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DEFINIÇOES: ANALGESIA = refere-se a ausência de dor TRANQUILIZAÇÃO = mudança comportamental que reduz a ansiedade, tornando o paciente relaxado, mas consciente, estando indiferente à dor de baixa intensidade. SEDAÇÃO = depressão central associada a sonolência. O paciente aparenta inconsciência, mas é responsivo à manipulação dolorosa. NARCOSE = sono profundo em que o paciente se mostra pouco responsivo, pode ser ou não acompanhada de analgesia. HIPNOSE = sono induzido artificialmente ou transe similar ao sono, por depressão moderada do SNC, sendo o paciente despertado com facilidade. ANESTESIA LOCAL = perda de sensibilidade de área (limitada) maior do corpo (bloqueio paravertebral). ANESTESIA GERAL = inconsciência e analgesia induzidas por depressão controlada e reversível do SNC. O paciente não responde à estimulação nociva. Funções sensoriais motoras e autonômicas reflexas estão diminuídas. ANESTESIA CIRURGICA = estágio/plano de anestesia geral, que dá inconsciência, relaxamento muscular e analgesia para procedimentos cirúrgicos indolores. ANESTESIA BALANCEADA = associação de fármacos direcionados para respostas específicas durante a anestesia = consciência, analgesia, relaxamento muscular, e alterações com reflexos autonômicos. ANESTESIA DISSOCIATIVA = dissociação dos sistemas tálamo-cortical e límbido, caracterizada pelo estado anestesia cataleptóide em que os reflexos oculares e de deglutição são mantidos. A hipertonia muscular persistente apenas cessa com associação simultânea de sedativo forte, relaxante muscular periférico ou central. TIPOS DE ANESTESIA: INALATÓRIA = gases ou vapores anestésicos são inalados associados ao oxigênio. INJETÁVEL = soluções de anestésicos são injetadas intravenosa, intramuscular e subctânea. LOCAL = é o anestésico aplicado topicamente, injetado em um ponto ou em torno da cirurgia (bloqueio de campo); sobre um ramo nervoso ou uma região anatômica (bloqueio de condução ou regional); perineural ou espaço epidural/subaracnóideo (analgesia espinhal verdadeira). ESTÁGIOS DA ANESTESIA GERAL: PRIMEIRO ESTÁGIO = estágio do movimento voluntário = intervalo entre o inicio da administração, até a perda da consciência. Pode haver algum grau de analgesia na fase profunda deste estágio. A adrenalina é liberada e torna o batimento cardíaco forte e rápido, dilatando a pupila. Salivação, micção e defecação são frequentes em algumas espécies. Mudança para o 2º estágio = os animais não ficam de pé e deitam. *** analgesia e perda de consciência*** SEGUNDO ESTÁGIO = estágio de delírio ou movimento involuntário = SNC está deprimido, o paciente perde todo o controle voluntário (característica que mudou o estágio), ocorre perda da consciência até o inicio da respiração padrão regular. SNC deprimido parcialmente = os animais respondem aos estímulos externos por meio de reflexos violentos = segurar a respiração, taquipneia e hiperventilação. *** excitação e delírio*** TERCEIRO ESTÁGIO = estágio da anestesia cirúrgica = perda da consciência e depressão progressiva dos reflexos. Ocorre relaxamento muscular e a respiração se torna lenta e regular, e os reflexos de vômito e deglutição são perdidos. QUARTO ESTÁGIO = SNC extremamente deprimido, e há parada respiratória. Coração bate por um curto espaço de tempo, PA nível de choque. Se a anestesia for interrompida e a respiração artificial for instalada, esse quadro torna-se reversível. SINAIS DA ANESTESIA Detectamos os sinais da anestesia através dos reflexos da RESPIRAÇÃO, CIRCULAÇÃO, SINAIS OCULARES, REFLEXO LARINGOTRAQUEAL, TONUS MUSCULAR DIMINUÍDO. AVALIAÇÃO E PREPARO DO PACIENTE = avaliar a condição clinica e física do paciente. Sistemas importantes para avaliação pré-anestésica: Cardiovascular, Nervoso, Respiratóio, Hepático e Renal. RISCO ANESTÉSICO = é pela capacidade da anestesia, da condição do paciente, dos anestésicos e equipamentos utilizados corretamente. RISCO CIRURGICO = capacidade do cirurgião, tipo da cirurgia, e outras doenças que o paciente pode ter, além do motivo cirúrgico. SELEÇÃO DO ANESTÉSICO IDEAL -Não dependa da biotransformação para promover ação e ser eliminado. -Permite indução e mudanças rápidas na profundidade anestésica e com recuperação rápida. -Não deprime a função cardiopulmonar, não irrita os tecidos, barato, estável, e não explosivo. *** O ANESTÉSICO IDEAL NÃO EXISTE *** ANIMAIS IDOSOS E FILHOTES = são mais calmos, porém mais sensíveis, não precisa usar