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Resumo Pec IV 2

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Universidade Federal Fluminense
Pensamento Econômico IV
Resumo de aulas ministradas pelo professor:
Doutor Marcelo Carcanholo
Macroeconomia Clássica
Pressuposto teórico básico: Os mercados se ajustam 
perfeitamente via preços.
Os economistas clássicos acentuavam ainda o papel 
dos fatores reais, por oposição aos monetários na 
determinação das variáveis reais.
Produção:
A função de produção clássica, é uma relação entre os 
níveis de insumos e capital empregados na produção dos 
bens e pode ser escrita como
y = F(K,N)
A produção é formada por 3 estágios, por motivos 
estruturai da função de produção, o único estagio 
interessante para nosso estudo é o segundo, é neste estagio 
que entram as decisões, como a analise custo-beneficio de 
contratar mais um trabalhador, a firma contatará até que o 
PmgL=W/P, (Produto Marginal do Trabalho se iguale ao 
salario real) os salários são apresentados na forma real, pois 
está é uma comparação entre variáveis reais. 
Da mesma forma, os trabalhadores, fazem também sua 
analise, pelo outro lado do espectro, maximizando o salario 
em detrimento a desutilidade causada pelo trabalho.
Ao salário real vigente, todos que querem trabalhar 
conseguem, está é a definição de pleno emprego. 
No curto prazo a produção varia somente com alterações na 
utilização da mão de obra (N). No estagio da produção que 
nos interessa PmgN, é decrescente, até encontrar o eixo 
“N”, quando PmgN=W\P.
As curvas de Oferta e Demanda Agregada Clássica
A demanda agregada clássica vem da Teoria quantitativa da 
moeda. A oferta está dada na vertical, assim a demanda tem 
total responsabilidade sob o nível de preços (elasticidade da 
oferta é igual a 0). Isso faz sentido uma vez que estamos no 
caso de pleno emprego não existem fatores capazes de 
aumentar a oferta no curto prazo.
A oferta agregada é por definição uma identidade da renda, 
a teoria clássica pressupõe que toda a renda será gasta, mas 
e a poupança, sabemos que ela existe, não haveria ai um 
vazamento de renda? Sim, e os clássicos deram conta de 
explicar este vazamento de renda, através do mercado de 
fundos emprestáveis. Existem agentes poupadores e 
emprestadores, os primeiros concedem empréstimos aos 
segundos sanado o vazamento de renda, quem garante a 
igualdade entre demanda e oferta é a taxa de juros.
Teoria quantitativa da Moeda
Nota: Analisando a equação de trocas podemos constatar 
que não é necessário ter o total do montante do PIB, sob 
forma de moedas, uma vez que MV=PY, notoriamente, 
percebe-se que a velocidade de giro da moeda define o 
montante de moeda na economia. Aqui nosso “Y” é dado, 
uma vez que fora definido do lado real da economia, e V é 
considerado constante.
Tendo y e velocidade “v” constante uma variação no 
montante de moedas se traduz em um ajuste nos preços, 
esse ajuste pode ser:
Direto – Uma variação no montante de moedas, leva a uma 
variação na demanda agregada, estando no curto prazo e em 
pleno emprego, uma vez que a renda é uma identidade da 
renda teremos consequentemente variação nos níveis de 
preços.
Indireto- Uma oscilação no montante de moedas provoca a 
alteração da taxa de juros, como definimos anteriormente, 
está é responsável pelo equilíbrio entre oferta e demanda, 
com oferta dada a alterações na taxa de juros afetam 
somente a demanda e o ajuste é mais uma vez refletido pela 
oscilação no nível geral de preços.
Versão Cambridge
Md= kPy
Ms= M 
Ms=Md
M=kPy
Hipóteses: 
-Pleno emprego
-Padrão constante de transações.
A versão Cambridge vai analisar o por que os agentes 
demandam moeda. Partindo da equação Md= kPy, onde “k” 
é uma fração da renda mantida na forma monetária, e como 
moeda não gera renda o montante ótimo de moedas retido 
pelos agentes, seria aquele conveniente para quitar 
transações e alguns gastos inesperados, ou seja a única 
finalidade da moeda é meio de troca.
Associando a teoria de Fisher, podemos notar que 1\k é uma 
identidade de “V”:
MV=Py
M=kPy
Versão Fisher
MV= PT
MV+M'V'=PT
Fisher se da conta de que calcular a quantidade de moeda, 
tendo como base apenas o PIB, seria subestimar a 
verdadeira quantidade de moedas em giro. O PIB é a 
produção, isto não inclui o mercado financeiro.
Elementos Básicos da TQM
a) Equiproporcionalidade entre M e P.
O significado dessa proporção diz a respeito a 
elasticidade, de magnitude “1” entre Moedas e preços, ou 
seja, qualquer variação na quantidade de moedas será 
totalmente absorvida pelos preços.
y- implícita a lei de say (walras)
Igualdade – Toda oferta realmente gera sua demanda, 
(rendimentos) que se iguala a oferta, esta é a demanda 
potencial. Ao assumir essa igualdade o que se quer dizer na 
verdade é que caso haja alguma diferença, por exemplo 
Oa>Da, o desajuste será corrigido via preços, nesse caso os 
preços cairão até o nível em que a economia retorne ao 
equilíbrio. 
Corolários da Teoria
Moedas – Os clássicos tomam a moeda apenas como 
intermediário de trocas, caso outro motivo para demandar 
moeda seja encontrado o pressuposto de que os preços 
ajustarão a economia cai por terra.
