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Módulo Nascimento tutoria 9

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Objetivo 1 – Desenvolvimento neuropsicomotor da criança
 Chamamos de desenvolvimento neuropsicomotor o conjunto de todas as reações da criança, todo o seu comportamento que evolui progressivamente ao longo do tempo sob a forma de funções e habilidades cada vez mais específicas.
As bases fisiológicas que explicam esta evolução neuropsicomotora assentam-se no próprio crescimento somático e desenvolvimento (mielinização, formação e remodelamento sinápticos) das vias motoras, sensitivas, sensoriais, de linguagem, raciocínio e memória dos sistemas nervoso central e periférico.
A sequência do desenvolvimento neuropsicomotor ocorre no sentido céfalo-caudal, proximal-distal e da borda ulnar-borda radial. Por exemplo, o lactente adquire primeiro o controle de cabeça, para depois adquirir o controle de tronco, o sentar, o engatinhar e o andar; primeiro é adquirida a capacidade proximal de levar as mãos à linha média para depois se aprimorar a capacidade de preensão; a pega é palmar ulnar inicialmente, e com a evolução se torna uma pega palmar radial, para depois alcançar o controle mais fino que é o de pega em pinça (oposição entre polegar e indicador).
0-2 meses
Os movimentos dos membros consistem em grande parte contrações descontroladas, com um abrir e fechar de mãos, aparentemente sem propósito.
O sorriso manifesta-se involuntariamente; Por outro lado, a fixação do olhar, o voltar a cabeça e sucção estão sob melhor controle e por isso podem ser usados para a avaliar a cognição e percepção do lactente.
Desenvolvimento Cognitivo:
 Os cuidados com o bebe proporcionam estímulos visuais, auditivos, táteis e olfativos que são a base do desenvolvimento da cognição.
RN podem reconhecer expressões faciais (sorrisos) como semelhantes, mesmo quando surgem em rostos diferentes.
Tentem a buscar por estímulos, como se fase uma tentativa de compreender o mundo.
Desenvolvimento emocional: A disponibilidade constante de um adulto confiável oferece condições para um vinculo com segurança.
A confiança básica X desconfiança (1 estagio de Erikson) depende do vinculo e da ligação recíproca da mãe. 
Os lactentes que são atendidos todas as vezes que manifestam desconfortos choram menos quando completam 1 ano e apresentam um comportamento menos agressivo aos 2 anos. 
Os episódios de choro costumam a atingir um pico de duração na 6 semana, idade em que os lactentes sadios choram por ate 3hs no dia, depois o tempo diminui para 1 h ou menos aos 3 meses de vida.
2-6 meses
Com 2 meses, a manifestação do sorriso voluntario e o crescente contato pelo olhar marcam uma mudança no relacionamento pais e filho, ampliando o sentimento de os pais também serem amados.
Os reflexos arcaicos, que limitavam os movimentos voluntários se atenuam (RTCA). 
O desaparecimento do reflexo de preensão permite não só segurar os objetos como soltá-los.
A qualidade dos movimentos espontâneos sofre mudança, passando de mais amplos e desordenados para menores e circulares (mov. irrequietos)
Ausência desses movimentos irrequietos pode ser um fator de risco de anormalidades neurológicas mais tardias.
Um maior controle da flexão do tronco possibilita rolar o corpo intencionalmente. A partir do momento que o bebe consegue manter a cabeça ereta quando sentada, ela pode manter o olhar firme sobre as coisas, em vez de meramente passar os olhos, e pode começar a apegar alimentos com uma colher. Ao mesmo tempo, o amadurecimento do sistema visual permite maior percepção de profundidade.
Alcançam uma auto-regulação estável e ciclos de sono e vigília regulares. 
Necessidade totais de sono: 14-16hs por dia, com cerca de 9-10hs concentradas durante a noite.
Desenvolvimento cognitivo:
Os lactentes nesse período começam a explorar seus próprios corpos, olhando fixamente para suas mãos, vocalizando, gargarejando e tocando suas orelhas, bochechas e genitais. 
