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Cultura Clássica Aula 03

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Nesta aula, vamos conhecer a maior e mais duradoura das muitas contribuições das culturas 
antigas, grega e romana, a literatura e a arte. Os gregos são os criadores dos modelos literários 
que ainda se desenvolvem no Ocidente: a poesia épica, a lírica e a tragédia. Em prosa e verso 
os gregos possuem o mérito de ter influenciado os rumos das letras ocidentais. 
Nesta aula, surge o nome de Homero, pai das letras gregas e ocidentais, com suas 
famosíssimas obras, a Odisseia e a Ilíada, que chegarão a Roma, inaugurando a arte latina, com 
o mestre Virgílio, em Eneida. Vamos às letras antigas? 
Nesta aula, vamos conhecer as maiores e mais duradouras das muitas contribuições das 
culturas greco-romanas antigas ao mundo moderno: a literatura e a arte. 
A Literatura Grega Antiga: Homero e os Gêneros Literários da Antiguidade 
Os gregos são os criadores dos modelos literários que ainda se desenvolvem no Ocidente: a 
poesia épica e lírica e a tragédia. Em prosa e verso, os gregos possuem o mérito de ter 
influenciado os rumos das letras ocidentais. 
Nesta aula, surge o nome de Homero, pai das letras gregas e ocidentais, com suas 
famosíssimas obras, a Odisseia e a Ilíada, que chegarão a Roma, inaugurando a arte latina, com 
o mestre Virgílio, em Eneida. 
A literatura grega de Homero: Odisseia e a Ilíada 
Introdução 
Segundo Jorge Piqué (2009), para entendermos a importância capital da obra homérica é 
preciso contextualizar as características mais relevantes das sociedades greco-latinas do 
período clássico: 
 
 
 
Enquanto a Ilíada é uma história de guerra, a Odisseia é basicamente uma história de viagens 
fantásticas. Nela, [Homero] relata as aventuras de Odisseu após a Guerra de Troia. Durante 
dez anos o herói tenta retornar a Ítaca, seu reino, onde o aguardam ansiosos o pai Laerte, a 
esposa Penélope e o filho Telêmaco; numerosas aventuras, porém, retardam sua volta. Em 
Ítaca, a esposa (Penélope) e o filho (Telêmaco) são constantemente pressionados por 
pretendentes ao trono e à esposa de Odisseu, tido como desaparecido. 
O poema começa no vigésimo ano de sua partida para Troia (dez anos de guerra, mais dez 
anos de viagens), e as aventuras dos anos anteriores são contadas pelo próprio Odisseu. No 
final, é claro, Odisseu consegue retornar ao lar e à família, matar todos os pretendentes e 
recuperar seu reino. 
 
 
 
Rapsodo (em grego clássico ραψῳδός / rhapsôidós) é o nome dado a um artista popular ou 
cantor que, na antiga Grécia, ia de cidade em cidade recitando poemas (principalmente 
epopeias). 
As características da Poesia Épica Latina 
Virgílio 
Uma epopeia por encomenda 
Bucólicas (poema pastoril) e Geórgicas (poema agrícola) haviam dado fama a Virgílio. Por isso, 
o imperador Augusto encomendou-lhe a composição de um poema épico que cantasse a glória 
e o poder de Roma. Um poema que rivalizasse e, quiçá, superasse Homero, e também que 
cantasse, indiretamente, a grandeza de César Augusto. 
Assim, Virgílio elaborou um trabalho que, além de labor linguístico e conteúdo poético, é 
também propaganda política. 
ENEIDA 
 
Composta por 12 cantos, num total de 9826 versos, a Eneida, a maior obra do poeta Virgílio 
(Publius Virgilius Maro, 70-19 a.C.) é considerada, simultaneamente, uma obra de tom 
mitológico e histórico. 
Mitológico, porque narra a história do herói Eneias, utilizando-se de lendas tradicionais do 
povo romano. 
Histórico, porque utiliza este argumento para exaltar Roma e Augusto, procurando valorizar 
tanto os feitos do imperador quanto os feitos mais remotos do seu povo. 
Desta forma, o poeta conseguiu realizar a tarefa que Augusto lhe incumbira, compondo a 
epopeia latina por excelência, capaz de equiparar-se à Ilíada e à Odisseia, consagradas 
epopeias homéricas. 
Todavia, esta não era a única preocupação da Eneida: Virgílio procurou retratar, também, os 
valores e virtudes que fundamentavam a sociedade latina, fazendo, assim, uma síntese das 
correntes de pensamento em difusão em Roma, e as práticas religiosas que prevaleceram de 
44 a.C. a 14 d. C., época de Augusto, considerada a de maior prosperidade para a religião 
romana. 
A Poesia Trágica Grega 
Será iniciado com uma visão da peça trágica Medeia, na perspectiva de Pier Paolo Pasolini. 
 
