Buscar

Análise de narrador-personagem em Dom Casmurro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

CEL0239_EX_A9_201602469407
	   » de 50 min.
	
 
Lupa
 
�
	Aluno: TATIANE SAKAMOTO RIBEIRO
	Matrícula: 201602469407
	Disciplina: CEL0239 - OFICINA LITERÁRIA 
	Período Acad.: 2016.1 EAD (G) / EX
�
	
Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha (3).
Após a finalização do exercício, você terá acesso ao gabarito. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	
	1.
	 (...)
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. 
(...)
http://fragmentosliterariospauloavila.blogspot.com.br/2011/11/fragmentos-da-obra-prima-de-machado-de.html
O texto apresentado é um fragmento do romance Dom. Casmurro, de Machado de Assis. Sabemos que, para fazer a leitura de um romance, devemos estar atentos ao papel assumido pelo narrador. Sendo assim, como podemos analisar o fragmento destacado?
	
	
	
	
	 
	   Como narrador-personagem, reconstrói, interiormente na idade madura, o homem que existiu na adolescência.
	
	 
	  Trata-se de uma narrativa de memória. O narrador tenta, na velhice, recuperar fatos da juventude, mas isto é impossível porque o tempo desgasta fatos vividos e transforma o homem.
	
	
	    Trata-se de uma narrativa de memória. Na condição de Dom. Casmurro, o narrador-personagem consegue compreender, com mais facilidade, quem ele foi na juventude.
	
	
	    Trata-se de uma narrativa de memória. O narrador-personagem relembra, com facilidade, os fatos da juventude.
	
	
	    Como se trata de um narrador-personagem, ele sabe todos os fatos. Dessa forma, recupera com facilidade os fatos da juventude.
	 Gabarito Comentado
	
	
	2.
	Em "Memórias póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis se vale de procedimentos metaficcionais, como as muitas referências ao ato de escrever, à figura do escritor e de interpelações ao leitor. É um romance que chama a atenção para o seu próprio processo de construção. Em qual dos trechos é possível encontramos um procedimento metaficcional?
	
	
	
	
	
	Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. (Capítulo LXXXV/ O cimo da montanha)
	
	
	Não podia acabar de crer nos meus olhos. Esfreguei-os uma e duas vezes, e reli a declaração inoportuna, insólita e enigmática. (Capítulo CXLVIII/ O problema insolúvel)
	
	 
	Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte de Eugênia, e talvez... sim, talvez lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu cínico, alma sensível? (Capítulo XXXIV/ A uma alma sensível)
	
	
	Não era esta certamente a Marcela de 1822; mas a beleza de outro tempo valia uma terça parte dos meus sacrifícios? Era o que eu buscava saber, interrogando o rosto de Marcela. (Capítulo XXXVIII/ A quarta edição)
	
	
	Virgília afastou-se e foi sentar-se no sofá. Eu fiquei algum tempo a olhar para os meus próprios pés. Devia sair ou ficar? (Capítulo XLI/ A alucinação)
	 Gabarito Comentado
	
	
	3.
	CAPÍTULO PRIMEIRO / ÓBITO DO AUTOR
 
"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco." http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?action=download&id=28178
 
  O texto apresentado é um fragmento do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa de memória que apresenta um defunto-autor. O que isto significa?
	
	
	
	
	 
	   O autor rompe com a verossimilhança ao inverter a ordem da narração.
	
	
	   O autor rompe com a verossimilhança ao comparar Brás Cubas com Moisés.
	
	
	   O autor não rompe com a verossimilhança em nenhum momento.
	
	 
	   O autor rompe com a verossimilhança ao dar poder de fala a um narrador-personagem já morto.
	
	
	   O autor rompe com a verossimilhança porque apresenta uma distância temporal entre o tempo de narração e a narrativa.
 
	
	
	
	4.
	Leia o texto a seguir:
 
A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus.
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia  peneirava uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova:  "Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que tem honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado." e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei. E foi assim que cheguei à cláusula dos meus dias; 
http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/brascubas.htm
A compreensão de um romance requer a observação do papel assumido pelo narrador. Como podemos definir a posição do narrador a partir dos fragmentos apresentados do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas? 
	
	
	
	
	 
	O narrador-personagem lamenta sua própria morte.
	
	
	O narrador-observador se comove com o discurso sincero do amigo.
	
	
	O narrador-personagem revela preocupação com a opinião dos leitores.
	
	
	O narrador-observador tem a oportunidade de constatar a fidelidade dos amigos.
	