Essa exploração representa o estagio inicial do aprendizado de causa e efeito, a medida que os lactentes percebem que os movimentos musculares voluntários se associam a sensações táteis e visuais previsíveis. 
6-12 meses
Com a aquisição da capacidade de sentar, o aumento da mobilidade e as novas habilidades para explorar o mundo, os lactentes com 6 a 12 meses de vida progridem no conhecimento cognitivo e na competência de comunicação.
Os lactentes manifestam vontades e intenções;
A capacidade de sentar-se sem apoio (6-7 meses) e de girar sentado (9-10 meses), proporciona oportunidades cada vez maiores de manipular diversos. Essa exploração é auxiliada pela capacidade de preensão entre os dedos e o polegar.
Muitos lactentes começam a engatinham e colocar-se de pé aos 8 meses e tentam andar em seguida.
As conquistas motoras se associam com o aumento da mielinização e crescimento do cerebelo.
Desenvolvimento cognitivo:
Com 6 meses lactente já descobriu as mãos e logo aprenderá a manipular objetos. No inicio leva tudo a boca; 
O marco principal do desenvolvimento é perceber a permanência do objeto por volta dos 9 meses (constância), compreender que o objeto permanece existindo mesmo quando não é visto.
Comunicação: Os lactentes de 6 meses são adeptos a se comunicarem de forma não verbal, expressando uma variedade de emoções e respondendo a sons vocais e expressões faciais.
9 meses--- expressões compartilhadas; mostram seus brinquedos aos pais
12-18 meses 
A criança começa a andar e tem pernas relativamente curtas e tarso longo; Uma lordose lombar exagerada leva a protusão do abdome.
No inicio as crianças caminham de base alargada, joelhos arqueados e braços fletidos no cotovelo; Aparência de genus varus.
Depois de vários meses praticando o centro de gravidade se desvia para trás e tronco fica mais estável, embora os joelhos se estendam e os braços balancem para dar equilíbrio.
Desenvolvimento cognitivo: A exploração do ambiente aumenta paralelamente a melhora das destreza (alcançar, segurar e soltar) e mobilidade. Faz torre de blocos
A imitação dos pais e de crianças mais velhas apresenta um modo importante de aprender.
Desenvolvimento emocional: Os lactentes que se aproximam do andar podem apresentar um humor de irritado, porem quando realizam o ato de andar seu humor muda. Andar: Estagio de autonomia e separação de Erikson
Desenvolvimento da linguagem:
A linguagem receptiva procede a linguagem expressiva.
Aos 12 meses, quando eles começam a pronunciar os primeiros monossílabos, já respondem a diversas colocações como ‘não, tchau, e me da’.
18-24 meses
Ocorre melhora do equilíbrio e da agilidade e surgimento da capacidade de correr e subir escadas.
Desenvolvimento cognitivo:
Fim do período sensório-motor
A permanecia do objeto está definitivamente estabelecido.
As alterações estão muito relacionadas com as alterações emocionais e de linguagem aos 18 meses;
Transformações simbólicas- alimentar uma boneca
Desenvolvimento emocional: Ocorre estagio de reaproximação que pode ser uma reação a maior percepção da passibilidade de separação. (pais não podem ir a lugar nenhum sem a criança)
Desenvolvimento da linguagem: Aumento para 10 a 15 palavras no vocabulário da criança aos 18 meses, para 50 a 100 aos 2 anos.
Idade pré-escolar ( Entre 2 e 5 anos)
Idade é caracterizada pelo surgimento da linguagem e pela exploração da criança a uma esfera social cada vez maior. 
Desenvolvimento físico:
O crescimento dos órgãos genitais é proporcional ao crescimento somático. 
A energia física atinge o máximo e a necessidade de sono cai para 11-13hs por dia. 
