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Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 1 Material de apoio Química Aplicada a Engenharia Civil Prof. Cristiane Krause Santin OBS: este material didático complementar destina-se aos alunos no intuito de ajudar, auxiliar e complementar os estudos para a disciplina. O mesmo não substitui sob nenhuma hipótese a necessidade de consultar livros e outros materiais didáticos. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 2 PLANO DE AULA- Química Aplicada a Eng. Civil O Plano de aula se encontra no site da Unisinos_Plano de aula. OBS: Poderá haver alteração nos assuntos a serem abordados por motivo de readequação das aulas, sem aviso prévio. Não haverá alteração das datas das avaliações. METODOLOGIAS, TÉCNICAS E RECURSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM Aulas expositivas e dialogadas, com o auxílio de quadro-negro, recursos de vídeo, projetor de imagens. É disponibilizada uma apostila, onde está digitada toda parte de conceituação. Nesta, também essão inclusos exercícios de fixação. METODOLOGIAS, TÉCNICAS E RECURSOS DE AVALIAÇÃO A avaliação constitui processo contínuo, sistemático e cumulativo. A aprendizagem do aluno será avaliada ao longo do semestre letivo e será expressa em dois graus GA e GB. A nota referente a cada um dos graus A e B será obtida através de testes escritos, laboratórios e provas escritas. Todos os testes e provas serão cumulativos ao longo do semestre, de modo que possam habilitar o aluno a utilizar, criativamente, as aprendizagens propostas pela disciplina. O grau final do semestre resulta da média ponderada dos graus GA e GB. Média final = GA x 0,33 + GB x 0,67 ≥ 6,0 O aluno que por algum problema devidamente informado e pertinente, o qual usara o Grau C para recuperar tal avaliação. O mesmo valera para o aluno que obteve aproveitamento inferior a 6,0 na média ponderada entre os dois graus. O grau de substituição (chamado de Grau C) será constituído de uma prova escrita, que englobará todo o conteúdo da disciplina. Este grau substituirá integralmente o grau desejado. Laboratórios Para participar da aula de laboratório o aluno deve estar usando os EPI’s adequados e necessários. NÃO será permitida a entrada de aluno sem o uso destes. Os grupos serão compostos de 2 alunos. Transformação de unidades. IMPRESCINDIVEL saber ! Algumas dicas para relembrar ! Regras Práticas: 1 - Para passar de uma unidade para outra imediatamente inferior devemos fazer uma multiplicação por 10. Ex : 1 m = 10 dm 2- Para passar de uma unidade para outra imediatamente superior, devemos fazer uma divisão por 10. Ex : 1 m = 0,1 dam Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 3 3- Para passar de uma unidade para outra qualquer, basta aplicar sucessivas vezes uma das regras anteriores. Ex : 1 m = 100 cm ; 1 m = 0,001 km À medida que as unidades seguem a orientação da direita, os valores são multiplicados por 10. E à medida que seguem a orientação da esquerda, os valores são divididos por 10. Essa tabela de conversão existe para que as valores estejam sempre na mesma unidade. Vamos realizar as seguintes transformações: Comprimento Quilômetro(km) Hectômetro(hm) Decâmetro(dam) Metro(m) Decímetro(dm) Centímetro(cm) Milímetro (mm) 1000 m 100 m 10 m 1 m 0,1 m 0,01 m 0,001 m Area Quilômetro quadrado (km 2 ) Hectômetro quadrado (hm 2 ) Decâmetro quadrado (dam 2 ) Metro quadrado m 2 ) Decímetro quadrado (dm 2 ) Centímetro quadrado(cm 2 ) Milímetro quadrado (mm 2 ) 1x10 6 m 2 1x10 4 m 2 1x10 2 m 2 1 m 2 1x10 -2 m 2 1x10 -4 m 2 1x10 -6 m Volume O litro (L ) é uma medida de volume muito comum e que corresponde a 1 dm 3 . 1 litro = 0,001 m 3 => 1 m 3 = 1000 litros 1 litro = 1 dm 3 1 litro = 1.000 cm 3 1 litro = 1.000.000 mm 3 1mL = 1cm 3 Quilômetro cúbico (km 3 ) Hectômetro cúbico (hm 3 ) Decâmetro cúbico(dam 3 ) Metro cúbico(m 3 ) Decímetro cúbico (dm 3 ) Centímetro cúbico (cm 3 ) Milímetro cúbico (mm 3 ) 1x10 9 m 3 1x10 6 m 3 1x10 3 m 3 1 m 3 1x10 -3 m 3 1x10 -6 m 3 1x10 -9 m 3 Medida de Grandeza Fator Múltiplos Unidade Submúltiplos Capacidade Litro 10 kl hl dal l dl cl ml Volume Metro Cúbico 1000 km 3 hm 3 dam 3 m 3 dm 3 cm 3 mm 3 Área Metro Quadrado 100 km 2 hm 2 dam 2 m 2 dm 2 cm 2 mm 2 Comprimento Metro 10 km hm dam m dm cm mm Massa Grama 10 kg hg dag g dg cg mg Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 4 Conversões de unidades Tempo Unidade Símbolo Equivalência segundo s 1 s u. a. de tempo u.a.t. ~ 2,418 88 x 10 -17 s minuto min = 60 s hora h = 3600 s dia d = 86400 s (convencionado) semana s = 7 dias mês m = 30 dias (convencionado) ano a ~ 31 556 952 s Energia Unidade Símbolo Equivalência joule J = 1 N.m = 1 kg.m².s -2 erg (cgs) erg = 10 -7 J hartee (au) Eh ~ 4,359 75 x 10 -18 J rydberg Ry ~ 2,179 87 x 10 -18 J eletron-volt eV ~ 1,602 18 x 10 -19 J caloria termoquímica calth = 4,184 J caloria internacional calIT = 4,1868 J caloria a 15 o C calIT ~ 4,1855 J atmosfera-litro atm-l = 101,325 J British Thermal Unit Btu = 1055,06 J Forca Unidade Símbolo Equivalência newton N = kg.m.s -2 dina (unidade cgs) dina = 10 -5 N u. a. de força u.a.f. ~ 8,238 73 x 10 -8 N quilograma-força kgf = 9,80665 N Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 5 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 6 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 7 Faça as devidas transformações: 1) 5,81 km = hm 2) 12,3 m = dm 3) 7 hm= dam 4) 1,52 m= cm 5) 18,2 dm= mm 6) 0,01 hm= dam 7) 5km= m 8) 0,125 m= cm 9) 14,75 cm= mm 10) 1,9m= mm 11) 32,8dm= m 12) 15mm= cm 16. Calcule o valor das expressões abaixo e de sua resposta em metros a) 35 dm + 13 m = b) 300 cm + 1,8 dm = c) 0,12 dam + 18dm = d) 3,2 km – 170 dm + 12 m = 17) Transforme em horas a) 1 dia b) 1 semana c) 10 dias d) 1 mês e) 1 ano f) 300 min g) 1020 min h) 36.000 s i) 1,5 dia j) 1,5 semanas k) 1/2 dia l) 1/3 do dia 18) Transforme em segundos: a) 1 min b) 1 h c) 1 dia d) 1 semana e) 1 mês f) 1,5 min g) 23,5 min h) 1/2 h i) 0,5 h j) 1,5 h k) 2 horas e 12 minutos 19) Expresse em litros a) 70 dm3 b) 83,6 dm3 c) 5m3 d) 2,8m3 e) 3500cm3 f) 92cm3 20) Qual e o volume , em cm3, de: a) uma embalagem de vinagre de 720 mL b) uma garrafa de refrigerante de um litro e meio c) um garrafão de 5 litros de água Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 8 21) Uma embalagem cabem 250mL de detergente. Para a limpeza de uma cozinha industrial foram usadas 6 embalagens. Indique quanto foi usado de detergente, em litro (s). 22) Um copo tem capacidade de 0,25L. Quantos destes copos podemos encher com 5 litros de refrigerante. 23) Complete: a) 7 g = mg b) 0,5 mg = dg c) 0,0001 mg= kg d) 8 kL = L e) 2,5 hL =mL f) 60000 cL= hL g) 48 cL= daL h) 3,5 m3= dam3 i) 456 mm3= dm3 j) 3,87 km3= hm3 24) Converta: a) 100 mmH2O = kPa c) 100 mmHg= kPa b) 0,5 kgf/cmm2= kPa d) 2 atm = kPa e) 3 Bar = kPa f) 20 psi = kgf/cm2 g) 200 mmH2O = mmHg h) 735,5 mmHg = psi i) 10 kgf/cm2 = mmH2O j) 2,5 kgf/cm 2 = mmHg Conversão de Nanometros nm↔m 1 m = 1000000000 nm nm↔km 1 km = 1000000000000 nm nm↔cm 1 cm = 10000000 nm nm↔mm 1 mm = 1000000 nm nm↔um 1 um = 1000 nm nm↔pm 1 nm = 1000 pm nm↔dm 1 dm = 100000000 nm nm↔in 1 in = 25400000.000102 nm nm↔ft 1 ft = 304800000.00122 nm nm↔mi 1 mi = 1609344000006.4 nm Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 9 Por que estudar a Ciência dos Materiais ? No nosso dia-a- dia nos deparamos com uma imensa variedade de artefatos e materiais cada qual com sua aplicabilidade especifica. Porém, para produzir tais artefatos estudos preliminares de cada componente constituinte, suas características, sejam elas macroscópicas ou microscópicas, assim como suas propriedades foram necessários. O conhecimento da estrutura, composição, quantidade, tamanho, morfologia, relações de orientação e distribuição das fases, assim como da natureza, quantidade e distribuição dos defeitos cristalinos, são de extrema valia para o entendimento e, às vezes, até para a previsão de numerosas propriedades dos materiais. Muitas propriedades dos materiais, tais como limite de escoamento, limite de resistência, tenacidade à fratura, resistência ao desgaste e resistência à corrosão são fortemente dependentes da microestrutura. Outras propriedades, tais como ponto de fusão, módulo de elasticidade, densidade e coeficiente de dilatação térmica, são fracamente dependentes da microestrutura. Estas propriedades são mais dependentes da distribuição eletrônica, do tipo de ligação química predominante, e da estrutura cristalina. O ramo que estuda com ênfase o que acabamos de relatar é dito ciência dos materiais e envolve a investigação das relações entre as propriedades e as estruturas dos materiais. Os