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Introdução à Administração / Aula 5: Direção • Introdução O papel da direção e das pessoas é mostrado por meio da discussão da motivação, da liderança e da comunicação. Possui a função de tornar as relações humanas mais abertas e cooperativas, visando incrementar a integração, a fluidez e a flexibilidade em todos os níveis da empresa em prol de um desempenho superior. • Objetivos Caracterizar a Direção como uma das etapas do processo administrativo e os princípios aplicados a essa função. Apresentar os estilos de direção, abordando os conceitos de motivação, liderança e comunicação, indispensáveis à formação das equipes e elevação do desempenho nas empresas. Analisar a importância da direção e das pessoas no processo administrativo das empresas como um fator catalisador dos elementos produtivos das organizações. Demonstrar que a direção se baseia na tríade motivação, liderança e comunicação para que os objetivos traçados no planejamento sejam perseguidos de modo uníssono pelos colaboradores que compõem a estrutura organizacional. • Créditos Daniele Pires Designer Instrucional Daniel de Abreu Web Designer Rostan Silva Programador A função administrativa de direção no nível institucional da empresa: • É a responsável pela condução e pela orientação da ação empresarial por meio da dinamização das atividades realizadas em todas as áreas e níveis da empresa. • É uma função predominantemente voltada para o desempenho das pessoas, pois estas são os recursos que vivificam os demais recursos empresariais. A direção constitui a função de acionar, de fazer acontecer, de dinamizar a empresa, portanto está relacionada com a ação. Cada vez se enfatiza mais os grupos e as equipes e não apenas o comportamento individualizado. As equipes são mais do que simplesmente grupos de pessoas. Através da direção, obtém-se objetivos convergentes, sinergia entre as pessoas, responsabilidade coletiva e solidária e habilidades complementares. Daí, decorre a ênfase em programas de envolvimento das pessoas, como: Abordagem Comportamental A abordagem comportamental definiu um novo enfoque às teorias organizacionais, passando a dar ênfase nas pessoas. Um dos principais expoentes desta teoria foi Douglas McGregor, que desenvolveu uma das primeiras teorias para o entendimento do comportamento das pessoas. Segundo McGregor existem dois estilos básicos de direção, como dois extremos de um continuum: o estilo da teoria X e o da teoria Y. TEORIA X: Está fundamentada em concepções antigas a respeito do comportamento humano. Pela teoria X, as pessoas são preguiçosas, evitam o trabalho e não gostam de assumir responsabilidades. TEORIA Y: Se baseia na descentralização de decisões e delegação de responsabilidades, na ampliação do cargo, na administração consultiva e na auto avaliação de desempenho. A teoria Y parte do pressuposto de que o trabalho é inerente às pessoas, as quais obtêm satisfação intrínseca em suas atividades. Cada administrador possui uma concepção própria a respeito de seus subordinados, que condicionará a forma como eles os dirige. A direção depende dos sistemas de administração existentes na empresa e varia em torno de quatro sistemas: Em alguns casos verifica-se a coexistência dos quatro sistemas de administração em diferentes áreas e níveis da organização. Tudo depende da cultura da organização. A gestão participativa está substituindo rapidamente a velha gestão autocrática do passado. Ela utiliza amplamente o conceito de "empowerment", no sentido de dar importância e autonomia às pessoas. Motivação no âmbito organizacional é a predisposição individual para exercer esforços que busquem alcance de metas organizacionais, condicionada se esforços satisfazerem, simultaneamente, alguma necessidade individual. A motivação não é característica individual, mas resultado da interação entre a pessoa e determinada situação. Indivíduos motivados se esforçam mais, mas nem sempre na direção dos objetivos organizacionais. Simultaneamente, motivação é um processo que busca a satisfação de alguma necessidade. Todo comportamento humano é causado, motivado e orientado por objetivos pessoais e pode ser explicado por meio do ciclo motivacional: Teoria da Hierarquia das Necessidades Abraham Maslow, um dos principais teóricos da motivação, desenvolveu a teoria da hierarquia das necessidades. Segundo esta teoria, o comportamento individual é motivado por estímulos internos (necessidades), que são estados de carência. Uma necessidade só constitui fator de motivação quando necessidades de um nível inferior estiverem minimamente satisfeitas. Pela pirâmide de Maslow as motivações humanas encontram-se hierarquicamente estruturadas em cinco níveis de urgência ou prioridade. As necessidades primárias (necessidades fisiológicas e as de segurança) estão abaixo e as necessidades secundárias (necessidades sociais, de estima e de autorrealização) estão