Aos 3 anos já nasceram todos os dentes de leite;
A maioria das crianças apresenta uma marcha bem desenvolvida e corre com firmeza antes dos 3 anos de idade. Ocorre uma ampliação das atividades motoras como de pegar, jogar e chutar bolas, andar de bicicleta, dançar e outros comportamentos.
As diferenças individuais em relação ao desenvolvimento cognitivo e emocional dependem do ambiente social.
A preferencia pelo uso de uma das mãos é normalmente estabelecida aos 3 anos
O controle do intestino e da bexiga normalmenteocorre nesse período. Molhar a cama é normal até os 4 anos em meninas e 5 nos meninos.
 Crianças muito ativas e com precocidade motora tendem a enfrentar maior risco de traumas, e os pais devem orientar sobre precações e segurança.
Linguagem: 
O desenvolvimento da linguagem ocorre mais rapidamente entre os 2 aos 5 anos. O vocabulário aumento de 50 a 100 palavras para mais de 2000. As sentenças avançam de frase telegráficas como “nenê chora” para sentenças que incorporam todos os principais componentes gramaticais
A aquisição do vocabulário depende do meio em que a criança vive (relacionado a frequência que os adultos fazem perguntas e estimulam a verbalização);
Crianças que crescem na pobreza tem um desempenho menor; A linguagem esta relacionada tanto ao desenvolvimento cognitivo como emocional. O atraso da fala pode ser uma das principais indicações de que a criança possui retardo mental, autismo ou é maltratada.
O desenvolvimento da linguagem pré-escolar é fundamental para o alicerce do sucesso escolar futuro. O vocabulário e linguagem melhoram quando os pais leem sempre para a criança
Cognição:
O período pré-escolar corresponde ao estagio pré-operacional de Piaget (pré-lógico), caracterizado pelo pensamento magico, egocentrismo e um pensamento determinado pela percepção e não pela abstração. O pensamento magica caracteriza pela fusão entre coincidência e causalidade, crenças sobre o poder do desejo. Acredita que as pessoas fazem chover por carregarem guarda-chuvas e que o sol se põe porque esta cansado e que o ressentimento com o irmão pode faze-lo adoecer; O egocentrismo refere-se a incapacidade da criança aceitar outro ponto de vista, mas não tem a conotação de egoísmo
Brincar:
Brincadeira envolve fantasias e imaginação: atividade física, socialização, aprendizado e a prática de papeis de adultos. 
Com 3 anos observa-se brincadeiras cooperativas como construir em conjunto uma torre de blocos e mais tarde brincadeiras em grupos organizados, com a atribuição de papeis distintos, como brincar de casinha. 
A brincadeiras ficam cada vez mais dirigidas por regras; A brincadeira permite a resolução de conflitos e ansiedades e a liberação da criatividade. Criatividade mais evidente quando estão desenhando.
Idade escolar (Entre 6 e 11 anos)
A criança desenvolve noções de tempo, espaço, velocidade, ordem, causalidade, já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso de uma anterior, anulando a transformação observada (reversibilidade). Exemplos: Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de “refazer” a ação.
Os membros inferiores são mais longos em relação ao tronco
A perda dos dentes de leite é o sinal mais marcante da maturação e tem inicio após a erupção dos primeiros molares, por volta dos 6 anos.
A força muscular e coordenação motora aumentam progressivamente, assim como a capacidade de executar movimentos complexos, como dançar ou jogar basquete.
Desenvolvimento cognitivo:
No lugar de fenômenos imaginários, a criança aplica cada vez mais regras baseadas na observação. (operação logica completa). 
A escola traz demanda cognitiva cada vez maior.
Desenvolvimento moral: Por volta dos 5-6 anos criança já desenvolveu uma consciência, o que significa que ela interiorizou as regras da sociedade. Pode distinguir o certo e errado
Adolescência (10 a 20 anos)
A adolescência é o período de desenvolvimento, a puberdade é o processo biológico pelo qual a criança se torna um adulto, por meio de aparecimento de características sexuais secundárias, crescimento até a estrutura de adulto e desenvolvimento da capacidade de reprodução. 