materiais podem ser classificados de acordo com sua estrutura atômica e química. Assim, temos: Metais: átomos são arranjados na forma de cristais compactos Cerâmicas: arranjos de átomos organizados (cristais) ou não (amorfos) Polímeros: arranjos de moléculas Compósitos (combinação de dois ou mais) Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 10 Conceitos básicos: Materiais: constituídos de átomos Sólidos: arranjos estáveis dos átomos. Estes podem se arranjar formando diferentes estruturas como: a. Cristalina: átomos são arranjados formando uma rede espacial (cristal) b. Amorfa: Os átomos são arranjados de maneira organizada apenas em pequena escala, ou em algumas regiões muito pequenas do sólido, o que não caracteriza um cristal; pe. vidro c. Molecular: são constituídos por moléculas que se encontram ligadas entre si através de ligações intermoleculares. O gelo, o iodo e o enxofre são alguns exemplos de estruturas que pertencem a esta classe de sólidos. A tabela abaixo apresenta alguns exemplos de aplicações e propriedades dos materiais. Exemplos e Aplicações Propriedades Metais e Ligas Cobre Fios elétricos Alta condutividade elétrica Boa conformabilidade Ferro fundido Blocos de motores para automóveis Fundibilidade, usinabilidade, amortecimento de vibrações Aços-liga Ferramentas, chassis Endurecimento por tratamento térmico Cerâmicas e Vidros SiO2.Na2O-CaO Vidro para janelas Transparência, isolamento térmico Al2O3.MgO.SiO2 refratários Refratariedade, isolamento térmico, inercia química Titanato de bário Capacitores para microeletrônica Capacidade de armazenamento de cargas elétricas Sílica Fibras óticas para TI Índice de refração adequado, baixa perda ótica Estrutura Fonte: Ciência dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 11 Tabela: Características químicas dos materiais Ligação Menor partícula Menor unidade Estrutura metais Metálica Elétrons e cargas positivas Cristalina semicondutores Covalente (iônica) Átomo Cristalina (raro amorfa) cerâmicos Covalente ,iônica Íons e/ou átomos Cristalina vidros Covalente ,iônica Molécula Amorfa polímeros Covalente, lig. Secundarias Cadeia de moléculas Amorfa (raro cristalina) Fonte: ttp://www.mse.uiuc.edu/info/mse182/t41.html Tabela. Classes e subclasses de materiais Classe Subclasse Metais 1. Ferro e aço 2. Ligas não ferrosas e superligas 3. compostos intermetálicos (materiais estruturais de alta temperatura) Cerâmicas 1. Cerâmicas estruturais 2. Refratarias C. Cerâmica branca D. vidros e. cerâmicas para aplicações elétricas f. comento e concreto Polímeros 1. Plásticos 2. Elastômeros 3. Fibras Compósitos 1. compósitos particulados 2. compósitos laminados 3. compósitos reforçados com fibra Fonte: http://www.mse.uiuc.edu/info/mse182/t41.html Atualmente, fala-se em duas grandes classes de materiais: - materiais estruturais: que são todos os materiais para os quais as propriedades mecânicas têm um papel fundamental; - materiais funcionais: que servem para cumprir um grupo de funções como, por exemplo, materiais ‘semicondutores’, materiais magnéticos, materiais condutores de eletricidade, luz, etc. Metais São materiais caracterizados por apresentarem uma ligação metálica entre os átomos. Apresentam seus átomos organizados numa estrutura repetitiva regular a qual chamamos de Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 12 cristal. apresentam um grande número de elétrons livres, ou seja, elétrons que não estão presos a um único átomo. Ex: Cu-Sn (bronze), Cu-Zn (latão), Fe-C (aço), Pb-Sn (solda), aço, alumínio Características Gerais resistência (propriedade mecânica); densos; maleável ou dúctil: alta plasticidade; resistente à fratura: alta tenacidade; excelentes condutores de eletricidade e calor; opacos à luz visível; brilho metálico Os processos utilizados na fabricação, transformação e produção de metais englobam a fundição, conformação, junção, usinagem. Cerâmicas São combinações de metais com elementos não metálicos. Os principais tipos são: óxidos, nitretos e carbonetos. Do ponto de vista de ligações químicas, possuem um caráter misto, podendo predominantemente iônicos até predominantemente covalentes. Englobam as cerâmicas tradicionais, as cerâmicas de alto desempenho, os vidros e vitro-cerâmicas, materiais refratários e os cimentos. Ex: telhas, tijolos e manilhas, azulejo, Características Gerais Alta resistência mecânica e baixa ductilidade Alta estabilidade química e térmica Maior resistência ao calor e à corrosão que metais e polímeros; São menos densas que a maioria dos metais e suas ligas; Os materiais usados na produção são abundantes e baratos; Bons isolantes térmico e elétrico Os processos utilizados na fabricação, transformação e produção de metais englobam a fundição ou colagem, compactação, sinterização. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 13 Polímeros São materiais constituídos de macromoléculas orgânicas, sintéticas ou naturais. Os plásticos e borrachas são exemplos de polímeros sintéticos, enquanto o couro,a seda, o chifre, o algodão, a lã, a madeira e a borracha natural são constituídos de macromoléculas orgânicas naturais. A ligação química entre átomos da cadeia é covalente, enquanto a ligação intercadeias é fraca. Polímeros Naturais Sintéticos Proteinas gomas elastômeros fibras plásticos Polissacarídeos Termoplásticos Termorrígidos Molec. Simples reticuladas Ramificadas lineares Amorfos cristalinos Características Gerais Baixa densidade. Flexibilidade e facilidade de conformação. Tenacidade. Geralmente pouco resistentes a altas temperaturas Isolantes térmicos e elétricos Boa resistência a corrosão Os processos utilizados na fabricação, transformação e produção de polimeros englobam a extrusão, injeção, conformação, fundição. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 14 Compósito ou material conjugado São materiais projetados de modo a conjugar características desejáveis de dois ou mais materiais. Podem ser compostos por metais, cerâmicas, óxidos e polímeros. Fonte: Trabalho de Daniela Becker. Universidade de Joinville. Características Gerais Projetados para apresentar as melhores características de cada um dos materiais envolvidos. Os processos utilizados na fabricação, transformação e produção de metais englobam a conformação, fundição, junção, compactação, sinterização. Qual o melhor material para um determinado fim ? Fatores como custo, tempo de vida ou durabilidade, aparência, finalidade e o meio em que se encontram os materiais devem ser considerados quando da escolha de um dado material. Ao selecionar um material devemos cuidar alguns critérios: • Caracterizar quais as condições de operação que será submetido o referido material; • Levantar as propriedades requeridas para tal aplicação; Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 15 • Desempenho, limitações e restrições quanto ao uso dos mesmos; • Levantamento sobre o tipo de degradação que o material sofrerá em serviço e após seu uso; • Disponibilidade de matéria-prima e viabilidade técnica em obter a dimensão e forma da peça para seu emprego; • Baixo impacto ambiental da produção e reciclabilidade do material após uso; • Economicamente viável. Por exemplo, se for necessário resistência mecânica Fonte: Introdução a Ciência e Engenharia dos Materiais. Callister, W. Fonte: Introdução a Ciência e Engenharia dos Materiais. Callister, W Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 16 PROPRIEDADES BÁSICAS DOS MATERIAIS O desempenho de um componente, assim como seu processo de fabricação estão relacionados com as suas propriedades. (a) Propriedades Mecânicas Resistência à tração e compressão; resistência a flexão transversal; resistência ao impacto; resistência à fadiga, à fluência; dureza; plasticidade/ductilidade e tenacidade (b) Propriedades Químicas Resistência à corrosão, resistência à oxidação (c) Propriedades Físicas Elétricas (condutividade elétrica, resistividade elétrica), Magnéticas (permeabilidade magnética; indução magnética); Térmicas ( condutividade térmica; dilatação térmica ); Óticas ( transparência; índice de refração) Para determinação das propriedades existem vários ensaios. O procedimento de cada ensaio é descrito em normais técnicas nacionais e internacionais como: ISO – International Standard Organization; ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas; DIN - Deutsche Industrie Normen; ASTM – American Society for Testing and Materials MPIF- Metal Powder Industry Federation, etc. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 17 Relembrando alguns pontos básicos da Química Geral Teorias atômicas Fonte:http://luiza_vanessa.no.comunidades.net/index.php?pagina=1416446734 Números quânticos: descrever os elétrons N° quântico principal (n): níveis principais de energia para o elétron (K,L....Q) N° quântico secundário ou azimuthal (l): subniveis de energia (s,p,d,f) N° quântico magnético (ml)- orientação do orbital no espaço; -3,.....,+3 N° quântico do spin do elétron (ms) : + ½ e – ½ Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 18 Tabela Periódica Fonte: Periodic table. Freshney program. Quadro geral das Propriedades Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 19 Raio Atômico e Iônico Energia de Ionização e Eletroafinidade Volume, Densidade, PF e PE Eletronegatividade Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 20 LIGAÇÕES QUÍMICAS A maioria das substâncias conhecidas é formada por átomos ligados entre si. A capacidade de combinação de um elemento indica sua tendência de atingir um estado mais estável, de menor energia. Eletrosfera deformável relaciona-se com a presença de Ruptura das ligações e consequentemente a Ruptura do material. O esforço ao qual o amterial é submetido relaciona-se diretamente com a força de ligação que este apresenta e com isso tem-se um comportamento onde a Compressão aproxima os núcleos, a Tração afasta os núcleos influenciando no comportamento da Elasticidade evidenciada para o material em analise. Símbolos de Lewis: consistem no símbolo químico do elemento mais um ponto para cada elétron de valência. Exemplo: Regra do Octeto: um átomo adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na camada mais externa. Para isto os átomos perdem, ganham ou compartilham Existem 3 tipos gerais de ligação químicas: 1. Metálica 2. Iônicas 3. Covalentes Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 21 1. Ligação Metálica Tem-se os elétrons livres para mover-se os quais ficam entre os cátions dos metais. Quanto maior for o número de elétrons livres por cada átomo metálico, mais forte será a ligação metálica. É o caso do magnésio, cuja ligação metálica é mais forte do que a do sódio, uma vez que os átomos de magnésio possuem 2 elétrons de valência e, os átomos de sódio têm apenas 1. Os metais apresentam propriedades físicas características, tais como: condutividade elétrica e térmica; brilho metálico; altos índices de reflexão; são maleáveis e dúcteis; formam ligas com facilidade. 1.1 Condutividade Todos os metais são excelentes condutores de eletricidade e calor e, esta condutividade elétrica pode ser atribuída ao movimento dos elétrons. Tanto o número de elétrons presentes no nível mais externo, como a presença de orbitais desocupados na camada de valência, são fatores importantes que explicam a condutividade e as ligações nos metais. Fonte: Kotz e Treichel. Quimica Geral e Reações Quimicas,Cap.14, Lig. Metalicas.; Castellan. Ciencia e Eng. dos materiais.Uma Introducao.cap19.pag421 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 22 Estrutura de banda de energias : (a) um isolante, (b) um semicondutor e (c) um condutor 1.1.1 Variação da condutividade com a Temperatura Condutor metálico: substancia com uma condutividade elétrica que decresce com o aumento da temperatura Semicondutor: substancia com uma condutividade elétrica queaumenta com o aumento da temperatura Solido isolante: substancia com uma condutividade elétrica baixa Supercondutores: classe especial de materiais que tem resistência elétrica zero abaixo da temperatura critica Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 23 1.2 Brilho Superfícies lisas de metais, geralmente apresentam aspecto brilhante e lustroso. Todos os metais, exceto o ouro e o cobre, apresentam cor prateada. O brilho é característico e, é observado segundo qualquer ângulo, em contraste com o brilho de alguns poucos elementos não metálicos, como o iodo e o enxofre que são brilhantes somente quando observados segundo ângulos de pequena magnitude. Os metais são usados como espelhos, uma vez que eles refletem a luz incidente sobre qualquer ângulo. Este fato é devido aos elétrons “livres” nos metais, que absorvem a energia da luz e a emitem quando o elétron retorna do estado excitado ao seu nível energético normal. Como a luz em todos os comprimentos de onda (cores) é absorvida e imediatamente reemitida, praticamente toda luz incidente se reflete, conferindo o brilho. As cores avermelhadas do cobre e dourada do ouro são devido a maior absorção de certas cores em relação a outras. Muitos metais quando expostos a luz emitem elétrons (efeito fotoelétrico). Alguns, emitem elétrons quando irradiados com radiação de pequeno comprimento de onda e outros emitem elétrons quando aquecidos (emissão termoiônica). 1.3 Maleabilidade e força de coesão Os metais apresentam propriedades mecânicas características, como maleabilidade e ductibilidade. Isso indica que não há muita resistência à deformação da sua estrutura, mas mesmo assim, existe uma intensa força de coesão que mantém os átomos unidos. Esta força de coesão pode ser medida através do calor de atomização. Esse tipo de força, diminui de cima para baixo em um grupo na tabela periódica (por exemplo de, Li, Na, K, Rb, Cs), sugerindo que são inversamente proporcionais à distância internuclear. Ela aumenta ao se passar do G1 ao G2 e G13 na tabela, sugerindo que a força metálica depende do número de elétrons de valência. Os pontos de fusão e, em grau ainda maior, os pontos de ebulição dos metais, acompanham as tendências da energia de coesão. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 24 Os elementos metálicos, normalmente reagem com outros elementos metálicos, as vezes, em uma ampla faixa de composição, formando uma grande variedade de ligas. Estas se assemelham a metais e, apresentam as propriedades dos metais. 2. Ligação Iônica ou eletrovalente Para se formar uma ligação iônica, é necessário que os átomos de um dos elementos tenham tendência a ceder elétrons e os átomos do outro elemento tenham tendência a receber elétrons. Basicamente uma ligação iônica é formada pela combinação de um metal com um não- metal ou entre um metal e o H. Ex.1. Óxido de Magnésio (MgO) Mg: Z = 12; 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 _ 2 e - na ultima camada O: Z = 8; 1s 2 2s 2 2p 4 _ 6e - na ultima camada A energia de atração entre íons de cargas opostas depende de 2 fatores: 1. Grandeza das cargas iônicas: quanto maiores forem maior será a atração e, a energia do par iônico será mais negativa Ex: Na + Cl - e Ca +2 O -2 (+1).(-1) (+2).(-2) neste caso, a atração será 4 vezes maior que a atração no NaCl e, a energia 4 vezes mais negativa. 2. Distância entre os íons: quanto maior a distância, menor a atração entre os íons e, isto está relacionado com o tamanho do íon. Ex: KCl, NaCl e LiCl Características e propriedades Sólidos na Temp. ambiente constituindo um reticulo cristalino Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 25 Apresentam altos pontos de fusão e de ebulição são quebradiços e duros são solúveis em agua bons condutores de eletricidade quando fundidos ou em solução aquosa 3. Ligação Covalente Um par de elétrons é compartilhado por dois átomos, sendo um elétron de cada átomo participante da ligação e, assim, adquirir configuração estável. Ligação covalente apolar : os elétrons estão igualmente compartilhados entre os átomos. Ligação covalente polar: um dos átomos exerce maior atração pelos elétrons ligantes que o outro. Energias de Ligação Muitas propriedades físicas dos materiais podem ser pevistas através do conhecimento das forcas interatômicas que ligam os átomos entre si. Imaginemos 2 átomos isolados, a medida que estes se aproximam, cada átomo exercera uma força sobre outro. Estas forças são ditas forças de atração e de repulsão e a magnitude destas forças esta relacionada com a distancia interatomica de separação. