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Sarnas de interesse veterinário

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Universidade Federal fluminense – Uff
Medicina Veterinária
Estudante: Cynara luziet
Sarnas
As sarnas não são específicas de cães e gatos, portanto outros hospedeiros como o homem e o porco podem ser parasitados.
Em zoológicos é muito comum encontrar felinos que foram criados em casa devido à caça de sua mãe.
Jaguatiricas são animais que precisam de locais com muito espaço, por isso seu aprisionamento em gaiolas, podem gerar estresses que se apresenta fisicamente no animal. Ouve suspeita de sarna, porém quando o animal foi deslocado para outro ambiente teve melhora sem precisar de tratamento.
É muito comum pensar na sarna como primeiro diagnóstico, porém nem sempre será
Tipos de sarnas:
1 - Astigmatas superficiais: são encontradas na superfície da pele;
Família Knemidokoptidae
Gênero Knemidokoptes
Família Psoroptidae
Gênero Psoroptes
Gênero Chorioptes
Gênero Otodectes
2 - Astigmatas Penetrantes: se encontram nas camadas mais profundas da pele;
Família Sarcoptidae
Gênero Sarcoptes
Gênero Notoedres
3 - Actinedida (Prostigmata) Foliculares: são encontradas em folículos pilosos ou glândulas sebáceas. 
Família Demodicidae
Gênero Demodex
Os Metastigmatas possuem o estigma respiratório no final do metapodossomo.
Os Astigmatas não possuem estigma respiratório.
Os Prostigmata possuem estigma respiratório no propodossoma.
Raspado de pele profundo é um diagnóstico importante, pois consegue – se pegar todas as camadas da pele para se achar qualquer uma das sarnas. Já que não se sabe o tipo de sarna que o animal está. Fazer a coleta de locais recentes. Fazer escarificação da pele. Enquanto o beliscão com a fita de acetato é ao para sarna demodécica.
Ciclo Biológico Geral: 
São monóxenos
Alguns são eurixeno dentro do grupo de mamíferos e outros são heteróxenos
Adulto (se alimentam do exsudato da pele e da escarificação) -> fazem a cópula -> fêmeas fazem postura -> ovos eclodem -> liberam larvas com 3 pares de patas (Larvas hexápodas), muitas não se alimentam, sobrevivem com sua reserva energética -> muda para ninfa ( com abertura anal, mas sem abertura genital), esta se alimenta -> estágio adulto com diferenciação de sexo com 4 pares de pata e com ambas aberturas anal e genital. Ocorre a sexagem com uma série de modificações -> macho e fêmea copulam recomeçando o ciclo. 
Total do ciclo dura um pouco menos de 1 mês.
Muito comum em climas temperados
Se observa muita transmissão pelo contato direto e indireto. 
Nem sempre o verão será mais sério, pois em épocas frias os animais costumam se aglomerar o que facilita a transmissão entre eles.
Família Sarcoptidae
Sarnas com corpo globoso e patas curtas, quase não extrapolando o corpo.
É uma zoonose muito importante, pois dependendo da variedade é capas de infestar homem ou animal
Espécie Sarcoptes scabiei [variações: hominis (humano), canis (cão e eventualmente humano), bovis (bovinos, e eventualmente humano, caprino e suíno), caprae (caprino e eventualmente humano, bovino, ovino, equino e suíno), equi (equinos e eventualmente humano e bovino), suis (suíno e eventualmente humano), cuniculli (coelho).
Patogenia:
Formam galerias, ocorre perda da elasticidade da pele q fica flácida;
Ocorre formação de crostas;
Intenso prurido resultado da ação mecânica do parasito no hospedeiro;
Não tem área do corpo específica para sarna sarcóptica
Coceira leva a automutilação e alopecia
Pode ocorrer infecções secundárias por bactérias (IBS) -> dermatites
Espécie Notoedres cati – Sarna Notoédrica: Encontrada apenas em gatos na região das orelhas (pavilhão auricular), face e talvez pescoço, mas não outras regiões do corpo.
Shout out: Cnemidocoptes mutans (pé de galináceos), Cnemidocoptes gallinae (base das penas de galináceos).
Patogenia:
Igual a anterior, porém restrita a região das orelhas
Tratamento
Não deve ser feito com qualquer produto
O mais ideal é o tratamento com pipeta a base de fipronil.
Família Psoroptidae
Sarnas de corpo elíptico com patas bem desenvolvidas
Espécie Psoroptes equi – Sarna Psoróptica: Era comum em grandes animais, mas tem sido muito encontrada em coelhos, pavilhão auricular.
Patogenia:
Formação de tubos de crostas 
Pode determinar problemas em bovinos, ovinos (com prejuízos econômicos grandes devido a alopecia, perda da lã), coelhos, equinos.
Prurido, automutilação, alopecia, dermatites
Em coelhos também ocorre otite
Ao se separar a lã as vezes é possível se enxergar os pontinhos brancos andando
Tratamento:
Ivermectina injetáveis em ovinos – aplicação subcutânea. Abate só depois de 30 dias. Outro método é o banho, mas é um pouco arriscado
Equino – Ivermectina oral, ou passagem do acaricida apenas no local
Coelhos – Aplicação de solução otológica no conduto auditivo, pode ser passado com auxílio de um cotonete, para não passar muito. Pode ser pomada, ou outro produto disponível no mercado.
