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* * * * * * MODERNIDADE E PÓS-MODERNIDADE * * modernidade Origens da modernidade séculos XV e XVI redimensionamento das noções de tempo e espaço Grandes Navegações Mudança profunda do aparato mental. Europa mudanças – intelectuais, sociais e políticas * * século XVII e XVIII reconhecimento da subjetividade utilização em larga escala da racionalidade iluminista para situar o homem diante do mundo. * * A modernidade fundou-se numa matriz utópica apontava um futuro de um progresso ilimitado, capaz de acabar com a miséria e com a ignorância a partir do uso do binômio ciência-técnica * * periodização da modernidade primeira fase entre os sécs. XVI e XVIII segunda fase terceira fase séc. XX a modernidade e a modernização se mundializam progresso técnico alcança dimensões inusitadas a partir de 1790 Revolução Francesa Revolução Industrial * * sujeito do Iluminismo concepção individualista do sujeito e de sua identidade. baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado unificado dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação O centro essencial do eu era a identidade de uma pessoa * * PÓS - MODERNINDADE * * “Pós-Tudo”, de Augusto de Campos * * * * * * FRUTO da globalização e seu impacto sobre a identidade cultural PÓS - MODERNINDADE processo sem-fim de rupturas e fragmentações As sociedades tardias são atravessadas por diferentes divisões e antagonismos sociais que produzem uma variedade de diferentes posições de sujeito Período sem regras e normas; pessoas perdidas e sem referenciais, deprimidas em razão de um suposto desamparo vertical Lyotard: ―rompimento com as antigas verdades absolutas (marxismo e liberalismo) típicos da modernidade * * Habermas: pós-modernidade está relacionada a tendências políticas e culturais neoconservadoras discurso da “síndrome do fim” : das utopias e das ideologias (visão neoconservadora) origens: a partir do pós-guerra (1945) questiona-se: objetividade da verdade, da história e de normas, desencadeando processos de descentralização e ruptura. mudança tecnológica avançada (3ª. Revolução Industrial, envolvendo telecomunicações e o poder da informática, surgimento de movimentos sociais, competição entre os sexos) * * Não há mais qualquer possibilidade de projetos coletivos totalizantes emancipatórios Descentramento, desagregação e rupturas com a modernidade Globalização, Neoliberalismo e Toyotismo * * Características da pós-modernidade “Vale tudo” e a flexibilização da ética (“os fins justificam os meios”) imagem fragmentária e saturada flexibilidade no mundo do trabalho e do sujeito fragmentação cultural, da realidade e do sujeito * * * * “Consumo: logo existo” “O consumo é um discurso, a última ‘explicação total’ que sobrou à humanidade. Com o fim das filosofias, das utopias, das esperanças racionais na ciência e no progresso, aparece um ‘macrodiscurso’ único, universal, poliglota, que engloba todos os desejos, as aspirações, as expectativas, as esperanças.” Diz ainda que “o consumo é a síntese, a ligação lógica: a absoluta desimportância do ser humano, transformada em consolo individual e subjetivo através do acesso infinito aos bens de consumo”. E conclui: “o homem que não se realizou como ser histórico e trilhador de seu próprio futuro recupera sua suposta autonomia nos jogos narcísicos e individualistas que lhe são ofertados pelo sistema.” * * Publicidade oferece aos nossos desejos um universo que insinua que a juventude, a saúde, a virilidade e feminilidade dependem daquilo que compramos * * * * Consumir dá o parâmetro da inserção, da valorização * * falsa ideia de liberdade: consumo determinado pela ideologia publicitária * * AO SHOPPING CENTER Pelos teus círculos vagamos sem rumo nós almas penadas do mundo do consumo. De elevador ao céu pela escada ao inferno: os extremos se tocam no castigo eterno. Cada loja é um novo prego em nossa cruz. Por mais que compremos estamos sempre nus nós que por teus círculos vagamos sem perdão à espera (até quando?) da Grande Liquidação. José Paulo Paes * * SHOPPING CENTER: “LSD” da classe média. * * passeio socrático: “estou apenas observando para ver quanta coisa existe, que eu não preciso para ser feliz.” * * Há muita liberdade no plano superficial, no plano da festa perda de sentido da existência (solidão) e o desamparo aumenta - dificuldade de intimidade por falta de auto conhecimento subjetivo auto-realização individual Indústria cultural e papel da mídia: sujeitos sem consciência autônoma e consumidores passivos; entretenimento; * * Mídia turbilhão midiático pretensamente informativo abordagem acrítica da sociedade de mercado Opacidade é