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 26 Forças Atrativas Forças Repulsivas A força de interação eletrostática núcleo-núcleo e elétron - elétron é repulsiva, enquanto que a força de interação eletrostática núcleo- elétron é atrativa. Para haver formação de uma molécula diatômica tem de existir equilíbrio neste sistema composto por dois átomos, isto é, tem de existir estabilidade, estabilidade essa que depende da distância a que os núcleos se encontram, a distância de equilíbrio. A energia potencial de interação eletrostática entre os átomos de uma molécula diatômica em função da distância entre os núcleos pode ser visualizada através da figura abaixo, em que a energia é arbitrariamente nula para uma distância infinita entre os núcleos. Esta distância entre os núcleos designa-se por comprimento de ligação entre os átomos da molécula. (a) (b) Fig. Gráfico da variação da energia potencial eléctrica em função da distância de dois átomos de hidrogénio. Quando os núcleos se encontram à distância r0, a energia potencial da molécula assume o seu valor mínimo possível, E0, e, a esta distância, este sistema encontra-se num estado de equilíbrio, isto é, a molécula acaba de se formar. O sistema composto pelos dois átomos ligados possui menor energia que o conjunto dos dois átomos isolados. A energia de ligação é a energia libertada quando dois átomos isolados se aproximam o suficiente para formar um sistema estável, ou seja, estabelecer uma ligação química Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 27 Fornece informações sobre a estabilidade da molécula, ou seja, quanto maior o valor da energia de ligação mais estável é essa ligação. O ponto em que a força de ligação é zero corresponde ao ponto de mínima energia. Algumas propriedades podem ser correlacionadas com a energia de ligação química, como: temperatura de fusão (Tm); módulo de elasticidade (E); coeficiente de dilatação térmica; condutividade térmica e elétrica e a transparência ou opacidade de um material. (a) Temperatura de Fusão A tabela abaixo apresenta valores das energias de ligação relacionada com a temperatura de fusão de diversos materiais. (b) Módulo de Elasticidade (E): relacionado com a inclinação da curva da força na distância de equilíbrio da ligação Fonte: Marcos H. Ara. Escola Politécnica de SP. Trabalho apresentado na disciplina de Ciência dos materiais Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 28 (c) Coeficiente de dilatação: Quanto maior for energia necessária para quebrar a ligação menor serão os espaçamentos interatômicos (Δa0) antes da “ruptura” da ligação. Fonte: Marcos H. Ara. Escola Politécnica de SP.Trabalho apresentado na disciplina de Ciência dos materiais (d) Transparência ou opacidade: A presença de elétrons livres torna o componente opaco, ou seja, não transparente à luz. Os metais são opacos em todo espectro da radiação visível em decorrência da ligação metálica FORÇAS OU LIGAÇOES INTERMOLECULARES Há, ainda, outros tipos de ligações, também importantes, as quais chamaram de ligações intermoleculares que são: 1. Ligações de hidrogênio: na qual o hidrogênio liga-se a átomos com alta eletronegatividade que são o oxigênio, o flúor e o nitrogênio. 2. Dipolo permanente- dipolo permanente: atração entre moléculas polares. Os dipolos atraem-se pelos pólos opostos. Fonte: Brown, L. S. and Holme, T. A. Química Aplicada a Engenharia- Ed. Cengage Learning Ltda 2006. Ex: HCl, SO2, PCl3, H2S, HBr Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 29 3. Forças de van Der Waals: que podem ser classificadas ainda, como: a) Ìon-dipolo permanente: atração entre um íon e uma molécula polar (dipolo) b) Dipolo induzido-dipolo induzido: também chamada de Força de dispersão de London. Ocorre entre moléculas apolares, que quando se aproximam umas das outras, causam uma repulsão entre suas nuvens eletrônicas, que então se deformam, induzindo a formação de dipolos. Ex: CO2, O2, CH4, I2, SO3 Ordem crescente das força intermoleculares Dipolo instantâneo - dipolo induzido(Forças de London) < dipolo- dipolo permanente < lig. de hidrogênio ordem crescente Resumo da força das ligações: Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 30 Ligações Químicas e os Materiais Propriedades dos materiais relacionadas com o tipo de ligação interatômica e força intermolecular Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 31 Exercícios de Fixação 1. Os elementos abaixo pertencem ao terceiro período da tabela periódica e apresentam as seguintes camadas de valência: 12221422 pspsspss EDCBA Analisando essas configurações eletrônicas foram feitas as seguintes afirmações: I.Os elementos, A e B, podem formar um sal através de ligação iônica. II.O elemento com maior eletroafinidade é o B, enquanto que o D possui menor energia de ionização. III.Os elementos com maior e menor raios atômicos são o C e o E, respectivamente. Está CORRETO o que se afirma em: (a) I, apenas. (b) II, apenas. (c) I e III, apenas. (d) II e III, apenas. 2. Os elementos químicos magnésio, potássio, cálcio, nitrogênio e fósforo são essenciais para a formação e o crescimento de vegetais. Considerando-se a posição desses elementos químicos na Tabela Periódica e suas propriedades, pode-se afirmar: (a) O composto binário formado pela reação entre o cálcio e o nitrogênio é predominantemente covalente. (b) O cálcio e o magnésio formam ânions mais facilmente que o cloro e o bromo. (c) O potássio e o fósforo formam um composto predominantemente iônico representado pela fórmula K3P. (d) O potencial de ionização do cálcio é maior do que o do fósforo. (e) O magnésio e o fósforo formam íons que apresentam raios iônicos iguais. 3. Um determinado elemento químico pertencente à família dos alcalino-terrosos e ao terceiro período da tabela periódica forma um composto binário com o fósforo (P). Sobre esse composto, pode-se dizer que (a) o fósforo tem NOX igual a –5. (b) o cálcio é o metal constituinte. (c) sua fórmula química é Mg3P2. (d) o composto é o fosfato de cálcio 4. Com base nos conceitos de química, marque verdadeiro ou falso ( ) Cátions são íons de carga positiva. ( ) Ligações iônicas são formadas pelo compartilhamento de elétrons. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 32 ( ) O Potencial de ionização nos elementos do grupo 1 é diretamente proporcional ao raio atômico. ( ) Uma ligação covalente é exclusivamente uma ligação (pi). ( ) Elementos com distribuição eletrônica final em np 5 , são por características, doadores de elétrons. ( ) Ligações metálicas são realizadas por todos os elementos representativos. ( ) A formação de um líquido é devido a atrações eletrostáticas entre íons. ( ) Átomos com hibridização sp 2 correspondem a elementos do grupo 2 da tabela periódica. ( ) Potencial de ionização corresponde à energia necessária para a retirada de um elétron da camada de valência, portanto, é um processo exotérmico 5. Com base nos diferentes tipos de ligações químicas, quais as ligações químicas responsáveis pela existência das substâncias: sódio metálico (Na), sal de cozinha (NaCl), ácido muriático (HCl) e gás oxigênio (O2)? 6. Em competições esportivas é comum premiar os vencedores com medalhas que hierarquizam a classificação dos três primeiros colocados com ouro, prata e bronze. A medalha que tradicionalmente é conferida ao terceiro colocado é de bronze, que é (a) uma solução sólida de cobre e estanho. (b) uma liga metálica formada por prata e iodo. (c) uma mistura heterogênea de cobre e estanho. (d) a denominação em latim do elemento bromo. (e) um amálgama de mercúrio e enxofre. 7. Ao se analisar um sólido desconhecido, observa-se que ele apresenta as seguintes propriedades: macio nterelativame ÉIV elétrica corrente conduz NãoIII água em insolúvel tePraticamenII baixa fusão de aTemperaturI a) Indique o tipo de ligação esperado entre as partículas dessa substância. b) Com base no tipo de ligação esperado entre as partículas, explique por que o sólido desconhecido apresenta temperatura de fusão baixa. c) Explique por que as partículas dessa substância não conduzem eletricidade 8. Considere as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA. a) Pode-se obter fios a partir de elementos como ouro e níquel. b) Metais são, em geral, muito resistentes à tração. c) Quando polidas, superfícies metálicas refletem muito bem a luz. d) Em materiais que apresentam ligação metálica, os pontos de fusão são sempre elevados Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 33 9. A condutibilidade elétrica do cobre pode ser explicada pelo fato de a) ser sólido a temperatura ambiente (25°C). b) formar um aglomerado molecular. c) ocorrer ruptura das suas ligações iônicas d) existirem prótons livres entre seus átomos e) existirem elétrons livres entre seus cátions Respostas 1. letra a 2. letra c 3. letrs c 4. V-F-F-F-F-F-F-F-F 5. Na-lig. Metálica; NaCl- lig. Iônica; HCl-lig. Covalente, O2 – lig. Covalente 6. letra a 7. a) covalente; b) devido ao tipo de ligacao química, há o compartilhamento de elétrons; c) para que haja condução de elétrons e necessário que estes tenham movimento ou deslocamento. No caso de sólidos covalentes, os átomos estão em llugares ou regiões especificas, formando estruturas regulares e em 3 dimensoes. 