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AFT 13 EST auditoria brito fontenelle Aula 01

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Técnicas de Auditoria p/ AFT 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 01 
 
Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle 
 www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 45 
 
 
AULA 01: Objetivos de auditoria. Planejamento dos 
trabalhos. Programas de auditoria. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação 1 
1. Introdução 4 
2. Conceito de Auditoria 5 
3. Evolução da Auditoria 7 
4. Funções da Auditoria Externa 8 
5. Planejamento de Auditoria (NBC TA 300) 10 
6. Plano de Auditoria (Doutrina) 18 
Lista das questões comentadas durante a aula 25 
Referências bibliográficas 48 
 
Observação importante: este curso é protegido por direitos 
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e 
consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
 
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam 
os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa 
equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia 
Concursos ;-) 
 
 
Apresentação 
 
Olá, Pessoal! 
 
Meu nome é Rodrigo Fontenelle, sou Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU), lotado em Brasília/DF e atualmente 
exerço o cargo de Coordenador-Geral de Auditoria da Área Fazendária. 
Sou professor de Auditoria Privada, Governamental e Técnicas de 
Controle em cursos presenciais preparatórios para concursos públicos em 
SP, MG e DF, além de cursos online. Sou economista, formado pela 
UFMG, com pós-graduação em Finanças pelo IBMEC e mestre em 
Contabilidade, pela UnB. No final de 2011 lancei o livro Auditoria - Mais 
de 200 questões comentadas, pela Editora Elsevier/Campus. Além da 
CGU, fui aprovado em outros concursos no país, entre eles Consultor 
Legislativo da Assembleia de Minas Gerais, EPPGG do Estado do Espírito 
Santo e 1º lugar no concurso da Controladoria-Geral do Estado de Minas 
Gerais. Sou membro efetivo do Instituto de Auditores Internos do Brasil – 
IIA Brasil –, filial do The Institute of Internal Auditors. 
 
Técnicas de Auditoria p/ AFT 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle – Aula 01 
 
Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle 
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Meu nome é Claudenir Brito, e fui militar do Exército Brasileiro por quase 
17 anos, saindo em 2008, no posto de Capitão. Atualmente, sou o 
Auditor-Chefe da Auditoria Interna do DNIT – Departamento Nacional de 
Infraestrutura de Transportes –, Autarquia vinculada ao Ministério dos 
Transportes. Sou Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral 
da União, aprovado em 15º lugar no concurso de 2008, e professor de 
Auditoria Governamental e Privada, além de Controle Externo, em cursos 
preparatórios na capital do país, no Rio de Janeiro e em Salvador. Sou 
membro efetivo do Instituto de Auditores Internos do Brasil – IIA Brasil –, 
filial do The Institute of Internal Auditors e da Comissão de Coordenação 
de Controle Interno – CCCI – do Poder Executivo Federal. Ah, e professor 
no Estratégia, claro. 
 
Acabamos de escrever um livro juntos, lançado agora em Julho/2013 
(Auditoria Privada e Governamental – Teoria objetiva e mais de 250 
questões comentadas, Editora Elsevier) e temos certeza que esse 
entrosamento só irá contribuir para a qualidade das aulas e, 
consequentemente, para o sucesso de vocês na hora da prova. 
 
Nosso curso tem por objetivo auxiliá-los na preparação para as provas do 
concurso para AFT e abordará toda a matéria cobrada no edital 
publicado em 01/07/2013. 
 
O objetivo principal do nosso curso é que você aprenda a realizar as 
provas de Auditoria. Não formaremos auditores aqui, para o alívio de 
alguns alunos. O essencial é que vocês aprendam a matéria, aprendam a 
marcar a alternativa correta, acertando a questão, e adquiram 
tranquilidade para o grande dia. 
 
O curso será composto de teoria e exercícios. A teoria será 
apresentada com base nas novas normas de auditoria do Conselho 
Federal de Contabilidade – CFC – (tudo bem, não tão novas assim), que 
tiveram como objetivo atender aos padrões internacionais de auditoria do 
IFAC – International Federation of Accounting (in portuguese: Federação 
Internacional de Contadores). Na última aula falaremos de auditoria 
governamental, cuja base está na Instrução Normativa SFC/MF n 
01/2001. 
 
Sobre os exercícios, irão perceber que esse será um diferencial do nosso 
curso. Comentaremos o maior número de questões possível da banca da 
prova – CESPE. Entretanto, alguns temas, como os da aula de hoje, não 
são tão explorados por essa banca. Por esse motivo incluiremos diversas 
questões de outras bancas, para melhor assimilação do conhecimento. 
 
Outro detalhe quanto aos exercícios, que sempre fazemos questão de 
alertar em nossas aulas presenciais: resolução de exercícios não é 
teste de adivinhação, quando o candidato tenta decorar alguns para, 
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quem sabe, dar de cara com um igualzinho, na prova. O ideal é entender 
a teoria e raciocinar na hora da resolução, sempre. Alguns deles se 
resolvem com bom senso, experiência pessoal e entendimento dos 
princípios da matéria. Diversos temas em auditoria são bastante 
intuitivos, mas ficarão ainda mais quanto maior for o estudo da matéria. 
 
Tendo em vista que vocês tem acesso a um grande número de 
informações sobre concursos, não vamos tentar convencê-los de que a 
Auditoria é uma matéria importante. Todas são. O que podemos garantir 
é que, sem a preparação adequada, as chances de sucesso na obtenção 
de uma das vagas são muito pequenas, já que a matéria é extensa e o 
nível de cobrança normalmente é alto. 
 