As alterações seguem uma sequência previsível; Dividida em adolescência inicial, media e tardia.
Adolescência inicial:
10-13: adolescência inicial, pelos, mamas, etc.
Meninos: 1 indicio de puberdade e marco estagio 2 = aumento dos testículos (9anos e meio) seguido pelo crescimento do pênis (estagio 3 de Tanner)
Meninas: 1 sinal e marco do estagio 2 = aparecimento dos botões mamários, entre 8-12 anos e a menarca ocorre 2-2,5 anos depois.
14-16: adolescência media: 6 a 7 cm por ano na fase pre-púbere.
 Menina: estirão atinge ápice aos 11,5 anos (8,3cm/ano) e depois desacelera até os 16.
 Menino: pico aos 13,5 anos com 9,5cm/ano e desacelera até os 18. 
O peso aumenta com um atraso de vários meses (primeiro espicham, depois engordam). O fechamento epifisário depende dos hormônios sexuais e de sua atividade. 
17-20: adolescência tardia: As alterações somáticas nesse período são modestas em comparação aos períodos anteriores
Os estágios finais do desenvolvimento das mamas, do pênis e dos pelos pubianos ocorrer 17-18 anos normalmente.
Reflexos: Achados normais que desaparecem após um certo período, sendo o seu reaparecimento sinal de doença:
Reflexo de Moro (reflexo do abraço):
Descrição: Na posição supina (tronco para cima) elava-se o bebe pelo tronco acima do plano da mesa e repentinamente o solta, apoiando-o em seguida para que não caia. O objetivo é produzir uma extensão rápida do pescoço e da cabeça. Ocorre a abdução seguida de adução e flexão das extremidades superiores, flexão do pescoço e choro
Desaparecimento: Aos 3 meses (sua forma típica); 6 meses desaparece definitivamente
Reflexo tônico cervical assimétrico 
O bebe na posição supina sofre uma rotação da cabeça para um lado por 15 segundos. A resposta esperada é a extensão das extremidades do lado do queixo e flexão das extremidades do lado occipital.
Desaparece aos 3-4 meses
Reflexo de Preensão palmar:
Na posição supina, o examinador coloca o seu polegar sobe a face palmar do bebe. A resposta esperada é a flexão dos dedos e fechamento da mão.
Desaparece aos 6 meses
Reflexo preensão plantar:
Na posição supina, o examinador comprime o seu polegar sobe a face plantar, abaixo dos dedos do pé. A resposta é a flexão dos dedos do pé.
Desaparece ao 15 mês
Reflexo de Galant:
Coloca-se o bebe em prona, com o tronco apoiado sobe o braço do examinador. Com o dedo da mão contralateral estimula a pele do dorso, fazendo movimento linear vertical que parte do ombro até as nadegas a cerca de 2cm da coluna. A resposta esperada é a flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado
Desaparece aos 4 meses
Reflexo do extensor suprapubico:
Na posição supina pressiona-se a pele acima do púbis com os dedos. A resposta esperada é a extensão de ambos os membros inferiores com rotação interna e adução das articulações coxofemoral
Desaparece: 1 mês
Relexo do extensor cruzado:
O bebe é colocado em posição supina e uma das extremidades inferiores é submetida a flexão passiva. A resposta é a extensão do membro inferior contralateral com adução e rotação interna da coxa.
Desaparece: após 6 semanas (1 mês e meio)
Reflexo do Rossolime:
Na posição supina, percute-se 2 a 4 vezes a superfície plantar. A resposta esperada é flexão dos dedos
Desaparece: 1 mês
Reflexo do calcanhar:
Na posição supina, percute-se o calcanhar do bebe estando ele com o membro examinado em flexão de quadril e joelho e tornozelo em posição neutra
Desaparece: 3 semanas
Reflexo do apoio plantar e marcha:
Se segura o RN de pé pelas axilas e ao colocar seus pês apoiados sobre uma superfície, imediatamente ele retificara o corpo e iniciará a marcha reflexa.
