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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A Gestão Documental e a Qualificação do Pessoal dos Arquivos na Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro. AUTOR: Nilton Corrêa Alves ORIENTADOR: Jorge Tadeu Vieira Lourenço, M. Sc. Rio de Janeiro dezembro/2001 I UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A Gestão Documental e a Qualificação do Pessoal dos Arquivos na Administração Direta e Indireta do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro. Nilton Corrêa Alves Trabalho Monográfico apresen- tado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Docência Superior. Rio de Janeiro dezembro 2001 II III AGRADEÇO A Deus, pela saúde e força, para ultrapassar os obstáculos. A Venício, colega de trabalho, pelo apoio na revisão dos originais desta monografia. 3 IV Dedico este trabalho: A meus pais, com muito carinho pois foram meus maiores estimuladores, oferecendo-me forças para lutar pela vida com a certeza da vitória. À minha esposa Andréa e ao meu irmão Nelson, amigos, companheiros e incentivadores, pelo apoio e compreensão, sem os quais não seria possível realizar este trabalho. A meus filhos Nielsen, Nilton Jr. e Pedro Henrique, para que no futuro possa servir-lhes de exemplo. 4 V “O mais importante na vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos”. Oliver Holmes 5 VI RESUMO Avaliam-se a gestão dos arquivos e a qualificação do seu pessoal na administração direta e indireta do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, observando a importância do papel da Arquivologia na gestão documental pública. São analisados os critérios estabelecidos na Lei federal n.º 8.159 e nas Resoluções SARE n.º 2.747/99 e n.º 2.794/99. Na lei federal é definida a política nacional de arquivos públicos e privados. Observa-se que esta ainda carece de regulamenta- ções, no sentido de determinar como crime de responsabilidade o extravio e o descarte de documentos sem uma avaliação prévia de seu teor e sua importância histórica. Nas resoluções da Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação - SARE, definem-se a tabela de temporalidade e a classificação de documentos do Poder Executivo Estadual. Considera-se que as normas implementadas tanto na tabela quanto na classificação, cuja abrangência se estende da administração direta à indireta, foram providenciais e oportunas, ao estabelecerem procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento ou eliminação dos documentos. Aponta-se a necessidade de desenvolver um programa de treinamento, oferecendo cursos especializados na área arquivística, cuja finalidade maior será a fixação das bases técnicas a serem operacionalizadas nas repartições públicas estaduais. 6 VII SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................... 8 CAPÍTULO 1 DEFINIÇÃO DE TERMOS ............................................................................... 11 1.1- Definições ............................................................................................. 11 1.2- Interpretação de termos arquivístico e termos de outras áreas do conhecimento .............................................................................................. 15 1.2.1- Arquivos e informação...................................................................... 15 1.2.2- Comunicação e documento.............................................................. 16 1.2.2- Gestão de documentos .................................................................... 20 1.2.3- Educação ......................................................................................... 21 1.2.4- Treinamento & desenvolvimento...................................................... 22 CAPÍTULO II O arquivo: a sua importância social e a sua gestão na administração pública............................................................................................................. 25 2.1- A importância social do arquivo......................................................... 25 2.2- A política nacional de arquivos públicos e privados e a gestão documental no Estado do Rio de Janeiro. ................................................ 29 CAPÍTULO 3 Metodologia de estudo .................................................................................. 35 3.1- Desenvolvimento das etapas de pesquisa ........................................ 36 3.1.1- Levantamento de referências bibliográficas e documentos não publicados .................................................................................................. 36 3.1.2- A pesquisa de campo....................................................................... 37 CAPÍTULO 4 Conclusão....................................................................................................... 40 Bibliografia...................................................................................................... 43 ANEXO A - Comprovantes Acadêmicos .......................................................46 A.1 ................................................................................................................... 46 A.2 ................................................................................................................... 50 8 INTRODUÇÃO Acompanhando o processo de mudanças pelas quais o mundo contemporâneo vem passando e o desenvolvimento das novas tecnologias informacionais, sobretudo a partir do início da década de 90, reconheceu-se a importância do arquivo em processos de transformações e investimentos empresariais na gestão documental. Por meio desta, os documentos passariam por um processamento técnico de modo a permitir a guarda e a recuperação dos mesmos de modo ágil e eficiente, no sentido de subsidiar os processos decisórios. Na iniciativa privada, face a evolução das tecnologias informacionais, o arquivo se tornou efetivamente um setor crucial, a ponto de algumas empresas tê-lo como seu coração. Ele é o ponto de convergência de todos os documentos gerados e de disponibilização dos mesmos, para que possam servir de prova e fundamentar qualquer proposta ou projeto das empresas. Se na iniciativa privada percebeu-se e se percebe o relevo do arquivo, o mesmo não ocorreu e ainda não ocorre na iniciativa pública. Esta se defasou, mantendo o seu arquivo em estado precário e sem um coordenação, seja em âmbito federal, seja em âmbitos estadual e municipal, ainda que em 1991 o Governo Federal tenha fixado a Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados. A defasagemdo arquivo público, como um conjunto, se deu pelo não investimento em tecnologias informacionais, adquirindo aparelhos e programas de informática de gerenciamento de banco de dados, e, concomitantemente, em contratação e capacitação técnica de pessoal especializado. Assim, grosso modo, foi mantida, na prática, a visão de o arquivo se constituir em um depósito de papéis, sem se vislumbrar a necessidade de uma gestão documental, 9 determinante nos processos decisórios, na manutenção das atividades da administração pública e na história das instituições governamentais. Considerando os fatos acima, buscamos desenvolver este trabalho a partir da hipótese de que os órgãos estaduais, cujos arquivos são públicos, ao gerirem seus documentos, devem, seguindo os critérios estabelecidos pela Lei federal n.