8. letra b 9. letra e Sólidos Teoricamente, são ditos como substancias que mantém um volume e uma forma fixos, ou seja, apresentam suas partículas dispostas em um arranjo interno regular e ordenado. Estruturas dos Sólidos Ha diferentes tipos de sólidos, cada um apresentando características especificas. A Tabela abaixo apresenta algumas características e diferenciações entre os mesmos. Tipo Exemplo Unidades estruturais Natureza da ligação Iônico NaCl, CaCl2 Ions positivos e negativos Iônica-atração eletrostática Metálico Fe, Ag, Cu, Ligas Átomos metálicos (estrutura de bandas) Metálica–atração entreíons M e elétrons Molecular H2, I2,CH3OH Moléculas unidas por lig. covalente VDW, dipolo, lig. H Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 34 Reticulado ou covalente Grafita, diamante Átomos: redes uni, di, tridimensional Covalente: lig. direcionais de pares de elétrons Amorfo Vidro, PE, PA Rede de ligações covalente, sem regularidade Covalente: lig. direcionais de pares de elétrons Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 35 Fases, soluções e dispersões Fase: parte homogênea, superfícies definidas, sistema heterogêneo Ex. clínquer, Portland Dispersão: solução de 2 fases, gel (solução coloidal), pasta, emulsão, substâncias imiscíveis Ex. espumas Solução: sistema homogêneo, soluto (dissolvido), solvente (o que dissolve) Materiais polifásicos: Agregados, Argamassas, Concreto, Alguns compósitos, Metais Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 36 1. Sólidos iônicos: atração eletrostática entre íons de carga oposta. Sua estrutura resulta do balanço entre a estequiometria e as dimensões dos íons A rede é construída com os íons maiores, os íons menores são colocados nos vazios a) NaCl (cúbica de face centrada) b) CsCl: Cúbica Simples Imperfeições ou defeitos característicos de sólidos iônicos 1. Defeito de Frenkel Auto-intersticial (átomo ou íon sai de sua posição normal e vai para um interstício) Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 37 Átomo/íon em uma posição intersticial 2. Defeito de Schottky 2. Sólidos metálicos: partilha de elétrons por muitos átomos Metais adotam um arranjo regular tridimensional de átomos neutros e íons, respectivamente. Todo sólido metálico é constituído de unidades assimétricas regularmente repetidas ao longo do reticulo, chamada de CELULAS UNITARIAS. Ns = Número de vazios N = Número de posições atômicas Qs = Energia de ativação T = Temperatura (K) k = Constante de Boltzman Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 38 a) Cúbica de face centrada (CFC): Al, Ca, Sr b) Cúbica de corpo centrado (CCC): Li,Na e Ba c) Hexagonal compacta : Be e Mg Imperfeições ou defeitos característicos de sólidos metálicos (Ligas) As propriedades mecânicas de metais puros sofrem alterações significativas quando átomos de impurezas são adicionados. Por exemplo, dispositivos microeletrônicos de circuitos integrados funcionam devido a concentração rigorosa das impurezas. Substitucional Intersticial CFC - cobre- níquel, ouro-prata C em FeCFC CCC – molibdêno- tungstênio C em FeCCC Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 39 Deformação plástica dos materiais metálicos 3. Sólidos covalentes: rede 3D de ligações covalentes C, diamante C, grafite Os sólidos covalentes podem ser duros ou frágeis e dependendo de suas estruturas de empacotamento e da natureza dos átomos envolvido são isolantes térmicos e elétricos, apresentam altos pontos de fusão e ebulição, baixos coeficientes de expansão térmica. 4. Sólidos moleculares: forças intermoleculares Apresentam baixíssimos PF e PE cuja propriedade esta relacionada com as forças intermoleculares existentes, exemplo os polímeros. Por outro lado, podem apresentar elevadas taxas de deformações elástica e permanente. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 40 Propriedades dos sólidos Embora a teoria diga que apresentem volume e forma fixos, na pratica podem sofrer dilatação ou contração dependendo da temperatura, portanto apresentam um coeficiente de dilatação térmica. As propriedades dos sólidos estarão relacionadas com a geometria e a estrutura do reticulo cristalino. A tabela abaixo apresenta a estrutura cristalina, o raio atômico, valência e temperatura de fusão de alguns metais. Estrutura Cristalina Um material cristalino, independente do tipo de ligação encontrada no mesmo, apresenta um agrupamento ordenado de seus átomos, íons ou moléculas, que se repete nas três dimensões. A distribuição é muito bem ordenada, exibindo simetria e posições bem definidas no espaço. Qualquer posição em uma estrutura cristalina caracteriza-se por apresentar vizinhança semelhante Portanto, um material cristalino e aquele em que os átomos estão situados de acordo com uma matriz que se repete, ou que e periódica, ao longo de grandes distancias atômicas; isto e, existe ordem de longo alcance, tal que, quando ocorre um processo de solidificação, os átomos se posicionam de acordo com um padrão tridimensional repetitivo, onde cada átomo esta ligado aos seus átomos vizinhos mais próximos. Quando não há ordem a longo alcance diz-se que os materiais são não cristalinos ou amorfos. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 41 Desenvolvimento da estrutura cristalina Fonte: Ciência e Eng. Dos Materiais. Uma Introdução. Callister, Jr Ordenação de átomos Regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação à seus vizinhos Rede cristalina: formada por um arranjo repetitivo de átomos Parâmetros que definem um cristal simetria com os vizinhos; distâncias: comprimento da aresta da célula unitária parâmetro de rede (a) : ângulos e arestas Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 42 Célula unitária Menor unidade que se repete e que tem todas as características de simetria da forma organizada espacial dos átomos. A célula unitária define a rede cristalina em virtude da geometria e das posição dos átomos em seu interior. Os tipos de células dependem relação entre seus parâmetros de rede, simbolizado por “a”, constituído pelas arestas (a, b, c) e ângulos (, , ) Fig. Exemplo de três diferentes tipos de estruturas cristalinas Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 43 Sistemas Cristalino Configurações básicas da disposição dos átomos em cada célula unitária da rede cristalina. Os 7 Sistemas Cristalinos e as 14 Redes de Bravais estão representados no figura abaixo. Fonte: Ciência e Eng. Dos Materiais. Uma Introdução. Callister, Jr Sistema Cubico CS CCC CFC Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 44 Parametro de rede x Raio atomico CCC CFC Ex: O raio atômico do ferro é 1,24 A. Calcule o parâmetro de rede do Fe CCC e CFC. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 45 Sistema hexagonal Número de átomos por célula unitária Relaciona-se com os átomos compartilhados nos vértices e faces. Número célula unitária e fator de empacotamento atômico O número de células unitárias é obtido pela divisão do volume total pelo volume de uma célula. Como forma de classificar o nível de ocupação por átomos em uma estrutura cristalina, define-se o fator de empacotamento atômico (F.E.A), que é dado por: Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_CristianeK. Santin_UNISINOS 46 onde: N = Número de átomos que efetivamente ocupam a célula; VA = Volume do átomo (4/3.π.r 3 ); r = Raio do átomo; VC = Volume da célula unitária. Fazendo-se para o sistema cubico, teremos: Hexagonal simples Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 47 Número de coordenação (NC) É o número de vizinhos mais próximos de um átomo. Depende do número de ligações covalentes que um átomo pode compartilhar; e do fator de empacotamento da rede cristalina. Cubico simpes: NC = 6 CCC: NC = 8 CFC: NC = 12 DENSIDADE = (n° átomos / célula)*(massa atômica de cada átomo) = m (volume da célula unitária) * (n° de Avogadro) v Exercicios: Calcular o raio atômico do Tântalo, dado que possui uma estrutura cristalina BCC (ou CCC), densidade de 16,6g/cm 3 , e um massa molar 180,9 g/mol Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 48 ALOTROPIA OU TRANSFORMAÇÕES POLIMÓRFIAS Alguns materiais dependendo da temperatura e pressão a qual estão submetidos podem apresentar mais de uma estrutura cristalina. O Ferro é um exemplo, como pode ser observado na tabela abaixo. Transformações polimórficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas. . Fonte: Marcelo F. Moreira: Estrutura cristalina dos metais Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 49 Materiais e a Estrutura Cristalina Materiais cristalinos - sólidos metálicos Geralmente apresentam um número de vizinhos grande e alto empacotamento atômico. Materiais cristalinos - sólidos iônicos A ligação iônica é não-direcional (atração eletrostática estende-se igualmente em todas direções). Considera-se que o ânion vai formar a rede cristalina e o cátion preencherá os vazios da rede. Apresentam sítios intersticiais. Sítios intersticiais - Estruturas Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 50 Materiais cristalinos - sólidos Covalentes Geralmente os cristais de sólidos covalentes apresentam geometria octaédrica, cubica ou dodecaédrica. Materiais NÃO Cristalinos Material amorfo ou substância amorfa é a designação dada à estrutura que não têm ordenação espacial a longa distância (em termos atómicos), como os sólidos regulares. Estes podem ser rígidos, mas no entanto não possuem estrutura de uma substância sólida. Os polímeros, mais especificamente, a classe dos elastômeros, são materiais tipicamente amorfo. Porem cuidado, com o desenvolvimento de tecnologia e de novos materiais, já encontramos diversos materiais classificados como polímeros que apresentam cristalinidade como os plásticos (polipropileno). Fonte: Publicado porm Cristaleria Chornet . Consulta internet em 21.02.2013 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 51 Fonte: SBQ. Química nova interativa. Consulta a internet em 21.02.2013. Exercícios de Fixação 1 Qual é a diferença entre estrutura atômica e estrutura cristalina ? 