	 
	O narrador-personagem adquire liberdade ao narrar do mundo dos mortos.
	 Gabarito Comentado
	 Gabarito Comentado
	
	
	5.
	"Memórias póstumas de Brás Cubas", além de ser a obra inaugural do Realismo no Brasil, é uma narrativa surpreendente a partir da sua própria estrutura. Leia as afirmações que seguem e assinale a alternativa verdadeira.
I - Machado de Assis, tanto na seção "Ao leitor" quanto na célebre "Dedicatória": "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas", inovou ao expandir a ficção para espaços que, convencionalmente, não são ficcionais.
II - o conjunto dos acontecimentos narrados é tramado em ordem cronológica por um narrador que não participa dos fatos narrados. Está ali só para contá-los: "Virgília fez aquilo um brinco; designouas alfaias mais idôneas, e dispô-las com a intuição estética da mulher elegante [...]" (Capítulo LXX/ Dona Plácida)
III - a técnica dos capítulos curtos, ao todo 160, imprime um ritmo dinâmico e descontínuo à narrativa, além de pontuar as constantes digressões do narrador. Já os títulos, que cada capítulo recebe, revelam frequentemente o humor e a ironia do narrador, presentes, por exemplo, em: Capítulo XXXV/ No caminho de damasco, Capítulo XLII/ Que escapou a Aristóteles e Capítulo LV/ O velho diálogo de Adão e Eva.
	
	
	
	
	 
	Apenas I está correta.
	
	
	Todas estão corretas.
	
	 
	Apenas I e III estão corretas.
	
	
	Apenas II e III estão corretas.
	
	
	Apenas I e II estão corretas.
	
	
	
	6.
	Sobre o narrador e a narração em "Memórias póstumas de Brás Cubas", todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
	
	
	
	
	 
	É através dos seus olhos e de seus sentimentos que são apresentados os elementos constitutivos da narrativa: os fatos, as outras personagens, os temas e os motivos, as categorias de tempo e espaço. [...] a personagem central faz uma sondagem na profundidade de sua consciência, misturando sensações presentes com lembranças do passado. (D'ONOFRIO, S. Teoria do texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1999, p. 62)
	
	
	Rememorando por ondas e por associacionismo múltiplo e dinâmico, o narrador se afasta insensivelmente do fio das coisas que pretende relatar e deriva para acontecimentos colaterais, ligados ou não às reminiscências centrais. (MOISÉS, M. A criação literária - prosa. 13a. ed. São Paulo: Cultrix, 1997, p. 127)
	
	
	[...] o eu que narra se identifica com o eu da personagem principal que vive os fatos. Trata-se de um ator que acumula o papel de sujeito da enunciação e de sujeito do enunciado. Ele nos conta uma história por ele vivida, a história de uma parcela da sua existência. (D'ONOFRIO, S. Teoria do texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1999, p. 62)
	
	 
	[...] a história parece contar-se por si própria, prescindindo da figura do narrador. [...] A narração de acontecimentos e a descrição procedem de um modo neutro, impessoal, sem que o narrador tome partido ou defenda algum ponto de vista. (D'ONOFRIO, S. Teoria do texto 1 - Prolegômenos e teoria da narrativa. 2a. ed. São Paulo: Ática, 1999, p. 60)
	
	
	Uma das técnicas mais conhecidas, utilizadas nas narrativas a serviço do tempo psicológico, é o flashback, que consiste em voltar no tempo. Neste romance de Machado de Assis, por exemplo, o presente para o narrador é sua condição de morto, a partir da qual ele volta ao passado próximo (como morreu) e ao passado mais remoto, sua infância e juventude, usando portanto o flashback. (GANCHO, C. V. Como analisar narrativas. 7a. ed. São Paulo: Ática, p. 22)
	
_1523625633.unknown
_1523625637.unknown
_1523625639.unknown
_1523625640.unknown
_1523625638.unknown
_1523625635.unknown
_1523625636.unknown
_1523625634.unknown
_1523625625.unknown
_1523625629.unknown
_1523625631.unknown
_1523625632.unknown
_1523625630.unknown
_1523625627.unknown
_1523625628.unknown
_1523625626.unknown
_1523625621.unknown
_1523625623.unknown
_1523625624.unknown
_1523625622.unknown
_1523625617.unknown
_1523625619.unknown
_1523625620.unknown
_1523625618.unknown
_1523625615.unknown
_1523625616.unknown
_1523625613.unknown
_1523625614.unknown
_1523625611.unknown
_1523625612.unknown
_1523625610.unknown

Outros materiais