° 8.159/91, pelas Resoluções SARE n.° 2.747/99 e n.° 2.794/99, proporcionar concursos públicos para profissionais de arquivologia. Ademais, faz-se necessário, aos seus servidores, o oferecimento de treinamento específico com o objetivo de capacitá-los a realizar atividades básicas de con- trole e guarda de documentos. Assim, tornar-se-á possível o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários ao desempenho das tarefas requeridas, e, conseqüentemente, haverá maior segurança e eficácia no arquivamento, na preservação e no acesso ao acervo documental da administração pública. A relevância deste trabalho reside no fato de que os arquivos dos órgãos públicos garantem a publicidade, segurança e eficácia dos atos administrativo. Como vivemos em uma sociedade administrativamente organizada, os serviços de guarda e conservação dos documentos são de fundamental importância para o alcance da ordem e do equilíbrio da administração pública. No entanto, o crescente número de ações, voltadas para o arquivamento e a ocupação do exíguo espaço destinados aos arquivos para guarda de tal documentação, faz com que haja a necessidade de se seguirem critérios para depuração de documentos. Nesta, serão aplicados os critérios estabelecidos na tabela de temporalidade, e, em conseqüência, haverá a racionalização de espaço físico. Dessa forma, um trabalho que vise a estabelecer normas de guarda e conservação de documentos públicos voltadas para a responsabilidade na gestão documental, e, principalmente, a qualificar os funcionários dos arquivos, contribui para o aperfeiçoamento desses órgãos, auxiliando-os a alcançarem sua missão pública com maior eficiência. 10 Desenvolveremos nosso estudo apresentando, no primeiro capítulo, os termos específicos, relacionados à área de Arquivologia e de Educação; no segundo, abordaremos a importância social do arquivo e a política nacional de arquivos públicos e privados; no terceiro, analisaremos o material coletado por meio de pesquisa com servidores públicos estaduais; e, no quarto, apresentaremos nossas conclusões. 11 CAPÍTULO 1 DEFINIÇÃO DE TERMOS A presente pesquisa versa sobre áreas de saber cuja importância social é inquestionável. Mesmo assim, tanto a arquivologia quanto treinamento & desenvolvimento ainda não foram objetos de estudos sistemáticos com o devido apoio institucional que as referidas disciplinas merecem. Além desse fato, raros são os trabalhos sobre o inter-relacionamento dessas matérias, havendo geralmente um total desconhecimento nesse aspecto. Dessa forma, optou-se por uma definição de termos talvez um pouco extensa, mas que contempla os principais conceitos de ambas as disciplinas, tendo como obra de referência o Dicionário de terminologia arquivística, do Conselho Internacional de Arquivos, e obras de autores que contribuíram também para a compreensão dos termos usados na Arquivologia. Vale ressaltar que a apresentação da definição de tais conceitos tem como propósito delimitar o sentido dos mesmos, permitindo uma compreensão mais específica quando os mesmos forem empregados no decorrer de nosso trabalho. 1.1- Definições I) ACERVO – conjunto de documentos de um arquivo, das obras de uma biblioteca, de um museu, entre outras instituições. II) ADMINISTRAÇÃO OU GESTÃO DE ARQUIVOS – direção, supervisão e coordenação das atividades administrativas técnicas de uma instituição ou órgão arquivístico. 12 III) ARQUIVAMENTO – operação que consiste na guarda de documentos nos seus devidos lugares, em equipamentos que lhes forem próprios e de acordo com um sistema de ordenação previamente estabelecido. IV) ARQUIVISTA – profissional de arquivo, de nível superior. V) ARQUIVÍSTICA – princípios e técnicas a serem observados na constituição, organização, desenvolvimento e utilização dos arquivos. VI) ARQUIVOS – a) designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada, caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores, para fins de prova ou informação; b) o prédio ou uma das partes, onde são guardados os conjuntos arquivísticos; c) unidade administrativa cuja função é de reunir, ordenar, guardar e dispor para o uso, conjunto de documentos, segundo os princípios e técnicas arquivísticas; d) móvel destinado à guarda de documentos. VII) ARQUIVOS PÚBLICOS – conjunto de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito da federação, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, em decorrência de suas funções administrativas, legisladoras e judiciárias. São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão dos servi- ços públicos no exercício de suas atividades. VIII) ARRANJO – a) processo que na organização de arquivos permanentes consiste na ordenação, estrutural e funcional, dos documentos em fundos e, se necessário, aos itens documentais dentro das séries; b) processo que, na organização de arquivos correntes, consiste em colocar ou distribuir os documentos numa seqüência alfabética, numérica ou alfanumérica, de acordo 13 com o método de arquivamento previamente adotado, também denomina-se classificação. IX) AVALIAÇÃO – processo de análise da documentação de arquivos, visando estabelecer a sua destinação (guarda permanente ou eliminação), de acordo com seus valores probatórios e informativos. X) DESCARTE (ELIMINAÇÃO) – destruição de documentos julgados destituídos de valor para guarda permanente. XI) LISTA DE ELIMINAÇÃO (ou TERMO DE ELIMINAÇÃO) – relação de do- cumentos específicos a serem eliminados, devidamente aprovada pela autoridade competente. XII) DOCUMENTO – a) é uma “(...) unidade constituída pela informação e seu suporte” (Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro, 2001, p. 28). b) “(...) é produzido ou recebido por uma instituição pública ou privada no exercício de suas atividades, constituindo elemento de prova ou informação (Brasil, 1991, p. 455); c) constitui-se com as seguintes caracterísitcas: x� autenticidade – os documentos são autênticos quando criados e conservados de acordo com procedimentos regulares que podem ser comprova- dos a partir de rotinas processuais estabelecidas; x� naturalidade – em função de objetivos práticos das instituições, os registros arquivísticos são acumulados de modo natural, de maneira contínua e progressiva; x� unicidade – cada registrodocumental, até mesmo sua cópia, tem um lugar único na estrutura documental, pois o complexo de relações estabe- 14 lecidas com os demais registros de grupo é sempre único(Fonseca, 1998). XII.a) DOCUMENTO PÚBLICO1 – a) constitui-se por caracterizar os instrumentos administrativos básicos por meio dos quais é executado o trabalho governamental; b) contém provas de obrigações financeiras e legais que devem ser preservadas para protegê-lo; c) engloba o grande capital da experiência oficial de que o governo necessita para dar continuidade e consistência às suas ações, tomar determinações, tratar de problemas sociais e econômicos, bem como de problemas de organização e métodos e, em suma, constitui os alicerces sobre os quais se ergue a estrutura de uma nação(Schellemberg, 1973). 