Crises – Eles tomam crises como choques temporários 
exógenos, um espaço no processo de ajuste. Nem todos os 
clássicos seguem essa linha de pensamento, Thomas 
Malthus já indagava sobre uma insuficiência crônica de 
demanda.
(i) Para que k seja constante significa assumir que a 
moeda é insensível a taxa de juros.
(ii) Significa assumir que mudanças na inflação não 
mexem com k e V.
(iii) E ainda que mudanças no sistema de crédito não 
tem efeito algum sobre k e V.
Causalidade: Exogeneidade da oferta de moedas.
c)Neutralidade da moeda e P.M ineficaz.
(Dicotomia Clássica)
A moeda é irrelevante para a determinação das variáveis 
macroeconômicas reais.
Isso traduz a ineficácia da P.M, entretanto ineficaz não quer 
dizer irrelevante, as variações nos níveis de moedas são 
totalmente refletidas nos preços, assim a P.M expansionista, 
causará inflação. O banco central é encarregado por 
controlar as variáveis nominais.
d)Ms e Md independentes.
 e) O equilíbrio real leva em conta preços relativos.
Enquanto a teoria quantitativa da moeda leva em conta 
preços absolutos.
Teoria Macroeconômica por John Maynard Keynes 
cap. 02
Capitulo 03.
Principio da Demanda Efetiva
Primeiramente Keynes define as funçoes de oferta e 
demandas agregadas, ambas em função do emprego, desta 
forma:
Z = ϕ (N) ; ϕ>0
D = f (N) ; f ' >0
 
Onde “Z” é o preço de oferta agregada e D o produto 
que os empresários esperam receber, de forma que se 
houver uma desigualdade, onde por exemplo Z<N, haverá 
um incentivo para que os empresários aumentem seus 
custos, disputando fatores de produção, isto ocorrerá até o 
nível em que Z=D. Esse ponto onde as expectativas de 
lucros dos empresários são maximizadas, chamamos de 
demanda efetiva. Este ponto determina também o nível de 
emprego N, para os clássicos este seria o nível de pleno 
emprego. 
Para Keynes as expectativas são “profecias auto 
realizáveis”, diferente do que parece os empresários não 
sabem o nível certo de produto, eles acreditam em suas 
expectativas, dessa forma se define o nível de emprego, 
enquanto as expectativas forem de baixa demanda, os 
empresários produzirão menos e haverá capacidade ociosa.
Sumário Capitulo 3.
(I) Renda depende de N.
(II) Consumo “D1” depende da renda, daí...
(III) D1+D2= D ϕ(N)
χ(N) + D2 = ϕ(N)
ϕ(N) – χ(N) = D
(IV) “N” (emprego) depende de:
a) ϕ - preço - função de oferta
b) χ - propensão média a consumir
c) D2 - Montante de investimento.
 
ϕN – oferta de renda 
χN – consumo
D2 - investimento
Enquanto na teoria clássica a poupança determina o 
investimento, sendo este uma identidade daquela , no 
modelo keynesiano, o investimento é quem dita o nível de 
poupança, aquia renda é dependente do investimento, e da 
renda dependem poupança e consumo.
Conforme visto anteriormente a renda depende de 
ϕ – é a função de oferta e é um dado;
χ – Propensão a consumir, que por sua vez é um 
parâmetro, parâmetros são estimativas não variam 
no curto prazo.
É dessa forma que tiramos a conclusão de que a variável 
chave é o investimento.
A teoria clássica tomava o investimento como uma função 
negativa da taxa de juros, para Keynes ao postulado é 
verdadeiro, entretanto analisar o investimento apenas como 
uma função negativa da taxa de juros, é realizar uma 
analise parcial do investimento, estamos olhando apenas 
para o prisma do dispêndio, o custo de investir, na realidade 
a decisão de investir, deriva da analise custo-beneficio do 
investimento, sendo o beneficio a taxa de lucros esperada.
Capitulo 11.
A Eficiência Marginal do Capital
O capitulo 11 tem como objetivo explicar a EmgK, as 
vezes podemos confundir EmgK com os lucros, no entanto 
os dois conceitos não são sinônimos apesar de estarem 
atrelados,digamos que você tem de tomar uma decisão, 
entre comprar um bem de capital, uma maquina, por 
exemplo, qual analise custo-beneficio deverá ser 
realizada?
Bem analisemos inicialmente o preço do bem de capital e 
em seguida o fluxo de rendas futuras que posso obter, 
chamaremos os ganhos obtidos de renda esperada do 
investimento, e em contra partida o preço do bem de 
capital será chamado de custo de reposição.
Cabe aqui definir EmgK, como a relação entre renda 
esperada e o custo de reposição, ressaltando que este custo 
de reposição é o preço de oferta do bem de capital, não 
falamos aqui do preço de mercado, mais sim do preço que 
bastaria para induzir o empresário a produzir mais uma 
unidade desse bem. Assim deduz-se que Emgk é o valor 
minimo do ganho desejado que nos leve a comprar a 
máquina. 
Analisemos agora como este capital se comportará com um 
aumento do investimento, vemos que quando o 
investimento aumenta em dado tipo de capital, a EmgK 
diminui, por duas razões, primeiro o fluxo de renda 
esperada torna-se menor, dado que um aumento na oferta 
desse bem forçará para baixo seu preço. Segundo, a pressão 
sobre as fabricas que produzem este capital farão com que 
o preço de oferta desse bem também suba, sendo essa 
ultima, geralmente, mais importante para definir o 
equilíbrio no curto prazo.