decorrente do excesso de imagens e informações americanização de hábitos e consumos – ―american way of life” busca fútil do homem: desejos imediatos, felicidade intimista e materialista interesse pela vida privada (reality show - Big Brother) * * sociedade do espetáculo e efemeridade crise de representação nas artes e nas linguagens “Barbárie cultural” (no cinema, na música) programas apelativos de entretenimento e sensacionalistas destruição dos referenciais que norteavam o pensamento - esoterismo e auto-ajuda (Paulo Coelho, o fenômeno editorial Surfistinha e cia); espiritualismo de efeito imediato escapismos na literatura * * escravidão do sucesso obsessão absurda para atingir a eficácia consagração do hedonismo ficar” é a maneira narcísica de buscar o prazer, prazer‘ como estilo de vida o outro é coisificado * * cultura do individualismo competitivo indivíduo é levado pelo desejo desenfreado da felicidade o presente é um instante fugaz o gosto pelo efêmero e a perda de referência temporal ao passado e ao futuro * * necessidade do espelho, isto é, das imagens O indivíduo depende do espelho dos outros para validar sua precária ou existente auto-estima A imagem midiática, espelho que reflete uma imagem que deve ser desejada ou desejável, é, por sua irrealidade inalcançável. * * culto ao corpo fortalecimento da imagem corporal investimentos que o transformam moda, estética, cirurgias, adereços, tatuagens desejado, sexy, bonito, jovial e produtivo * * Autoexame corporal e psíquico incessante com a finalidade de detectar imperfeições, incorreções e faltas por comparação com a imagem hiper-real ou virtual. * * Síndrome da juventude eterna Morremos todos esbeltamente jovens, descuidados de malhar o espírito.‖ * * Crise de identidade do homem pós-moderno * * * * O homem é um ser racional e pensante que tem capacidade de conhecer e compreender a si mesmo Lacan: angústia é a sensação de falta – existe um “objeto perdido” Angústia faz parte do existir humano “Aprender a conviver com a falta”, pois a angústia é infinita; ser humano não é curável no seu desejo de completude * * Os humanos são seres desejantes: “O desejo é sempre o desejo de um outro desejo” O desejo jamais é satisfeito porque tem origem e sustentação da falta essencial que habita o ser humano, daquilo que jamais será preenchido e, por isso mesmo, o fazer sofrer, mas também o impulsiona para buscar realização – ou satisfação pessoal – no mundo objetivo ou na sua própria subjetividade (sonhos, artes, projetos utópicos etc) * * Podemos ter ‘tudo’ e ao mesmo tempo sentir vazio existencial. Podemos sentir prazer e ao mesmo colher desprazer em nossos atos demasiadamente humanos Freud – a “angústia é eterna” e eu nunca vou saber encontrar esse ‘objeto perdido’. Então, eu preencho a minha vida com Deus, para ficar feliz e forte. Sempre vai existir um mal-estar nas civilizações * * * * A Psicanálise não ensina o sentido da vida, mas ao questionar sua história e suas escolhas, permite ao sujeito encontrar um sentido para sua vida, do que possa ser as felicidades possíveis, sendo ele o autor de sua própria história. * * Concepção crítica em relação à pós-modernidade: análise da produção social e histórica das diferenças renascer das cinzas É próprio do ser humano não se contentar com a realidade em que vive. Há impulsos que nos levam para além da finitude humana. Sonhamos com o impossível e com a infinitude Possibilidade de reconstrução coletiva a partir da HUMANIZAÇÃO DO INDIVÍDUO, não do narcisismo moderno. A questão das representações sociais e as novas formas de ONG‘s. O que fazer diante da crise? Crise: origem etimológica - do sânscrito ―kri: limpar e depurar * * O sujeito tem que ter CONSCIÊNCIA de sua AUTONOMIA e deseje algo O DESEJO surge a partir da consciência de que falta alguma coisa e que jamais será preenchido desloca –se para a construção de um futuro Resgatar os valores éticos * * produção do pensamento crítico é um importante dispositivo contra o conformismo, o sentimento fatalista de que está “tudo dominado” * * é preciso ter uma visão de totalidade – “sistêmica” - omnilateral e holonômica * * * * termos a coragem de rever e construir um caminho novo – racional e emocional; a capacidade de reinventar é inerente ao ser humano * * é um ser nunca pronto, é um projeto ilimitado, inacabado, transcendente, criativo, que se rebela, protesta, um ser de abertura, aberto ao outro, ao mundo * * Nada é definitivo (temos que ter esperança) – não estamos encurralados a um arranjo existencial – podemos rompê-lo e enriquecê-lo ou ―o futuro é a escuridão‖ (auto-destruição e barbárie)
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