1 Uma definição de “documentos público” deve ser baseada na premissa de que tal documento é de propriedade pública, ou seja, pertence a todos os cidadãos, que coletivamente, constituem o Estado. (Schellemberg, 1973, p. 138-139). Em função da importância do documento público, “(...) nenhum funcionário tem o direito legal ou moral de se apossar de documentos do governo. Pertencem à repartição, não ao funcionário; são de propriedade do governo e não de propriedade privada. Mesmo se feitos ou conservados por sua própria iniciativa, e, mesmo em forma de cópias, não são propriedade privada dos indivíduos a que dizem respeito. O governo tem direito sobre todas as cópias de documentos públicos arquivados na repartições. Pode, é claro, fazer o que lhe aprouver com as cópias que não interessam ao arquivo. Não há justificativa para o funcionário, usando o seu emprego público, acumular documentos tais como os que contém dados confidenciais relativos a negócios, dos quais ele poderá tirar proveito pessoal quando deixar o cargo”. Os documentos públicos, pois, devem ser reconhecidos por lei como propriedade pública. O direito a tais documentos será reservado exclusivamente ao governo que os criou e serão conservados para a perpetuidade. Qualquer lei que diga respeito à administração de documentos públicos, portanto, deve incluir no seu texto normas para a sua reobtenção no caso de terem sido indevidamente alienados ou retirados da repartição. (Ibid, p. 141). Leland(1992, 266) observou, com muita propriedade que “(...) o estado deveria ter plenos poderes para restabelecer a posse de qualquer documento, onde quer que fosse encontrado, desde que se possa provar já ter constituído parte de seus documentos públicos, embora possa jamais ter sido realmente depositado num arquivo”. Adams(1939, 95), além disso, assinalou que o direito comum permite que um Estado ou Governo Federal mova ações para recuperar uma peça de propriedade pública, tais como documentos de arquivo, a despeito do tempo em que tenha estado em mãos de particulares. O princípio básico é nullum tempus occurrit regi, que foi traduzido como “contra o rei não há prescrição”. Noutras palavras, o soberano não é atingido por qualquer lei de limitações que afete o direito de recuperação do cidadão. Este princípio é uma parte reconhecida do nosso direito porque protege o povo contra a negligência dos funcionários públicos. 15 XIII) INFORMAÇÃO – a) é “o fenômeno cooperativo que forma ou transforma uma representação mental, ou seja, qualquer processo cuja ocorrência exige uma interação comunicativa e sincrônica de sistemas/elementos, cujas alterações se adicionam para levar a um resultado final que pode ser a formação ou alteração de uma representação mental”(Guimarães e Silva, 1996, p. 24); b) a informação é núcleo gerador da evolução e em torno dela e por ela se estabelecem entre outros, porém, com mais íntimo relacionamento – os campos da documentação e da comunicação2. 1.2- Interpretação de termos arquivístico e termos de outras áreas do conhecimento 1.2.1- Arquivos e informação Segundo Fonseca(1998, 35), a informação não tem sido considerada objeto privilegiado da arquivologia, embora os arquivistas canadenses venham consolidando o conceito de informação arquivística, pre- conizando uma maior relação entre a arquivologia e as ciências da informação. Ao final de uma evolução transformadora de sua missão e definição, a arquivologia aparece, hoje, como uma disciplina cuja ra- zão de ser situa-se no seio da gestão da informação, recurso vital das organi- 2 Conquanto a informação e a comunicação determinem o surto da documentação, podem, todavia, prescindir dos documentos. Mas na generalidade estes asseguram a permanência da primeira e se constituem em veículos e instrumental da segurança. (Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro, 2001, p. 5) 16 zações... Todos os membros da organização tem necessidade de informação para cumprir suas funções respectivas. As informações necessárias são bus- cadas no interior ou no exterior da organização. Estas informações podem ser verbais ou registradas sobre suportes como, por exemplo, o papel, a fita mag- nética, o disco óptico ou o microfilme. Podem ser orgânicas, quer dizer, elabo- radas, expedidas ou recebidas no quadro das funções do organismo ou não orgânicos, quer dizer, produzidos fora do quadro das funções do organismo... As informações registradas orgânicas nascem no arquivo do organismo (Cou- tre, apud Fonseca, 1998). 1.2.2- Comunicação e documento Partindo do princípio de que o documento é a base do conhecimento, fixada materialmente e disposta de maneira que se possa fazer uso para consulta, prova, estudo, sua representação gráfica pode ser apresentada de várias formas, de acordo com sua concepção, uso e finalidade. Normalmente, quando se fala em documento, ima- gina-se logo a figura do papel, como se fosse a fonte única da informação. Na verdade, inúmeros são os meios de se apresentar o documento, conforme te- nha sido estabelecido sua geração no conceito tecnológico. E, de acordo com sua representação, será o veículo utilizado para comunicação do seu conteúdo, ou seja, a informação nele contida. A fonte geradora da informação indicará qual a melhor modalidade para ser recuperada, resultando assim a comunicação en- tre origem/destino da soma ordenada do seu conteúdo. 17 A comunicação pode se dar por papel, voz humana e conjunto de instrumentos tecnológicos dos dias atuais, com uso principal- mente do computador e microfilmagem; todo este conjunto de representações são documentos de valor legal, pois expressam prova de um fato concreto, verdadeiro. (Gameiro, 1986, 60). O art. 3º da Lei federal n.° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, conceitua gestão de documentos como o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou re- colhimento para guarda permanente. Um programa de gestão de documentos deve contemplar a seleção e capacitação de recursos humanos, a definição das instalações físicas e dos equipamentos, a elaboração de manuais contendo normas e procedimentos, bem como assegurar o uso adequado da micrográ- fica, processamento automatizado de dados e outras técnicas avançadas de gestão da informação. A despeito das conquistas já alcançadas em nosso país, os arquivos ainda não são reconhecidos como Agências de Desenvolvimento Estratégico do Governo. Assim, são sempre insuficientes e eternamente carentes de pessoal capacitados para dar cumprimento à sua missão,qual seja, a de oferecer aos administradores, segurança na tomada de decisões, garantir instrumentos confiáveis de controle das ações governa- mentais, utilizar a continuidade de planos e programas de trabalho, evitar a repetição de erros passados, reduzir custos operacionais, mediante o estudo de experiências anteriores e, sobretudo, humanizar o atendimento aos cidadãos, solucionando com rapidez e fidedignidade questões decorrentes de seus deveres e direitos. 