Temos assim que a EmgK é dependente de:
(I) Pbk – preço do bem de capital (-)
(II) Qes – renda esperada do investimento (+)
(III) K (estoque de capital) (-)
Dessa forma podemos definir o investimento como uma 
função positiva da EmgK e negativa da taxa de juros, de 
forma que:
D2 = f(i- ; EmgK+)
 A
 i
 B EmgK
 0 K=I=D2 
 I
– Percebemos que na região A Emgk > i o investimento é 
compensador.
– Na região B Emgk < i o investimento não é viável.
Como a Eficiência Marginal do Capital oscila 
positivamente com o fluxo esperado de renda, então uma 
redução esperada do valor da moeda, ou seja, inflação 
esperada, aumenta a Emgk.
Politicas publicas (P.M, P.F) tem efeito. 
Capitulo 17.
O capitulo 17 nos mostra a precificação de ativos, ou 
seja o custo de oportunidade em deter determinado ativo, 
traduzido pela “taxa de juros” de cada ativo. Isso é qual a 
retribuição total que se espera de um bem após determinado 
tempo de posse? Encontramos em resposta a esta indagação 
a equação (q – c + l), onde “q” são os rendimentos do bem, 
“c” são os custos de manutenção do bem, e “l” é o prêmio 
de liquidez, seria o poder de dispor de um bem em certo 
tempo sem perder o valor deste bem, é o que chamaremos 
prêmio de liquidez, e o resultado desta equação ´a taxa de 
juros de cada bem. Chamemos o valor esperado em Pt+1, de 
“ai” e meçamos cada ativo em valores monetários, podemos 
concluir que as taxas serão então, a1 + q1 - c1, para a casa, a2 
- c2, para o trigo e l3, para a moeda. Vemos que a condição 
de equilíbrio em dado momento no tempo é a igualação 
dessas taxas, uma vez que uma delas for mais 
compensatória, os agentes migrarão para este ramo e 
qualquer vantagem desaparecerá. 
Assim qualquer bem que tenha uma taxa de retorno 
compensatória, que pelo menos se iguale a taxa de juros, 
terá sua escala de produção aumentada, aumentando assim 
o estoque de tal bem de capital e diminuindo sua eficiência 
marginal, desta forma a menos que a taxa de juros caia 
“pari passu”, em dado momento do tempo, qualquer 
produção de bem de capital será paralisada.
Vemos que as taxas de juros são fixas ou pelo menos 
variam com velocidade muito inferior a de outros bens, 
características especiais da moeda podem nos esclarecer 
quanto a isso: 
A elasticidade produção igual a zero, a moeda não é um 
bem que possa ser produzido em mercado, caso contrario o 
aumento da taxa de juros atrairia esforços na produção de 
moeda que por si só equilibrariam as taxas de juros 
monetárias e de outros bens, no entanto a moeda é ofertada 
pelo banco central, e este é uma autoridade monetária seu 
fim não é de forma alguma obter lucros, o banco é 
autoridade monetária, e a ela cabe zelar pelo bom 
andamento da economia.
A elasticidade produção seria o primeiro fator inerente 
a moeda que a diferencia dos demais bens, no entanto não é 
suficiente, uma vez que todos os fatores puramente de 
renda apresentam tal elasticidade, o segundo fator é então a 
elasticidade troca, a moeda não tem um substituto perfeito, 
assim quando a demanda pela moeda não há possibilidades 
de desviar para outras coisas, como acontece com os 
demais fatores inerentes a renda.
Contudo, apesar destas conclusões não podemos tomar 
a oferta efetiva de moeda como imutável, uma baixa nos 
salários nominais por exemplo deixariam em liberdade um 
montante de recursos, teoricamente esta reação poderia 
levar a uma queda na taxa de juros, entretanto algumas 
variáveis devem ser observadas antes que cheguemos a 
maiores conclusões.
A Eficiência Marginal do Capital depende das 
Expectativas de rendas futuras, uma queda dos salários 
nominais, se cercadas por expectativas de uma alta futura 
manterá intacta a Emgk, entretanto se essa expectativa seja 
de sucessivas baixas a Emgk, caíra “pari passu” a taxa de 
juros. Lembremos que é a diferença entre Emgk e taxa de 
juros que nos interessa.
Os salários nominais são rígidos, e está rigidez se dá 
exatamente por serem medidos em moeda, pelas 
características da moeda, em especial a que as fazem 
liquida, e se assim não fosse, pior seria, pois haveria mais 
expectativas de novas baixas.
Ao fim dessa analise chegamos a determinada 
conclusão. Uma vez que a taxa de juros é dada por forças 
sob influencia do motivo liquidez, a demanda pode 
concentrar – se na moeda, por ela ser inelástica a produção, 
quando o primeiro ocorre é impossível empregar trabalho 
para produzi-la, ela é inelástica a substituição, sua escassez 
não pode ser atenuada pela intervenção de outro fator capaz 
, se suficientemente barato, de prestar os mesmos serviços 
que moeda.
Para melhor esclarecer as particularidades da moeda, 
retornemos ao Tratado Sobre a Moeda, escrito por Keynes 
antes da Teoria Geral.