Desaparece: após 2 meses
Refelxo de Landau:
Com uma das mãos suspendemos o lactente pela superfície ventral. Com a outra mão flexionamos a cabeça rapidamente e todo o corpo entra em flexão. Aparecimento e desaparecimento: Surge aos 3 meses e desaparece ao final do 2 ano.
Reflexo de Babkin
Pressiona-se a mão do lactente e verifica-se a abertura da boca.
Desaparece aos 4 meses.Refelxo de Succao:
Ao tocar os lábios de um lactente com o cotonete verificamos movimentos de sucção
Desaparece: em vigília aos 3 meses e durante o sono aos 6 meses
Reflexo da procura:
Ao tocar suavemente a bochecha do lactente, ele roda o pescoço em direção ao lado estimulado e abre a boca
Reflexo da expulsão:
Ao tocarmos a língua do lactente com uma colher, por ex, ele faz movimentos de protrusão da mesma. 
Reflexo de babinski
Desaparece: por volta dos 2 meses. Sua permanência por um período maior que este deve levantar suspeita de paralisia cerebral.
OBJETIVO 2: O DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE UM PORTADOR DE DOWN
•	A Síndrome de Down (SD) é uma das alterações genéticas cromossômicas mais conhecidas, trata-se de uma desordem genética vista pela primeira vez pelo médico britânico John Langdon Haydon Down em 1866 
•	Causa: predominantemente a trissomia do cromossomo 21. 
•	Incidência em torno de um a cada 700 nascidos vivos 
•	Maior percentual incidindo sobre casos onde as mulheres se tornam mães com idade superior 35 anos. 
•	Principais características físicas faciais: a braquicefalia (diâmetro fronto-occipital bastante reduzido), fissuras nas pálpebras inclinadas superiormente, pregas epicânticas (pregas de pele que cobrem os cantos interiores das pálpebras), tais como os asiáticos, base do nariz chata, face com diminuição acentuada na atividade de formação de tecidos em sua porção medial e sua língua é hipotônica e levemente deslocada para frente.
•	Outras inerências à pessoa com SD são: notoriamente o pescoço encurtado, clinodactilia (deformação) do 5º dedo das mãos, distância aumentada que compreende o 1º e 2º dedos dos pés e geralmente apresentam baixa estatura.
•	Apresentam: hipotonia muscular, articulações mais fragilizadas e com hipermobilidade, alterações motoras e no sistema endócrino (principalmente relacionados à tireóide) e extrema sonolência. 
•	Uma das mais preocupantes características articulares que essa patologia propicia: está relacionada às duas primeiras vértebras da cervical (articulação atlanto - axial) que devido à sua maior instabilidade e hipermobilidade requerem cuidados na mesma proporção, visto que traumas nessa região podem causar lesões raqui-medulares e consequente tetraplegia.
•	Relataram que devido ao hipotireoidismo, as crianças com SD tendem a obesidade, o que geralmente influencia no desempenho de atividades motoras grossas principalmente. 
•	Cardiopatias também são bastante comuns nesse público.
•	O andar característico: causado pela ante-versão pélvica e pela larga base de apoio com os pés voltados para fora e joelhos genovaros (voltados para fora). 
•	Deficiência intelectual, podendo variar de criança para criança e quando bebês apresentam dificuldade para deglutir e efetuar sucção de líquido, evoluindo para problemas ao mastigar.
•	Hipotonia, face plana, dobras epicanticas inclinadas para cima, íris manchada (manchas de Brushfield); graus variáveis de retardo mental e do crescimento; displasia da pelve, malformações cardíacas e prega simiesca, mãos pequenas e largas, hipoplasia da falange média do 5º dedo, atresia duodenal, palato alto e arqueado; 5% dos pacientes com síndrome de Down
DESENVOLVIMENTO MOTOR E SÍNDROME DE DOWN
•	O Desenvolvimento Motor em uma criança com SD se dá de uma forma muito particular e cada uma com suas especificidades, isso muito se levando em conta o esperado grau de deficiência mental. 