18 Vale enfatizar que esses objetivos só serão alcançados se os arquivos contarem com um eficaz programa de gestão de documentos (Paes, 1998, 56) Três fases básicas de gestão documental podem ser destacadas: 1. Produção Documental Nesta fase, o responsável pela gestão dos documentos deve contribuir para que sejam criados apenas documentos essenciais à administração da instituição e evitadas duplicação e emissão de vias desnecessárias; opinar sobre a elaboração de fichas e formulários, relativamente à seleção do papel a ser utilizado, suas dimensões, número de exemplares a serem distribuídos, bem como, em muitos casos, sobre o próprio conteúdo, visando à obtenção de informações precisas e corretas; sugerir a criação e a extinção de modelos e formulários; propor a consolidação de atos normativos alterados ou atualizados com certa freqüência, visando à perfeita compreensão dos fins para os quais foram criados; participar dos estudos sobre a adequação e o melhor aproveitamento de recursos reprográficos e informáticos a serem adotados na instituição; contribuir para a difusão de normas e informações necessárias ao bom desempenho institucional; elaborar ou participar da elaboração de manuais de correspondência que devem conter procedimentos sobre seu preparo, estilo, formato, linguagem, texto, tipo de papel, quantidade de cópias a serem extraídas. Em suma, o trabalho arquivístico de nossos tempos tem início no momento em que a 19 concepção de uma informação se materializa sob a forma de um documento. (Ibid, 46-47) 2. Utilização de Documentos O exercício das atividades de qualquer instituição produz um fluxo documental, bem como a necessidade de controle e guarda dos documentos produzidos. Nesta fase encontramos as seguintes atividades: a) Protocolo – exerce a função de localizar, com rapidez, qualquer documento avulso ou processo que tenha entrado numa instituição; b) Classificação e arquivamento – somente documentos corretamente classificados e devidamente guardados poderão servir como suporte para a disponibilização de informações fidedignas. Dessa forma, a escolha do método de arquivamento a ser adotado para classificar os documentos em sua fase corrente é de fundamental importância dentro de um programa de gestão; c) Empréstimo e consulta – todo trabalho de gestão de documentos visa a servir à administração e à pesquisa, logo, todas as operações desenvolvidas devem utilizar as informações de forma racional. O controle do empréstimo e da consulta deve ser feito no sentido de garantir a integridade do acesso, 20 além de informar com rapidez e segurança onde se encontra a documentação. d) Expedição de documentos – controle sobre cópias de todos os documentos que saem da instituição. 3. Destinação de Documentos Existem diferenças relativas ao valor e à freqüência de uso dos documentos. Dessa forma, a análise, a avaliação, a seleção e a eliminação são operações que consistem em estabelecer o prazo de vida dos documentos. A tabela de temporalidade é um instrumento de destinação que determina os prazos dos documentos nos arquivos correntes e/ou intermediários, bem como o recolhimento aos arquivos permanentes. 1.2.2- Gestão de documentos A gestão de documentos diz respeito a uma área da administração geral relacionada com a busca de economia e eficácia na produção, manutenção, uso e destinação final dos documentos. Originou-se na impossibilidade de se lidar, de acordo com os moldes tradicionais, com as massas cada vez maiores de documentos produzidos pelas administrações: o crescimento da população, notadamente a partir de meados do século XVIII, impôs a expansão das atividades governamentais, resultando, em conseqüência, no aumento da produção documental. O surgimento constante de novas tecnologias aplicadas não só no tratamento como no preparo e produção de documentos, vem também contribuindo significativamente para aumentar a produção de papéis. 21 Os governos não podem conservar todos os documentos que produzem em decorrência de suas atividades pela impossibilidade de destinar mais e mais espaços para seu armazenamento, obter recursos indispensáveis à manutenção dos mesmos e, ainda, contar com quadros de pessoal especializado no tratamento dos acervos arquivísticos. Evidencia-se, pois, a necessidade de se reduzir a quantidade dos documentos físicos, tanto para o governo como para os pesquisadores que correriam o risco de “submergir” na abundância de provas escritas (Schellenberg, 1973). A avaliação da documentação de arquivos tornou-se um dos problemas mais importantes e complexos da gestão de documentos contemporânea, uma vez que os programas de avaliação visam não só “a redução do essencial da massa documental, o aumento do índice de recuperação da informação, a conquista de espaço físico, a orientação no processo de produção documental e melhor aproveitamento de recursos – pessoal e material”(Machado, 1981). 1.2.3- Educação A educação está presente em todas as sociedades, mesmo que se apresente sob diferentes formas. Podemos considerá-la, dentro de uma visão dinâmica e criativa, como um elo entre educador-educando, onde este seja capaz de se posicionar e transformar a realidade que o cerca. Educar é, portanto, dar condições ao indivíduo de questionar sua relação com a realidade. Com esta perspectiva de educar, o processo de ensino se dá globalmente, sem compartimentos estanques. (Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro, op. cit., p. 1) 22 1.2.4- Treinamento & desenvolvimento Treinamento e desenvolvimento é uma das mais pode- rosas ferramentas de transformação nas organizações. A maioria dos autores concorda que o treinamento é a educação que visa ampliar e aperfeiçoar o homem para seu crescimento em determinada carreira ou em sua evolução pessoal. (Bastos, p. 141) Certos autores, entre eles Nadler (1971), salientaram a diferença entre treinamento, que se ocupa de cargos atuais, e desenvolvi- mento como sendo o treinamento para um cargo futuro (é claro que muitas assim chamadas atividades de desenvolvimento acham-se naquele incomodo meio-termo entre treinamento e educação; sua finalidade consiste em melhorar o desempenho num cargo futuro, mas a natureza do cargo é apenas vaga- mente definida. Nestes casos, é preciso refletir se valerá a pena procurar defi- nir o comportamento no cargo visado, pelo treinamento com precisão suficiente para pode avaliar a esse nível). (Hamblin, apud Hesselins, 1971, 20) Pretende-se deixar evidente a idéia da abordagem do treinamento e do desenvolvimento como um processo permanente, contínuo. Só assim se tornaram elemento essencial na vida das instituições. O Treinamento pode ser: (...) a educação que visa adaptar o homem a determinada atuação sistemática (profissional ou não)”(Bastos, 1994, p. 141), ou, ainda, uma seqüência de experiências ou oportunida- desdestinadas a modificar o comportamento para atingir um objetivo declarado”. (Hesseling, 1971, p. 93) 23 Em suma, podemos definir o treinamento como sendo “qualquer atividade que procura, deliberadamente, melhorar a habilidade de uma pessoa no desempenho de um cargo”, ao contrário de educação, que se ocupa principalmente com o desenvolvimento pessoal em oposição à relevân- cia direta ao cargo. De uma forma mais elaborada, podemos considerar o treinamento o processo educacional aplicado de maneira geralmente sistemá- tica e organizada por meio do qual pessoas: x� aprendem ou adquirem conhecimentos específicos; x� adquirem habilidades em função de objetivos defini- dos; x� modificam atitudes diante das relações entre pes- soas ou de aspectos de tarefa, organização ou ambi- ente. Chiavenato( apud Bastos, op. cit.), focaliza o processo de treinamento, observando que este se assemelha a um modelo de sistema aberto como uma série de procedimentos e formas para conseguir a aprendi- zagem de habilidades, conceitos e atitudes: x� entradas (inputs), como treinandos, recursos organi- zacionais, objetivos etc. x� processamento ou operação, como processo ensino- aprendizagem, programas de treinamento. x� saída (outputs), como conhecimento, habilidades, atitudes, eficácia organizacional. x� retroação (feedback), como avaliação dos procedi- mentos e resultados do treinamento”. 