No tratado vemos dois circuitos, o circuito industrial e o 
financeiro, no circuito industrial vale a TQM. Já no Circuito 
Financeiro Keynes define dois perfis especulativos, os 
Touros e os Ursos, os Ursos esperam alta futura da taxa de 
juros e baixa no preço dos ativos, por esse motivo retém 
moeda. Em se tratando de Touros acontece o inverso, com 
expectativas de baixa da taxa de juros e elevação nos preços 
de ativos retém menos moedas.
O motivo especulação surge da relação inversa entre os 
preços dos ativos e a taxa de juros.
Uma vez que o mercadoé formado por expectativas, 
uma vez que se espera uma alta futura da taxa de juros, essa 
alta acontece hoje, independente do que aconteceria no 
futuro, os juros subirão pressionados pela demanda, já que 
todos os agentes passarão a reter moedas, chamamos tal 
fato e “Profecias auto realizáveis”.
Voltemos agora para teoria geral, notamos que a grande 
diferença da moeda para outros bens é a diferença positiva 
entre seus custos de manutenção e seu prêmio de liquidez.
Notamos neste ponto que os salários nominais, são 
mais rígidos em comparação ao salários reais. Os salários 
rais são medidos em termos de bens de consumo, a variável 
salários reais, pode sofrer fortes oscilações com qualquer 
alteração na propensão a consumir, assim tomar salários 
nominais como base se faz uma condição necessária para a 
estabilidade intrínseca do sistema. 
Motivos para Md:
(i) Motivo transação: f(y+), Moeda retida para 
compras habituais.
(ii) Motivo Precaução: Moeda retida para cobrir gastos 
inesperados.
(iii) Motivo Especulação: f(i). A demanda por moeda 
tem uma relação inversa com a taxa de juros.
(iv) Financeiro: Quanto maior for o planejamento de 
financiamento, melhores serão as condições futuras 
para financiamento.
O mercado monetário :
Md = M
Md= f(y: i)
Precificação de Ativos
Anteriormente havíamos comentado a respeito da taxa 
de juros inerente aos diversos tipos de bens, e usamos os 
exemplos do trigo, das casas e moeda. Agora falaremos na 
precificação de ativos de maneira mais genérica, para tornar 
mais didática a apresentação observemos a seguinte tabela:
Ativos a q - c L
Bk - + Baixo
M 0 0 Alto
Afnm +
-
+ Variável
Na coluna dos ativos temos:
Bk = Bens de capital
M = Moeda
Afnm = Ativos Financeiros não monetários. 
As demais colunas demais representam, valor esperado, 
a diferença entre rendimento esperado e custo de 
manutenção e ainda o prêmio de liquidez, respectivamente.
Podemos facilmente deduzir que, a taxa de retorno “γ” 
de qualquer ativo é a soma das grandezas acima descritas, 
entretanto ativos são grandezas diferentes, seria então 
errôneo fazer a simples soma desses valores puros, 
transformaremos então esses valores em taxas, e para isso 
basta dividi-los pelo preço e temos então:
 γ = a + (q – c) + l
 p Esta é a taxa de retorno de 
um determinado ativo.
Capitulo 18.
Novo enunciado da teoria geral do emprego
Temos como dados:
-Capacidade e quantidade de mão de obra disponível.
-Qualidade e quantidade de Capital.
-Técnica (aqui nos referimos ao arranjo (K;L)
-Grau de concorrência (Tipo de mercados)
-Distribuição de y.
Tomemos nossas variáveis independentes: (λ; Emgk e 
i) lembremos que a Emgk e a taxa de juros na verdade 
depende de outras variáveis:
Emgk (i) Pbk i (1) Ms
 (ii)Qes (2) PPL (Md)
 (iii)K
Nossas variáveis dependentes são o nível de emprego “N” e 
a renda nacional “y”, medida em unidade de salário. Cabe 
aqui ressaltar que Keynes elegeu os salários como sua 
unidade de medida na Teoria geral.
Os fatores influem nas variáveis independentes, mas 
não as define completamente, veremos agora as variáveis 
independentes finais que são : ( λ; PPL; e Qes ), chamdos de 
fatores psicológicos, (W) unidade de salário, e (M) a 
quantidade de moeda determinada pelo banco, assim 
tomando os fatores supra citados como dados estas 
variáveis nos darão o nível de renda e empregos, apesar de 
serem suscetíveis de analise ulterior e não constituírem 
nossos elementos mínimos independentes.
Nota: Dizer que os fatores são dados, não quer dizer que 
são constantes, mas sim que sua variação no curto prazo se 
faz de maneira tão lenta que pode ser desprezada em nossa 
analise. 
Temos conhecimento de que a taxa de juros, preço da 
moeda é dada pelo prêmio de liquidez, assim fazendo uma 
breve analise no sistema de precificação de ativos notamos 
que o investimento deve ser incentivado, entretanto quando 
a taxa de retorno dos bens, caem a ponto de ficarem 
próximas da taxa de juros, então nenhum incentivo de 
investimento por parte de P.M. Terá efeito. Observe, o que 
estamos definindo é que em cenários de grande incerteza on 
de a PPL é muito alta, podemos nos encontrar em um caso 
de “armadilha de liquidez”, onde qualquer injeção de 
moeda na economia será ineficaz, teremos apenas o 
empoçamento, assim a P.M. É eficaz, no entanto limitada.
Através deste esquema básico, notamos que na Teoria 
geral o variável central é o investimento e que ao contrário 
dos postulados clássicos a poupança é definida pelo nível 
de investimento, dado o efeito multiplicador o investimento 
gera a magnitude de renda que define poupança e consumo, 
sendo a poupança igual ao investimento.