Assim, vamos nos empenhar ao máximo – nós do curso e vocês – 
para sua aprovação, e esperamos que, após a prova, vocês tenham a 
certeza de que nossas aulas fizeram a diferença. 
 
Pra finalizar, não se esqueçam do tripé Planejamento, Disciplina e 
Material. Em relação ao último, nos comprometemos a fornecer uma 
aula de excelente qualidade. Já os dois primeiros são com vocês! 
 
 
 
Qualquer dúvida em relação à dinâmica do curso ou comentário, estamos 
à disposição por meio dos endereços de email: 
rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br e 
claudenir@estrategiaconcursos.com.br. 
 
Em relação às dúvidas sobre a matéria, responderemos a todas que forem 
postadas no fórum do Estratégia. 
 
Curtam nossa página no FACEBOOK 
(www.facebook.com/auditoriaprivadaegovernamental) e concorram a 
um livro! 
 
Feitos os devidos esclarecimentos, vamos à matéria. Sejam bem-vindos 
ao nosso curso. 
 
 
Planejamento 
Material 
 Disciplina 
Técnicas de Auditoria p/ AFT 
Teoria e exercícios comentados 
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1. Introdução 
 
Até o ano de 2009, estudar Auditoria para concursos era, em geral, 
estudar a NBC T-11 (Resolução 820/97, Normas de Auditoria 
Independente das Demonstrações Contábeis) e suas derivadas, como, por 
exemplo, a NBC T-11.3, NBC T-11.4, NBC T-11.6, dentre outras. Não 
havia concurseiro, de Norte a Sul do país, que não conhecesse essas 
normas. 
 
Ocorre que já havia algum tempo que essas normas estavam para serem 
alteradas, em virtude da necessidade de adaptação de nossa 
Contabilidade aos padrões internacionais definidos pela IFAC – 
International Federation of Accounting (Federação Internacional de 
Contadores). Mas a quem interessava essa adaptação? 
 
Para responder a essa pergunta, vamos imaginar o seguinte: você é um 
mega investidor estrangeiro, e, ao procurar uma empresa brasileira para 
investir seus valiosos recursos, ficava sabendo que as demonstrações 
contábeis dessa empresa brasileira haviam sido elaboradas “de acordo 
com as práticas contábeis adotadas no Brasil”. 
 
Bom, investidores (assim como concurseiros) não tem tempo a perder e, 
ao invés de ficar tentando descobrir que práticas contábeis eram essas, 
acabavam optando por investir seu dinheiro em outro país, do qual ele 
conhecia as tais das práticas contábeis adotadas. 
 
Ou seja, uma padronização internacional seria benéfica a todas as 
empresas brasileiras, em última análise. 
 
Além disso, tanto o CFC como o Instituto dos Auditores Independentes do 
Brasil – IBRACON – são membros associados da IFAC e, dessa forma, 
entenderam como indispensável o processo de convergência das Normas 
Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais. 
 
Em 27 de novembro de 2009, o CFC publicou a Resolução nº. 1.203/09, 
que aprovou a NBC TA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e 
a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria –, 
revogando NBC T-11 e companhia. 
 
A partir daí, a grande dúvida que assolou os concurseiros foi a seguinte: 
estudar as novas normas, as antigas, ou as duas? 
 
Como entendemos que não cabe mais às bancas a cobrança das normas 
antigas – embora em alguns editais ainda se faça referência à 
nomenclatura desatualizada, vamos tratar das novas normas, citando as 
antigas, sempre que necessário. Na resolução das questões, quando 
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pertinente, explicaremos como era na norma vigente à época da 
elaboração da questão e como é agora, com a nova legislação. 
 
 
2. Conceito de Auditoria 
 
Escolher um conceito universal para Auditoria não é uma tarefa 
simples. A maioria dos autores escreve sobre uma das diversas 
especializações da matéria, e, no momento da definição, acaba 
privilegiando a Auditoria Interna ou a Auditoria Externa (não se preocupe 
com essa diferença, trataremos dela mais a frente). 
 
Crepaldi (2010) afirma que se pode definir Auditoria, de forma bastante 
simples, como o “levantamento, estudo e avaliação sistemática das 
transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações 
financeiras de uma entidade”. 
 
Aprofundando a definição, podemos dizer que se trata de testar a 
eficiência e a eficácia do controle patrimonial, sem nos limitarmos 
aos aspectos contábeis do conceito. Por ser uma atividade crítica, em 
sua essência, traduz-se na emissão de uma opinião sobre as 
atividades verificadas. 
 
 
Auditar é testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial, 
não se limitando aos aspectos contábeis. Por ser uma atividade crítica, 
traduz-se na emissão de uma opinião sobre as atividades 
verificadas. 
 
 
Franco e Marra (2011) definem auditoria da seguinte forma: 
“A auditoria compreende o exame de documentos, livros e 
registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, 
internas e externas, relacionadas com o controle do 
patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros 
e das demonstrações contábeis deles decorrentes”. (grifamos) 
 
Quanto ao termo auditor, a doutrina se divide em citar sua origem latina 
– audire, audição, ouvinte – e a expressão inglesa to audit – examinar, 
certificar. Em nossas aulas presenciais, gostamos de explicar que auditar 
é ouvir o administrador – aquele que detém a responsabilidade pela 
administração do patrimônio alheio – para saber como é que ele está 
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agindo na condução de suas atividades, e se essa conduta está 
alinhada com o que o proprietário espera dele. 
 