24 Ao adotar a abordagem sistêmica para o treinamento, deparamo-nos com um processo composto de quatro etapas ou fases, todas igualmente importantes: diagnóstico, planejamento, execução e avaliação. A fase de diagnóstico é que nos permite definir com cla- reza o problema a ser tratado, a necessidade a ser satisfeita, o objetivo a ser atingido por meio de treinamento. Essa fase permite que evitemos o “treinar por treinar”, o “treinar por imitação” (modismos), ou o treinar por “achismos”, pro- gramas baseados no “acho que” e ou estabelecidos por impulsos. A fase de planejamento e programação permite-nos es- clarecer e operacionalizar os objetivos e tomar as decisões estratégicas sobre: em que treinar, quem treinar, como treinar, onde treinar, quando treinar e como avaliar todo o processo (Chiavenato, 1980). A fase de execução é a implementação do que foi pro- gramado: é a ação de treinamento propriamente dita. A fase de avaliação, que já deve ter sido prevista e es- truturada na fase de planejamento, constitui o último passo do processo de treinamento. É o momento em que se verifica se os objetivos finais foram al- cançados (os objetivos parciais devem ter sido avaliados passo a passo) e quais as ações a serem implementadas a seguir. Dessa forma, o processo de treinamento e desenvolvi- mento nos arquivos tem como objetivo capacitar as pessoas a realizar ativida- des básicas de controle e guarda da documentação, possibilitando o desenvol- vimento de habilidades e conhecimentos necessários ao desempenho das ta- refas requeridas. 25 CAPÍTULO II O arquivo: a sua importância social e a sua gestão na administração pública. 2.1- A importância social do arquivo Antes propriamente de tratarmos da importância social do arquivo, precisaremos rever alguns conceitos sobre sociedade e o uso por esta do arquivo. O conceito de Sociedade Civil tem sido disseminado na comunidade latino-americana desde os anos 70. Como entidade, a Sociedade Civil sempre existiu, da mais remota formação dos agregados humanos, no momento que os mesmos convencionaram as primeiras regras de convivência e acataram, como comuns, valores culturais e éticos que garantissem e perpetuassem sua personalidade e integridade, aos dias atuais. A aceitação da Cidadania como representação da Sociedade Civil demandou a existência de mecanismos e organizações que registrassem e protegessem a memória de atos e fatos praticados por cidadãos. A materialização da memória coletiva, sob a forma de registros documentais, consolida as garantias individuais/coletivas como instrumento básico do cidadão contra o poder avassalador da administração pública. O processo de democratização que atravessou a América Latina por inteiro nos anos 80, ocorreu quase que, de forma simultânea, ao processo de globalização que, criando vasos comunicantes entres todas as manifestações da atividade de indivíduos/comunidades, gerou o que se denominou o conceito de “Aldeia Global”. 26 As reformulações determinadas pela globalização foram as mais profundas até hoje empreendidas pela humanidade, dramatizando a fragilidade e o risco a que se expõe o patrimônio documental em um contexto globalizado. A contemporaneidade traz, a cada dia, sinais de que o esquema cartesiano e mecanicista vigente, que prima pela compartimentalização dos saberes, não mais atende às demandas da sociedade, chegando a uma crise sem precedentes. Crise esta que tem como uma de suas causas a tentativa de aplicação de uma visão obsoleta-mecanicista a uma realidade que já não pode se atendida em função desses conceitos. Vivemos hoje em um mundo que evoluiu rapidamente para a interligação e integração global de seus habitantes, no qual os fenômenos biológicos, psicológicos, sociais, informacionais e ambientais são todos interdependentes. São necessários o desenvolvimento de um novo conjunto de crenças, uma nova visão do mundo e formas de trabalhar que sejam reconhecidas e aceitas por todos. Em lugar da visão cartesiana, precisamos evoluir em direção a uma concepção mais holística da realidade, em que as partes refletem o todo e o todo as partes. Dentro desse contexto de Globalização, o direito à memória é essencial para proteger e manter a qualidade de vida, estabelecendo a continuidade entre os antigos, os novos e aqueles em formação. A preservação dos símbolos materiais e de cidadania, como documentos, imóveis e espaços públicos das cidades, seus valores artísticos e culturais, é essencial para o aprofundamento e a manutenção dos elos que ligam o passado ao presente. Com o propósito de preservar a memória nacional, desde o final da década de 50, o Arquivo Nacional vem projetando a implementação de um sistema composto pelo conjunto de serviços arquivísticos públicos e privados do país. Nos últimos trinta anos foram elaborados três projetos de Sistema Nacional de Arquivos: o primeiro, em 1962, o segundo, em 1978, e o terceiro, 27 em 1994. Os dois primeiros não foram implementados. O terceiro sofreu alterações em 1994 e vem sendo implementado. Sendo produto de três momentos distintos do Estado brasileiro, mesmo apresentando diferenças menos estruturais que conjunturais, as propostas do Sistema Nacional de Arquivos apresentam dois aspectos recorrentes: a noção de totalidade e a de organização. Ainda que em graus diferenciais, os três projetos liderados pelo Arquivo Nacional pressupõem um Sistema Nacional de Arquivos que garanta a uniformidade técnica de todos os arquivos públicos e privados do país, mediante normas arquivísticas veiculadas por tal instituição. Como crítica, vale ressaltar que a ausência de políticas na área arquivística parece corresponder à freqüência com que a noção de Sistema Nacional de Arquivos tem norteado projetos nunca viabilizados nos âmbitos federal, estadual e municipal. Como instituição governamental, os arquivos públicos brasileiros subsistem como centros voltados quase exclusivamente para a guarda de documentos considerados, na maior partedas vezes, sem critérios científicos, como de valor histórico. Em decorrência disto, o acesso do cidadão à informação governamental com objetivos científicos ou comprobatórios de direitos, mostra-se, portanto, extremamente limitado. Tal situação se agrava quando se percebe que os serviços arquivísticos governamentais, a maioria desprovida de padrões básicos de gerenciamento da informação arquivística, não correspondem ao ideal de uma sociedade em que os cidadãos têm pleno acesso às informações públicas. Fica difícil a área de treinamento eliminar as carência de conhecimentos apontados no levantamento apresentado no capítulo seguinte desta monografia, quando falta a escolaridade básica exigida pelo cargo, o que 28 dificulta qualquer entendimento teórico-prático por parte do funcionário para suportar um avanço seguro no nível do conhecimento. A opacidade dos arquivos públicos tem resistido aos diversos projetos de reforma do Estado, quando a sua exclusão é sempre mantida. A invisibilidade social daí decorrente acentua ainda mais a sua sobrevida. A fim de garantir o acesso aos documentos oficiais, torna-se necessário que os cidadãos reivindiquem os seus direitos e possam ter acesso pleno às informações sem encontrar qualquer percalço. Almejando tais objetivos, promulgou-se a Lei federal n.