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Artigos (Guilherme Ferreira Morgado)
Ascaris lumbricoides:
	O objetivo do artigo é relatar um caso de obstrução nasolacrimal em uma criança de 1 ano causado uma infecção de Ascaris lumbricoides. A paciente de 1 ano de idade mora em uma zona rural de MG e é vitima de desnutrição. Primeiramente ela apresentou vômitos aquosos com a presença do verme. Depois procurou o Centro Oftalmológico de MG devido a uma epifora(lacrimejamento continuo) no OD, então, no exame oftalmológico percebeu-se uma hiperemia conjutival, grande secreção purulenta e viscosa e o verme se exteriorizando pelo ponto lacrimal inferior direito. 
	O A. Lumbricoide é conhecido popurlamente como lombriga e é está presente em todo mundo principalmente nos paises desenvolvidos. As larvas desse verme em pequenas infecções não causam nada, mas em infecções maciças podem gerar lesões hepáticas e pulmonares. O tratamento de escolha é o levamisole. Ascaris errático é aquele se localiza em um habitat anormal, o que aconteceu nesse caso, já que o Ascaris se estabeleceu no ducto e saco nasolacrimal. Esse estudo não foi o primeiro a relatar esse verme nessa região. 
	Alguns autores preferem somente tratar os pacientes fora da área endêmica, devido a alta taxa de reinfestação, já outros defendem o uso sistemático de anti-helminticos em políticas de saúde publica. Sabe-se que a lona coexistência do parasita no intestino leva a um equilíbrio, que só é quebrado quando ocorre aumento da carga parasitaria. 
Cisticercose intramedular:
	A cisticercose é a mais grave parasitose do sistema nervoso central, por causa da sua elevada incidência e limitação terapêutica, sendo que é endêmica em diversas regiões do mundo. Nesse artigo relata-se um caso raro de neurocisticercose intramedular(C5-C6) em um paciente de 36 anos da região urbana de Taquarituva, SP. O paciente se queixava de cefalei difusa, de forte intensidade, em agulhadas, progressiva, seguida de repuxamento da cabeça e com perda de consciência. Além disso, os vizinhos relatam que ele se debatia, depois da crise a cefaléia persistia com confusão mental, esquecimento e sonolência. Depois de um tempo retornou com queixa de crise convulsiva, então, suspeitou-se de neurocisticercose pela TC e RM, o que foi confirmado por exame do. O paciente foi tratado com corticoides e albendazol, mas se quadro evoluiu e o paciente passou a se queixar de dores ao movimentar os membros, perda de sensibilidade nessas regiões e dor na flexão cervical. Realizou-se uma nova TC e RM e descobriu-se o cisticerco intramedular. No histórico do paciente havia relato de ingestão de lingüiça crua e eliminação de vermes(proglotes). 
	A neurocisticercose pode ser classificada em: hipertensiva, quando a cisticercose é ventricular e causa obstrução, essa forma possui prognostico ruim, também há forma epiléptica, que apresenta convulsões, o tratamento é difícil, mas apresenta bom prognostico. A meningitica, manifesta-se por surtos de meningite, a encefalitica, com surtos de encefalite, vascular ou arteritica, o quadro clinico se assemelha com o do acidente vascular isquêmico, a psíquica, diversas manifestações psiquiátricas, a medular, quadro clinico compatível com a compressão medular, pode também ocorrer associação dessas diferentes formas, o que é chamada de mista ou difusa. Por ultimo, também pode ser assintomática. Devido a essa diversidade de formas o quadro clinico é muito variado, a confirmação do diagnostico se faz com A TC e anamnese, sendo que o exame neurológico é fundamental pode dar normal em 25% dos casos.
	No canal raquidiano, os cisticercos se localizam preferencialmente no espaço subaracnóideo, os sintomas de compressão da medula podem ser causados pela compressão em si, pela inflamação, pela paquimeningite ou por insuficiência respiratória. O diagnostico da neurocisticercose raquidiana é baseado no antecedente da cisticercose encefálica e exames neurorradiologicos, que mostram sinais de aracdonite e imagens de cistos no espaço subaracnóideo, que são múltiplas calcificações arredondas ou ovais. Entretanto, a confirmação por exame do LCR é necessária. As calcificações são mais difíceis de serem vistas na RM, já as áreas de formação dos cistos são mais fáceis. 
	
Prevenção da elefantíase:
	Com o uso da ultra-sonografia a filariose bancroftiana ganhou uma aspecto multifatorial e que o seu substrato anatopatologico é é a linfangiectasia não obstrutiva, isso permitiu que a evolução para formas crônicas desfigurantes fosse evitada ou pelo menos adiada. 