2 Qual é a diferença entre uma estrutura cristalina e um sistema cristalino ? 3 Se o raio atômico do alumínio é de 0,143 nm , calcule o volume de sua célula unitária em metros cúbicos. 4 Mostre que para a estrutura cristalina cúbica de corpo centrado o comprimento da aresta da célula unitária a e o raio atômico R estão relacionados através da expressão a=4R/ 3 . 5 Para a estrutura cristalina HC, mostre que a razão c/a ideal é de 1,633. 6 Mostre que o fator de empacotamento atômico para a HC é de 0,74. 7 O ferro possui uma estrutura cristalina CCC, um raio atômico de 0,124 nm, e um peso atômico de 55,85 g/mol . Calcule sua densidade 8. O ródio possui um raio atômico de 0,1345 nm (1,345) e uma densidade de 12,41 g/cm³. Determine se ele possui uma estrutura cristalina CFC ou CCC Respostas 3. Vc= 6,6167.10 -29 m 3 4. NC=8; há 2 atomos por célula; √3 = 4𝑅 5. h= a𝑎√2/3 e c =2h 6. FEA = 0,72 7. densidade = 7,87.106 g/m3 ou 7,9 g/cm3 8. usar a expressão da densidade para o calculo e depois calcular para os sistema CCC e CFC Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 52 IMPERFEIÇÔES E DEFEITOS Todos os materiais apresentam um grande número de defeitos e imperfeições em suas estruturas cristalinas. Diversas propriedades dos materiais são profundamente afetadas pela presença de defeitos cristalinos e frequentemente determinadas características são intencionalmente alteradas pela introdução de quantidades controladas de defeitos. As imperfeições ou defeitos cristalinos são classificados em três classes: Pontual, Linha e de Superfície Fig. Dimensões aproximadas dos defeitos encontrados nos materiais (Fonte: M.A. Meyers e K.K. Chawla). Defeitos pontuais Existem diversos tipos de defeitos pontuais sendo: Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 53 Fig. Defeitos pontuais: (a) lacuna, (b) átomo intersticial, (c) átomo substitucional pequeno, (d) átomo substitucional grande, (e) defeito de Frenkel, (f) defeito de Schottky Fig. Defeitos pontuais: (a) lacuna, (b) átomo intersticial, (c) átomo substitucional Lacunas ou vazios O defeito pontual mais simples é a lacuna ou seja a ausência de um átomo em uma posição atômica originalmente ocupada por um átomo. As lacunas são o unico tipo de defeito que está em equilíbrio com o cristal sendo o n° de lacunas para uma dada quantidade de material função da temperatura de acordo com a equação: onde: N é o n° de átomos T é a temperatura absoluta (K) k é a constante de Boltzmann (1,38 10 -23 J/átomo K ou 8,62 10 -5 eV/átomo K) Qv é a energia de ativação (J ou eV) São formados durante a solidificação do cristal ou como resultado das vibrações atômicas (os átomos deslocam-se de suas posições normais). Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 54 Atomo instersticial É um átomo do cristal posicionado em uma sítio intersticial, o qual em circunstâncias normais estaria vago. Figura representativa do átomo intersticial Susbtitucional Os átomos do solvente são substituídos por átomos do soluto no reticulado. A estrutura do solvente sofre deformação. Fatores que influem para observação desta são: raios atômicos, estrutura cristalina, eletronegatividades, valência. Defeito de Frenkel E um tipo de defeito auto -intersticial no qual um átomo ou íon sai de sua posição normal e vai para um interstício. Defeito de Schottky Envolve a falta de um ânion e/ou um cátion. Origina-se uma bilacuna cátion-ânion Figura representativa dos defeitos de Frenkel e de Schottky Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 55 DEFEITOS LINEARES ou em LINHA Defeito em uma dimensão ao redor do qual alguns átomos encontram-se desalinhados. Estes defeitos são chamados discordâncias. Uma discordância é um defeito cristalino linear no qual diversos átomos estão desalinhados e consequentemente provocam uma distorção na estrutura cristalina. Podem ser classificados em: Discordância em cunha (aresta) Discordância em espiral (helice) Discordância combinada (mista) Discordância de cunha Pode ser entendida como um plano extrade átomos no reticulado que provoca uma imperfeição linear. O movimento da linha de discordância é paralelo ao da força de cisalhamento. Fonte. Marcelo Moreira. Material didático. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 56 Discordância em hélice Produzida pela distorção (torção) de um cristal, de modo que um plano atômico produza uma rampa ao redor da discordância. O movimento da linha de discordância é perpendicular ao da força de cisalhamento. Discordância Mista Contem componentes de discordâncias em cunha e em hélice. Exemplo: Fotografias de discordâncias (MET), vistas de topo, corrosão (a) em LiF, 290X (b) em cristal Na Cl inserido prata,290 X (c) Em monocristal de Nb ,11600x Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 57 Linhas de escorregamento em liga Cu-2% Al policristalina. 850X. Variação da energia de reticulado com a posição de uma discor Sistemas de escorregamento Um sistema de escorregamento é formado por um plano e uma direção de escorregamento. Nos cristais ocorre preferencialmente em planos e direções compactas. A Tabela apresenta o número de sistemas de escorregamento existentes nos diversos reticulados cristalinos. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 58 DEFEITOS de SUPERFICIE Os defeitos superficiais são defeitos bidimensionais ou interfaciais que compreendem regiões do material com diferentes estruturas cristalinas e/ou diferentes orientações cristalográficas. Estes defeitos englobam: superfícies externas, contornos de fase. contornos de grão, Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 59 contornos de macla e defeitos de empilhamento Superfícies externas Átomos da superfície apresentam ligações químicas insatisfeitas e em virtude disto, estão em um estado de energia mais elevado que os átomos do núcleo (com menor n° de coordenação) As ligações insatisfeitas dos átomos da superfície dão origem a uma energia de superfície ou energia interfacial (J/m2) Contornos de fase Os contornos de fase são as fronteiras que separam fases com estruturas cristalinas e composições distintas. Contorno de grão São superfícies que separam dois grãos ou cristais com diferentes orientações. Fig. Representação do contorno de grão e demonstração deste em uma amostra de aço inoxidável ferritico. As consequências da existência de uma energia interfacial associada aos contornos de grão são: - os contornos de grão são regiões mais reativas quimicamente; - os contornos de grão tendem a reduzir sua área quando em temperaturas Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 60 elevadas, aumentando o tamanho médio do grão e - impurezas tendem a segregar em contornos de grão (diminuem a energia do contorno). Contornos de macla (twin ou cristais gêmeos) São resultantes de deslocamentos atômicos produzidos por tensões de cisalhamento (maclas de deformação) ou durante tratamento térmico (maclas de recozimento). A formação de maclas (maclação) ocorre em planos cristalográficos definidos e direções cristalográficas específicas, que são dependes da estrutura cristalina. Observa-se que os átomos de um lado do contorno são imagens especulares dos átomos do outro lado do contorno. DEFEITOS VOLUMETRICOS OU DE MASSA São introduzidas no processamento do material e/ou na fabricação do componente São classificados como: Poros: formam-se devido a presença ou formação de gases. Podem modificar substancialmente as propriedades ópticas, mecânicas e térmicas de um material Fraturas ou trincas: podem afetar as propriedades mecânicas do material Inclusões: Impurezas estranhaspodem modificar substancialmente as propriedades elétricas, mecânicas