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Aula 4 Imunologia

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Nesta aula, vamos tratar da ativação de linfócitos. Nela, você vai entender o processamento de antígenos pelas células apresentadoras de antígenos (APC); a importância e as diferenças entre as moléculas de histocompatibilidade principal (MHC); os receptores de células T (TCR); a seleção, ativação e expansão clonal de linfócitos T e B.
Introdução
Os linfócitos são de extrema importância nas respostas imunológicas. Um indivíduo adulto saudável possui, em média, 5 x 1011 linfócitos, sendo 2% presente no sangue, 10% na medula óssea, 15% nos tecidos linfoides associados (BALT, GALT e MALT) e 65% no baço e linfonodos.
Todos os linfócitos passam por estágios de maturação, onde passam a expressar antígenos diferenciais e adquirir funções específicas. Os linfócitos B maturam na medula óssea, enquanto os linfócitos T maturam no timo.
Após a maturação, os linfócitos passam a ser chamados de linfócitos virgens (naive) e, de acordo com os marcadores proteicos de superfície presentes e a função que desempenham, são classificados em subtipos. Uma vez maduros, estão aptos a serem ativados e executarem uma função imunológica.
O que são antígenos?
Antígenos são moléculas estranhas ao organismo, que possuem a capacidade de ligação a receptores de antígenos, estimulando ou não respostas imunológicas. Caso esse antígeno estimule uma resposta imunológica, é denominado imunógeno.
Cada linfócito T ou B possui uma única especificidade, isto é, reconhecer um único antígeno.
O local de reconhecimento do linfócito ao seu antígeno específico é denominado receptor.
Deleção clonal
Após a maturação dos linfócitos T e B, vários destes seriam capazes de reconhecer antígenos próprios (self) e, assim, desencadear uma resposta imunológica voltada contra o próprio organismo. Dessa forma, ocorre a deleção clonal, que consiste na eliminação dos linfócitos que, potencialmente, reconheceriam antígenos próprios. Então, somente aqueles linfócitos capazes de reconhecer antígenos estranhos (no self) se tornam disponíveis como linfócitos virgens, para posterior ativação.
Receptores de linfócitos B e T
Cada linfócito possui um receptor específico a um número restrito de antígenos.
Moléculas de histocompatibilidade principal (MHC)
A célula T somente interage com antígeno presente em molécula MHC. Esta é produzida no retículo endoplasmático (RE) e consiste em uma fenda ou sulco onde ocorre ligação ao um antígeno extracelular.
Existem duas classes diferentes em composição e função, chamadas de MHC de classe I (MHC-1) e MHC de classe II (MHC-II).
Moléculas de histocompatibilidade principal (MHC)
Veja as diferenças entre MHC de classe I (MHC-1) e MHC de classe II (MHC-II):
Em humanos, as moléculas de histocompatibilidade principal são denominadas antígenos leucocitários humanos (HLA = Human leukocyte antigen).
As moléculas HLA são constituídas por duas classes principais: HLA de classe I (HLA-A, HLA-B e HLA-C) e HLA de classe II (HLA-DR, HLA-DQ e HLA-DP).
Essas classes variam de acordo com a herança genética, com a informação presente no braço curto do cromossomo 6 e apresentam imensa quantidade de tipos diferentes na população.
O estudo de compatibilidade é de extrema importância para transplantes, como o renal e de medula óssea, prognóstico de doenças e em hemoterapia.
Apresentação de antígenos
A apresentação de antígenos é feita por células que possuem a capacidade de fagocitar, processar e expressar antígenos em moléculas MHC-II na superfície celular. Em geral, este processo ocorre dentro dos órgãos linfoides, como o baço e os linfonodos.
Uma vez ocorrendo a interação entre o complexo MHC-II/antígeno e linfócito TCD4+, a célula deixa de ser um linfócito virgem e passa a ser um linfócito T ativado. Isto significa ter ocorrido uma seleção clonal, pois somente este linfócito (clone) foi capaz de reconhecer tal antígeno.
Após a ativação clonal, os linfócitos, antes designados virgens, tornam-se células Ta0 (Th0) e se apresentam em diferentes subpopulações, de acordo com o padrão de citocinas secretadas pela célula APC com a qual interagiu.
As principais subpopulações são as células Ta1 (Th1), de padrão inflamatório e Ta2 (Th2), de ativação de linfócitos B. Ainda são consideradas as células Ta17 (Th17) e a Treg (célula T regulatória).
Apresentação de antígenos
As citocinas IL12 e IFN-γ são secretadas pelas células APC, de forma a ativar o linfócito TCD4+ (Ta0) a se diferenciar em célula Ta1, enquanto que as citocinas IL2 e IL4 ativarão os linfócitos TCD4+ a se diferenciarem em células Ta2.
Os linfócitos Ta1 secretam citocinas pró-inflamatórias IL-2, IFN-γ e TNF-α que ativam, principalmente, a fagocitose. Os linfócitos Ta2 secretam citocinas IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13 que estão relacionadas à ativação de linfócitos B, produção de anticorpos e aos processos alérgicos.
As citocinas secretadas em Ta1 e Ta2 são antagônicas, não possibilitando os dois padrões de ativações frente a uma mesma resposta imunológica. O INF-γ produzido pela célula Ta1 inibe a Ta2, e a IL-10 produzida pela célula Ta2 inibe a Ta1.
Apresentação de antígenos: Atividade Proposta
Pesquise sobre a importância da histocompatibilidade no transplantes de órgãos.
Você pode acessar os seguintes sites para saber mais sobre o assunto:
http://www.pro-renal.org.br/renal_024.php;
http://www.ameo.org.br/conhecimento/44-a-compatibilidade-hla20;
http://www.transdoreso.org/transplantes.shtml.

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