A poesia lírica na Grécia antiga 
A poesia lírica 
Introdução: 
A poesia lírica foi a expressão literária mais marcante do Período Arcaico, ligada diretamente 
ao desenvolvimento social da pólis e ao florescimento cultural que acompanhou o processo de 
migração grega para a Ásia Ocidental e para as ilhas do Egeu. 
A qualificação "lírica", usada até hoje, foi criada durante o Período Helenístico; na época 
clássica era correntemente usada a palavra "mélica" (gr. μελικn), que vem de μελος, "canto 
acompanhado de música", de onde se formou a palavra portuguesa melodia. 
Recorria-se também com frequência à palavra "ode" (gr. wιδn), que significa canto. Havia dois 
tipos principais: a lírica monódica, declamada em geral pelo próprio poeta acompanhado pela 
música de um só instrumento (a lira, por exemplo); e a lírica coral, apresentada por um coro, 
com ou sem acompanhamento musical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hybrys = Sentimento que conduz os heróis da tragédia à violação da ordem estabelecida 
através de uma ação ou comportamento que se assume como um desafio aos poderes 
instituídos (leis dos deuses, leis da cidade, leis da família, leis da natureza). 
Pathos = Sofrimento, progressivo, do(s) protagonista(s), imposto pelo Destino (Anankê) e 
executado pelas Parcas (Cloto, que presidia ao nascimento e sustinha o fuso na mão; Láquesis, 
que fiava os dias da vida e os seus acontecimentos; Átropos, a mais velha das três irmãs, que, 
com a sua tesoura fatal, cortava o fio da vida), como consequência da sua ousadia. 
Ágon = Conflito (a alma da tragédia) que decorre da hybris desencadeada pelo(s) 
protagonista(s) e que se manifesta na luta contra os que zelam pela ordem estabelecida. 
Anankê = É o Destino. Preside às Parcas e encontra-se acima dos próprios deuses, aos quais 
não é permitido desobedecer-lhe. 
Peripécia = Segundo Aristóteles, "Peripécia é a mutação dos sucessos no contrário". Assim, 
poderemos considerar um acontecimento imprevisível que altera o normal rumo dos 
acontecimentos da ação dramática, ao contrário do que a situação até então poderia fazer 
esperar. 
Anagnórise = Segundo Aristóteles, "o reconhecimento, como indica o próprio significado da 
palavra, é a passagem do ignorar ao conhecer, que se faz para a amizade ou inimizade das 
personagens que estão destinadas para a dita ou a desdita." Aristóteles acrescenta: "A mais 
bela de todas as formas de reconhecimento é a que se dá juntamente com a peripécia, como, 
por exemplo, no Édipo." O reconhecimento pode ser a constatação de acontecimentos 
acidentais, trágicos, mas, quase sempre, se traduz na identificação de uma nova personagem, 
como acontece com a figura do Romeiro no Frei Luís de Sousa. 
Catástrofe = Desenlace trágico, que deve ser indiciado desde o início, uma vez que resulta do 
conflito entre a hybris (desafio da personagem) e a anankê (destino), conflito que se 
desenvolve num crescendo de sofrimento (pathos) até ao clímax (ponto culminante). Segundo 
Aristóteles, a catástrofe "é uma ação perniciosa e dolorosa, como o são as mortes em cena, as 
dores veementes, os ferimentos e mais casos semelhantes." 
Katharsis = Purificação das emoções e paixões (idênticas às das personagens), efeito que se 
pretende da tragédia, através do terror (phobos) e da piedade (eleos) que deve provocar nos 
espectadores. 
 