	As manifestações clinicas podem ser originadas tantos dos vermes quanto das microfilarias da W. Bancrofti, os vermes causam lesões primarias nos vasos linfáticos, já as microfilarias provocam lesões extralinfaticas. Na pré-puberdade, os vermes são encontrados em lifonodos periféricos, já na fase adulta, feminina e masculina, a localização no linfonodo já não é tão comum podendo ocorrer em pessoas que ingressaram recentemente em áreas endêmicas. No sexo feminino, no período pós-puberal, a localização mais comum é nos linfáticos periféricos, já no sexo masculino e no mesmo período a localização mais freqüente é em linfáticos que drenam para região escrotal. Também existe uma forma clinica chamada de quiluria, em que a urina tem aspecto leitoso devido a presença de quilomicrons. Então, a localização do vaso atingido determina a manifestação clinica, ou seja, quando o vaso drena a pele ocorre linfedema pela presença de bactérias, mas quando esse drena segmentos internos aparece síndromes de fistulização. 
	Nas áreas endêmicas, o que predispõe para a evolução de um quadro de linfedema crônico para elefantíase é a recorrência de processos infecciosos na pele causado por bactérias e não uma reação devido a morte da filaria. Também é importante dizer que a linfagiectasia não leva ao edema crônico isoladamente, sendo que o principal co-fator é justamente o dano na função linfática devido aos episódios bacterianos repetidos. Dessa forma, para evitar essa progressão da doença é preciso é necessário um programa para ensinar higiene corporal, principalmene no membro afetado. Um trabalho recente identificou as lesões interdigitais como porta de entrada para as bactérias, sendo que os pacientes tem dificuldade de reconhecer essas lesões. Também é importante medidas para melhorar o retorno linfático como fisioterapia e drenagem postural. Os episódios agudos bacterianos em áreas endêmica de filariose denominados DLAA são tratados com elevação e repouso do membro e antibioticoterapia sistêmica, também deve-se utilizar compressas locais úmidas e frias para evitar o aparecimento de bolhas.O linfedema de membro inferior foi agrupado em sete estágios, de acordo com a necessidade de anti-septicos, tratamento medicamentoso curativo e preventivo e de cirurgias estéticas. O aparecimento do linfedema crônico do pênis e bolsa escrotal também se deve as infecções bacterianas repetidas.
	O linfedema gera sofrimento físico, emocional e segrega o paciente, o que dificulta uma vida independente do paciente, gerando um imobilismo social e uma baixa qualidade de vida. Dessa forma, é preciso que o governo fique atento para o aspecto social dessa patologia. 
Controle da pedículose na rede escolar
	O artigo tem o objetivo de relatar experiência de um projeto para controlar a pediculose na rede escolar.O piolho do couro cabeludo causa infecções secundarias e foi considerado uma das principais causas de impetigo nas populações de paises em desenvolvimento. As crianças afetadas podem apresentar baixo rendimento escolar pela dificuldade de concentração, devido ao prurido continuo e distúrbios de sono. Em casos graves, pode ocorrer anemia. O controle dessa patologia é difícil devido a alta contagiosidade, manejo inadequado, negligencia da população e dos profissionais de saúde e dos reservatórios de animais. Nos Estados unidos, a exclusão da escola é a atitude mais frenquente quando a criança está infestada, mas já no Brasil isso não ocorre.O projeto teve como objetivo geral desenvolver estratégias para o controle da pediculose na comunidade escolar e os objetivos específicos foram conhecer o tamanho do problema, desenvolver estratégias para o controle, ajudar a comunidade tanto no tratamento quanto na prevenção, fazer um levantamento dos tratamentos caseiros, discutir os preconceitos em torno da pediculose e incentivar os indivíduos afetados a procurarem tratamento. O projeto tentou dar um enfoque multidisciplinar, não se detendo apenas na questão da pediculose.
	Foi desenvolvidos atividades lúdicas com as crianças, reuniões com os pais abordando prevenção, contagio e tratamento, assim como foi distibuido panfletos educativos. Também foi realizado atedimento individual para dar a melhor orientação para cada caso. Foi feita uma oficina para confecção de medidas caseiras para combater a pediculose. A equipe também trabalhou com a prevenção e tratamento dos alunos, assim como com um levantamento da dimensão da infecção. Um outra iniciativa foi o debate envolvendo os tabus referente a pediculose. Durante as reuniões com os pais os principais problemas que dificultam o tratamento: a reinfestação, a utilização errônea dos produtos pediculicidas, com desenvolvimento de resistência, alto custo da medicação, concepções e praticas erradas em relação a infestação. 