Para fechar a essência da Teoria, devemos expor 
algumas conclusões. 
O sistema econômico em que vivemos não é 
violentamente instável, mesmo estando sujeito a severas 
Estrutura lógica da T.G.
K-
Qes+ Emgk C w|P
PBk- 
Y S
 I 
PPL N
M i
flutuações no que concerne a produção e ao emprego. O 
que vemos é que situações como o pleno emprego são tão 
raras quanto efêmeras, o sistema tende a permanecer em 
situações de recessão, sem entrar em colapso total. O 
mesmo se aplica aos preços que após pertubações extremas 
encontram níveis onde podem permanecer estáveis por um 
tempo. ( O que não quer dizer que preços são fixos)
A incerteza da economia vem do fato de o fluxo 
esperado de ganhos, está a mercê dos formuladores de 
expectativas, além da PPL, ser dependente desta incerteza.
O efeito multiplicador é maior que, porém não é muito 
grande.
– Multiplicador é 1 quando c=0
– Multiplicador é infinito quando s=0.
A sensibilidade do investimento, frente a variações na 
taxa de juros não é muito grande.
Pequenas variações no nível de emprego não são 
acompanhadas de grandes variações nos níveis de preços.
O investimento possui uma variável endógena capaz de 
reverter sua trajetória de queda, a variável estoque de 
capital, associada negativamente a Emgk, uma vez que a 
crise dure determinado período de tempo a queda nos 
estoques de capital podem trazer o aumento da Emgk, 
elevando assim os níveis de investimento.
Concluindo, notamos que a tendencia de nossa 
economia é se manter numa posição intermediaria, 
entretanto esta observação não constitui uma lei que não 
possa ser mudada.
Capitulo 19.
Variações nos Salários Nominais
Iniciamos este capitulo com uma critica ao postulado 
clássico que defende que uma queda nos salários nominais, 
poderia trazer uma elevação na demanda, produção e 
emprego. Para sustentar tal postulado os clássicos usam 
hora a TQM, hora o aumento na taxa de lucros caso a 
redução ocorresse.
Cabe a nós aqui fazer uma analise nas variáveis 
envolvidas em tal variação, são estas variáveis:
(i) Propensão Marginal a Consumir (λ)
(ii) Eficiência Marginal do Capital (Emgk)
(iii) Taxa de juros (i)
Iniciaremos pela ( λ), uma redução nos salários 
nominais, equivale a uma transferência de renda, dos 
assalariados para os empresários, lembremos que a 
propensão a consumir é uma média, assim existem pontos 
acima e abaixo desta, e raciocinando um pouco notamos 
que de certo, quem tem maior propensão a consumir são os 
trabalhadores assalariados, assim uma redução nos salários 
atingiria negativamente a propensão em consumir.
A próxima variável é a Emgk, a principio parece 
plausível que uma redução dos salários nominais tragam 
uma favorável ao investimento, uma vez que está redução 
condiz com um custo menor, entretanto se está baixa traz 
expectativasde novas baixas, é de se esperar que a decisão 
de investir será adiada, será melhor investir mais vantajoso 
investir amanhã que hoje, tornando assim a Emgk 
indeterminada. 
Dada a redução dos salários, está deve ser 
acompanhada por uma redução dos preços, com isso os 
agentes necessitarão de menos, moeda para transação. A 
redução na demanda por moeda provoca a queda da taxa de 
juros, a curva de preferencia pela liquidez baixará e teremos 
a i incentivo para investir, alavancando renda e emprego. 
Este efeito ficou conhecido a posteriori como “efeito 
Keynes”.
Assim a proposta dos clássicos é valida via taxa de 
juros, contudo os salários nominais são muito sensíveis e 
uma redução dos mesmos poderiam ter altos custos para a 
sociedade, via de regra a implementação de uma politica de 
redução de salários traria uma resistência por parte dos 
assalariados, diferente das baixas graduais que ocorrem 
com o aumento de preços, causaria ainda deflação, que é 
mau vista pelos empresários, custo operacional, entre 
outros.
A saída então seria a P.M, uma vez que a solução do 
problema encontrado pelos postulados clássicos é o 
aumento no volume de moedas, dado pela redução dos 
salários nominais, procuramos uma solução que não gere os 
mesmos transtornos, então podemos aumentar o nível de 
moedas na economia. Sabemos que a P.M apesar de não 
neutra é limitada, em cenários de grande incerteza podemos 
nos encontrar na armadilha da liquidez, devemos então nos 
valer de outros choques e este auxilio pode vir da P.F e P.C.
Capitulo 21.
Teoria dos Preços
Iniciemos nossa analise enunciando a Teoria 
quantitativa da Moeda a maneira clássica. “Enquanto 
houver desemprego, o emprego variará proporcionalmente 
à quantidade de moeda e, quando o pleno emprego é 
alcançado, os preços variarão proporcionalmente à 
quantidade de moeda.”
Assim pode ser exposta a TQM, trataremos a partir 
desse momento das possíveis complicações que, de fato 
influirão sobre os acontecimentos:
A demanda efetiva não variará em proporção exata à 
quantidade de moeda.
Tomando recursos não homogêneos os retornos serão 
decrescentes e não constantes a medida que o emprego 
aumentará gradualmente.
Desde que os bens não são intercambiáveis a oferta de 
certos bens tornar-se-á inelástica.
A taxa de salários tenderá a subir antes que o pleno 
emprego seja alcançado.
