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Resumão 2º B

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Resumo – Ciências Morfológicas
Tecido Conjuntivo
O tecido conjuntivo é classificado em Tecido Conjuntivo Propriamente dito, a qual se ramifica e tecido conjuntivo de propriedades gerais e de propriedades especiais. Ainda temos o tecido conjuntivo de consistência rígida também chamado de tecido conjuntivo de suporte, que se ramifica em tecido cartilaginoso e tecido ósseo. Há ainda, um tecido que apresenta células especiais, o tecido conjuntivo na forma de sangue e linfa.
Ao analisarmos os Tecidos Conjuntivos Propriamente ditos, encontramos os de Propriedades gerais, que se subdividem em frouxo e denso. O Tecido Conjuntivo Frouxo possui como função o preenchimento de espaços não ocupados por outros tecidos. Esse tecido preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em torno dos vasos sanguíneos. Além disso, esse tecido suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos pequenos e ainda desempenha importante papel no isolamento de infecções localizadas e nos processos de cicatrização. O tecido conjuntivo frouxo é encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas serosas e nas glândulas, possuindo como células mais numerosas os fibroblastos e macrófagos. O tecido conjuntivo frouxo tem uma consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e não resistente a trações, possuindo maior quantidade de fibras elásticas. Já o Tecido Conjuntivo Denso é adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos. Nesse tecido há o predomínio de fibras colágenas (colágeno tipo I e colágeno tipo III), diferente do tecido conjuntivo frouxo que possui maior quantidade de fibras elásticas. As células mais frequentes do Tecido Conjuntivo Denso são os fibroblastos e esse tecido é menos flexível e mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo. Dependendo do modo de organização das fibras colágenas, o Tecido Conjuntivo Denso pode ser classificado em NÃO-MODELADO e MODELADO. No Tecido Denso NÃO-MODELADO as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida, sendo encontrado esse tipo de tecido na derme. Sua substância fundamental é viscosa, muito hidratada e rica em glicoproteínas e proteoglicanos (complexo proteico com glicídios de elevado peso molecular). No Tecido Denso MODELADO as fibras colágenas estão dispostas em feixes paralelos e compactos, dando ao tecido características de resistência à tensão e ocorre nos tendões.
Temos ainda os Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos de Propriedades Especiais, que se dividem em RETICULAR OU HEMOCITOPOIÉTICO (composto pelo sangue e células de defesa – Mieloide e Linfoide) e Tecido ADIPOSO. O Tecido Conjuntivo Reticular é constituído de fibras e células reticulares, sendo distribuído em órgãos com função hematopoiética como: a medula óssea vermelha localizada no tecido mieloide e que contém células precursoras de todos os elementos do sangue; e os órgãos linfáticos (tonsilas, timo, baço e linfonodos) localizados no tecido linfoide que é rico em linfócitos, macrófagos e plasmócitos. No Tecido ADIPOSO há o predomínio de células adiposas (adipócitos) que armazenam principalmente triglicerídeos, que são a principal reserva energética do organismo. Nesse tecido também há fibras musculares estriadas e uma reserva de gorduras: triglicerídeos, ácidos graxos (alimentação e síntese endógena a partir da glicose) e glicerol. Esse tecido possui uma substância intercelular reduzida, pois há baixa secreção de matriz extracelular. Além do papel energético, o Tecido Adiposo tem outras funções como modelar a superfície, as cavidades e os órgãos e há duas variedades desse tecido: o Unilocular que contém uma gotícula de gordura que preenche quase todo o citoplasma, possui uma distribuição subcutânea (hipoderme) e localiza-se ao redor de alguns órgãos como coração e rins. Esse tecido possui como função a reserva de energia, proteção contrachoques mecânicos e o isolamento térmico, ocorrendo seu predomínio em adultos. Há também o Multilocular que possui coloração marrom e seu citoplasma apresenta várias gotículas de gordura. Seu predomínio ocorre em recém-nascidos e em animais que reduzem seu metabolismo. O tecido multilocular contém muitas mitocôndrias e no ser humano sua função significativa ocorre no auxílio da termorregulação em recém-nascidos.
