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UNIPÊ- INSTITUTO PARAIBANO DE EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO DIREITO II
DOCENTE: MARINA DE ARAÚJO MONTEIRO
TURMA: I - TURNO: NOITE
O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS
DIMITRI DIMOULIS
JOÃO PESSOA
2014.2
O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS
Seminário sobre O Caso dos Denunciantes Invejosos (acusação), apresentado ao Instituto Paraibano de Educação, como parte das exigências do curso Bacharelado em Direito, da disciplina Introdução ao Direito II, sob a orientação da Professora Marina de Araújo Monteiro, para obtenção de pontos na nota do primeiro estágio.
 
 
 
 
 GRUPO:
ELOARA RICTHLLY PEREIRA DE OLIVEIRA
LAMARCK ALMEIDA
MAGDA MARLY DOS SANTOS
MATHEUS HENRIQUE FERREIRA MATEUS
RUTE HELENA
THIAGO NASCIMENTO FARIAS
INTRODUÇÃO
Nesta obra, Fuller aborda temas que levam a discussão sobre qual seria a melhor forma de lidar com os crimes e barbáries que aconteceram e acontecem nos regimes ditatoriais. Baseados em fatos reais ocorridos, e nas decisões tomadas em casos como o da Alemanha nazista, escrevendo esta obra para que possamos refletir sobre tais decisões.
Trata-se de uma obra fictícia, que ocorreu em determinado país totalmente democrático, que passa por um golpe militar, que constitui a ditadura dos Camisas-Púrpuras, que impõe uma nova constituição, uma nova legislação; Partidos políticos criam decretos, juízes perdem sua autonomia, que passam a executar e julgar a partir dessas resoluções estritamente políticas. A figura dos denunciantes invejosos surge a partir desse ambiente desconstruído.
Durante o período em que prevalecia essa ditadura, muitas pessoas denunciaram seus inimigos sabendo que os tribunais do país, aplicando a legislação da época, pronunciariam a pena de morte para delitos que, objetivamente, não eram graves. Muitos exigiam uma punição, mesmo se, formalmente, esses denunciantes não cometeram nenhum delito, tendo simplesmente levado ao conhecimento das autoridades dos fatos puníveis segundo a legislação em vigor.
Essas figuras atuam como espiões desse regime, que denunciam pessoas que se opõem ao sistema de “leis” impostas, que passam a sofrer as consequências dessa oposição, através de um Código Penal criado pelos próprios ditadores. Esses denunciantes revoltados por serem renegados pelo próprio sistema resolvem se opondo a ele, vingando-se daqueles que estão no poder.
Com o fim desse regime, o Estado Democrático volta com noções de um novo Direito, com novas leis. Com isso, prenderam-se os rebeldes do antigo regime e a paz e o bem estar social voltaram a reinar por ali. Cabe ao leitor, como Ministro da Justiça, decidir qual o futuro desses denunciantes.
Para que seja tomada uma decisão, são convocados cinco deputados que exercerão o papel de legisladores, que irão propor suas sugestões. Podemos perceber que esta obra traz uma ambiguidade muito grande no tocante de que os legisladores criam as leis, porém não se dão conta de solucionar um problema jurídico, sendo necessária a presença de um doutrinador para solucionar esses problemas sociais.
Analisando as opiniões e o cenário apresentado, vemos que existe uma gama de diferentes soluções, cada uma com seus princípios.
No entanto, refletindo sobre cada uma delas, percebemos que algumas são extremamente emotivas e absurdas do ponto de vista racional, como, por exemplo, a de deixar que o povo faça justiça com as próprias mãos.
Não existe, em minha opinião, uma solução por si só que seria a ideal para a solução deste dilema. Assim temos que filtrar os princípios mais coerentes apresentados em algumas delas e procurar aplica-los conjuntamente para uma tentativa de dirimir o problema.
Nesta obra, está clara a conduta criminosa dos denunciantes invejosos, pois a sociedade pauta-se na Constituição Federal, que traz em seu texto constitucional, direitos e garantias necessárias para que se tenha uma vida digna e humana, sempre levando em consideração o poder punitivo do Estado diante de situações cotidianas, para que se obtenha a paz social.
Os princípios são de extrema relevância já que agem colaborando para que os direitos de todos os cidadãos sejam respeitados e garantidos igualitariamente perante toda a sociedade de imposição de limites.  A obra, como, deixa bem obvio o próprio autor, apresentando teorias que fazem destacar a polêmica sobre o direito, a moral e a justiça.