Espécie Chorioptes bovis – parasita muito bovinos e equinos
Não possui pedicelo segmentado
Patogenia:
Possui todas as características da Psoroptes, porém é menos grave, pois só acomete a porção ventral do corpo do animal.
Espécie Otodectes cynotes – Sarna otodécica: É mais comum no conduto auditivo de cães. Cerúmen escuro com odor azedo. 
Diagnóstico
Utilizar otoscópio para diagnóstico dessa sarna. Observa-se pontinhos brancos andando sobre o cerúmen de cor escura.
Utilização de swab parasitológico com pesquisa de ácaros dentro do conduto auditivo. 
Em filhotes é muito comum que este pegue da mãe, mas não esteja apresentando o prurido. Uma aplicação apenas já bastaria para eliminar todas as sarnas
Patogenia:
Prurido intenso;
É muito comum animais com otohematoma (tratamento cirúrgico), coagulação de sangue no pavilhão auricular
Otite (IBS)
Tratamento:
Uso de pomadas, solução no local, pode se usar pipeta (prof não curti muito, pois prefere o tratamento no próprio local
Pode se fazer até uma terceira aplicação, mas não é preciso um tratamento longo
Família Demodicidae
Sarna de corpo alongado com patas bem curtas, quase não aparentes.
Espécie Demodex canis – Sarna Demodécica: não parasita o homem, é heteróxeno.
Acredita-se que um cão normal possua essa sarna no corpo, por isso seu aparecimento é um bioindicador do desequilíbrio imunológico do hospedeiro.
Patogenia:
Alopecia como principal sintoma. Se inicia na região periocular e perioral. Presente muito em filhotinhos. Isso demonstra o início da convivência com a sarna e pode apresentar melhora a medida que ele vai crescendo, pois o animal pode apresentar imunidade contra este. Porém se o problema estiver piorando deve-se entrar com tratamento
Cães adultos com recidiva é mais preocupante. Como tratamento deve-se tentar restauras o sistema imunológico do animal.
Prurido
Pode ocorrer hiperpigmentação da pele como forma de proteção dos raios solares, já que ocorreu alopecia
Automutilação;
Diagnóstico: 
Rapado profundo ou utilização de fita adesiva para enxergar a sarna em microscópio, swab parasitológico
Tratamento:
Uso de acaricida à base de Amitraz são os de maior eficácia para diminuir a quantidade de sarna no corpo do animal
Aumentar o nível de proteínas na alimentação desse animal (Pode ser utilizado levedura de cerveja)
Uso de vitaminas do complexo B, vitaminas C (possui ação de produção de células de defesa), A, D, E.
Tudo que se puder fazer para melhorar a saúde do animal
O problema nunca será resolvido apenas com o tratamento de sarna desse animal
Até agora não se detectou uma evolução do parasita, não tendo necessidade de mudança de estratégia de ação sobre o hospedeiro.
Demodicose – algumas raças têm predisposição à sarna demodécica. Existem achados de larvas no sangue e em fezes dos animais. O desenvolvimento da doença indica falta de resistência do animal, uma vez que essa sarna é comensal.
Família Knemidokoptidae
Espécie Knemidokoptes spp.
K. mutons -> aves califormes: muito encontrada em patas (sarna podal)
K. pilae -> periquitos australianos: parasita toda parte do corpo exceto as patas
K. jamaicensis ->canários: é uma sarna podal.
Patogenia: 
Em animais com sarna podal ocorre uma hipertrofia de camada córnea e a sarna é encontrada nessa região. 
Formação de crostas parecidas com as sarnas penetrantes.
Não precisa fazer raspado, pois ao se tirar uma crosta e visualiza-la é possível de se ver a sarna. 
Aves possuem pele sensível, por isso o raspado machucaria muito a ave.
Pode ocorrer crescimento exagerado de bico (não muito comum)
Tratamento para periquitos australianos.
Sarna do grupo astigmata que faz respiração pela pele 
Uso de pomadas para queimadura ou com vitamina e cicatrizante que ajuda na recuperação da pele e mata o ácaro por asfixia! Uso por 3 dias já deve resolver, mas se estiver com tratamento demorado, pensar em outros meios.
Tratamento de Sarna Podal
Retirada da crosta com cuidado e observação no microscópio
Pega-se a ave com o dorso junto a palma da mão e a cabeça entre os dois dedos. Prepara-se o acaricida em um frasco pequeno. Faz mergulho da pata na solução por 1 minuto. 1 aplicação é o suficiente para matar todos, porém pode se fazer 2 ou 3 aplicações tbm.
1ml para 2 litros de água para preparo da solução. Obedecer ao que o fabricante recomenda
Isolamento da ave no tratamento.
Este ácaro não sobrevive muito tempo no ambiente.
Tratamento de forma geral
Isolamento dos animais doentes.
Uso de acaricidas.
Manejo sanitário.
Fitoterapia: 
Citronim fitospray 
Zooneem shampoo (Nim e Citronela)
Allerdog (tea tree).

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