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Cultura Clássica Aula 05

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A Língua Grega: Uma Introdução 
O grego vale apena?" Não, não se você for capaz de fazer essa pergunta. O grego é comunicação com 
gênios, é uma experiência estética, é, para falar simplesmente, fruição (...) (Compilador - séc. V d.C.). 
Com essa questão retórica, iniciamos esta aula sobre a língua dos Gregos, da civilização que inventou 
a Filosofia, a argumentação, a mitologia, e deixou-nos uma extensa lista de vocabulários das ciências, 
além de inumeráveis contribuições estéticas. 
Por isso, vale a pena conhecer as contribuições linguísticas da língua grega para as civilizações 
modernas, nas quais vivemos. Para isso, aprofundaremos as suas características gerais, de ordem 
filológica, gramatical e semântica. 
 
 
II - Os Dialetos Gregos 
Mas, e a língua dos Gregos, de onde veio? Quais teriam sido as suas origens? 
Para o Professor Jorge Piqué, duas seriam as maneiras de explicar as origens dos diversos dialetos 
que originam o idioma de Homero, Platão e Alexandre Magno. Na primeira hipótese, “As tribos indo-
europeias, que desceram pela Península Balcânica, deram origem ao grego”. 
 
 
Outra teoria mais recente minimiza as ondas sucessivas de tribos como explicação da diferenciação 
dialetal, que de fato encontramos nos tempos históricos. Ela procura explicar essa situação por uma 
diferenciação dialetal ocorrida já em território grego. 
ssim, o eólico e o dórico não corresponderiam a ondas de tribos eólicas e dóricas que chegaram 
depois, mas a um processo de diferenciação a partir das formas dialetais já existentes na Grécia. De 
qualquer forma, ambas as teorias tentam explicar um fato bem conhecido, que a língua grega por 
seus primeiros testemunhos escritos se apresenta sob múltiplas formas. 
Cada região, cada cidade, têm um falar próprio. Cada gênero literário tem seu dialeto particular e 
cada autor trata este dialeto de uma maneira especial. (Meillet) Os dialetos locais são agrupados em 
dialetos regionais e estes em grupos de dialetos. 
Grupos dialetais: 
1. Jônico-ático 
2- Arcado-cipriota 
3- Eólico 
4- Grupo ocidental (grego do noroeste e dórico) 
1 - O dialeto ático: 
Dentre os diversos dialetos em curso, destaca-se, do ponto de vista cultural, o dialeto ático, chamado 
ático clássico ou grego clássico. Esse dialeto, pertencente ao grupo dialetal jônico-ático, é falado na 
cidade de Atenas. 
• Do ponto de vista da Literatura Clássica, este dialeto constitui testemunha da produção 
extraordinária desse período. Foi usado por importantes autores como os seguintes, em 
verso: Ésquilo, Sófocles, Eurípides, Aristófanes, Menandro, etc. na prosa: Tucídides, 
Xenofonte, Platão, Aristóteles, Isócrates, Lísias, Demóstones, Ésquines, etc. Ou seja, os 
principais textos de História, Filosofia, Oratória, Tragédia e Comédia foram escritos 
basicamente nesse dialeto. A maioria dos cursos de Grego antigo ensina na verdade o ático 
clássico. 
• Além disso, existiam também dialetos literários. Um dialeto além de estar associado a uma 
determinada região, podia estar associado a um determinado gênero literário, 
independentemente do dialeto falado por seu autor. Assim, por exemplo, a poesia lírica de 
autores como Alceu, Safo, etc., era composta em dialeto eólico. A poesia épica (Homero, 
Hesíodo, etc.) era composta em dialeto jônico, assim como a obra de Heródoto, a poesia de 
Arquíloco, a filosofia pré-socrática e os escritos médicos da escola de Hipócrates. 
• Na origem da língua grega, em seu desenvolvimento literário, está Homero. Em sua 
literatura, não encontramos os dialetos dos falantes gregos, trata-se de uma “língua 
especial”, poética. Esse "dialeto homérico" foi utilizado pelos poetas líricos que compunham 
elegias e iambos e, no período helenístico, pela "nova épica", como na poesia de Apolônio de 
Rodes. O dialeto ático desenvolveu-se do jônico e, por isso, apresenta grandes semelhanças, 
pertencendo ao mesmo grupo dialetal jônico-ático. 
Como Atenas, nos séculos V e IV a.C., tornou-se o principal centro cultural de toda a Grécia, o ático 
falado nesse período, aproximadamente entre 500 e 300 a.C., é tomado como ponto de partida para 
o estudo do Grego antigo. 
III. Pequena História da Língua Grega 
A língua grega do período de Alexandre Magno (período helenístico 330 a.C.-330 d.C) experimenta, 
graças à constituição de um novo Império, uma larga difusão na Bacia do Mediterrâneo. 
Nascia assim o chamado grego ‘Koiné’, uma espécie de língua internacional, comum (gr. koiné) a 
todos. O dialeto Koiné foi na época algo como o latim e o francês já foram, e como o inglês é hoje em 
dia. Esse dialeto foi o veículo para a tradução das escrituras do Velho Testamento feita em Alexandria 
por volta de 280 a.C. por um grupo de setenta eruditos judeus (por isso, essa tradução recebe o 
nome tradicional de Septuaginta). 
Em referência ao dialeto Koiné, não nos esqueçamos que também o Cristianismo usufruirá do 
mesmo, para, com sucesso, difundir-se por todo o mundo antigo. 
Todos os livros do Novo Testamento foram escritos originalmente também nessa língua comum, o 
dialeto grego Koiné, justamente para que tivessem a maior divulgação possível. Esse é quadro geral 
do que chamamos de "Grego antigo", uma língua cujos registros escritos vão desde o séc. XV a.C. 
(grego micênico) até o séc. VI d.C. 
Com o enfraquecimento do Império Romano ocidental, com capital em Roma, nascia outra forma de 
grego, Grego bizantino (o novo centro político e cultural era agora Bizâncio), entre os séculos V d.C. e 
XV, e que era uma espécie de continuação da Koiné. A partir do séc. XVI, com a tomada de 
Constantinopla (ex-Bizâncio) pelos turcos em 1453, surge o Grego pouco a pouco moderno, que é o 
falado até os dias de hoje na Grécia. Grego antigo e moderno, portanto, são duas línguas diferentes, 
no entanto muito parecidas em função de uma originar-se da outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A dificuldade na leitura de textos gregos antigos só é solucionada por um grande humanista da 
época, Erasmo de Rotterdam, que pesquisou e propôs uma nova pronúncia para substituir a 
moderna. Mesmo assim, não há, entre os estudiosos e professores, consenso sobre isso. 
 