um anestésico forte, e esses pacientes tem maior dificuldade em manter temperatura, e compensar as funções vitais. ANIMAIS BRAQUICEFÁLICOS = ficam estressados no pré-operatório, fazendo bradipnéia, se forem anestesiados nestas condições, morrem rápido. FISIOLOGIA DA DOR É uma experiência sensorial e emocional desagradável associada ao dano tecidual. Dor = ativação de um conjunto específicos de receptores e vias neurais, por meio de estímulos nocivos. Estímulo doloroso -> moduladores -> fibra dolorosa periférica -> SNC Os agonistas alfa-2, opióides e inibidores NMDA agem na fibra dolorosa periférica, ou nos moduladores, ou no SNC. Não deixando o paciente sentir dor. AVALIAÇÃO DA DOR – avaliamos a dor através de categorias comportamentais: postura; conforto; vocalização; atenção com a ferida; mobilidade e resposta ao toque; na cirurgia o animal pode apresentar algum estímulo a dor. ANTICOLINERGICOS E SEDATIVOS São fármacos empregados como MPA. ANTICOLINÉRGICOS = utilizados no pré operatório para tratar bradicardia e bloqueio atrioventricular associados a manipulação cirúrgica. - ATROPINA e GLICOPPIROLATO = IM ou IV; sua absorção é rápida (5 a 10 minutos). SEDATIVOS = contenção química - utilizados no prioperatório, para induzir sedação, promover contenção e reduzir a quantidade de anestésicos injetáveis e inalatórios necessários. - Fenotiazínicos e Butirofenonas = previnem/suprimem o vômito - Benzodiazepínicos = relaxamento muscular - Agonistas alfa-2 = analgesia e relaxamento muscular ACEPROMAZINA – ACEPRAN = sedativo mais utilizado em medvet; produz sedação, relaxamento muscular e não produz analgesia. Pode ser associada a Opióides para diagnóstico, ou procedimento cirúrgico doloroso menor. AGONISTAS = fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos; substancias que tem grande afinidade com seus receptores e possuem eficácia – se ligam nos receptores específicos e causam algum efeito na célula alvo (chave-fechadura-porta) ANTAGONISTAS = fármacos que se ligam aos receptores, porem não causam nenhum efeito, somente se ligam e pronto (chave-fechadura). ***fármacos antagonistas só se ligam aos receptores, e não causam nenhum efeito nas células, elas fazem com que os fármacos agonistas (causam efeito), não consigam se ligar, porque ambos os fármacos possuem o mesmo receptor de ligação em comum. AGONISTAS ALFA-2 = induzem sedação, analgesia e relaxamento muscular consciente, dependendo da dose, pode ser revertido por um antagonista. Xilazina é um agonista alfa-2. ANTAGONISTAS ALFA-2 = utilizados para reverter os efeitos sedativos e cardiovasculares dos agonistas alfa-2. Tolazolina, Ioimbina e Atipamezol são exemplos de antagonistas alfa-2. AGONISTAS BENZODIAZEPÍNICOS = se ligam no receptor GABA (principal neurotransmissor inibitório do SN dos mamíferos. -Diazepam – anticonvulsivante e relaxante muscular, produz poucos efeitos sobre as funções cardiovascular pulmonar. -Midazolam – pode ser usado em associação com opióides para sedar cães mais velhos, poder ser usado injetável para promover melhor relaxamento muscular. Seus efeitos são mínimos sobre o cardiovascular e pulmonar, então é muito utilizado em animais idosos ou enfermos. ANTAGONISTAS BENZODIAZEPÍNICOS = se ligam no GABA para bloquear os efeitos dos agonistas. -Flumazenil – utilizado quando há superdosagem de Diazepam ou Midazolam. MORFINA = protótipo de analgésico opióide e age como um agonista completo (age no receptor mi). Usada para controle da dor,ela apresenta baixa solubilidade em lipídeo, induzindo analgesia de longa duração. Utilizada no perioperatório para controlar a dor intraoperatória. Seu uso clinico: Dor crônica, Aguda, e na anestesia geral como coadjuvante de anestésicos gasosos. *** sua latência é de 20 minutos, e dura de 4 a 6 horas) ANALGÉSICOS ADJUVANTES = substancias com indicação primaria que não é a dor, mas que possuem ações analgésicas em certos quadros dolorosos. CETAMINA = anestésico dissociativo, antagonista, e analgésico e sensibilização mínima do SNC. TRAMADOL = agonista, inibe a receptação neuronal de noradrenalina. Utilizado em dores moderadas. ANESTESIA INJETÁVEL = nenhum anestésico injetável produz todos os componentes da anestesia geral, sem deprimir funções de órgãos vitais. As associações são necessárias para não deprimir totalmente o SNC. BARBITÚRICOS = causa depressão do SNC, usado como hipnótico e anestésico geral e anticonvulsivante. Ex: Fenobarbital, Pentobarbital. TIOBARBITÚRICOS = Tiopental. NÃO