	 
Miase Nasal:
	A miase nasal é uma ocorrência infrequente, sendo que gera situação constrangedora para o paciente, familiares e equipe medica. A miase é mais comum em paises em desenvolvimento e nos meses de verão, pois as larvas necessitam de alta temperatura para desencubar. Essa patologia pode até ser benéfica pela extração do tecido necrosado, mas as larvas podem levar a complicações maiores. O objetivo do trabalho é relatar um caso de miiase nasal em um paciente idoso, com tumor na cavidade nasal e seios paranasais. 
	A principal queixa da paciente era sangramento nasal, mas também apresentava obstrução nasal permanente, espirros frequentes e prurido nasal. A paciente é moradora de uma casa geriátrica, sendo que no local há uma grande quantidade de moscas. A rinoscopia anterior mostrou na fossa nasal esquerda uma ulceração no vestíbulo nasal com sangramento e uma grande quantidade de larvas causando a obstrução dessa fossa. Além disso, as cartilagem alares estavam expostas e parcialmente destruídas. Após o diagnostico retirou-se com a pinça as larvas visíveis e iniciou o tratamento com ivermectina 6mg 1 vez ao dia. Depois, o paciente foi hospitalizado e sob anestesia geral foi realizado uma limpeza da cavidade nasal, nesse procedimento foi utilizado éter na tentativa de facilitar a retirada das larvas, mas não se percebeu diferença significativa. Foi realizado TC e RM dos seios paranasais, órbitas e base do crânio e não se constatou invasão intracraniana, mas sim um destruição dos seios. Após 3 dias usando o medicamento ainda havia larvas, então, decidiu-se por uma intervenção cirúrgica para limpeza total dos seios paranasais, o que solucionou o problema. 
	É preciso enfatizar a dificuldade da retirada das larvas e a possível resistência a ivermectina na dose utilizada. A miiase pode ser classificada em secundaria ou furunculoide. A furunculoide é causada pela Dermatobia hominis, que penetra no tecido e causa nódulos inflamatórios e depois que a larva completa o seu desenvolvimento deixa o hospedeiro espontaneamente, sendo que o diagnostico é feito pela observação desses nódulos. Já a miiase secundaria são conhecidas como bicheiras, onde existe perda da integridade do tegumento. Geralmente são causadas pelos gêneros Callitroga, Musca e Lucilia. O aspecto clinico é um grande numero de larvas se movimentando no local. As larvas se alimentam dos tecidos mortos ou infectados e das secreções. Essa patologia acomete geralmente pessoas com acima de 50 anos de idade e com baixo nível sócio-economico. Em um outro relato de caso foi constatado que o odor fétido é um atrativo para as moscas colocarem os ovos enquantos os pacientes estão dormindo, também observou-se que a rinite atrofica é um fator de risco, pois diminui a sensibilidade nasal, aumenta o tamanho da cavidade nasal e produz odor fétido. 
	As larvas podem se propagar para os seios paranasais, órbita, pele da face e estruturas intracranianas, levando a meningite. Para evitar a miiase é preciso tornar o hospedeiro menos atrativo para as moscas e reduzir a sua população. A retirada das larvas da cavidade nasal não é fácil, para ajudar tem sido utilizado endoscópio nasal 
Ancylostoma:
	A larva migrans cutâneo (LMC) é uma dermatite provocada pela migração de larvas de nematódeos em um hospedeiro não habitual, sendo que no homem é geralmente causada por A. Braziliense, A. Caninum e A. Tubaeforme. Essa dermatose geralmente está associada a paciente que tiveram contato com areia de praia, de depósitos peridomiciales ou áreas de recreação. Os tanques de recreação nas praças publicas são importantes focos de contagio pelo acesso de gatos e cães. Esse estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de formas infectantes das larvas migrans em amostra de areias das praças publicas de JF. 
	As coletas foram realizadas em áreas úmidas e sombreadas com tubo de PVC até uma profundidade de 5cm. A recuperação das larvas foi feito pelo método de Baermann modificado e depois as amostras foram preparadas para visualização das larvas de Ancylostoma sp. O achado corroborou o de outros estudos que concluíram que as praças publicas constituem um dos locais de recreação com os maiores índices de contaminação ambiental por esses nematóides, principalmente devido a contaminação por fezes de animais.. Isso sugere que as medidas de controle para que os animais não habitem essas áreas não estão sendo tomadas e as medidas tomadas são ineficazes como a simples instalação de cercas. Um outro problema é a desinformação das pessoas,permitindo a entrada dos animais nesses locais.

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