Introdução 
A tragédia, a mais antiga obra literária representada por atores em espaço especializado, o 
teatro, é um dos mais importantes gêneros literários legados pela Grécia Antiga. Do século -
IV em diante, a tragédiaentrou em franco declínio e só iria recuperar parte de seu antigo 
esplendor dois milênios depois - mas as obras de Shakespeare (1564/1616), de Racine 
(1639/1699) e de outros autores são, na realidade, formas evoluídas da tragédia. 
“Ter inventado a tragédia é um glorioso mérito, e esse mérito pertence aos gregos”. 
(ROMILLY, 1998) 
 
 
 
 
 
 
 
Os Grandes Tragiógrafos Gregos 
Uma divertida introdução à arte grega 
 
As mais importantes fontes de informações sobre a vida de Ésquilo são a ‘Vita anônima’. 
Sabe-se de certo apenas que nasceu em -525 em Elêusis, perto de Atenas, e que morreu em -
456 na Sicília, em Gela. 
Era provavelmente de família aristocrática e seu pai chamava-se Eufórion. Segundo a 
tradição, lutou contra os persas em Maratona (-490) e em Salamina (-480). 
Já em vida, seu prestígio era grande. A tradição registra pelo menos duas e talvez três 
viagens à Sicília, sede de algumas das mais poderosas poleis da época, para apresentar suas 
peças: a primeira em -476/-475, a segunda provavelmente entre -471 e -456 e, com certeza, 
lá estava ele em -456, quando morreu. 
Seu túmulo tornou-se local de peregrinação e, em meados do século -IV, uma estátua sua foi 
colocada no centro do teatro de Dioniso, em Atenas. 
Ésquilo reduziu a primitiva importância do coro e acrescentou um segundo ator, tornando 
possível o diálogo entre os personagens e a ação dramática. É provável que tenha também 
introduzido aperfeiçoamentos no vestuário e nos cenários, a julgar pela dificuldade técnica 
de algumas de suas encenações. 
ARISTÓFANES 
Em As Rãs, comédia representada em -405, Aristófanes compara Ésquilo e Eurípides, com 
vantagem para o primeiro. Apesar do tom jocoso, várias características da obra esquiliana 
são reconhecidas e mencionadas. É um raro testemunho da impressão que o poeta causou 
naqueles que viveram (quase) em sua época. 
 
 
Desde sua primeira vitória, aos 28 anos, Sófocles foi festejado e homenageado como o maior 
dos poetas trágicos. De acordo com a tradição biográfica, participou ativamente da vida 
pública de Atenas. 
Nasceu perto de Atenas, em Colono, por volta de -496; era de família abastada, mas não 
aristocrática; o pai chamava-se Sófilos. Viveu sempre em Atenas e lá morreu, nonagenário, 
em -406/-405. 
Era bem apessoado e afável; consta que foi amigo de Péricles e de Heródoto e que Íofon, seu 
filho, e Áriston, seu neto, foram tragediógrafos de renome. Diz-se que, meses antes de sua 
morte, ao saber que Eurípides morrera, vestiu o coro de preto e, em lágrimas, deu ao público 
a notícia. 
Características da obra 
A poesia de Sófocles é simples e elegante, nobre mas sem pompa; algumas das mais belas 
linhas da poesia grega são de sua autoria. 
O personagem sofocliano é um ser humano ideal, dotado dos mais elevados atributos 
humanos. Seu caráter, habilmente delineado pelo poeta, frequentemente contrasta com o 
de outros personagens. Como se costuma dizer, ao teocentrismo de Ésquilo opunha-se o 
antropocentrismo de Sófocles. 
 
 
 
 
 
A imitação trágica 
J.P. Vernant, em seus estudos sobre tragédia, diz que seu domínio próprio: 
“situa-se nessa zona fronteiriça em que os atos humanos articulam-se com as potências 
divinas... pode bem continuar a escrever peças, inventando ele mesmo a trama segundo um 
modelo que crê conforme às obras de seus grandes predecessores...” , mas não haverá mais 
o especificamente trágico após essa época. 
 
ARISTÓTELES 
No século III a.C, Aristóteles, na Poética, texto cuja intenção é expor a essência da tragédia, 
irá defini-la como uma arte (téchne) entre muitas outras, e sendo a arte, imitação (mímesis), 
diz: “... A tragédia é imitação de uma ação nobre e completa (práxeos spoudaías kaì teleías) 
tendo uma certa grandeza (mégethos)... 
A imitação de uma ação é mito (mýthos). Nomeio mito (mýthos) a síntese de ações 
(sýnthesin tôn pragmáton); nomeio caráter (éthe) as ações que permitem que qualifiquemos 
aqueles que agem; e afinal, digo que pensamento (diánoian) é o que nas palavras ditas traz 
um exposto ou exprime um conhecimento (gnómen)...”. 
A palavra teatro tem derivação dos verbos theatrídzo (expor para todos verem, daí, expor 
em cena) e theáomai (contemplar). O substantivo theatós significa o que é visível, digno de 
ser contemplado. 
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