de células T CD4+/CD8+.
Devem ser colhidos preferencialmente no período da manhã, pois
há variação no número de leucócitos ao longo do dia.
Exames sorológicos e quantificação da
carga viral.
Podem ser colhidos a qualquer hora do dia.
 
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Legenda: FIGURA 2 - MATERIAL NECESSáRIO PARA PUNçãO VENOSA DO SANGUE (FONTE: GUIA
MINISTéRIO DA SAúDE: DIAGNóSTICO E MONITORAMENTO DAS DST, AIDS E HEPATITES VIRAIS)
Biossegurança
A disseminação de doenças infecciosas emergentes e reemergentes traz à tona a necessidade de avaliação
das condições de biossegurança nos laboratórios de análises clinicas presentes em instituições de ensino,
centros de pesquisa e os que realizam prestação de serviços.
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Definem-se como precauções básicas de biossegurança, o modo padrão como o profissional de saúde deve
atuar na assistência aos pacientes, na manipulação de amostras (sangue, secreções, excreções), contato com
mucosas e pele não-íntegra (ferimentos, cortes). Isso independe do diagnóstico, definido ou presumido, de
doença infecciosa (HIV, hepatites B e C), ou seja, o profissional deve ter a expectativa de estar sempre
exposto ao risco de contágio por qualquer doença. Estas medidas preventivas já incluem a utilização de
Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.), cuja finalidade é reduzir a exposição do profissional ao
sangue ou fluidos corpóreos, bem como recomendações quanto aos cuidados específicos ao manipular e
descartar materiais perfuro-cortantes contaminados por material orgânico.
Alguns cuidados pessoais que devem ser lembrados em um laboratório são:
Uso de EPI adequado para o procedimento a ser realizado (verificar classe de risco na tabela 1)
Jamais comer, beber ou fumar em area analítica. Os alimentos, incluindo bebidas, devem ser consumidos
exclusivamente em áreas destinadas para este fim, como copas e refeitórios.
Jamais reencapar agulhas que não foram produzidas para este procedimento.
Jamais pipetar com a boca.
Na area laboratorial náo é permitido plantas.
Ventiladores não devem ser usados em laboratórios pois proliferam contaminantes.
Os telefones celulares, tablets, e outros equipamentos eletrônicos devem ficar fora da área onde análises
ou ensaios são realizados, para evitar a contaminação do aparelho e a distração do profissional.
Os profissionais devem ser treinados paratodo o tipo de situação, desde o modo como fazer a punção,
acondicionamento das amostras, descarte de materiais perfuro cortantes, eliminação de lixo com risco
biológico e até algum desconforto que o paciente possa apresentar. Isso pode ser padronizado por
protocolos fixados no laboratório, que é definido como POPS (procedimentos operacionais padrão). No
laboratório sempre deve estar presente um supervisor mais experiente para auxiliar os técnicos recém
efetivados. O ambiente de coleta deve ser restrito aos profissionais e devem ser bem estabelecidas as
condições de limpeza e higiene ambiental.
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ATIVIDADE
A importância da biossegurança depende do profissional de saúde
envolvido na coleta e acondicionamento das amostras. 
A Aids é uma doença com muitos individuos assintomáticos, ou seja, na
maioria das vezes não dá para saber se um individuo é soropositivo. No
caso de um individuo, por conta própria solicitar um exame para HIV: 
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A. sempre usar procedimentos e  os EPIs para risco biológico nivel 4 
B. esperar o supervisor para avaliar com questionários se o individuo pertence a grupos de risco. 
C. encaminhar para um laboratório de referência para Aids. 
D. sempre usar procedimentos e  os EPIs para risco biológico nivel 2 
E. sempre usar procedimentos e  os EPIs para risco biológico nivel 3 
REFERÊNCIA
 
 
Ministerio da Saúde, Sus: Riscos ocupacionais e práticas 
seguras: http://telelab.aids.gov.br/component/joomdle/course/5?Itemid= 2014 
Ministerio da Saúde, Sus Coleta : http://telelab.aids.gov.br/component/joomdle/course/3?Itemid=  2014
Ministerio da Saúde, Anvisa, Normas de Biossegurança, Anvisa, www.anvisa.gov.
 
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