  O Caso dos Denunciantes Invejosos nos mostra um confronto entre o direito, a moral e a justiça, mostrando ser necessário manter um equilíbrio para não que não seja dividida a ordem jurídica e a vontade de pôr-se em prática a justiça social.
 É necessária uma interpretação fundamental e minuciosa da Constituição, para construir e aplicar o Direito e a justiça, num período de transição de qualquer regime político.
  As diversas personalidades políticas e professores nos seus depoimentos analisam e, dão pareceres sobre os fatos ocorridos, questionando as maneiras como foi aplicada a lei. Nos seus discursos propõem uma forma de fazer justiça aos atos cometidos pelos Denunciantes Invejosos.
  Na obra o autor aborda uma discussão sobre justiça de transição e questões como direito positivo ou direito justo, como  no caso de regimes democráticos que sucederam às ditaduras e enfrentaram o dilema de perdoar ou punir os crimes, os excessos e as injustiças ocorridas durante aquele período.  Dessa maneira, a filosofia do direito envolve relações entre o comportamento legalmente imposto e o comportamento considerado moralmente justo.
O Direito tem como principal objetivo aproximar a justiçar e a moral. Ao criar leis totalmente arbitrárias, os Camisas - Púrpuras feriram esse objetivo. 
Uma lei para ser válida precisa ser escrita e publicada oficialmente, logo, as leis aplicadas pelas camisas- Púrpuras eram inválidas pela forma como foram criadas, não passando apenas de uma forma abominável e inaceitável, de um regime autoritário.
Quando os Camisas-Púrpuras chegaram ao poder não tomaram nenhuma providência no sentido de revogar a Constituição do país ou de reformar algumas partes da mesma. Deixaram igualmente intactos o Código Civil, o Código Penal e os códigos processuais. Mas apesar disso, o país vivia sob um regime de terror. Os Camisas-Púrpuras adotaram uma política que permitia flexibilidade na ação. Durante o regime dos Camisas-Púrpuras, muitas pessoas, movidas por inveja, denunciaram seus inimigos pessoais ao partido ou a autoridades governamentais.
Após a derrota dos Camisas-Púrpuras, formou-se um movimento de opinião que exigiu a punição dos denunciantes invejosos. O assunto tornou-se um problema político explosivo e a decisão não pode ser mais postergada. Foi convocado então, uma nova conferência composta de cinco deputados que apresentaram suas opiniões sobre o caso dos Denunciantes. Eles legislaram de forma contraditória ao que preza o Ordenamento Jurídico. Em consequência disso, praticaram atos injustos e desumanos, indo totalmente contra ao que está em Lei.
Dessa forma, esses ditadores governaram a seu modo, desrespeitando a Constituição e os Direitos Humanos, criando leis arbitrárias e totalmente opostas as que estavam vigentes antes da imposição. Foram criadas leis que condenavam comportamentos que antes eram legais.
Na opinião do primeiro deputado nada pode ser feito em relação aos Denunciantes Invejosos, sendo que as denúncias versavam sobre fatos que realmente eram contrários às regras estabelecidas pelo governo que, nessa época exercia o poder do Estado. E as sentenças de condenação foram pronunciadas conforme as leis que estavam vigentes no país. Os Camisas-Púrpuras formaram um governo sem leis, se tentarmos fazer uma triagem entre os atos desse regime, estaríamos anulando determinados julgamentos,invalidando certas leis ou considerando como produtos de abuso de poder algumas condenações estariam agindo como eles.
Na opinião do segundo deputado é absurdo considerar o regime dos Camisas-Púrpuras como governo legal, pois eles estavam acima do governo e podiam, a qualquer momento, interferir na administração da justiça. Durante esse regime ocorreu uma suspensão do Estado de Direito. Os atos dos Denunciantes Invejosos nada mais eram do que uma fase de uma guerra de todos contra todos. Mesmo indo pelo caminho exatamente oposto do primeiro deputado, o segundo deputado chegou à mesma conclusão do colega de não fazer nada em relação aos Denunciantes Invejosos. Pois seus atos não eram legais nem ilegais, já que eles não viviam em um Estado de Direito, e sim em um regime de anarquia e de terror.