Em linhas gerais, vamos mais uma vez nos remeter à obra de Franco e 
Marra (2011) para definir o objeto da auditoria: 
 
“conjunto de todos os elementos de controle do patrimônio 
administrado, os quais compreendem registros contábeis, papéis, 
documentos, fichas, arquivos e anotações que comprovem a 
veracidade dos registros e a legitimidade dos atos da 
administração, bem como sua sinceridade na defesa dos 
interesses patrimoniais”. (grifamos) 
 
Neste ponto, vamos dividir a Auditoria em dois grandes grupos, e a 
partir daqui, centrar nosso foco no que será cobrado no nosso concurso. 
De acordo com o ambiente em que será aplicada, a Auditoria poderá ser 
Governamental ou Privada. 
 
A Auditoria Governamental – ou Pública, do Setor Público – é, 
conforme disposto na Instrução Normativa 01/2001, da Secretaria Federal 
de Controle Interno (da Controladoria-Geral da União), o conjunto de 
técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e 
resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por 
entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre 
uma situação encontrada com um determinado critério técnico, 
operacional ou legal. Tem por objetivo primordial garantir resultados 
operacionais na gerência da coisa pública. 
 
A Auditoria Governamental engloba todas as esferas de governo – 
federal, distrital, estadual e municipal – e níveis de poder - Executivo, 
Legislativo e Judiciário -, e, claro, alcança as pessoas jurídicas de direito 
privado, caso se utilizem de recursos públicos. Esse tema será explorado 
na aula 06. 
 
A Auditoria Privada – ou Independente, Empresarial, das 
Demonstrações Contábeis, das Demonstrações Financeiras – é uma 
técnica contábil, constituída por um conjunto de procedimentos 
técnicos sistematizados, para obtenção e avaliação de evidências sobre 
as informações contidas nas demonstrações contábeis de uma 
empresa. 
 
Relembrando... Para atingir suas finalidades, a Contabilidade utiliza-se 
das seguintes técnicas contábeis: 
- Escrituração (registro dos fenômenos patrimoniais); 
- Demonstrações (balanços e outras demonstrações); 
- Auditoria; e 
- Análise de balanços. 
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Assim, podemos concluir que a Auditoria tem a natureza de técnica 
contábil utilizada pela Contabilidade para atingir seus objetivos, sendo 
a Auditoria Contábil a técnica contábil cujo objetivo é emitir uma 
opinião sobre as demonstrações contábeis (também denominadas 
financeiras). 
 
Portanto, qual a finalidade de uma Auditoria Independente? 
 
Segundo a NBC TA 200, o objetivo da auditoria é aumentar o grau de 
confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso 
é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre 
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos 
relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro 
aplicável. 
 
 
3. Evolução da Auditoria 
 
Essa parte da matéria não é cobrada com frequência nos certames, 
apesar de constar em alguns editais. De qualquer modo, é importante 
para um entendimento mais abrangente do assunto, e essa visão vai 
auxiliá-lo na resolução das questões, por meio de um raciocínio 
sistemático sobre os conceitos que estamos apresentando. Portanto, não 
se preocupem em guardar datas, instituições, etc. 
 
A doutrina não é pacífica quando trata da evolução da auditoria. Nada 
de mais. Ocorre que os autores, para elaborarem uma linha do tempo da 
Auditoria, percorrem dezenas de livros para pesquisa, e, obviamente, não 
utilizam as mesmas obras que outros. Assim, vamos nos pautar pela obra 
de William Attie (2010) para traçar uma sequência lógica da evolução da 
auditoria, nos remetendo a outros autores, quando necessário. 
 
A Contabilidade foi a primeira disciplina desenvolvida para auxiliar e 
informar o administrador, e podemos afirmar que a auditoria é uma 
especialização da Contabilidade, destinada a ser usada como 
ferramenta de confirmação da própria Contabilidade. 
 
O surgimento da Auditoria está ancorado na necessidade de 
confirmação por parte dos investidores e proprietários quanto à 
realidade econômico-financeira espelhada no patrimônio das 
empresas investidas. Tudo como fruto da evolução do sistema capitalista. 
 
Attie afirma ser desconhecida a data de início da atividade de auditoria, 
mas cita alguns momentos marcantes para o desenvolvimento do 
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assunto, sendo o primeiro a criação do cargo de auditor do Tesouro, na 
Inglaterra, em 1314. 
 
Em 1880, foi criada a Associação dos Contadores Públicos Certificados, na 
Inglaterra, e em 1886, sua congênere nos Estados Unidos. 
 
A partir daí, o ponto principal da evolução da auditoria foi a criação da 
SEC – Security and Exchange Comission, em 1934, nos Estados Unidos, 
quando a profissão de auditor assume sua importância, tendo em vista 
que as empresas listadas em Bolsa de Valores foram obrigadas a se 
utilizarem dos serviços de auditoria para dar mais credibilidade a suas 
demonstrações financeiras. 
 
No Brasil, a evolução da auditoria esteve primariamente relacionada com 
a instalação de filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras, e a 
consequente obrigatoriedade de se auditar suas demonstrações 
contábeis. Resultado: a chegada ao país de empresas internacionais de 
auditoria independente. 
 
Com a evolução do mercado de capitais e a criação da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM – e da Lei das Sociedades por Ações, em 1976, 
a atividade de auditoria tomou grande impulso, mas ainda atrelada às 
empresas integrantes do mercado de capitais e do Sistema Financeiro. 
 