º 8.159. Em um de seus dispositivos, enseja-se o surgimento do princípio da gestão de documentos e, em particular, em seu artigo 7.º, § 1.º, expande-se a conceituação de arquivo, onde é definido como ... o conjunto de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos e entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos, no exercício de suas atividades (art. 7, § 1)”. Dessa forma, a cidadania plena só será alcançada na medida em que todos, Estado e sociedade, percebam a sua real importância, e lutem pela implementação de políticas públicas eficazes referentes, à informação arquivística. 29 2.2- A política nacional de arquivos públicos e privados e a gestão documental no Estado do Rio de Janeiro. Focalizaremos a política nacional de arquivos públicos e a gestão documental no Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a Lei federal n.º 8.159/91 e as Resoluções SARE n.º 2.747/1999 e n.º 2.794/1999, da Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação, com base no art. 1º do Decreto 25.166/99, e o que foi instituído nos decretos n.° 2.030/79 e n.º 25.086/96. São textos nos quais são normatizadas as atividades arquivísticas públicas. Na Lei federal n.º 8.159/91, são fixadas as bases da Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados. Define-se, no artigo 7.º, que os arquivos públicos são um conjunto de documentos produzidos e recebidos no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias. De acordo com o texto legal, os arquivos dos órgãos do Poder Executivo da Administração Direta e Indireta, são considerados públicos, visto que organizam técnica e administrativamente um conjunto de documentos e informações destinados a garantir o acervo documental, parte integrante da Administração Pública Estadual. Não sendo privativo de cada instituição ou de quem a administra. Esta lei determina, que uma legislação estadual definirá os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais, bem como a gestão de acesso aos documentos, observado o disposto na Constituição Federal e na referida lei. É digna de elogios a atual iniciativa da Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação, visando a solucionar o problema de uma área, 30 tão importante para o serviço público, e que preocupa os arquivistas e documentalistas há mais de vinte anos. Ao examinarmos a legislação, por hora, em vigor, desejamos salientar alguns pontos da Resolução SARE n.º 2.747/99, em que é definida a tabela de temporalidade e destinação de documentos do Poder Executivo Estadual. Nela estabelecem-se como principais critérios os seguintes: a) a aplicação da tabela se fará pela comissão de avaliação de documentos de cada secretaria, e respectivos órgãos vinculados; b) a eliminação de documentos será precedida de preenchimento do termo de inutilização de documentos; c) fica a coordenação de documentação do Departamento Geral de Administração e Finanças da SARE responsável pela assistência técnica às comissões, para orientação e eventuais consultas na aplicação da tabela. A tabela de temporalidade foi muito bem planejada e estruturada, é um paradigma para os procedimentos a serem adotados pelos demais poderes estaduais. Cada um deles deverá somente, acrescentar os assuntos dos documentos e processos que lhes sejam peculiares. Na Resolução SARE n.º 2794/99, está instituído o manual de procedimentos para a classificação de documentos do Poder Executivo. São fixadas, nela, as bases para o tratamento técnico arquivístico dos documentos da Administração Pública, que apresentamos a seguir: a) o código de classificação de documentos é um instrumento fundamental no gerenciamento da informação, possibilitando mais eficiência e agilidade nos procedimentos e rotinas administrativas; b) a classificação por assuntos é a atividade inicial do processo de gestão documental, perpassando todas as suas etapas, 31 desde a produção, o recebimento, a tramitação e a expedição dos documentos até seu arquivamento e a recuperação da informação; c) o código contempla as atividades-meio da administração direta e indireta, constituindo-se de duas classes comuns a todos os órgãos da administração pública; d) a comissão de avaliação de documentos deverá proceder à análise da documentação, considerando o ciclo vital dos documentos, isto é, as fases de arquivamento corrente, intermediário e permanente, a função em decorrência da qual os documentos foram produzidos e quais os valores – primários ou secundários lhes podem ser atribuídos face à sua utilização; e) os documentos do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, para efeito de valores face a sua utilização são assim definidos: x� de valor primário – aqueles que, interessam primordialmente as próprias instituições onde se originaram e que refletem as ações imediatas para as quais foram criados; x� de valor secundário – aqueles que, interessam a outras entidades ou pesquisadores e podem ser utilizados para outros fins que não aqueles para os quais foram criados, e podem ser: �� probatórios – contém a prova da organização e funcionamento dos órgãos ou instituições que os produziu. �� informativos – são aqueles que contém dados e informações sobre pessoas físicas e jurídicas, fenômenos, problemas, objetos, edificações; f) concluída a análise, a comissão de avaliação de documentos deverá elaborar a tabela de temporalidade, instrumento de 32 destinação de documentos que determina os prazos em que os mesmos devem ser mantidos nos arquivos correntes e/ou intermediários ou recolhidos aos arquivos permanentes, estabelecendo critérios para reprodução, microfilmagem, digitalização de imagem, e eliminação; g) os arquivos dos órgãos e instituições do Governo do Estado do Rio de Janeiro, para efeito de utilização, são classificados da seguinte forma: x� correntes – aqueles que conservam documentação muito solicitada, em geral de assuntos não solucionados; x� intermediários – são depósitos para documentação pouco consultada, mas necessáriapara eventual utilização administrativa; x� permanentes – para conservação de documentos não mais necessários para consulta intensa, a documentação, em geral, é constituída por assuntos já solucionados ou em razão do seu valor jurídico ou histórico; h) cumprido os prazos de retenção no arquivo intermediário os conjuntos arquivísticos serão eliminados ou recolhidos ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, para guarda permanente, quando as informações contidas nos documentos são consideradas para fim de prova, informações e pesquisa; i) a tabela só deve ser aplicada após sua aprovação pela instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência, no caso, o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro; j) o não cumprimento dos critérios acima sujeita o infrator às penalidades previstas na Lei 8.159/91, ou seja, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente considerado de interesse público e social ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa. 33 Nos procedimentos determinados pela Lei federal n.