A Pronúncia Reconstruída ou Antiga é atualmente utilizada na Europa e Estados Unidos no ensino do 
Grego antigo. Assim, estamos ainda no final da transição entre duas pronúncias. Enquanto os novos 
estudantes de Grego antigo aprendem diretamente a pronúncia reconstruída, muitos estudiosos e 
professores ainda usam a pronúncia erasmiana, por força do hábito. 
 
 
 
 
 
Características da língua grega 
A maioria dos conceitos da morfossintaxe portuguesa é aplicável ao grego antigo, haja vista que 
tanto o português como o grego são línguas indo-europeias. Eis algumas características comuns às 
línguas dessa família: 
1- A quantidade de palavras de forma variável excede, de longe, a das palavras invariáveis; 
2- As palavras variáveis têm radical, onde reside a noção básica, e a desinência, que muda de acordo 
com a flexão; 
3- A flexão de gênero comporta dois tipos, o animado (masculino, feminino) e o inanimado (neutro); 
4- A numeração é decimal e os numerais menores de "5" têm flexão; 
5- O nome, que identifica seres e objetos, é sempre distinto do verbo, que marca a ação; 
6- Verbos podem ser formados a partir de noções nominais; 
7- O verbo não tem conjugação completa e constante e muitos são constituídos por mais de um 
radical. 
Quanto mais antiga a língua, mais marcadas são essas características; quanto mais recente, menos 
marcadas. O grego, naturalmente, é exemplo de língua indo-europeia antiga; o português, de 
língua indo-europeia recente.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O uso do "iota subscrito" nas edições modernas de textos gregos, apesar da forte tradição, é muito 
artificial e está rapidamente caindo em desuso; consequentemente, nessas sinopses não é usado o 
iotasubscrito — o iota é adscrito, como em 
No século IV, igualmente, dois ditongos de base breve, -ει- e -ου-, começaram a simplificar-se e 
acabaram se tornando falsos ditongos, pronunciados respectivamente como /e/ fechado longo (= 
"êê") e como /o/ fechado longo (= "ôô"); mas isso praticamente não afetou a escrita. 
 
 
 
 
 
III. O enunciado em grego 
"O enunciado é uma palavra ou um conjunto delas que exprime um pensamento inteiro, acabado" 
(Murachco, 2001). 
No grego antigo, encontraremos as mesmas classes de palavras do português: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCICIOS

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