•	No entanto, a visão de muitos pesquisadores é o fato de que a deficiência mental não é o que deve ser destacado e sim as capacidades que a pessoa com a síndrome possui de se adaptar e executar tarefas do cotidiano 
•	Os marcos motores iniciais eram demasiadamente parecidos em sua sequência de aquisição (do mais simples para o mais complexo) e isso não difere quando essa aquisição está relacionada às crianças com 
•	As crianças com esta síndrome, embora tenham uma variação bastante acentuada no nível de deficiência mental, podem adquirir um nível de habilidades motoras elevado, na mesma proporção ou muito próximo do que se espera em relação às crianças que não possuem essa patologia. 
•	Nem sempre as crianças com síndrome de Down apresentam todos os sinais e sintomas, o retardo mental apresentado nos indivíduos portadores da síndrome aparecem em graus diferentes, variando entre leve e severo.
•	Volume do cerebelo reduzido: Grande defasagem nas habilidades que exigem uma tonicidade muscular acentuada, como o equilíbrio e nesse caso, esse indivíduo é duplamente prejudicado, já que esta parte do encéfalo também é responsável pelo controle do equilíbrio
•	Se beneficiam de programas voltados a estimulação, desenvolvimento e educação.
•	Exames para detectar SD precoce: Translucência nucal, B-hcgserico materno, PAPP-A, estriol não conjugado e alfa-fetoproteína.
•	Há necessidade de avaliação e intervenção específica, com equipe multidisciplinar, desde o nascimento (estimulação precoce), passando pela infância e adolescência (estimulação psicomotora) até a vida adulta (estimulação voltada à produção/ trabalho).
•	Escala de Desenvolvimento Motor (EDM), que avalia e acompanha a evolução motora da criança dos 2 aos 11 anos, Os aspectos sugeridos como causa do atraso das aquisições dos marcos motores: hipoplasia do cerebelo (Coordenação motora e integração sensório-motora)
•	fraqueza exacerbada nas articulações, 
•	fraqueza muscular 
•	hipotonia 
•	O controle postural deficitário, 
•	Associação deteriorada entre músculos sinérgicos
•	Quanto aos sinais e sintomas é importante salientar os seguintes: hipotonia muscular, reflexo de moro débil, hiperflexibilidade articular, frouxidão ligamentar, instabilidade osteoarticular (instabilidade atlanto-axial).
•	No desenvolvimento infantil: uma das principais conquistas é a aquisição do andar, pode variar de 15 a 74 meses, estando presente, na maioria das crianças com síndrome de Down, aos três anos de idade. 
•	A marcha dessas crianças: é caracterizada por uma frouxidão ligamentar, hipotonia e debilidade das pernas que tendem a abaixar a posição da extremidade com abdução do quadril, juntamente com uma rotação externa do joelho.
•	Outra concepção também frequentemente encontrada é a de que o portador de síndrome de Down alcança o ápice de seu desenvolvimento cognitivo, da linguagem e de esquemas motores ao atingir a adolescência, iniciando-se, então, um declínio dessas capacidades.
•	Declínio das capacidades cognitivas do portador dessa Síndrome, caso as haja, devem ser cuidadosamente investigadas antes de serem atribuídas à demência (Alzheimer, principalmente) ou ao envelhecimento, pois podem decorrer de fatores outros, tais como situações de stress próprias à vida de todo aquele que envelhece (falecimento de pessoas próximas, declínio físico geral, limitações econômicas...), depressão, problemas com a acuidade visual e auditiva, mau funcionamento da glândula tireóide, entre outros.