acima. As necessidades inferiores monopolizam o comportamento por serem mais prementes; contudo, à medida que são satisfeitas, as necessidades superiores começam a se manifestar. A motivação é um aspecto importante na gerência, também explicada pela Teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg . Herzberg ficou conhecido pelos estudos sobre motivação humana. Segundo a sua teoria, a satisfação e a insatisfação no trabalho decorrem de dois conjuntos substancialmente diferentes e separados de fatores: Segundo a Teoria de Herzberg, os aspectos satisfatórios estavam mais relacionados ao conteúdo do trabalho (denominados fatores intrínsecos ou de motivação), enquanto os aspectos insatisfatórios diziam respeito às condições dentro das quais o trabalho era executado (fatores extrínsecos ou higiênicos). A motivação também pode ser explicada por uma abordagem contingencial. De acordo com essa abordagem, a motivação de produzir depende de expectativas, recompensas e de relações entre ambas, na qual os resultados intermediários dependem dos resultados finais esperados. O segundo aspecto importante da gerência é a liderança, ou seja, a influência interpessoal exercida em uma situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana para o alcance de objetivos específicos. No contexto da administração, a liderança pode ser definida como o processo social de dirigir e influenciar o comportamento dos empregados, levando-os à realização dos objetivos. O papel do líder está intimamente relacionado com a direção e motivação dos empregados. A liderança pode ser explicada: Pelos traços de personalidade do líder OU por estilos de liderança (autoritária, liberal e democrática ou liderança centrada na tarefa versus liderança centrada nas pessoas). Por certas habilidades gerenciais básicas (como a teoria 3-D da eficácia gerencial). Por teorias situacionais (ou contingenciais) que consideram o líder, os subordinados e a situação como três forças interagentes. Por um modelo contingencial que considera o poder da posição do líder, a estrutura da tarefa a ser executada pelos membros e as relações líder-membros. Traços de Liderança Uma das perspectivas mais antigas de compreensão da liderança foi a abordagem baseada nos traços de liderança. Os estudos objetivaram a identificação dos traços, das características individuais dos líderes, como iniciativa, determinação, inteligência, etc., partindo da premissa de que eles nascem com tais características, que os diferenciam de outras pessoas. O fracasso das pesquisas sobre os traços de liderança abriu espaço para o desenvolvimento deoutros estudos. Liderança situacional ou contingencial - Outra linha de estudo da liderança foi desenvolvida pelos pesquisadores, que investigaram quais circunstâncias situacionais influenciavam eficácia do líder. Segundo perspectiva situacional ou contingencial, não existem traços ou comportamentos importantes com relação à liderança. Para ser eficaz o estilo tem de ser apropriado à situação. Outro aspecto da gerência é a comunicação, isto é, o processo de passar informação e compreensão de uma pessoa para outra. O processo de comunicação é constituído de sete etapas: 1. Ideação; 2. Codificação; 3. Transmissão; 4. Canal; 5. Recepção; 6. Decodificação; 7. Ação. O processo de comunicação é influenciado por quatro elementos: 1. Linguagem; 2. Retroação; 3. Percepção; 4. Ruído. Também pode ser influenciado por barreiras técnicas, semânticas e humanas. Resumo do conteúdo • A direção constitui a terceira função administrativa e lida com a orientação das operações que devem ser executadas para alcançar os objetivos propostos pelo planejamento. A direção se assenta na autoridade, e esta, no poder. Possui a função de acionar, de fazer acontecer, de dinamizar a empresa, portanto está relacionada com a ação e tem muito a ver com as pessoas. Está intimamente ligada aos recursos humanos da empresa; • Refere-se às relações interpessoais dos gestores em todos os níveis da organização e os seus respectivos subordinados. Envolve orientação, assistência à execução, comunicação, motivação, enfim, todos os processos por meio dos quais se procura influenciar os empregados para que ajam dentro das expectativas e consigam atingir ou mesmo superar os objetivos planejados pela empresa; • Cada vez se enfatiza mais os grupos e as equipes e não apenas o comportamento individualizado. As equipes são mais do que simplesmente grupos de pessoas; • Através da direção se obtém objetivos convergentes, sinergia entre as pessoas, responsabilidade coletiva e solidária e habilidades complementares; • Daí, decorre a ênfase em programas de envolvimento das pessoas, como a administração participativa, a participação representativa, as forças-tarefas, os círculos de qualidade e os planos de aquisição de ações das companhias. Explore + • Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. 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