Quadro cronológico da evolução da auditoria 
Datas Fatos 
? Desconhecida a data de início da atividade de auditoria 
1314 Criação do cargo de auditor do Tesouro na Inglaterra 
1559 Sistematização e estabelecimento da auditoria dos pagamentos a 
servidores públicos pela Rainha Elizabeth I 
1880 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, na 
Inglaterra 
1886 Criação da Associação dos Contadores Públicos Certificados, nos 
Estados Unidos 
1894 Criação do Instituto Holandês de Contadores Públicos 
1934 Criação do Security and Exchange Comission (SEC), nos Estados 
Unidos 
Adaptado de “Auditoria – conceitos e aplicações – William Attie, 2010”. 
 
 
4. Funções da Auditoria Externa (Independente) 
 
Podemos resumir a finalidade da Auditoria Externa com a afirmação de 
que busca conferir credibilidade às demonstrações contábeis, visto 
que, para os interessados nas informações financeiras, não basta uma 
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opinião interna, sendo indispensável a opinião independente da Auditoria 
Externa. 
 
Não é atribuição do auditor independente garantir a viabilidade futura 
da entidade ou fornecer qualquer tipo de atestado de eficácia da 
administração na gestão dos negócios. 
 
 
Finalidade da Auditoria Externa: busca conferir credibilidade às 
demonstrações contábeis, visto que, para os interessados nas 
informações financeiras, não basta uma opinião interna, sendo 
indispensável a opinião independente da Auditoria Externa. 
Não é atribuição do auditor independente garantir a viabilidade futura 
da entidade ou fornecer qualquer tipo de atestado de eficácia da 
administração na gestão dos negócios. 
 
De acordo a NBC TA 200, ao conduzir a auditoria de demonstrações 
contábeis, os objetivos gerais do auditor são: 
“... 
(a) obter segurança razoável de que as demonstrações 
contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causadas por fraude ou erro, 
possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre 
se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos 
os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável; e 
 
(b) apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis 
e comunicar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade 
com as constatações do auditor.” (grifamos) 
 
Ou seja: 
- obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis 
estão livres de distorções relevantes; 
- expressar sua opinião sobre se as demonstrações foram 
elaboradas conforme a estrutura de relatório financeiro aplicável; e 
- apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis. 
 
Distorções são a diferença entre o valor, a classificação, a apresentação 
ou a divulgação de uma demonstração contábil relatada e o valor, a 
classificação, a apresentação ou a divulgação que é exigida para que o 
item esteja de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável (ou 
seja, a diferença entre o que é para o que deveria ser). As distorções 
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podem originar-se de erro ou fraude. Uma distorção é relevante 
quando pode vir a modificar a opinião do usuário. 
 
O auditor também pode ter outras responsabilidades de comunicação e de 
relatório, perante os usuários, a administração, os responsáveis pela 
governança ou partes fora da entidade, a respeito dos assuntos 
decorrentes da auditoria, como, por exemplo, de comunicação com os 
responsáveis pela Governança, responsabilidades em relação a fraudes, 
dentre outras, desde que estabelecidas por lei, regulamento ou normas 
do CFC. 
 
 
5. Planejamento de Auditoria (NBC TA 300) 
 
A principal Norma de Auditoria que trata do Planejamento é a NBC TA 
300, do Conselho Federal de Contabilidade – CFC, que dispõe que a 
natureza e a extensão das atividades de planejamento variam conforme 
o porte e a complexidade da entidade, a experiência anterior dos 
membros-chave da equipe de trabalho com a entidade e as mudanças nas 
circunstâncias que ocorrem durante o trabalho de auditoria. 
 
De acordo com a NBC TA 300, o Planejamento não é uma fase isolada 
da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas vezes 
começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria 
anterior, continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
Entretanto, o planejamento inclui a consideração da época de certas 
atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos antes 
da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o 
planejamento inclui a necessidade de considerar, antes da 
identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções 
relevantes, aspectos como: 
 
(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como 
procedimentos de avaliação de risco; 
(b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o 
ambiente regulatório aplicável à entidade e como a entidade 
cumpre com os requerimentos dessa estrutura; 
(c) a determinação da materialidade; 
(d) o envolvimento de especialistas; 
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. 
 
 
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O Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um 
processo contínuo e iterativo, que muitas vezes começa logo após (ou 
em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a 
conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
O auditor pode optar por discutir esses elementos do planejamento com a 
administração da entidade, de forma a facilitar a condução e o 
gerenciamento do trabalho de auditoria (por exemplo, coordenar alguns 
dos procedimentos de auditoria planejados com o trabalho do pessoal da 
entidade). 
 
Atenção: Apesar de normalmente essas discussões ocorrerem, a 
estratégia global de auditoria e o plano de auditoria continuam sendo 
de responsabilidade do auditor. 
 
Na discussão de temas incluídos na estratégia global de auditoria ou no 
plano de auditoria deve-se atentar para não comprometer a eficácia dessa 
auditoria. Por exemplo, a discussão com a administração da natureza e da 
época de procedimentos de auditoria detalhados pode comprometer a 
eficácia da auditoria ao tornar tais procedimentos demasiadamente 
previsíveis. 
 
O envolvimento do sócio do trabalho (auditor responsável) e de outros 
membros-chave da equipe de trabalho no planejamento da auditoria 
incorpora a sua experiência e seus pontos de vista, otimizando assim a 
eficácia e a eficiência do processo de planejamento. 
 