Desenvolvimento cognitivo e linguístico
•	O atraso no desenvolvimento da linguagem, o menor reconhecimento das regras gramaticais e sintáticas da língua, bem como as dificuldades na produção da fala apresentados por essas crianças resultam em que apresentem um vocabulário mais reduzido, o que, freqüentemente, faz com que essas crianças não consigam se expressar na mesma medida em que compreendem o que é falado, levando-as a serem subestimadas em termos de desenvolvimento cognitivo.
•	Essas mesmas alterações lingüísticas também poderão afetar o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas, pois há maior dificuldade ao usar os recursos da linguagem para pensar, raciocinar e relembrar informações.
•	Vários estudos (ver abaixo) têm atestado que crianças portadoras de Síndrome de Down apresentam uma capacidade de memória auditiva de curto-prazo mais breve, o que dificulta o acompanhamento de instruções faladas, especialmente se elas envolvem múltiplas informações ou ordens/orientações consecutivas. Essa dificuldade pode, entretanto, ser minimizada se essas instruções forem acompanhadaspor gestos ou figuras que se refiram às instruções dadas.
•	No mesmo sentido, por apresentarem habilidades de processamento e de memória visual mais desenvolvidas do que aquelas referentes às capacidades de processamento e memória auditivas, as crianças portadoras de Síndrome de Down se beneficiarão de recursos de ensino que utilizem suporte visual para trabalhar as informações.
•	É imprescindível que às crianças portadoras de Síndrome de Down seja dada toda a oportunidade de mostrar que compreendem o que lhes foi dito/ensinado, mesmo que isso seja feito através de respostas motoras como apontar e gesticular, se ela não for capaz de fazê-lo exclusivamente de forma oralizada.
•	Estudos realizados por Marcell (1995) quanto ao desempenho de adolescentes portadores de Síndrome de Down em termos de memória auditiva de curto-prazo também confirmaram que esse desempenho se mostra deficitário nesse grupo, mesmo em condições de controle que minimizavam distrações auditivas e visuais. 
•	Adicionalmente, o mesmo autor considera que o déficit na memória de curto-prazo não aparentou estar relacionado a um déficit intelectual, nem tampouco pareceu estar casualmente relacionado à desatenção.
•	Menores volumes de matéria cinzenta e branca no cérebro dos portadores de Síndrome de Down, além de hipoplasia cerebelar; dados que corroboram achados anteriores de outros estudos. 
•	O volume dos lobos frontais, também significativamente reduzido nos portadores da Síndrome de Down, parece ser o responsável pelos déficits cognitivo, incluindo a falta de atenção e a tendência à perseveração. 
•	Entretanto, a hipótese de que nos portadores da síndrome haveria uma redução no giro superior temporal, justificando as dificuldades no processamento auditivo e na linguagem, não foi confirmada.
Bateria Psicomotora (BPM)
OBJETIVO 3: CITAR OS DIREITOS DAS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA SEGUNDO ECA
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 19901: 
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente
§ 1º A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e reabilitação. 
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. 
§ 3º Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o acompanhamento que se fizer necessário.
Art. 47. § 9º Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
Art. 54. III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
1Art. 70-A. Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e políticas públicas de prevenção e proteção.
Art. 87. VII – campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à adoção, especificamente interracial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos.
Art. 208. II – de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência; 
II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as formas de discriminação
CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
Artigo 23. 1) Os Estados-Partes reconhecem que a criança portadora de deficiências físicas ou mentais deverá desfrutar de uma vida plena e decente em condições que garantam sua dignidade, favoreçam sua autonomia e facilitem sua participação ativa na comunidade.
VI – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade);
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
III – não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência;
Art. 1º § 1º Para fins deste decreto, considera-se público-alvo da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação.
Art. 2º A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
Art. 5º A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos estados, municípios e Distrito Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência.
§ 5º Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência.
Objetivo 04: Discutir sobre o preconceito que envolve crianças portadoras de deficiências
•	O indivíduo preconceituoso fecha-se dogmaticamente em determinadas opiniões, sendo assim impedido de ter algum conhecimento sobre o objeto que o faria rever suas posições e, assim, ultrapassar o juízo provisório.