e ópticas de um material. Precipitados: aglomerados de partículas cuja composição difere da matriz Fases: limite de solubilidade e ultrapassado Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 61 Inclusões de Cu2O em Cu de alta pureza (99,26%) laminado a frio e recozido a 800 C. Poros Superfície de Ferro puro apresentando poros Tipos de defeitos tamanho Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 62 Cristalografia Procura descrever a estrutura cristalina através de uma notação considerando as posições, direções e planos existentes. Posições: São definidas dentro de um cubo com lado unitário Direções: são definidas a partir da origem. Suas coordenadas são dadas pelos pontos que cruzam o cubo unitário. Se estes pontos forem fracionais multiplica-se para obter números inteiros A notação para os planos utiliza os índices de Miller, que são obtidos da seguinte maneira Obtém-se as intersecções do plano com os eixos. Obtém-se o inverso das intersecções. Multiplica-se para obter os menores números inteiros Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 63 Rede cubica Rede Hexagonal Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 64 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 65 Microestruturas Diagrama de fases 1. As fases presentes para diferentes composições e temperaturas; 2. Quantificar as fases presentes; 3. Indicar a solubilidade no estado sólido de um elemento ou de um composto em outro; 4. A temperatura e intervalo de solidificação de uma liga; 5. Mostrar a temperatura de início de fusão das diferentes fases Referencias Bibliograficas complementares 1. Principios de ciências dos materiais. Lawrence H. Van Vlack. 2. Fundamentos da Termodinamica.Borgnakke,C.Sonntag, R.Editora Blucher. 3. Cristalografia, Cristais e Estruturas Cristalinas . Tilley,Richard J. D. 4. Fundamentals of crystallography_IUCr Texts on Crystallography No. 2. C. Giacovazzo, H. L. Monaco, D. Viterbo, F. Scordari, G. Gilli, G. Zanotti and M. Catti Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 66 DIAGRAMA DE FASES BINÁRIO Composto por dois componentes, um em cada extremidade do eixo x. Geralemnte o Eixo x representa a composição e o eixo y representa a temperatura. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 67 Exemplo: Exemplo: Cerâmicos Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 68 Exercícios de Fixação 1. (FATEC-SP) Considere uma substância simples constituída por um dos elementos químicos situados na região indicada da tabela periódica: Essa substância simples deve apresentar, nas condições ambiente, a seguinte propriedade: a) encontra-se no estado gasoso. b) tem predomínio de ligações covalentes entre seus átomos. c) é boa condutora de eletricidade. d) reage vigorosamente com água e com sódio metálico. e) tende a formar ânions quando reage com metais 2. (UFLA) O alumínio e o cobre são largamente empregados na produção de fios e cabos elétricos. A condutividade elétrica é umapropriedade comum dos metais. Este fenômeno deve-se: a) à presença de impurezas de ametais que fazem a transferência de elétrons. b) ao fato de os elétrons nos metais estarem fracamente atraídos pelo núcleo. c) à alta afinidade eletrônica destes elementos. d) à alta energia de ionização dos metais. e) ao tamanho reduzido dos núcleos dos metais. 3. (Puc-RS) A condutibilidade elétrica do cobre pode ser explicada pelo fato de: a) ser sólido a temperatura ambiente (25°C). b) formar um aglomerado molecular. c) ocorrer ruptura das suas ligações iônicas. d) existirem prótons livres entre seus átomos. e) existirem elétrons livres entre seus cátions. 4. (UFC) Nenhuma teoria convencional de ligação química é capaz de justificar as propriedades dos compostos metálicos. Investigações indicam que os sólidos metálicos são compostos de um arranjo regular de íons positivos, no qual os elétrons das ligações estão apenas parcialmente Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 69 localizados. Isto significa dizer que se tem um arranjo de íons metálicos distribuídos em um "mar" de elétrons móveis. Com base nestas informações, é correto afirmar que os metais, geralmente: a) têm elevada condutividade elétrica e baixa condutividade térmica. b) são solúveis em solventes apolares e possuem baixas condutividades térmica e elétrica. c) são insolúveis em água e possuem baixa condutividade elétrica. d) conduzem com facilidade a corrente elétrica e são solúveis em água. e) possuem elevadas condutividades elétrica e térmica 5. As ligas metálicas são formadas pela união de dois ou mais metais, ou ainda, por uma união entre metais, ametais e semimetais. Relacionando, no quadro a seguir, cada tipo de liga com as composições dadas liga composição (I) aço (A) Cu 67% Zn 33% (II) ouro 18 quilates (b) Cu 90% Sn 10% (III)) bronze (c) fe 98,5 % C 0,5% a 1,5% traços Si, S e P (IV) latao (d) Au 75% Cu 12,55 Ag 12,5% pode-se afirmar que a única correlação correta entre liga e composição encontra-se na opção: a) I b; II c; III a; IV d. b) I c; II b; III d; IV a. c) I a; II b; III c; IV d. d) I c; II d; III b; IV a. e) I d; II a; III c; IV b. 6. Para os arranjos cristalinos cúbico simples, cúbico de corpo centrado e estrutura cúbica de face centrada responda: a) Nº de átomos por cela unitária b) Fator de empacotamento atômico c) Desenhe a célula primitiva d) Plano mais compacto e) Faça uma lista dos pontos de rede para a estrutura FCC. 7. À temperatura ambiente o alumínio (Al) apresenta estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) e o seu raio atômico é 0,143 nm. A massa atômica do Al é 26,98 g/mol. a) Faça um esboço da célula estrutural do Al à temperatura ambiente. Calcule o valor do parâmetro da rede a do Al. b) Calcule a densidade teórica do Al. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 70 9. Calcule o raio de um átomo de paládio dado que o Pd possui uma estrutura cristalina CFCm uma densidade de 12,0 g/cm 3 , e um peso atômico de 106,4 g/mol. 10. Algum metal hipotético tem estrutura cristalina simples. Se o peso atômico é 70,4 g/mol e o raio atômico é 0,126 nm calcule a densidade. 11. Quais são as 14 células unitárias de Bravais ? 12. Quais são as estruturas cristalinas metálicas mais comuns ? Liste alguns metais que apresentam estas estruturas. 13. Qual é o número de coordenação dos átomos de uma estrutura CCC ? 14. Qual é a relação entre tamanho da aresta "a" da célula CCC e raio atômico? 15. O Nb, na temperatura ambiente tem estrutura CCC e apresenta raio atômico de 0,147 nm. Calcule o valor do parâmetro de rede "a" em nanômetros. 16. Calcule o fator de empacotamento da estrutura CFC. 17.Quantos átomos por célula existem na estrutura HC ? 18. O Ni é CFC com uma densidade de 8,9 mg/m 3 e tem sua massa atomica igual a 58,71g/mol. a. Qual é o volume por célula unitária baseado no valor da densidade ? b. Calcule o raio atômico do Ni a partir de sua resposta na parte (a). 19. Determine os parâmetros pelos quais se define um cristal 20. O que é a célula unitária de uma rede cristalina 21.O que é numero de coordenação e do que depende? Quais são os números de coordenação nas células unitárias dos metais? 22. O que é fator de empacotamento em uma célula unitária 23. O que é alotropia? 24. Como podem apresentar-se os compostos de estrutura AX? Descreva-os 25.Qual a importância da existência de discordâncias nos materiais metálicos? Quais as implicações no comportamento mecânico? 26. Sabendo-se que a deformação de cristais ocorre pelo escorregamento de planos de alta densidade e que as estruturas CFC e HC possuem o mesmo FEA. Por que os metais HC são tipicamente mais frágeis que os CFC ? 27.Quais são os defeitos cristalinos planares (de superfície) e como estes podem interagir com as discordâncias? 28. Calcule o n o de lacunas em equilíbrio por m 3 de Cu, a 1000 o C. A energia para formação de uma lacuna é de 0,9 eV/atomo. Dado: Masssa atomica: 63,5 g/mol; ρ= 8,4 g/cm3 (T=1000oC); NA= 6,02x10 23 atomos/mol 29. O que são defeitos cristalinos? 30. Cite quais propriedades são dependentes da estrutura e porque? 31. Quais são os principais defeitos cristalinos? 32. Demonstre o vetor de Burgers em discordancia em aresta e espiral: 33. Você pode explicar como ocorre o deslizamento em monocristais? 34. Por que materiais que apresentam a largura da discordância grande necessitam de tensões baixas para movimenta-las. 35. Como é calculada a deformação de cisalhamento decorrente da movimentação de uma discordância? 36. Defina densidade de discordância. 37. Qual o resultado do aparecimento de escorregamento duplex ou múltiplo em monocristais cfc? 39. Cite as características das maclas que são consideradas mais importantes. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 71 40. Como se originam as falhas de empilhamento? 41. Porque materiais CFC não tendem a formar macla? 42. Defina encruamento. 43. Quais as causas do encruamento? 44. Descreva três mecanismos de encruamento. Respostas 1. letra c 2. letra b 3. letra e 4. letra e 5. letra d 6. a) CS = 1; CCC=2; CFC =4 b) CS = 0,52, CCC = 0,68; CFC =0,74 d) CFC 7. a) 4,086.10 -10 m b) 2,793 g/cm 3 9. R = 0,1376nm 10. 7,307g/cm 3 12. CCC, CFC e HC 14. a= 4R/√2 15. a= 0,334nm 16. FEA =0,74 17. HC tem 6 átomos por célula 18. a) Vc= 4,38.10 -23 OBS: Para responder as demais questões descritivas consulte bibliografia sobre o assunto. Na caracterização da disciplina (plano de aula) constam referencias bibliográficas para ajuda-lo. Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 72 Metalografia Estudo das características estruturais ou da constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas propriedades físicas, químicas e mecânicas. Análise, o plano de interesse da amostra é cortado, lixado, polido e atacado com reagente químico, de modo a revelar as interfaces entre os diferentes constituintes que compõe o metal. Podem ser realizadas investigaçoes ou informações sobre: 1- Vazios (rechupes, microrechupes e poros) 2- Segregações 3- Estruturas: Tamanho e forma dos grãos 4- Inclusões: Tipo, Tamanho, forma, distribuição 5- Fases e constituintes 6- Defeitos (trincas e fraturas) 7- Extensão de tratamentos superficiais e revestimentos As observações podem ser realizadas através de microscópiosque possuem aumentos de 50X, 100X, 200X, 500X, 1000X, 1500X e 2500X. ou analises feita a olho nu, lupa ou com utilização de microscópios estéreos (que favorecem a profundidade de foco e dão, portanto, visão tridimensional da área observada) com aumentos que podem variar de 5x a 64X Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 73 Fonte: Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 74 A Figura acima ilustra a analise microscópica de um aço. As cores diferenciadas dos grãos de ferrita possivelmente representam orientações cristalográficas diferentes. Outro estudo realizado por pesquisadores foi referente a uma amostra de grafita, a qual é um constituinte microestrutural que interrompe a continuidade da matriz, sendo considerada como um vazio dentro da estrutura, interferindo diretamente nas características do material, assim se faz necessário controlar a quantidade, tamanho e morfologia da mesma Fonte: Outros exemplos de amostras investigadas por microscopia através de técnicas metalograficas estão abaixo ilustradas. Porosidade em Solda Trinca Intergranular em Aço Carbono Ferrítico. Nital 3 Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 75 Materiais Cerâmicos As cerâmicas compreendem todos os materiais inorgânicos, não-metálicos, obtidos geralmente após tratamento térmico em temperaturas elevadas. O termo cerâmico vem da palavra grega keramus que significa coisa queimada. Ex: SiO2( sílica), Al2O3 (alumina), Mg3Si4O10(OH)2 (talco). Classificação dos Materias Ceramicos quanto a sua estrutura a) Cristalinos: incluem os cerâmicos à base de Silicatos, Óxidos, Carbonetos e Nitretos. b) Amorfos (vidros): em geral com a mesma composição dos cristalinos, diferindo no processamento c) Vidro-ceramicos: formados inicialmente como amorfos e tratados termicamente d) Cerâmicos avançados: baseados em óxidos, carbonetos e nitretos com elevados graus de pureza Ceramicos cristalinos a base de silicatos Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 76 Ceramicos cristalinos sem silicatos Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 77 Cerâmicas e a Construção civil Na construção civil o emprego de materiais cerâmicos apresenta uma grande aplicabilidade de alvenaria e estrutural, englobando tijolos, blocos, etc. Neste caso, podemos dizer que os materiais cerâmicos constituem-se de uma pedra artificial obtida por meio da moldagem, secagem e cozedura de argila ou mistura contendo argila. O solo para fabricação da cerâmica deve conter uma fração de argila, juntamente com silte e areia, de modo a obter as características desejáveis de plasticidade, vitrificação, bem como inexistência de trincamento e retração. Geologicamente a argila origina-se de solos residuais ou sedimentares que se formam em consequência da ação do intemperismo físico e/ou químico sobre rochas cristalinas e sedimentares. Quimicamente engloba um conjunto de minerais compostos, principalmente de silicatos de alumínio hidratado (2 SiO2 . Al2O3 . 2 H2O), denominado caulim ou caulinita. O caulim origina-se, principalmente, da decomposição dos feldspatos pela ação do anidrido carbônico. K2O. Al2O3. 6 SiO2 + 2 H2O + CO2 → 2 SiO2. Al2O3. 2 H2O (caulim) + 4SiO2 + K2CO3. As ARGILAS apresentam em sua constituição: sílica (SiO2): 40 a 80% do total da matéria-prima alumina (Al2O3):10 a 40% óxido férrico (Fe2O3): 7% cal (CaO): abaixo de 10% magnésia (MgO): menos que 1% álcalis (Na2O e K2O): 10% anidrido carbônico (CO2) anidrido sulfúrico (SO3). Devido a grande quantidade de rochas que podem originar as argilas, assim como os processos de sua formação e seu grau de pureza, dispõe-se de uma variedade de materiais argilosos dotados de diferentes características. cerâmica branca (caulim residual e sedimentar); cerâmica refratária (caulim sedimentar e argila refratária); Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 78 cerâmica vermelha (argila de baixa plasticidade, contendo fundentes); cerâmica de louça (argila plástica, com fundentes e vitrificantes). Classificação geral dos materiais cerâmicos Quadro comparativo entre a Cerâmica Tradicional x Avançada Materiais Ceramicos Vidros Vidros Vitro-ceramicos Ceramicas Avancadas Ceramicas tradicionais Refratarios Branca: loucas sanitarias e de mesa Vermelha: estrutural (civil) Revestimento ceramico Abrasivos Cimentos Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 79 As principais matérias-primas da cerâmica tradicional são o Feldspato (particularmente os potássios), a sílica e a argila. Além destes três principais componentes, as cerâmicas podem apresentar aditivos para o incremento de seu processamento ou de suas propriedades finais. Após submetida a uma secagem lenta à sombra para retirar a maior parte da água, a peça moldada é submetida a altas temperaturas que lhe atribuem rigidez e resistência mediante a fusão de certos componentes da massa, fixando os esmaltes das superfícies. De acordo com o material e técnicas utilizadas, classifica-se a cerâmica em: a) terracota - argila cozida no forno, sem ser vidrada, embora, às vezes, pintada. b) cerâmica vidrada - o exemplo mais conhecido é o azulejo. c) grês - cerâmica vidrada, às vezes pintada, feita de pasta de quartzo, feldspato, argila e areia. d) faiança - louça fina obtida de pasta porosa cozida a altas temperaturas, envernizada ou revestida de esmalte sobre o qual pintam-se motivos decorativo. Dentre as cerâmicas tradicionais temos: a) cerâmica branca: produtos obtidos a partir de uma massa de coloração branca, em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor. Ex: louça de mesa, louça sanitária e isoladores elétricos b) cerâmica de revestimentos: usados na construção civil para revestimento de paredes, pisos, bancadas e piscinas de ambientes internos e externos. Ex: azulejo, pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso, etc. c) cerâmica vermelha: coloração avermelhada empregados na construção civil. Ex: tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas, utensílios de uso doméstico e de decoração. d) materiais refratários: finalidade de suportar temperaturas elevadas em condições específicas de processo e/ou de operação. Usados basicamente em equipamentos industriais, estão geralmente sujeitos a esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura entre outras adversidades. Outros a) Isolantes térmicos: englobam materiais que não se enquadram no segmento de refratários, como vermiculita expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha (Temp. de até 1100 ° C), além de fibras ou lãs cerâmicas que apresentam composições tais como sílica, sílica -alumina, alumina e zircônia ( Temp. de até 2000 ° C ou mais) Material de apoio_QAplicada Eng. Civil_Cristiane K. Santin_UNISINOS 80 b) Abrasivos: parte da indústria de abrasivos é considerada como segmento do setor cerâmico por utilizar-se de matérias-primas e processos semelhantes. Ex: Al2O3 e SiC. c) Vidro, Cimento e Cal: três importantes segmentos cerâmicos e que, por suas particularidades relacionadas às matérias-primas, características de processo, porte
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