5.1 Atividades preliminares do trabalho de auditoria 
 
Realizar as atividades preliminares auxilia o auditor na identificação e 
avaliação de eventos ou situações que possam afetar adversamente 
a capacidade do auditor de planejar e realizar o trabalho de auditoria. 
 
A realização dessas atividades preliminares permite ao auditor planejar o 
trabalho de auditoria para o qual, por exemplo: 
 
(a) o auditor mantém a necessária independência e capacidade 
para realizar o trabalho; 
(b) não há problemas de integridade da administração que possam 
afetar a disposição do auditor de continuar o trabalho; 
(c) não há desentendimentos com o cliente em relação aos termos 
do trabalho. 
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A avaliação pelo auditor da continuidade do relacionamento com o 
cliente e de requisitos éticos, incluindo independência, ocorre ao longo 
do trabalho de auditoria, à medida que mudam as circunstâncias e as 
condições. 
 
A aplicação de procedimentos iniciais sobre a continuidade do cliente e a 
avaliação de requisitos éticos (inclusive independência) no início do 
trabalho de auditoria corrente significa que estes devem estar concluídos 
antes da realização de outras atividades importantes para esse trabalho. 
 
No caso de trabalhos de auditoria recorrentes, esses procedimentos 
iniciais devem ser aplicados logo após (ou em conexão com) a conclusão 
da auditoria anterior. 
 
5.2 Atividades de planejamento 
 
De acordo com a NBC TA 300, em relação às atividades de 
planejamento, o auditor deve estabelecer uma estratégia global de 
auditoria que defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para 
orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
Ao definir a estratégia global, o auditor deve: 
 
(a) identificar as características do trabalho para definir o 
seu alcance; 
(b) definir os objetivos do relatório do trabalho de forma a 
planejar a época da auditoria e a natureza das comunicações 
requeridas; 
(c) considerar os fatores que no julgamento profissional do 
auditor são significativos para orientar os esforços da equipe 
do trabalho; 
(d) considerar os resultados das atividades preliminares do 
trabalho de auditoria e, quando aplicável, se é relevante o 
conhecimento obtido em outros trabalhos realizados pelo sócio 
do trabalho para a entidade; e 
(e) determinar a natureza, a época e a extensão dos recursos 
necessários para realizar o trabalho. 
 
Prosseguindo no estudo da norma, vemos que o auditor deve 
desenvolver o plano de auditoria, que deve incluir a descrição de: 
 
(a) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
planejados de avaliação de risco; 
(b) a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
adicionais de auditoria planejados no nível de afirmação; 
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(c) outros procedimentos de auditoria planejados e necessários 
para que o trabalho esteja em conformidade com as normas de 
auditoria. 
 
O auditor deve atualizar ealterar a estratégia global de auditoria e o 
plano de auditoria sempre que necessário no curso da auditoria, pois, 
como vimos, a atividade de planejamento é um processo contínuo e 
flexível. 
 
O auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão do 
direcionamento e supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu 
trabalho. 
 
5.3 Estratégia global de auditoria 
 
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a 
determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação 
de risco, temas como: 
 
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria 
específicas, tais como membros da equipe com experiência 
adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de 
especialista em temas complexos; 
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais 
como o número de membros da equipe alocados para 
observar as contagens de estoque em locais relevantes, a 
extensão da revisão do trabalho de outros auditores no caso 
de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas 
de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco; 
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, 
se em etapa intermediária de auditoria ou em determinada 
data-base de corte; e 
(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e 
supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as 
reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer 
as revisões do sócio e do gerente do trabalho (por exemplo, em 
campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de 
controle de qualidade do trabalho. 
 
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser 
desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas 
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta 
a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso 
eficiente dos recursos do auditor. 
 
A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria 
detalhado não são necessariamente processos isolados ou sequenciais, 
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estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um 
podem resultar em mudanças no outro. 
 
 
 
 
 
 
O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que 
defina o alcance, a época e a direção da auditoria, para orientar o 
desenvolvimento do plano de auditoria. 
 
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser 
desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas 
identificados na estratégia global de auditoria, levando-se em 
conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do 
uso eficiente dos recursos do auditor. 
 
5.4 Considerações específicas para entidades de pequeno porte 
 
Em auditoria de entidade de pequeno porte, toda a auditoria pode ser 
conduzida por equipe pequena de auditoria. Muitas auditorias de 
entidades de pequeno porte envolvem o sócio do trabalho trabalhando 
com um membro da equipe de trabalho ou sozinho. Com uma equipe 
menor, a coordenação e a comunicação entre membros da equipe ficam 
facilitadas. 
 
A definição da estratégia global para a auditoria de entidade de 
pequeno porte não precisa ser complexa ou um exercício demorado, 
Estratégia 
Global 
(+ amplo) 
Plano de 
Auditoria 
(+ específico) 
Planejamento 
de Auditoria 
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variando de acordo com o tamanho da entidade, a complexidade da 
auditoria e o tamanho da equipe de trabalho. 
 
Por exemplo, um memorando breve, elaborado na conclusão da auditoria 
anterior, baseado na revisão dos papéis de trabalho e destacando 
assuntos identificados na auditoria que acabou de ser concluída, 
atualizado no período corrente, com base em discussões com o 
proprietário ou administrador da entidade, podem servir como 
documentação da estratégia de auditoria para o trabalho de auditoria 
corrente, caso cubra os temas já mencionados. 
 
