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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER PORTFÓLIO UTA FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE SOCIOLOGIA MÓDULO A – FASE I 2018 FOZ DO IGUAÇU 2018 2 DIÁRIO DE CAMPO A elaboração do presente diário de campo busca mostrar como o Colégio ************************** tem enfrentado, em seu cotidiano, a inclusão de alunos portador de necessidades especiais. Iniciamos os estudos no local em 02 de abril de 2018, finalizando em 06 de abril de 2018, período em que se pode, além da observação do espaço físico escolar, questionamos à Direção e Equipe Pedagógica, quanto às dificuldades que a escola pública apresenta no processo de inclusão e acessibilidade dos alunos. Vinculado à Secretaria de Estado da Educação do Paraná-SEED, o estabelecimento atende alunos que apresentam vários tipos de necessidades especiais (autistas, surdos, com dificuldades motoras, visuais, etc), alguns de mais fácil acesso, outros nem tanto. ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA O estabelecimento é localizado na região central da cidade de *** **** ****/PR, de fácil acesso e topografia plana. Os acessos aos ambientes são adequados para cadeirantes, com rampas e corrimão de apoio, não sendo observada a presença de escadas, o que de maneira geral mostra uma preocupação com a inclusão e na redução das dificuldades de acesso. NECESSIDADES ENCONTRADAS A escola pública, numa maneira geral, tem procurado efetivar a inclusão de alunos especiais, com a adequação espacial, contratação de profissionais especializados (via SEED) e adoção de práticas pedagógicas inclusivas, na busca do atendimento do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) e suas exigências. Passamos, então a listar os tipos de deficiências encontradas e como tem sido, ou não, atendidas: 3 Aluno autista – para o atendimento ao aluno autista, a SEED disponibiliza a contratação de Professor Apoio que atua juntamente com a equipe pedagógica e com o professor de disciplina na definição de estratégias para que o estudante autista tenha acesso ao currículo e adequadas formas de avaliação que permitem a aprendizagem. Aluno surdo – a presença de surdos entre os alunos, tem se ampliado com a adoção de políticas inclusivas, enfrentando a segregação a que os surdos eram forçados. Nas escolas públicas paranaenses, como a vista neste estudo, o provimento de profissionais interpretes de libras é disponibilizado pela mantenedora (SEED), destinando professores bilíngues para suporte pedagógico à escolarização dos alunos surdos matriculados no estabelecimento, atendendo ao direito do aluno ter a tradução das aulas pelo interprete, mediando a comunicação entre os alunos surdos e os demais membros da comunidade escolar, viabilizando sua participação efetiva na aquisição dos conhecimentos, bem como a suas próprias contribuições e reflexões. Aluno com dificuldade motora – Aos alunos com dificuldades motoras, não cadeirantes, é disponibilizado um acompanhante operacional, para auxilio em suas diversas necessidades diárias, desde locomoção, alimentação à higiene. Alunos cadeirantes – a estes o ambiente do Colégio Konner é muito acolhedor, com rampas de acesso e demais equipamentos facilitadores. DIFICULDADES RELATADAS Observou-se que, apesar da constante atenção quando ao cumprimento da lei, são inúmeras as dificuldades enfrentadas no cumprimento da inclusão e acessibilidade dos alunos, que estende-se desde a falta de profissionais disponíveis para contratação, ao elevado número de alunos em sala de aula, principalmente quando se trata de turma com a presença de aluno autista. No acolhimento de alunos surdos, o que mais dificulta a escolaridade deste é a falta de alfabetização dos mesmos, que em nossa região é ofertada em escolas bilíngues especializadas, por sinal são apenas duas, uma RELAÇÕES COM A MANTENEDORA 4 Por se tratar de uma escola vinculada à SEED, o Colégio ************************* depende exclusivamente desta para a contratação de profissionais especializados para o atendimento de seus alunos portadores de necessidades especiais e no provimento da sua acessibilidade. Citada como dificuldade, a contratação de profissionais, esbarra na situação de que, são muito poucos servidores efetivos que atendam tais demandas, o que leva a um processo de contratação temporária, realizado anualmente. Porém, ainda assim, alguns ficam sem o atendimento esperado, pois são poucos profissionais que se dispõem a se especializar nestas áreas. Quanto a estrutura física e equipamentos, desde que sejam solicitados, com a devida justificativa, o estado tem promovido a aquisição e ou contratação das obras necessárias. Também existe junto ao Núcleo Regional de Educação, um departamento especifico para atendimento de alunos especiais e suas necessidades, com profissionais especializados (psicólogos, pedagogos, etc.) que estão em contado direto com os estabelecimentos de sua responsabilidade. CONCLUSÕES Em vista do que pudemos observar, entendemos que a tarefa de promover a acessibilidade e inclusão na escola observada apresenta variações, que vão desde o espaço físico, que entendemos ser muito adequado aos portadores de dificuldades motoras, às questões profissionais, geralmente carente de profissionais especializados. Não se pode deixar de registrar que, em alguns casos, principalmente no tocante aos surdos, estes chegam sem conhecimento em língua de sinais, ou mesmo analfabetos, sendo esta uma falha que acontece por fatores externos ao estabelecimento em tela. Entretanto nota-se na equipe diretiva e pedagógica um grande empenho em buscar soluções para as questões emergentes, primando por um atendimento de qualidade, não importando a característica do aluno. Conclui-se que a efetivação da acessibilidade e inclusão é uma luta que deve ser travada incessantemente, na busca de especialização, investimentos e capacitação de servidores, professores ou não, sempre com o objetivo de tornar 5 menos excluídos aqueles que já estão prejudicados em sua vida pelas deficiências. Referências Bibliográficas BERTAZZO, JOISE DE BRUM, et all. O ACOMPANHANTE ESCOLAR DE ALUNOS COM AUTISMO NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA. Disponível em: https://proceedings.galoa.com.br/cbee7/trabalhos/o-acompanhante-escolar-de- alunos-com-autismo-na-legislacao-brasileira/download?lang=pt-br PARANA, Secretaria Estadual da Educação do Paraná. Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=2 120 LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Disponivel em www.planalto.gov.brccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm, acessado em 10 de Abril de 2018.
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