De acordo com o terceiro deputado não é adequado admitir que o regime dos Camisas-Púrpuras estava completamente fora da lei, nem considerar que todos os seus atos merecem ser classificados como atos de um governo respeitoso da lei. Além disso, não tínhamos uma "guerra de todos contra todos", pois abaixo da superfície política continuavam a serem realizados muitos atos que fazem parte da vida humana normal. Sendo assim devemos intervir nos casos em que filosofia dos Camisas-Púrpuras penetrou na administração da justiça, afastando-a de suas finalidades e procedimentos habituais. O terceiro deputado prefere não opinar sobre o tratamento de tais casos nem fazer recomendações a esse respeito.
De acordo com o quarto deputado, deveríamos atuar em conformidade com normas jurídicas devidamente editadas. Isso quer dizer: criar uma lei apropriada para as infrações cometidas pelos Denunciantes Invejosos (edição de lei penal retroativa), pelo argumento de que a vítima da denúncia foi executada após uma condenação criminal.
De acordo com o quinto deputado, deveríamos deixar impunes os Denunciantes invejosos, uma vez que a pena é evidentemente desproporcional à infração cometida.
IMPASSE: edição de uma lei retroativa, que definiria o comportamento "denunciação por inveja", prevendo penas criminais para os Denunciantes Invejosos, poderia ser declarada inconstitucional, uma vez que a Constituição em vigor (no caso) proíbe leis penais retroativas. No entanto, os tribunais poderiam condenar o Estado a pagar altíssimas indenizações por ter deixado sem reparações a patente que sofreram as vítimas. Foi convocada então, uma nova conferência composta de cinco professores de direito que deram suas opiniões sobre o caso dos Denunciantes.
A opinião do Prof. Goldenage é quase uma crítica: primeiro foi o fato de que o Ministro convidou personalidades políticas na primeira conferência, já que o caso é um problema exclusivamente jurídico; segundo foi de que ele apontou um fato de muita importância de que as normas jurídicas são estabelecidas pelo poder político e não os juristas que estudam e aplicam o direito.
Então ele levanta uma questão: Por que as leis são feitas pelos políticos, ou seja, por pessoas sem preparação técnica para essa tarefa? (Exemplo do Brasil é o nosso Presidente da República que nem 2° grau fundamental tem).
A resposta é clara: é um resultado histórico das grandes revoluções ocorridas nos séculos XVIII e XIX, quando vários povos do mundo, liderados pela classe burguesa, decidiram abolir o monopólio jurídico dos juízes e advogados, considerando que o direito deveria ser criado pelo próprio povo, por meio de seus representantes.
Assim sendo, os juristas perderam a oportunidade de utilizar seus conhecimentos para elaborar as regras que organizam o convívio social. Por isso, na opinião do Prof. Goldenage, a decisão do Ministro foi certa. Ele consultou os políticos que trabalham como legisladores, já que eles decidem sobre o direito. Então porque o Ministro decidiu recorrer aos simples estudiosos do direito?
O tratamento que merecem os Denunciantes Invejosos é uma questão de aplicação do direito. As denúncias foram feitas segundo o direito em vigor e os tribunais aplicaram sanções previstas pelas leis da época. Por isso, a avaliação das referidas denunciações depende da interpretação do direito que estava em vigor naquele período.
Por parte do Prof. Goldenage, obedecerá à voz da consciência, onde somos membros de uma comunidade política que deseja preservar os valores: a liberdade, a dignidade e a igualdade. Devemos pensar e agir como cidadãos maduros e responsáveis que sabem distinguir o justo do injusto. O direito injusto não é direito. A posição dele é essa!
Assim sendo, a lei injusta não é válida. Quem não aceita essa premissa não pode distinguir um Estado de Direito de um bando de criminosos. Da mesma forma, a aplicação injusta e perversa de uma lei não constitui aplicação do direito. É um ato reprovável e criminoso. O jurista é um servidor da justiça, por isso devemos puni-los por meio de aplicação do direito justo e eterno e não condenando por meio de aplicação correta da legislação da época ou mesmo dizendo produto de mentes criminosas.
O discurso do meu colega Goldenage lembra as faculdades medievais. Apoia-se em autores contemporâneos, usando como referência o autor Paolo Grossi (Itália), que acredita na existência do "justo" e do "injusto".
Meu colega omitiu o fato no qual os juristas medievais foram acusados de bárbaros e inumanos pelos autores iluministas. No entanto, o iluminista criou um novo mito: "o legislador iluminado", escolhido pelo próprio povo para criar leis claras e racionais. Isso não passa de ilusão, exemplo disso é o opúsculo dos delitos e das penas de Cesare Becccaria, publicado em 1764, até hoje estudado nas faculdades de direito.