BARBITÚRICOS = são anestésicos de curta duração. Etomidado e Metomidado = hipnótico com propriedade relaxante muscular, usado isoladamente, produz sono sem analgesia. PROPOFOL = ação rápida, devido a absorção rápida pelo SNC, tem recuperação suave e rápida. ANESTÉSICOS DISSOCIATIVOS = deixam o paciente em estado cataleptóide, em que os olhos permanecem abertos e com nistagmo lento. Produzem inconsciência e analgesia dependentes da dose, com peso molecular baixo. Fazem estimulação cardiovascular indireta, elevam a frequência cardíaca e da PA, por aumento da atividade simpática eferente. Podem elevar o tônus muscular e induzir movimento espontâneo e a recuperação desagradável. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Muito utilizados porque quando administrados, são eliminados pelo pulmão. Sua popularidade é devido suas características farmacocinéticas favorecer o ajuste previsível e rápido da profundida anestésica, diminuem a mortalidade e facilitam a ventilação pulmonar e melhoram a oxigenação arterial. Normalmente são vendidos na forma de gás ou líquido, pois calor e luz podem alterar suas características fisicoquimicas. NÃO HALOGENADOS = óxido nitroso, e éter. HALOGENADOS = Enflurano, Desflurano, Halotano, Isoflurano, e Sevoflurano. HALOTANO = mais potente = cam 0,87%, causa depressão ventilatória (dose dependente); queda de PA e DC; sensibiliza o miocárdio; ocorre biotransformação no fígado, não usar em pacientes hepatopatas; não tem cheiro (bom para induzir na máscara); se prolongar muito a anestesia, o paciente saudável se torna hepatopata após a cirurgia, devido sua biotransformação ser no fígado. Seu antagonista é o Doxapram (diminui a profundidade anestésica). Halotano pode causar aborto ou má formação fetal, e tornar os pacientes hepatopatas. ISOFLURANO = mais usado por não causar tantos danos aos pacientes; potência é média, odor pungente, causa depressão cardiovascular (dose dependente) -> vasodilatação periférica; não sensibiliza o miocárdio. SEVOFLURANO = potência é baixa; precisa de vaporizador espefícico; causa depressão no miocárdio e PA; é irritante para vias aéreas (não induz na mascara). AVALIAÇÃO DA PROFUNDIDADE ANESTÉSICA Avaliados os parâmetros = reflexos padrões, e alterações nos parâmetros. PRINCIPAIS REFLEXOS = óculo palpebral – rima palpebral e palpebral; corneano; pupilar; interdigital; laringotraqueal; anal. Parâmetros e Padrões = frequência cardíaca e respiratória Parâmetro Respiratório = FC = respiração toracoabdominal; abdominocostal; abdominal superficial; diafragmática. PRESSÃO DE VAPOR = é a mudança do estado líquido para o gasoso. No caso a evaporação do anestésico. A pressão que as moléculas de vapor promovem quando as fases, líquida e vapor estão em equilíbrio. COEFICIENTE DE SOLUBIDADE = é a solubilidade dos gases no sangue; os coeficientes fornecem meios para prever a velocidade de indução anestésica, recuperação e alteração da profundidade anestésica. CAM = concentração alveolar mínima; é a contração alveolar mínima de um anestésico em forma de gás ou vapor, que irá suprimir 50% da resposta motora dos pacientes que foram submetidos a um estímulo doloroso. APARELHO DE ANESTESIA O aparelho produz a misturas de O2 e anestésico, que é administrada pelo sistema respiratório. COMPOSIÇÃO APARELHO DE ANESTESIA = Vaporizador (Fonte de Gases, Possuem fluxometro ou não) • Vaporizadores: Calibrado ou Universal. Sistemas: • Sistema Fechado (Circular valvular com absorção de CO)‚ • Sistema Aberto (Valvular sem absorção de CO) Ventilador Canister (onde fica a cal-sodada) Fluxômetro Sistema aberto (circuito de baraka) - este circuito não utiliza absorvedor (cal sodada), possui apenas uma traqueia, portanto, há mistura de gases. É utilizado em animais de pequeno porte, que tenham ate 5 kg. Sistema fechado ( circuito circular valvular) - presença de canister e cal sodada, o gás expirado é reaproveitado, utilizado em pacientes com peso acima de 5 kg ( maior capacidade pulmonar para vencer a força mecanica). Composição: - Vaporizador universal com vidro ambar (não afeta a potência do anestésico em contato com a luz); - Válvula estabilizadora de pressão de oxigênio - Botão de O² direto; - Fluxômetro de oxigênio com escala de 0 a 7l min; - Manômetro de pressão endotraqueal; - Filtro de Cal Sodada; - Botão de acionamento de O² direto - Balão em silicone (balão de reserva) autoclavável 2 litros; - Válvula Pop-off;
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