Quando a auditoria é realizada integralmente pelo sócio do trabalho, não 
se colocam questões de direção e supervisão dos membros da equipe de 
trabalho e de revisão do seu trabalho. 
 
Nesses casos, o sócio do trabalho, tendo dirigido todos os aspectos do 
trabalho, estará ciente de todos os assuntos relevantes. A formação de 
uma visão objetiva da adequação dos julgamentos feitos no decurso da 
auditoria pode gerar problemas práticos quando a mesma pessoa também 
executa toda a auditoria. 
 
Quando existem assuntos particularmente complexos ou incomuns e a 
auditoria é realizada por um único profissional, pode ser recomendável a 
consulta a outros auditores com experiência adequada ou à entidade 
profissional dos auditores. 
 
5.5 Plano de auditoria 
 
O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de 
auditoria visto que inclui a natureza, a época (oportunidade) e a 
extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos 
membros da equipe de trabalho (NOE dos procedimentos). 
 
O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da 
auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é 
desenvolvido. 
 
Por exemplo, o planejamento dos procedimentos de avaliação de riscos 
ocorre na fase inicial de auditoria. Entretanto, o planejamento da 
natureza, da época e da extensão de procedimentos específicos adicionais 
de auditoria depende do resultado dessa avaliação de riscos. 
 
Além disso, o auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais 
de auditoria para alguns tipos de operação, saldos de conta e divulgação 
antes de planejar todos os procedimentos adicionais de auditoria. 
 
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Mudança nas decisões de planejamento durante o processo de 
auditoria 
 
Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência 
de auditoria obtida na aplicação de procedimentos de auditoria, o auditor 
pode ter que modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, 
portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentos 
adicionais de auditoria planejados, considerando a revisão dos riscos 
avaliados. 
 
Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere 
significativamente da informação disponível quando o auditor planejou os 
procedimentos de auditoria. 
 
Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de 
procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser 
contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de 
controle (sobre os controles internos). 
 
Direcionamento, supervisão e revisão 
 
A natureza,a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos 
membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar dependendo 
de diversos fatores, incluindo: 
 
(a) o porte e a complexidade da entidade; 
(b) a área da auditoria; 
(c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento 
no risco de distorções relevantes para uma dada área de 
auditoria costuma exigir um correspondente aumento na 
extensão e no direcionamento e supervisão tempestiva por 
parte dos membros da equipe e uma revisão mais detalhada do 
seu trabalho); 
(d) a capacidade e a competência dos membros individuais da 
equipe que realiza o trabalho de auditoria. 
 
 
O programa de auditoria deverá ser estruturado de forma que possa ser: 
 Específico: um plano para cada trabalho. 
 Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou 
em épocas diferentes, com pequenas alterações. 
 
 
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5.6 Documentação 
 
A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das 
decisões-chave consideradas necessárias para planejar 
adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe de 
trabalho. 
 
Por exemplo, o auditor pode resumir a estratégia global de auditoria na 
forma de memorando contendo as decisões-chave relativas ao alcance 
global, a época e a condução da auditoria. 
 
A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, 
época e extensão planejadas dos procedimentos de avaliação de 
risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação, 
em resposta aos riscos avaliados. 
 
Também serve para registrar o apropriado planejamento dos 
procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes 
da sua aplicação. 
 
Atenção: ainda que deva existir um plano para cada trabalho de 
auditoria, e que esse plano seja flexível, por definição, o auditor pode 
utilizar programas de auditoria padrão ou listas de verificação de 
conclusão da auditoria, adaptados de forma a refletirem as circunstâncias 
particulares do trabalho. 
 
O registro das mudanças significativas na estratégia global de 
auditoria e no plano de auditoria, e respectivas mudanças na natureza, 
época e extensão planejadas dos procedimentos de auditoria explicam o 
motivo de mudanças significativas, a estratégia global e o plano de 
auditoria adotado para a auditoria, e também reflete a resposta 
apropriada a mudanças significativas ocorridas no decurso da auditoria. 
 
5.7 Considerações adicionais em auditoria inicial 
 
A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a 
auditoria seja inicial ou em trabalho recorrente. 
 
Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a 
necessidade de estender as atividades de planejamento por falta da 
experiência anterior que é normalmente utilizada durante o 
planejamento dos trabalhos. 
 
Para a auditoria inicial, o auditor pode considerar os seguintes temas 
adicionais na definição da estratégia global e do plano de auditoria: 
 
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 exceto se for proibido por lei ou norma, manter contato com o 
auditor antecessor, por exemplo, para conduzir a revisão de 
seus papéis de trabalho; 
 quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de 
princípios contábeis ou de auditoria e normas de elaboração de 
relatórios) discutidos com a administração e relacionados à 
escolha do auditor, a comunicação desses temas aos 
responsáveis pela governança e como eles afetam a estratégia 
global de auditoria e o plano de auditoria; 
 os procedimentos de auditoria necessários para obter 
evidência de auditoria suficiente e apropriada relativa aos 
saldos iniciais (NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos 
Iniciais); 
 outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de 
qualidade da firma para trabalhos de auditoria inicial (por 
exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro 
sócio ou profissional experiente para a revisão da estratégia 
global de auditoria antes de iniciar procedimentos de auditoria 
significativos ou de revisão dos relatórios antes da sua emissão). 
 
 
6. Plano de Auditoria (Doutrina) 
 
Boa parte do que será explicado neste item já foi visto no anterior, mas 
com outras palavras e de forma mais geral. Entretanto, em relação ao 
tema Planejamento as bancas ora cobram a doutrina, ora focam na 
norma. Assim, entendemos ser relevante trazer essa diferente 
abordagem. 
 