Os conceitos de justiça e verdade foram abalados pelos filósofos no séc. XX, que afirmaram a não existência da distinção entre o verdadeiro e o falso. Ciente de que não fui convidado para analisar as correntes de pensamento, afirmo que não tenho esperança de que alguém possa encontrar a verdade e separar o justo e o injusto, fixando o sentido das normas jurídicas.
Nada sabemos. O certo e que o ordenamento não pode viver de incertezas; o Poder judiciário deve resolver os conflitos com determinação e presteza, para pacificar a sociedade. Torna-se coisa julgada a decisão dos tribunais. O que o juiz decidiu torna-se verdade sem deixar espaço para controvérsias; 
Segundo o jurisconsultor Ulpiano, lembrando pelo professor Goldenage, "Resjudicata pro veritate accipitur". Os juízes têm o privilégio de decidir sobre a verdade no direito.
No positivismo jurídico o direito depende da vontade do legislador. No realismo o "direito em ação" não depende das palavras do legislador, nem de livros de doutrina, e sim unicamente da vontade do juiz, que dá sentido às palavras, tendo possibilidade até mesmo de invertê-lo. Quando as propostas formuladas na mesa, as eventuais leis retroativas sobre os Denunciantes Invejosos, não passam de meros desejos; o poder de decisão pertence aos juízes que criam o direito.
Seria inútil estudar direito. Estudar os regulamentos do legislador e a jurisprudência, a fim de prever futuras decisões. O direito é uma questão de pratica, depende das circunstancias, dos interesses em jogo e da personalidade de quem decide.
Acredito que os doutrinadores devem formular propostas sobre a correta aplicação do direito, ajudando, desta maneira, o judiciário em suas decisões. A interpretação do direito de maneira útil socialmente é mais eficaz, pois o direito existe para melhorar a vida social. Adequado se faz que os Denunciantes Invejosos fiquem impunes. O regime do partido dos Camisas-Púrpuras não foi uma catástrofe repentina sobre a sociedade, afinal o partido foi eleito pelo voto popular.
No entanto, devo afirmar que não me simpatizo com esse partido. Fui. Na época, cassado por "indignidade nacional", devido o fato de ser adepto ao partido Socialista-Republicano. Exilei-me, então, na França onde não tive uma vida de abundancia. Minha rejeição a esses junestos ditadores é por motivos pessoais e ideológicos. Estão, hoje, os Camisas-Púrpuras,presas; considerados criminosos e traidores, são estes os que não sofreram linchamento. O legislador e o juiz devem pesar na utilidade social dede suas decisões, e não insistir na violência, no sofrimento. Há necessidade de sinalização do inicio de uma nova época sem vinganças.
O episódio dos Denunciantes Invejosos não nos deve fazer acreditar que o direito é aplicado de acordo com a vontade do legislador, ou do doutrinador. O direito é um instrumento social que se utiliza para alcançar finalidades. Tudo dependerá da decisão do juiz.
A profa. Sting levou em consideração o fato de os deputados e os colegas que tomaram a palavra eram todos homens e também que quase todos os Denunciantes Invejosos eram homens. E que apesar de que as nossas leis escritas não discriminam mais as mulheres, na realidade, o direito continua exprimindo uma ideologia machista e defende os interesses dos homens que querem sujeitar as mulheres ao seu poder. Os senhores deputados e professores parecem ter uma ideia muito nobre sobre o direito e querem encontrar a solução "justa" no caso dos Denunciantes. Mas seus pareceres são formulados do ponto de vista masculino.
Na opinião da Profa. Sting o ato dos Denunciantes foi de um machismo repugnante. Mas a sua punição nos deixaria presos no círculo vicioso da visão masculina do direito que manda punir um homem porque violou os direitos de outro ou porque ofendeu uma mulher lesando "legítimos" interesses do pai ou do marido.
Está altamente equivocada a tese segundo a qual a punição de indivíduos invejosos permite pacificar a sociedade e fazer justiça. O caminho indicado é, ao contrário, reexaminar esse sistema corrupto e violento que, inclusive, violou normas fundamentais do direito internacional. Dessa forma a profa. Sting propõem abandonar a perspectiva limitada das propostas até agora formuladas A mudança no regime político oferece a oportunidade de refletir sobre problemas muito mais importantes. Incluindo nessa pauta o problema crucial do tratamento das mulheres pelo direito. Se o governo deseja realmente cumprir suas promessas de liberdade, não deve se preocupar tanto com a punição de uns poucos Denunciantes, que, afinal de contas, serão bodes expiatórios.