Ainda temos os Tecidos Conjuntivos de Consistência Rígida que são compostos pelo Tecido Cartilaginoso e pelo Tecido Ósseo. O Tecido Conjuntivo Cartilaginoso possui como funções a sustentação, o revestimento de superfícies articulares e é essencial para a formação e o crescimento de ossos longos. Ele é avascular, não inervado e de baixa atividade metabólica, possuindo como células condroblastos e condrócitos. O Tecido Cartilaginoso desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares, em que absorve choques, e facilita o deslizamento dos ossos nas articulações. O Tecido Conjuntivo Ósseo serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais, tendo como características alto grau de rigidez e resistência à pressão. Esse Tecido Ósseo é vascularizado e inervado possuindo funções de proteção e sustentação. Ele é composto das seguintes células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
O Tecido Cartilaginoso conforme as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens se diferenciam em três tipos: cartilagem hialina, que é a mais comum e cuja matriz contém delicadas fibras constituídas principalmente de colágeno tipo II; cartilagem elástica, que contém poucas fibrilas de colágeno tipo II e abundantes fibras elásticas; e cartilagem fibrosa, que apresenta matriz constituída preponderantemente por fibras de colágeno tipo I.
Cartilagem Elástica: Além das fibras colágenas, ela apresenta grande número de fibras elásticas, proporcionando maior resistência à tensão. É uma cartilagem flexível, que forma feixes isógenos, conferindo mobilidade ao tecido. Ela ocorre no pavilhão auditivo, na tuba auditiva, na epiglote e em algumas partes da laringe.
Cartilagem Fibrosa ou Fibrocartilagem: É um tecido rico em fibras colágenas encontrado nos discos intervertebrais, nos tendões e associados a algumas articulações, e na sínfise pubiana. A matriz da fibrocartilagem é acidófila, por conter grande quantidade de fibras colágenas, e nessa cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas (tipo I) constituem feixes que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras.
Cartilagem Hialina: É responsável pelo crescimento do osso e extensão. Ela é formada em 40% do seu peso seco por fibrilas de colágenos tipo II associadas a ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteínas. A cartilagem Hialina possui uma matriz homogênea com quantidade moderada de fibras colágenas e é encontrada no nariz ( na parede das fossas nasais), na laringe, nos anéis da traqueia e dos brônquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo superfícies articulares dos ossos longos ( articulações com grande mobilidade).
Discos Intervertebrais
São localizados entre os corpos das vértebras e unido a elas por ligamentos, cada disco intervertebral é formado por dois componentes: o anel fibroso e o núcleo pulposo.
O anel fibroso contém uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, porém em sua maior extensão é constituído por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas concêntricas. Na parte central do anel fibroso existe um tecido formado por células arredondadas, dispersas em um líquido viscoso rico em ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno tipo II. Esse tecido constitui o núcleo pulposo. Os discos intervertebrais diminuem o impacto e previnem o desgaste do osso das vértebras durante os movimentos da coluna espinal. O núcleo pulposo é rico em ácido hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se fosse uma almofada, protegendo as vértebras contra impactos.
Tecido Conjuntivo ÓsseoPossui como características alto grau de rigidez e resistência a pressão. É um tecido vascularizado e inervado possuindo como funções a proteção e a sustentação. A matriz do tecido conjuntivo ósseo é constituída de 50% orgânica (95% correspondem às fibras colágenas) e 50% inorgânica (principalmente fosfato e cálcio). Esse tecido é o principal componente do esqueleto, serve de suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais, como os contidos na caixa craniana e torácica, bem como o canal raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue, proporciona apoio aos músculos esqueléticos. Além dessas funções, os ossos funcionam como depósito de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada. O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e material extracelular calcificado a matriz óssea. As células são: os osteócitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz; os osteoblastos, que sintetizam a parte orgânica da matriz e localiza-se na sua periferia; e os osteoclastos, células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando dos processos de remodelação dos ossos.
Células do Tecido Ósseo
Osteoblastos: células jovens, com muitos prolongamentos e intensa atividade metabólica. Produzem a parte orgânica da matriz. São células virgens e mesenquimais
Osteócitos: Células achatadas com baixa atividade metabólica e que ficam em lacunas na matriz mineralizada. Derivam-se de osteoblastos. Os osteócitos são células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos por meio de junções comunicantes.
Osteoclastos: Originam-se da fusão de vários monócitos do sangue, estando relacionadas à reabsorção da matriz óssea e com processos de regeneração e remodelação do tecido ósseo. Os osteoclastos são células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas. As ramificações são muito irregulares, com formas e espessura variáveis. Frequentemente, nas áreas de reabsorção de tecido ósseo encontram-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depressões da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de howship.

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