•	O diferente estigmatizado evoca lembranças que quer negar, e mesmo nos momentos em que se torna possível a convivência é convencido da inconveniência de mostrar o que pode parecer identificação com “um outro”.
•	Esse sentimento ambíguo, de que nos fala Crochik (1997), é que determina o afastamento, o que impede o contato pelo medo de que, com a identificação, sejamos analogamente humilhados.
•	O preconceito cumpre também uma função social: construir o diferente como culpado pelos males e inseguranças daqueles que são iguais.
•	No ensaio “ Educação após Auschwitz”, Adorno (1995b, p. 122) afirma que “ a violência contra os fracos se dirige, principalmente, contra os que são considerados fracos”.
•	...Vem também do medo do diferente, do que não é conhecido, podendo ser transformado em inferioridade, desigualdade e exclusão.
•	O preconceituoso afasta esse “ outro”, porque ele põe em perigo sua estabilidade psíquica.
•	Dinâmica do preconceito: descrita como atitude hostil direcionada a objetos definidos a partir de generalizações, informações imprecisas e incompletas.
•	O preconceito às pessoas com deficiência configura-se como um mecanismo de negação social, uma vez que suas diferenças são ressaltadas como uma falta, carência ou impossibilidade.
•	A deficiência inscreve no próprio corpo do indivíduo seu caráter particular.
•	A estrutura funcional da sociedade demanda pessoas fortes, que tenham um corpo “ saudável”, que sejam eficientes para competir no mercado de trabalho.
•	O corpo fora de ordem, a sensibilidade dos fracos, é um obstáculo para a produção. 
•	Os considerados fortes sentem-se ameaçados pela lembrança da fragilidade, factível, conquanto se é humano. As pessoas com deficiência causam estranheza num primeiro contato, que pode manter-se ao longo do tempo a dependerdo tipo de interação e dos componentes dessa relação. O preconceito emerge como um comportamento pessoal, porém não pode ser atribuído apenas ao indivíduo, posto que não se restringe a exercer uma função irracional da personalidade.
•	O corpo marcado pela deficiência, por ser disforme ou fora dos padrões, lembra a imperfeição humana.
•	O que também parece perturbar nos contatos com pessoas com deficiência é o fato de não sabermos como lidar com elas, posto que a previsibilidade é uma forte característica das relações sociais da contemporaneidade.
•	Quando passamos a reconhecer alguém pelo rótulo, o relacionamento passa a ser com este, não com o indivíduo.
O atual discurso pedagógico, tardiamente no Brasil, recorre a uma perspectiva de acolhimento das diferenças por meio da orientação inclusivista, no intuito de que todos os alunos estudem num ambiente único e que o foco da aprendizagem não esteja no aluno, mas na classe. 
Falar em movimento inclusivista hoje é compreendido como a educação de crianças e jovens com necessidades especiais em escolas regulares. Mas o apelo para a convivência com as diferenças 
A observação mais atenta da ambiência da escola regular, onde estão alguns poucos alunos que têm deficiência, é nitidamente perturbadora: percebe-se que esses alunos tentam adaptar-se, acessando o potencial de que dispõem dentro das suas possibilidades num ambiente misturado e rico para interações, mas que por si só, sem a atenção sobre suas necessidades especiais, não possibilita experiências de formação e não aproveita as possibilidades, deixando-os limitados a uma participação precária no que se refere à socialização e à aprendizagem. 
Ora, essas experiências têm sido negadas na sociedade atual, que impõe o conhecimento coisificado e descontextualizado, pronto para ser utilizado. O desencantamento do mundo tornou-se um paradoxo, pois abstraiu das experiências a aproximação com as imagens e formas, substituídas pelo discurso elaborado em que o conteúdo é representado a partir de recursos tecnológicos, o que favorece um outro encantamento que nada tem de racional.

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