O Professor Satene afirma que a professora Sting apresentou um violento requisitório contra o sexo masculino. Segundo ele, após a restauração da democracia naquele país, um tribunal enfrentou o caso da esposa denunciante. Uma mulher que tinha um relacionamento extraconjugal e decidiu se livrar do marido denunciando-o por ter criticado, em conversas particulares, o governo Hitler. O marido foi condenado à morte e após indulto parcial foi mandado para a guerra. Segundo Satene a mulher utilizou-se do direito para se livrar do marido, ou seja, fez exatamente aquilo que a professora Sting considera como típico dos homens.
O tribunal alemão que julgou o caso após a guerra do regime nazista decidiu que os juízes que condenaram o marido a pena de morte não mereciam punição, por terem simplesmente aplicado o direito em vigor. Ao contrário, a esposa deveria ser condenada por ter causado a detenção ilegal de seu cônjuge. O tribunal considerou que essa denunciação contrariava a lei moral e o sentimento de justiça de qualquer ser humano decente.
Concorda plenamente com essa última posição e pensa que não interessa se o autor da denuncia é homem ou mulher, idoso ou jovem, branco ou negro. Interessa saber se seu comportamento constitui uma violação do direito, afirma que o direito deve ser definido como resultado de sucessivas interpretações dos princípios que fundamentam a vida social e são aceitos pela comunidade.
Neste caso, deve ser imposta aos denunciantes invejosos uma punição proporcional ao mal que causaram. Essa solução satisfaz as nossas exigências éticas e o bom senso e apresenta coerência com a condenação de Denunciantes Invejosos no passado. Fundamento legal das condenações deve ser o código penal que pune como crimes o homicídio, a privação da liberdade e os demais danos sofridos pelas vítimas das denunciações, acredita que o juiz que condena pessoas com base em leis corruptas e injustas merece ser castigado tal como o próprio denunciante nos dois casos aplica-se o mesmo raciocínio.
 Ambos atuam de forma dolosa, lesaram da dignidade humana e violaram a obrigação política e moral de não colaborar com regimes ditatórios.
A profa. Bernadotti afirma que os colegas Goldenage e Satene repetiram aquilo que desde décadas sustentam em outras publicações e brilhantes conferências. Peço vênia para expressar minha plena discordância. Diz que os camisas-púrpuras criaram e aplicaram um direito que correspondia aos seus interesses. Isso pode ser desagradável para nós. Mas o direito deles não era nem mais nem menos direito do que o atual.
Na opinião da profa. Bernadotti, deve punir os responsáveis do regime anterior , os juízes e os cidadãos que colaboraram com este? A decisão depende da assembleia nacional, detentora do poder constituinte originário. Penso que a punição é oportuna por dois motivos. Primeiro, porque permitirá marcar ainda mais claramente a ruptura com o passado. Segundo, porque é uma medida adequada para pacificar a sociedade, tão revoltada pelos crimes e abusos cometidos durante a ditadura. Isso deve acontecer por meio de um ato constituinte que estabelecerá as medidas cabíveis.
Em primeiro lugar, devem ser previstas sanções para todos os colaboradores do antigo regime, os policiais, juízes e demais funcionários que colaboraram com o regime permitido que suas nefastas ordens fossem executadas estarão sujeitos às penalidades. Punir somente os denunciantes invejosos é uma hipocrisia, já que a responsabilidade deles é muito menor do que a dos funcionários públicos que se tornaram obedientes instrumentos da ditadura.
Finaliza dizendo que os denunciantes invejosos não cometeram ilegalidades. Demonstram falta de civismo colaborando com um regime antidemocrático. Por tal motivo, a sanção adequada deve ser de natureza claramente política. Suspendem os direitos políticos dos denunciantes e de todos os colaboradores dos camisas-púrpuras por um período que dependerá da gravidade dos fatos cometidos. Essa sanção deverá receber a mais ampla publicidade, demonstrando a todos que os inimigos da democracia são indignos de serem cidadãos.
Desenvolvimento
A Introdução do texto da Obra sintetiza ao leitor a oportuna participação no caso dos denunciantes Invejosos, com a eleição do cargo de Ministro da Justiça de um País assim anunciado expressamente como uma alusão ao cargo gerenciado e informando os problemas que chegaria anunciar as descrições dos problemas que seria enfrentado logo ao inicio do mandato, solicitando apresentação do contexto do qual surgiu esse problema.