As remunerações dos fatores que entram no custo 
marginal não variam na mesma proporção.
Notamos que a variação positiva na demanda efetiva se 
dá em parte pelo aumento do emprego e em parte pela 
elevação no nível de preços, então fica nítido que os preços 
tem um aumento gradual, eles não são constantes enquanto 
há desemprego e variam na proporção do aumento da 
moeda no pleno emprego, como assumem os pressupostos 
clássicos. 
Em seguida analisamos o efeito primário de uma 
variação na quantidade de moeda, uma vez que sua reação 
for apenas sobre o montante da demanda efetiva 
influenciando dessa forma a taxa de juros, então poderemos 
derivar dos três elementos seguintes – a curva de PPL, que 
diz o quanto a taxa de juros deve baixar para que o 
investimento torne-se atrativo, curva de Emgk, diz quanto 
aumentará o investimento, em função de um declínio da 
taxa de juros, e o multiplicador, que nos dirá o quanto a 
demanda efetiva subirá com o acréscimo no investimento.
No entanto a analise tem uma simplificação enganosa, não 
estudamos os fatores de complicação, dos quais os 
anteriores fazem parte.
-A velocidade renda da moeda não é constante, 
depende de muitos fatores variáveis mais complexos.
-Os retornos dependem de os trabalhadores serem ou 
não remunerados de acordo com sua eficiência. Caso 
uma classe de trabalhadores não seja remunerada de 
acordo com sua eficiência, verificamos que o custo do 
trabalho subirá, independente da eficiência de qualquer 
equipamento, vemos ainda que caso o equipamento 
seja homogêneo, teremos também custos marginais 
crescente sobre os custos crescentes do trabalho, o que 
implicará num preço de oferta maior, mesmo sem 
haver o menor acréscimo nos salários.
-Observamos anteriormente que os salários sobem 
antes do plenos emprego, visto que os trabalhadores 
tendem a pressionar os empresários por melhores 
salários quando vê que este tem situação mais prospera, 
então a cada aumento na demanda efetiva, 
observaremos também sucessivos aumentos nos 
salários, assim se dá que antes do ponto critico do 
pleno emprego temos pontos semi críticos onde cada 
aumento na demanda efetiva reflete, aumentos nos 
salários nominais, embora não sejam na mesma 
magnitude dos preços.
-Supomos antes que as remunerações dos diversos 
fatores variassem todos na mesma proporção, o que na 
verdade não é real, cada remuneração pode ter uma 
elasticidade diferente, é o caso do custo marginal de 
uso(depreciação), assim seria mais correto ao invés de 
assumir que esses fatores varia na mesma proporção 
dos salários, tomar uma média ponderada das 
remunerações e dar a ela a denominação de unidade de 
custo.
- No momento em que qualquer aumento na demanda 
efetiva se traduz completamente num aumento de 
preços e nenhuma variação na produção, este então 
será uma momento em que nos encontramos na 
verdadeira inflação. Cada aumento anterior na 
quantidade de moeda que aumente a demanda efetiva 
se traduz parte em produção, parte em unidades de 
custo, uma vez que os fatores empregados e 
especialmente os trabalhadores são resistentes a 
redução de suas remunerações, e não há porque se opor 
a um aumento delas. Se a cada contração na demanda 
houvesse uma redução das remunerações não existiria 
nenhum ponto além do pleno emprego que se pudesse 
chamar de equilíbrio, até que a taxa de juros não 
pudessem baixar mais ou os salários fossem 0.
Cabe colocar que o que Keynes mostra neste capitulo é 
que os pressupostos clássicos, abrangem apenas um 
ponto, numa linha de pontos infinitos, manipulando 
algebricamente a equação de trocas comprovamos os 
postulados clássicas sendo validos apenas nas 
condições de pleno emprego, comprava isso ao medir a 
elasticidade das variáveis, lembremos que a 
elasticidade pertence a uma reta de infinitos ponto que 
variam de zero a um. 
Capitulo 22.
Ciclos
Como são definidos os ciclos?
A versão mais aceita pela teoria econômica é de que os 
ciclos façam parte de um processo natural, a economia tem 
períodos de recessão após períodos de crescimento.
 y
 t
Vale lembrar que um momento de crise não se define 
quando temos um crescimento negativo, mas sim quando 
nos encontramos com taxas de crescimento bem abaixo das 
anteriores.
Eficiência da teoria econômica as fases dos ciclos:
Processos Cumulativos – Fase inicial dos ciclos, a teoria 
econômica é bem eficiente nesta fase e consegue explica-la 
através de modelos com acelerador de crescimento, 
modelos como o de Lucas, ou Romer.
Rupturas e Inflexões – Nesta fase a teoria econômica tem 
problemas para a explicação, aliás um termo criado por Sir 
Jevons é usado até hoje para explicação de ciclos, 
(Sunspots), isso mesmo manchas solares, os economistas 
aqui tentam endogeneizar os ciclos.
Efeito Tostines(Carcanholo) – A teoria econômica é 
totlmente incapaz de explicar e diz que... “A economia entra 
em crise por que cresce e cresce por que entrou em crise. 
Voltemos a Keynes:
Para explicar os ciclos Keynes decompõe os ciclos em 
3fases: Auge, Crise e Retomada descreverei-as da seguinte 
maneira:
Auge -Abundancia de K
 -Elevação dos custos de produção
 -Elevação das taxas de juros
 -Expectativas Otimistas
Crise -Reversão das expectativas
 -Queda na Emgk
-Elevação da Incerteza
 
Retomada – Desgaste| Obsolescência do K
Keynes diz que uma redução acentuada na Emgk, pode 
ser a chave para o desencadeamento da crise, vejamos.