° 8.159/91 não ficou explícito, no art. 25, em que está disposto que ficara sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor permanente ou considerados de interesse público ou social. Entendemos que uma lei ordinária deve ser criada com objetivo de estabelecer princípios, normas e regras de um regime de gestão documental responsável a serem observados pela União, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, e penalidades para a má administração documental, permitindo que sejam imputadas responsabilidades pessoais a seus administradores quando forem desobedecidas as regras e normas previstas. Esta lei complementar deve ter como princípio a transparência e amplo acesso da sociedade aos resultados administrativos obtidos com o uso dos recursos públicos. A responsabilidade na gestão documental pressupõe a ação planejada e transparente e em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio da análise, seleção e destinação dos documentos públicos, mediante o cumprimento de metas de resultados entre arquivar e eliminar e a obediência a limites e condições no que tange a regras e normas estabelecidas. Os órgãos responsáveis pela observância das normas referidas são considerados partes integrantes do Sistema Nacional de Arquivos. Tais órgãos devem propor a criação de uma legislação específica que trate da obrigatoriedade das normas estabelecidas e da fiscalização ao cumprimento destas. A lei servirá de diretrizes para os órgãos públicos, que têm como função social principal garantir o pleno acesso as informações contidas em seus arquivos. 34 Nas Resoluções SARE n.º 2.747/99 e n.º 2.794/99, onde são estabelecidas as normas e os procedimentos, encontramos um ideal de gestão documental que está em desacordo com a realidade, pois se percebe que não há pessoal qualificado para desenvolver as tarefas específicas dos arquivos das instituições públicas estaduais. Portanto, como em geral acontece, as normas legais preconizadas estão a frente do contexto real, que na prática se inviabiliza em decorrência do mal preparo dos funcionários e as acomodações em que são guardados os documentos. 35 CAPÍTULO 3 Metodologia de estudo Em nossa pesquisa foi utilizada a metodologia indutiva, que consiste em estabelecer uma proposição geral com base no conhecimento de certo número de dados singulares e de menor generalidade. Buscamos definir as etapas de modo podermos levantar o material suficiente para o desenvolvimento de nosso trabalho. A primeira etapa consistiu-se no levantamento de referências bibliográficas. Foram feitos levantamentos de estudos em livros, revistas, jornais e referências legislativas, além da busca de documentos não publicados, em geral, incluídos na chamada de literatura cinzenta, cujo acesso fica vedado ao público em geral. A segunda etapa consistiu-se na pesquisa de campo. Foi feita a investigação nos cursos de Arquivo e Documentação, da Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro, ministrados a servidores públicos, e em alguns arquivos das escolas estaduais no interior do Estado do Rio de Janeiro. A terceira etapa foi a fase aplicada, visando ao levantamento de um problema concreto, qual seja, a qualificação técnica e científica do pessoal, nos arquivos do poder executivo estadual. A quarta etapa consistiu-se na elaboração do texto, a partir da análise dos dados coletados. 36 3.1- Desenvolvimento das etapas de pesquisa 3.1.1- Levantamento de referências bibliográficas e documentos não publicados Na pesquisa bibliográfica buscaram-se dados gerais pertinentes ao assunto, em livros, dicionários, revistas especializadas, jornais, apostilas, teses e dissertações, em algumas bibliotecas e no Arquivo Público Estadual. Foram levantadas as normas legais federais e estaduais, a fim de que fossem identificados e analisados os critérios utilizados na guarda e na conservação do acervo documental nas instituições públicas estaduais. Encontramos poucos documentos não publicados, sendo os mais significativos a tabela de temporalidade da Fundação Escola de Serviço Público RJ; a tabela de temporalidade elaborada pelo Departamento Geral de Documentação da Secretaria Estadual de Justiça e o manual de procedimentos para avaliação e descartes, do Departamento Geral de Arquivos e Documentação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que, devido à escassez de material publicado sobre o tema estudado aliado ao fato do pesquisador não ter pessoal que o auxiliasse na pesquisa, a coleta de dados ficou limitada em relação ao universo da pesquisa. Estes elementos constituíram-se em uma grande dificuldade, mas não impediu o tratamento qualitativo dos dados. 37 3.1.2- A pesquisa de campo Determinamos como sujeitos da pesquisa de campo os servidores dos arquivos de diversas secretarias estaduais, fundações, autarquias e empresas públicas, além de secretários e auxiliares de escolas públicas estaduais de vários municípios, como Angra dos Reis, Araruama, Campos, Cordeiro, Belford Roxo, Macaé, Petrópolis, Nova Friburgo, Niterói, Itaperuna, Vassouras e Volta Redonda, que freqüentaram os cursos dos projetos “TREINAR”, “PROCAM” e de “EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA”, realizados pela Fundação Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro – FESP-RJ. Dos cem funcionários entrevistados, apenas três conheciam os métodos de arquivamento, sendo que estes desconheciam as Resoluções SARE n.º 2.747/99 e n.º 2.794/99, portanto, não cumpriam os critérios estabelecidos para depurar seus documentos, e, por cautela, preferiam guardar toda a documentação, apesar do pouco espaço existente em suas repartições. Os demais servidores, além de não conhecerem as resoluções referidas e os métodos de arquivamento, ficaram surpresos e temerosos com a possibilidade de depuração dos documentos, pois isto demandaria tempo, empenho profissional e maior responsabilidade na execução das tarefas arquivísticas. Nossa pesquisa serviu para confirmar a visão de que as normas e os procedimentos fixados, por leis, decretos e resoluções, por mais que sejam fundamentais na gestão dos documentos públicos, se inviabilizam na prática, quando observamos que os servidores lotados nosarquivos não têm, em geral, formação específica, e se mantém a cultura de que o Arquivo só serve como depósito de papéis velhos sem uma preocupação com o caráter probatório dos mesmos. Assim, a função social do Arquivo, que é a de garantir o pleno acesso às informações, é vilipendiada, provocando prejuízos à sociedade, em geral, e, em particular, aos próprios órgãos públicos. 38 Com base nas Resoluções SARE n.º 2.747/99 e n.