O país imaginário apresentado no texto relativiza as várias fases do desenvolvimento em sentido crescente do aumento de autoridade e da concentração do poder nas mãos de líderes que tinham poder limitado pelas cortes e por outros órgãos.
Mesmo assim, há quem afirme que a sua “origem” acarretou o surgimento de problemas, este regime político teve um percurso firme e pacífico, obrigado a prestar um juramento pelo qual se comprometia a respeitar a população, as leis e os privilégios e costumes do Povo, isto é, comprometia-se a aceitar a lei moral e religiosa, bem como as tradições. Esta situação se manteve até o surgimento dos problemas da profunda crise econômica e por graves conflitos entre grupos que seguiam diferentes linhas econômicas, políticas e religiosas.
O chefe de um partido político ou associado que se denominava os Camisas-Púrpuras ficou conhecido como “ O salvador da Pátria”.
Diante de uma disputa eleitoral marcada por conflitos e irregularidades, foi garantida tal candidatura à presidência da republica ao chefe dos Camisas-Purpuras, e o partido contrario obteve mais êxitos da maioria das vagas na Assembleia Nacional. O sucesso eleitoral foi esplandeceste por conta das promessas feitas à população, essas que foraminsensatas e falsificações engenhosas e com a intimidação física causada por patrulhas noturnas dos Camisas-Purpuras, Motivo pelo qual muitos adversários do partido não tiveram coragem de votar por conta das ameaças que era feitas constantemente durante as eleições.
Os Camisas-Purpuras quando chegaram ao poder não se aterá a modificar nada da constituição anterior ou pelo menos ter providenciado no sentido de revogarem a Constituição do País ou de reformarem a mesma. No entanto não sendo feita as modificações deixaram intactos o Código Civil, o Código Penal e os Códigos Processuais. Tão pouco foram exilados os funcionários de cargos públicos ou os Juízes de seus cargos. Os votos eram contados aparentemente de forma honesta e o país sendo lastimado em clima de terror pelo grupo dos Camisas-Purpuras.
Foram dadas as interpretações ao Código Penal e fizeram com que os adversários políticos fossem afastados de seus cargos, sendo estabelecidos os regulamentos secretos conhecidos somente pelos altos escalões da hierarquia partidária. Foram editadas algumas leis que criminalizavam retroativamente determinados comportamentos plenamente legais. Juízes que retroagirem as normas que contrariavam os desejos estabelecidos pelo governo era agredido e assassinados sem legitima defesa legal que é dado ao direito à liberdade na constituição.
O governo não respeitava as obrigações exigidas pela constituição, pelas Leis mais antigas ou mesmo por suas próprias Leis. Todos os Partidos foram desconectados e milhares de opositores políticos foram assassinados, seja nas prisões ou seja nas ondas de repressão noturna. Sendo concedida uma declaração de impunidade da anistia geral a favor de todos os acusados que exerceram atos cometidos pelos atos para com a defesa da pátria e contra a subversão das Leis. Esse esquecimento dos altos permitiu a libertação de todos os presos que eram membros do Partido dos Camisas-Púrpuras. Dentre os beneficiários desse esquecimento não estava ninguém que fosse considerado membro desse partido.
O partido adotou uma política flexível das ações que praticavam contra a sociedade, exercendo políticas públicas no meio da rua com campanhas de alguns partidos, outras vezes exerciam essa divulgação por meio de aparelhos estatais que eles mesmos controlavam. As escolhas dos métodos de atuação era questão de pura convivência, por outro lado o restrito grupo da diretoria do partido que decidiram aniquilar os ex-socialistas republicanos, membros do partido que fez uma última e desesperada tentativa de resistência contra o novo regime que oprimia métodos de confiscação das propriedades dos membros desse partido.
A facção realizada pelos Camisas-Purpuras pareciam querer influenciar na concepção das pré-revoluções que queriam confiscar alguns regulamentos que o declarasse os bens do partido confiscados por terem cometido ações criminosas contra vários membros de partidos opositores. Alguns outros membros queriam alcançar o mesmo objetivo, obrigando os proprietários a entregarem seus bens sob ameaça de armas. Essa ação criticou a solução do regulamento, dizendo que se tornariam desfavoráveis ao partido. A ação de obter os títulos de propriedades na garantia de violência física foi uma optidão dada pelo chefe do estado na garantia de resolução a uma ação direta do partido, acompanhada por um regulamento secreto que se regulamentava sua legalidade no ato dos títulos.