No auge,fase que precede a crise temos os elementos 
que determinam a Emgk do capital da seguinte maneira:
K- - Temos altos estoques de capital nessa época, pois a 
demanda por bens de capital com investimento crescente o 
fez aumentar, essa variável poderia inverter a decisão por 
investir.
Pbk- - O lapso de tempo existente entre a adquação da 
oferta a demanda, faz com que os preços dos bens de 
capital cresçam neste estágio, o que também poderia levar a 
reversão do investimento.
Então por que os investimento continuam a crescer?
A resposta está no fluxo esperado de ganhos futuros, 
fator psicológico, apesar das altas taxas de juros a 
magnitude do Qes , é superior a daquelas variáveis mantendo 
o investimento num patamar elevado.
Quando temos a reversão de expectativas, temos a 
redução drástica e fulminante dos investimento o que leva a 
crise.
Por que as expectativas se revertem, Keynes tenta 
explicar de duas formas:
1. Rendimento atual sinaliza baixa. ( Não parece fazer 
sentido, afinal uma sinalização de baixa já é um 
indicativo de crise)
2. Elevação dos custos de produção esperado dos bens 
de capital. (Idem)
Como acontece a retomada?
O investimento é pró cíclico, no entanto exite um fator 
determinante do investimento que tem a característica de 
reverter o quadro de queda do mesmo, a variável estoque de 
capital, K, dado um lapso de tempo em recessão o estoque 
de capital torna-se obsoleto e desgastado, como está é uma 
variável inversa ao investimento ela da força para mudança 
de trajetória do investimento e retomada do crescimento da 
economia. 
Módulo 2
Minsky
Iniciemos com a critica de Minsky, a estrutura clássica 
da macroeconomia, que pressupõe poupança definindo o 
investimento. Minsky rebate o postulado clássico, e expõe 
que investimento não é apenas uma função de poupança 
prévia, o investimento estaria atrelado a uma estrutura 
financeira que pode criar moeda, para além da mesma.
Desta estrutura financeira e da criação de moedas 
trataremos adiante. Antes disso é importante ressaltar os 
perfis de investidores ilustrados por Minsky, esses perfis de 
investidores podem sinalizar o estagio do ciclo, em que 
uma economia encontra-se, lembrando que, o diferencial de 
cada perfil de investidor não seria seu grau de solvência, 
uma vez que todos procuram financiamento com um certo 
plano de investimento, seu diferencial é o grau de liquidez 
de cada financiamento, os agentes são graduados de forma 
que suas expectativas de arrolar as dividas sejam menores.
Eles são os seguintes:
Hedge: Apesar do nome o agente não encontra-se 
coberto. O agente tem expectativas de que captará recursos 
suficientes para honrar suas dividas em cada um dos 
períodos, por esse motivo não retornará ao mercado 
financeiro para arrolar sua divida. Existe uma proteção, 
mesmo que expectacional.
Especulativa: Este agente tem expectativas de que 
retornará ao mercado financeiro em algum momento para 
arrolar a divida, ficando assim a mercê deste, está é uma 
postura mais arriscada.
Ponzi: Este agente tem o maior risco. Ele espera que 
nos primeiros períodos não terá levantado recursos para 
pagar nem os juros, e retornará ao mercado financeiro para 
arrolar os juros e o principal da divida.
 
Posturas financeiras e os ciclos
Hedge: Predomina na saída da recessão. 
Nessa fase pressupõe-se que os agentes, especulativos e 
ponzi, já quebraram. Os bancos sobreviventes tem um grau 
de liquidez relativamente alto, sua preferencia pela liquidez 
também encontra-se num patamar elevado. A Emgk é bem 
elevada, uma vez que os estoques de capital “K”, já fora 
desgastado pela depreciação. O reflexo para o lado real da 
economia é uma elevada taxa de desemprego e baixa 
utilização da capacidade produtiva.
Especulativa: Com o sucesso dos primeiros hedgers, 
que começam a saldar suas dividas vem a recuperação, 
ocorrendo assim a reversão de expectativas, a PPL dos 
bancos cai nessa e eles começam a fornecer empréstimos, 
inicialmente para Hedgers, essa face cresce gradualmente. 
Pressionados pela competitividade os bancos são obrigados 
a oferecer créditos para posturas cada vez mais 
especulativas.
Ponzi:Predominam no auge.
O Índice de Fragilidade Financeira(IFF)
Iff = Especulativo + Ponzi
 Hedge
O Iff é pró – cíclico, podemos notar que quanto mais 
próximo ao auge a economia encontra-se, maior é o Iff.
 
Nota: Oscilações na taxa de juros atingem o fluxo de 
ganhos esperados com a redução da demanda, provocando a 
queda da mesmo e por outro lado faz aumentar as 
obrigações, que moram no passivo.
Minsky diz que os ciclos são eminentemente 
financeiros e endógenos. A economia, ao crescer acaba por 
aumentar a fragilidade financeira, o que leva ao aumento 
das taxas de juros. No entanto, a endogeneidade é relativa,
(os pontos de reversão não são endógenos), uma vez que a 
economia ao crescer leva a fragilidade financeira, mas isso 
não é suficiente para causar crises, apenas aumenta a 
probabilidades de choques que por sua vez levarão a 
instabilidade financeira.