º 2.794/99, e tendo em vista os elementos levantados em nossa pesquisa, observamos que o conflito existente entre as normas e procedimentos estabelecidos, e a desqualificação do pessoal está patente. Resta então adotar posturas, levando em consideração que: I. algumas necessidades de treinamento e desenvolvimento devem ser supridas, com cursos de longa duração em escolas especializadas, quer de formação regular do sistema de ensino oficial, quer de formação especial em escolas profissionalizantes, nos moldes da escola do SENAI e SENAC; II. Os órgãos estaduais responsáveis pela administração de recursos humanos devem preencher o quadro de pessoal com profissionais que atendam, no mínimo, aos padrões de formação exigidos pelos pré- requisitos das avaliações de cargos, realizando concursos públicos para a área de gestão documental e contratando profissionais habilitados, técnicos de arquivo e arquivistas, de acordo com a Lei federal n.º 6.546/78. A outra alternativa será a capacitação de funcionários internos, que buscaram melhorar sua própria formação escolar. A partir dos dados levantados em nossa pesquisa podemos afirmar que, na prática, o Poder Executivo Estadual perde muito em tempo e esforço de treinamento, treinando servidores sem base técnica, que possam suportar e manter o treinamento recebido. Assim, os cursos oferecidos não surtem o efeito desejado, visto que se restringe à abordagem em si de conteúdos sem um cuidado maior no tocante à aplicabilidade dos mesmos. Se os servidores não têm uma formação específica para atuar no Arquivo, os cursos acabam não lhes oferecendo instrumental que possam ser aplicadas em seu setor de trabalho, uma vez que demandam tempo e condições infra-estruturais que não dispõe em seu dia-a-dia. 39 No contexto das escolas, por exemplo, os servidores que entrevistamos passararm por treinamentos, mas desconheciam as técnicas arquivísticas e desenvolviam uma prática empírica, sem perceber a importância da manutenção das atividades de arquivo a fim de prestar um serviço, quando solicitado, a expedição de declarações, histórico escolar, entre outros documentos. Realizavam tarefas como haviam lhe passado outros colegas. Arranjo e classificação eram termos cuja conotação não se relacionava à Arquivologia. Assim, o que está preconizado na Resolução SARE n.º 2.747/99, não se efetiva mudando a prática de arquivamento nas repartições estaduais, mantendo a visão de que o arquivo é apenas um depósito de papéis cuja finalidade maior se desconhece, ou seja, seu valor histórico e probatório. Percebe-se um acúmulo de documentos e não se vislumbra a possibilidade de aplicar a tabela de temporalidade para depurar o acervo documental. 40 CAPÍTULO 4 Conclusão As Resoluções SARE n.º 2.747/99 e 2.794/99, com base na Lei federal n.º 8.159/91, definiram respectivamente, a tabela de temporalidade e a classificação de documentos do poder executivo estadual, essas normas têm como meta resolver o grave problema de guarda e eliminação dos documentos, pois o espaço nos arquivos não acompanha o número de feitos. O presente estudo teve como objetivo primordial verificar até que ponto os órgãos públicos do executivo estadual obteriam maior segurança e eficácia para o arquivamento, preservação e acesso aos documentos ao implementar o Plano de Gestão Documental – PGD, seguindo os critérios da Lei federal n.° 8.159 e das Resoluções SARE n.º 2.747/99 e n.° 2794/99, sem que os servidores lotados em seus arquivos tenham a capacidade técnica e a idoneidade necessárias para o desempenho das tarefas que a própria função exige. Os entrevistados, pertencentes aos arquivos dos órgãos do poder executivo acharam-se incapazes de gerir a documentação, pois não têm a habilidade para tal ato, consideraram que os órgãos responsáveis pela observância das normas referidas acima, deveriam propor uma legislação específica, que serviria de diretriz para essas unidades administrativas. Estas teriam como função social principal garantir a integridade do acervo arquivístico e o pleno acesso as informações contidas em seus documentos. A grande maioria dos gestores da documentação desconhecem ou deixam de cumprir as normas estabelecidas no Plano de Gestão Documental – PGD, bem como os métodos básicos de arquivamento dos documentos. Não foi detectado nenhum funcionário formado em curso superior de Arquivologia ou Técnico de Arquivo. 41 Os dados da pesquisa apontaram uma necessidade de: a) complementação da Lei 8.156/91; b) divulgação mais abrangente e efetiva do Plano de Gestão Documental nos órgãos do poder executivo estadual, tanto na capital como no interior; c) cursos de capacitação, de longa duração, na área arquivística para o s servidores dos arquivos; d) realização de concursos públicos, para arquivistas e técnicos de arquivo (Decreto 82.590/78); e) essas mudanças devem ser feitas através de um amplo debate visando a conscientização dos responsáveis pelos órgãos públicos no que tange à Gestão Documental. A Resolução SARE n.° 2.747/99 deixou sob a responsabilidade das comissões de avaliação de documentos e depuração dos documentos não constantes na tabela, e que esta só deve ser aplicada após sua aprovação pela instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência, no caso o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. Como essa responsabilidade poderá ser assumida se os funcionários não passaram por um treinamento capacitando-os para aplicar as normas com segurança. Sem um investimento estatal nesse treinamento os servidores continuaram a mercê de uma prática que não lhes permite um salto de qualidade organizando os arquivo sem deixar que estes se torne o depósito de documentos, mas um centro concentrador de documentos com valor histórico e probatório. Não se investindo em treinamento e modernização do arquivo, os problemas apontados no decorrer de nosso trabalho continuarão a gerar insegurança. Completando está situação, não havendo fiscalização nem punição aos órgãos públicos, no que diz respeito à obrigatoriedade do 42 cumprimento das normas prescritas, o pessoal responsável pelo arranjo dos documentos, não será impelido a atender às determinações e gerir profissionalmente a documentação. As mudanças, por nós, apontadas acima, são fundamentais para a gestão dos documentos públicos, o que permitirá aos serviços de arquivo atender melhor a sua função social, qual seja, dar proteção especial a documentos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e elemento de prova e informação. Para finalizar, deixamos em aberto um questionamento que poderá ser alvo de estudos futuros: até que ponto os órgãos do Poder Executivo terão maior segurança e eficácia no arquivamento, preservação e acesso aos documentos públicos, se não investem na contratação de pessoal especializados e recapacitação de servidores não qualificados para a execução das tarefas arquivísticas?43 Bibliografia 1. ADAMS, Randolph G. The character and extent of fugitive archival materials. The American Archivist.2(3), n.º 95, apr. 1939. 2. REVISTA DO ARQUIVO NACIONAL. Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, v. 4, jul./dez. 1990. 3. BASTOS, Octavio Paulo Manso. Diagnóstico e avaliação de T & D: processo de T & D. In: BOOG, Gustavo G. (Org.). Manual de treinamento & de desenvolvimento. São Paulo: Makron Books, 1994. 4. BOOG, Gustavo G. (Org.). Manual de Treinamento & Desenvolvimento ABTD. São Paulo: Makron Books, 1994. 5. BRASIL. Lei federal n º 8.159/91, de 8 de janeiro de 1991. 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