Os Camisas-Purpuras sendo derrotados, foi restabelecido novamente um governo democrático e constitucional. O regime deixou problemas peculiares do antigo regime adotado, caindo para o novo governo realizar as novas mudanças de correção da constituição que fora deixada de lado durante o regime dos Camisas-Purpuras.
Durante o antigo regime fizeram com que pessoas movidas pela inveja, denunciariam seus próprios inimigos pessoais ao partido ou as autoridades governamentais, entre as atividades que foram objeto de denuncias, estavam criticas ao governo em discussão particular, a escuta de rádios estrangeiras, romances com notórios vândalos ou relacionamento e bardeneiros, a omissão de informar a perda de documentos no prazo de cinco dias, entre outras coisas que colocariam aos inimigos dos invejosos a beira do abismo. Dada a situação a quaisquer eventuais atitudes colocadas acima era motivo de infração, sendo comprovada, poderia levar os indivíduos a pena de morte. 
Após a Derrota o novo governo exigiu a punição dos Denunciantes Invejosos, mas como o acontecimento já havia sido acontecido antes mesmo da antecedência da Lei, não foi possível realizar as condenações as possíveis pessoas, deixando os documentos que comprovavam os denunciantes temporariamente postergados até surgir uma nova atitude para determinar o período que a Lei ficou desativa sendo transferida e impossibilitada de receber a função anterior.
As intensidades e a amplitude da violência dos confrontos firmava uma marca de destruição. No balanço final dava para fazer uma reflexão sobre tais questões, os interesses individuais de cada líder que enfrentaria à nação que seria de interesse de alguns de seus grupos sociais e políticos, a violência seria uma decorrência das inimizades autenticas que seria forjada como tais, entre povos que se enfrentaram, inimigos e alguns resultados desse conflito sobraria para os inocentes que não obtiveram êxito com o conflito.
As expectativas em torno da criação de um novo pacto social, no qual fosse incluídos grupos até então marginalizados politicamente, ficando claro que os mais humildes deveriam contestar-se com sua situação e que as tentativas de alteração da ordem ou das expressões de desagrado seriam reprimidas. Além de tratarem do trabalho dado a reivindicação operaria com a Tonica do nosso regime está fundado na inclusão ou na exclusão social.
As concepções segundo a opinião dos 5 Deputados:
- Primeiro Deputado: 
O fato de dar sentença de condenação aos invejosos, não é certo para este deputado, pois as denuncias que versavam sobre o que era realmente ilícito, isto é, contrárias às regras estabelecidas pelo governo que, nessa época, exercia o poder do estado e que estas Leis estavam vigentes no país. Não cabendo à justiça permitir que as pessoas realizassem a justiça com as próprias mãos.
- Segundo Deputado:
Apesar de não considerar o regime dos Camisas-Purpuras, ele defende a mesma opinião do Primeiro Deputado, se julgado as pessoas que denunciaram invejosamente sendo tais atos como criminosos, ficaram em nosso pensamento tudo o que aconteceu e talvez possam prejudicar pessoas inocentes, Ele acha que devemos esquecer o que aconteceu e Não permitir que isso aconteça novamente.
-Terceiro Deputado:
Esse deputado tem uma visão diferente dos outros, afirma que os Camisas-Purpuras estavam dentro da lei, e coloca uma posição opinativa diferente dos outros, ele acha que deve ser punidos os denunciantes invejosos, acredita nos contratempos e na ideologia dos Camisas-Purpuras, criados a partir da declaração fundamento Legal do privado e as ações do Caos intolerável.
- Quarto Deputado:
Na opinião desse deputado, ele escolhe a proposta de revogar a lei, antes que alguém possa usa lá para outros meios e proceder a um resultado que seria caótico. Abuso contra o regime, desafiar um caminho que possa lidar com esses problemas e devíamos atuar contra isso usando em conformidade com as normas jurídicas devidamente editadas e estabelecidas penalidades especificas para apropriadas infrações cometidas pelos denunciantes invejosos e não trata-los como assassinos, pelo único motivo que a vitima foi executado após uma condenação criminal.