Planejamento, segundo Attie (2010), é “uma metodologia de preparação 
de um serviço, que compreende os objetivos definidos, o roteiro, os 
métodos, planos e programas a serem observados por etapas e os 
processos de avaliação de que se atingiram as metas programadas”. 
 
De acordo com a obra de Franco e Marra (2011), “ao se iniciar qualquer 
trabalho de auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em 
vista seu objetivo”, afirmando, ainda, que “o planejamento adequado 
pressupõe a formulação do programa de auditoria”. 
 
O planejamento é a função administrativa que determina 
antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como 
se deve fazer para alcançá-los. Ele define onde se pretende chegar, o que 
deve ser feito, quando, como e em que sequência. 
 
É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo 
imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização. A 
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tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes 
redunda em problemas na execução da fiscalização, que poderão provocar 
um acréscimo no tempo total de realização do trabalho, além de 
repercussões negativas em sua qualidade. 
 
Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que 
for possível, de acordo com o tempo disponível e com o objetivo 
determinado. 
 
Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do 
trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas operacionais e 
administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, 
que diversas atividades poderiam ter sido realizadas na sede, ao invés de 
ocuparem o precioso tempo de campo da equipe. 
 
Ou seja, planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de 
acordo com os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos 
financeiros, a fim de se alcançar os objetivos definidos para o trabalho. 
 
 
Planejar é pensar o modo de se realizar a auditoria, de acordo com 
os meios disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros, a fim de 
se alcançar os objetivos definidos para o trabalho.Funciona mais ou menos assim: 
- você me diz o que você quer (o chefe, no caso, determina que 
seja realizado o trabalho); 
- eu realizo meu planejamento e digo o que é necessário para 
realizá-lo (trabalho em equipe, sobre o qual trataremos em 
seguida); 
- você me diz, daquilo que pedi, o que tem para fornecer; 
- com base no que você tem, eu te digo o que poderá ser feito. 
 
A partir daí, devem ser feitos diversos ajustes (o planejamento deve ser 
flexível), inclusive dos objetivos da auditoria, caso a empresa de auditoria 
não disponha dos meios necessários para a execução. 
 
Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar 
os seguintes procedimentos: 
 
 obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao 
princípio do custo-benefício; 
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 obter o máximo de informações sobre a empresa a ser 
fiscalizada; 
 discutir o escopo, os procedimentos e técnicas; 
 testar a documentação a ser utilizada. 
 
Não se pode fiscalizar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer 
o objeto da auditoria é um dos passos mais importantes do processo, a 
fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a 
serem utilizados. 
 
Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e 
com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe, pois se cada 
auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances 
de sucesso serão sempre maiores. 
 
6.1 Atividades preliminares 
 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares auxiliam o auditor 
na identificação e na avaliação de eventos ou situações que possam 
afetar sua capacidade de planejar e realizar o trabalho. 
 
A equipe de auditoria deve, preliminarmente, construir uma visão geral 
do objeto a ser fiscalizado, podendo fazer uso, entre outras, das 
seguintes fontes de informação: 
 
 sistemas informatizados; 
 cadastros a que se vincula a empresa fiscalizada; 
 legislação e normas específicas; 
 demonstrações dos últimos exercícios; 
 fiscalizações anteriores, incluindo papéis de trabalho; 
 auditores que tenham participado de trabalhos recentes na 
empresa; 
 controle interno; 
 notícias veiculadas na mídia; 
 trabalhos acadêmicos publicados; 
 possíveis ações judiciais concernentes à empresa 
fiscalizada; 
 levantamentos anteriores. 
 
A visão geral objetiva o conhecimento e a compreensão da empresa 
a ser fiscalizada, bem como do ambiente organizacional em que esta 
está inserida. Em geral, é composta das seguintes informações: 
 
 descrição da empresa fiscalizada, com as características 
necessárias a sua compreensão; 
 legislação aplicável; 
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 objetivos institucionais da empresa fiscalizada, se for o 
caso; 
 setores responsáveis, competências e atribuições; 
 riscos e deficiências em controles internos. 
 
Podemos definir essa análise preliminar como sendo o levantamento 
de informações relevantes sobre a empresa auditada, para adquirir-se o 
conhecimento necessário à formulação das questões que serão 
examinadas pela auditoria. 
 
A compreensão permite identificar riscos e pontos críticos existentes e 
é indispensável à definição do objetivo e do escopo da auditoria. É 
importante assegurar que os aspectos centrais do objeto auditado tenham 
sido investigados, documentados e compreendidos. A extensão e o nível 
de detalhamento dos dados que serão coletados devem levar em 
consideração a natureza do objeto investigado, o tempo e os recursos 
disponíveis pela equipe. 
 
A equipe deve realizar investigação preliminar dos controles 
internos e dos sistemas de informação, assim como dos aspectos legais 
considerados significativos no contexto da auditoria. Nas auditorias 
operacionais, o exame da confiabilidade da base informativa e dos 
controles internos deve enfatizar os aspectos que possam comprometer a 
efetividade e/ou a eficiência das operações. 
 
A avaliação dos controles internos deve ser considerada na estimativa 
do risco de auditoria, que consiste na possibilidade de o auditor chegar a 
conclusões equivocadas ou incompletas. Sempre que relevante, o 
resultado dessa avaliação deve ser registrado no plano de auditoria. 
 