Veremos em seguida que a nomenclatura que Minsky 
utiliza para as fases da crise é mais dinâmica que aquela 
usada por Keynes. 
Limite Ultimo da Depressão: Nessa fase Minsky vai 
além do que fora dito por Keynes, além de dizer que o 
estoque de capital se esgotou, diz ainda que todas as 
unidades suscetíveis a falir já o fizeram, (unidades 
especulativas e ponzi), o que não garante que hedgers não 
faliram, apenas que eles tem menor probabilidade de falir.
Os bancos sobreviventes tem uma liquidez razoável e 
alta PPL.
Os bancos só emprestarão dinheiro para agentes com 
perfil sólido, especulativos e ponzi estão fora de cogitação.
Recuperação (Reversão das Expectativas): Sucesso 
inicial dos Hedgers sobreviventes e agentes que se 
autofinanciam . Os agentes que tomaram empréstimos estão 
pagando suas dividas, os que se autofinanciaram também 
obtém sucesso, sinalizando assim uma redução da incerteza 
e queda da PPL, ou seja a expansão da oferta de crédito, 
que é forçada pela concorrência. As expectativas tem uma 
trajetória de altas conforme mais agentes obtém sucesso e 
saldão suas dividas. 
Prosperidade: Atingida quando estruturas financeiras 
mais arriscadas são validadas por lucros, ou seja, agentes 
com posturas especulativas e ponzi prosperam e quitam 
suas dividas.
 O Iff aumenta com o aumento da demanda por crédito, 
caso a oferta por crédito não acompanhar, a taxa de juros se 
elevará e os investimentos em contra partida recuarão 
causando a crise. Para Minsky a prosperidade só cessa caso 
a oferta de crédito não acompanhe a demanda pari passu.
A Hipótese de Minsky
-Primeiramente Minsky ataca a Politica Monetária, 
anticíclica, momentos de prosperidade trazem 
pressões inflacionarias, devido ao aumento da 
demanda, para conter essas pressões as autoridades 
impõem P.M. Restritivas, o que leva a oscilação 
positiva da taxa de juros que é uma função 
relacionada negativamente ao investimento, e atinge 
positivamente o montante de obrigações dos 
investidores.
A queda do investimento num momento e economia 
aquecida faz com que a oferta (capacidade instalada), 
torne-se menor que a demanda, e essa é a real causa 
da inflação.
-Segundo, os bancos que também ofertam créditos 
são sinalizados de que os riscos estão crescendo, pela 
existência de uma parcela cada vez maior de agentes 
especulativos no mercado, elevação dos riscos 
presume maior preferencia pela liquidez, os bancos 
então, restringem sua oferta de crédito. O sistema 
financeiro cria condições para crise.
Nesse dado momento as autoridades monetárias 
devem intervir na economia, aumentando a oferta de 
moedas.
– Big bank – O banco central como emprestador de 
ultima instância. No entanto, em Keynes vimos que a 
P.M. É eficaz, porém limitada.– Big Government- Nesse caso o governo deve fazer 
P.F expansionista, em auxilio a P.M. 
Nota: No momento da crise, existe ainda uma deflação de 
ativos, uma vez que os agentes precisam saldar suas 
dividas, provocam no mercado uma pressão na oferta de 
ativos, oque faz com que seus preços decresçam em ritmo 
acelerado, a taxa de juros por sua vez tem relação inversa 
com a oferta de ativos, uma vez que a venda de ativos 
aumenta a demanda por moedas, a taxa de juros cresce 
ainda mais, agravando a crise.
 Papel dos Bancos 
Enquanto na economia clássica os bancos eram meros 
intermediários, entre poupadores e emprestadores, na 
economia keynesiana, os bancos também criam moeda.
Como os bancos compõem seus ativos.
Ativo Passivo
Empréstimos de CP DU
Títulos Depósitos a prazo
Adiantamentos a Clientes 
(Ip)
Titulos
 
O grau de liquidez é inverso ao retorno de determinado 
ativo.
Como os bancos criam moedas?
Existem dois tipos de D.U, o depósito fundador dos 
bancos e outro que surge quando os bancos concedem 
empréstimos aos agentes.
Tomando o sistema de partidas dobradas, sabemos que 
ao criar um ativo criamos também um passivo, esses 
lançamentos ocorrem simultaneamente, ao conceder 
empréstimo para os agentes os bancos lançam o ativo 
empréstimo e o passivo D.U, depósitos a vista. É dessa 
forma que se dá a criação de moedas pelos bancos.
Ms
 Md
A inclinação da curva Ms se dá devido a essa 
capacidade dos bancos de criar moeda.
Natureza do ativo:
Empréstimo de curto prazo – Empréstimos de Over-
night, por exemplo.
Títulos – Médio prazo.
Adiantamentos a Clientes – Longo Prazo
Temos dessa forma a escala do maior para o menor grau de 
liquidez, no entanto a taxa de retorno varia de acordo com 
risco, quanto maior o risco, mais rentável o ativo.
Os bancos irão compor seu portfólio de acordo o momento 
da economia, em momentos em que a PPL é alta os bancos 
emprestarão apenas a médio e curto prazo. A decisão dos 
agentes, trata-se não apenas de como compor um portfólio 
mais de uma analise de balanço mais precisa.
Nota: Se tivermos uma economia aberta a captação de 
moeda externa, teremos ai mais um risco o risco cambial.
A mensagem keynesiana é : A economia se ajusta via 
preços, mas com a intervenção do Estado.

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