- Quinto Deputado:
Avaliação realizada pelo ultimo deputado, é possível verificar atos ilícitos do antigo regime dos Camisas-Purpuras, e afirma que as Leis admitidas durante o regime é de grande perigo e levaria a insegurança ao caos que se estalava no regime anterior, evidentemente desproporcionais segundo sua opinião. Ele relembra dos momentos que grupos clandestinos eramcriados para resistir as agressões contínuas por parte dos denunciantes, pelo intuito vingativo das pessoas.
CONCLUSÃO
Os denunciantes faziam uso da denúncia e usavam os tribunais para realizar suas próprias intenções criminosas, na certeza que qualquer ordem política dos Camisas-Púrpuras era aceita pelos Tribunais. Portanto, estes atos são passíveis de punição. Devem ser condenados os membros do partido, o governo da época, bem como qualquer outro que tenha tirado proveito da situação.
Vidas foram findadas, famílias foram destruídas, pessoas perderam partes do corpo e entes queridos. Nesse caso, é permissível que a lei retroaja, para que esses meliantes paguem por seus crimes, e possa-se fazer justiça.
O Direito deve ser aplicado, da mesma forma que fora aplicado durante o regime dos camisas-Púrpuras. Neste caso, deve-se criar uma lei retroativa, ou mesmo recorrer a ultatividade da lei, para que se alcance o objetivo de punir os culpados.
No ponto de vista legal, moral e ético, é repugnante denunciar alguém por inveja ou despeito. Podemos afirmar com vigor que essa atitude parte de uma mente criminosa.
Quando os denunciantes faziam suas denúncias, pessoas eram condenadas a morte. Eram aplicadas condenações mediante regulamentos de emergência, sem que houvesse qualquer investigação do fato, sem que houvesse o devido processo legal. O denunciado não tinha sequer o direito de se defender daquelas acusações.
Nesse caso, os autores e cúmplices desse atentado ao direito, devem ser punidos em qualquer época.
O Direito deve ser aplicado de forma justa e legal, respeitando o indivíduo como detentor de direitos. Portanto, se não há justiça, não pode haver lei. 
Houve uma subversão da ordem política e social, cometida pelos denunciantes, juntamente com as autoridades que deram segmento a tais denúncias.
            O Direito é a norma que conduz a sociedade a uma convivência ideal. Impede e gerencia o conflito presente em qualquer época da história. Os Camisas-Púrpura criaram uma nova ordem jurídica, porém sem registrá-la e aprová-la oficialmente. Legislaram sem obedecer a base do ordenamento jurídico do direito, ciência que busca aproximar justiça e moral. Exerceram essa nova ordem na pratica de atos injustos e desumanos. Aproveitaram-se da fraqueza e da falta de coragem da população que através dos Denunciantes Invejosos, proporcionou ao governo impor e praticar esses atos antidemocráticos.
        
  Tanto os Denunciantes Invejosos e Camisas-Purpuras, caso tenham praticado denúncias que se tornaram sentenças e tiraram a vida de pessoas, devem ser julgados obedecendo aos critérios do contraditório e da ampla defesa, mesmo que essa denuncia e sentenças, obedecessem às normas impostas por esse regime. 
Ainda assim, acredito e sou a favor de que os Denunciantes Invejosos e os Camisas-Púrpuras, sejam julgados obedecendo a ordem jurídica daquele momento, e, caso comprovado o abuso de poder e que essas denúncias de alguma forma tenham compensado os denunciantes, sejam ambos punidos.
            E concluindo, salientamos mais uma vez que o Direito é a busca incessante pela moral e justiça . E a dificuldade em conciliar esses valores é quase utópica, pois, o ser humano através de sua história, busca várias formas para alcançar esse objetivo. E o que se comprova é que o Direito em diversas épocas da história, conforme o pensamento do poder constituído termina por  se distanciar da justiça e da moral.
Pelo fato de terem participado diretamente dos crimes de assassinato, os mandantes e executores devem sofrer algum tipo de pena, proporcional é claro, para que não saíssem impunes após tantas atrocidades por eles cometidas.
Portanto, peço a condenação dos réus, punindo-os com sançoes proporcionais ao mal que causaram.
BIBLIOGRAFIA
DIMOULIS, Dimitri. Caso do Denunciantes Invejos. 4ª Ed. Revista dos Tribunais. São Paulo, 2007.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Saraiva. São Paulo, 2000.
PERILLO, Emmanoel Augusto. Curso de introdução ao direito. 2ed. Revista dos Tribunais. São Paulo, 1968.
REALE, Miguel. Fundamento do Direito. 2ª Ed. Revista dos Tribunais. São Paulo, 1997.

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