 
Algumas considerações iniciais sobre planejamento: 
1 – é a primeira fase de um trabalho de auditoria; 
2 – não se encerra com o início dos trabalhos de campo; 
3 – é flexível. 
 
6.2 Determinação de escopo 
 
Escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
 
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Lembrem-se da estória que contamos: dependendo do que o “chefe” 
puder oferecer de meios, podemos dizer o que pode ser feito (escopo). 
 
A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do 
objeto de auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por 
meio da especificação do problema e das questões de auditoria que serão 
investigadas. 
 
O objetivo deve esclarecer também as razões que levaram a equipe a 
sugerir um determinado tema e enfoque, caso estes não tenham sido 
previamente definidos na deliberação que determinou a realização da 
auditoria. 
 
Para determinar a extensão e o alcance da auditoria que será 
proposta, a empresa de auditoria deve dispor de informações relativas 
aos objetivos relacionados ao objeto que será auditado e aos riscos 
relevantes associados a esses objetivos, bem como à confiabilidade dos 
controles adotados para tratar esses riscos. 
 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho. O escopo envolve a definição das 
questões de auditoria, a profundidade e o detalhamento dos 
procedimentos, a delimitação do universo auditável (abrangência), a 
configuração da amostra (extensão) e a oportunidade dos exames. 
 
Durante a execução, os auditores podem se deparar com fatos que 
fogem ao escopo ou ao objetivo estabelecido para o trabalho ou que 
sejam incompatíveis com a natureza da fiscalização, mas que, dada a sua 
importância, mereçam a atenção da equipe. Nestes casos, as seguintes 
opções devem ser consideradas: 
 
- Nas situações em que os fatos se relacionem de forma clara e 
lógica com o objetivo da auditoria, o planejamento é passível de 
mudanças durante a realização dos trabalhos pela própria equipe de 
auditoria, as quais deverão ser submetidas ao supervisor para aprovação. 
 
- Nas situações em que, mesmo relacionadosao objetivo da 
auditoria, os fatos fogem ao escopo estabelecido, mas a consistência 
das evidências encontradas recomende sua abordagem, a equipe, em 
conjunto com o supervisor e o titular da unidade técnica coordenadora, 
deve avaliar a oportunidade e a conveniência de realizar exames 
para desenvolver achados no trabalho em curso, levando em conta que 
não haja desvirtuamento da auditoria inicial em termos de 
comprometimento do prazo e/ou dos exames planejados. 
 
- Nas situações em que os fatos sejam incompatíveis com o 
objetivo ou com a natureza da fiscalização, caberá ao titular da unidade 
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técnica avaliar a conveniência e a oportunidade de aprofundar os 
exames acerca das constatações, a fim de que estas sejam devidamente 
fundamentadas, levando em conta que não haja desvirtuamento da 
auditoria inicial em termos de comprometimento do prazo e/ou dos 
exames planejados, ou propor a realização de outra ação de controle com 
vistas a concluir os exames dos fatos identificados. 
 
Atenção: não se preocupem em decorar esses conceitos, basta entendê-
los. O mais importante é ter a ciência de que o planejamento de auditoria 
é uma atividade flexível. 
 
 
ESCOPO é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o 
objetivo da fiscalização, e é definido em função do tempo e dos 
recursos humanos e materiais disponíveis. 
 
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a 
satisfazer os objetivos do trabalho. 
 
6.3 Programa de Auditoria 
 
De acordo com Peter e Machado (2008), Programa de Auditoria: 
 
“constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, 
executado previamente aos trabalhos de campo, embasado em 
objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as 
atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado, 
destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, 
permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias 
imprevistas o recomendarem.” 
 
Os autores afirmam que o programa de auditoria deverá contemplar 
todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de 
cada trabalho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a 
profundidade deste, e deverá ser estruturado de forma que possa ser: 
 
 específico: um plano para cada trabalho; 
 padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou em 
épocas diferentes, com pequenas alterações. 
 
Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para cada 
trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, o prazo 
e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver programas de 
auditoria que alcancem os objetivos de auditoria e tais programas, e seus 
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eventuais ajustes, devem ser registrados e aprovados antes do início da 
execução. 
 
Por se constituir em etapa de expressiva importância no resultado que se 
pretende alcançar com a auditoria é imprescindível que se disponibilize o 
tempo necessário à fase planejamento, bem como que o planejamento 
elaborado atenda aos seguintes aspectos básicos: 
 
I. vise à consecução dos objetivos da auditoria mediante 
execução econômica, eficiente e oportuna dos trabalhos; 
 
II. considere, necessariamente, elementos de conhecimento 
prévio sobre a empresa auditada, seus sistemas mais 
importantes, seus objetivos e riscos e a eficácia de seus 
controle internos; 
 
III. explicite a natureza, a extensão e a profundidade dos exames 
a serem realizados e seja suficientemente detalhado de forma 
a não permitir equívocos na sua execução; 
 
IV. permita a atribuição, na fase de execução dos trabalhos, de 
tarefas e respectivos prazos compatíveis com a complexidade 
da tarefa e importância da informação buscada; 
 
V. seja objeto de supervisão por pessoa com perfil e 
competência profissional adequados e envolva suficiente 
discussão pela equipe; 
 
VI. seja adequadamente testado quanto à viabilidade de sua 
aplicação, quando necessário, e seja revisado, sempre que 
isso se revelar necessário, de forma a permitir a supervisão 
da execução e, a qualquer tempo, a avaliação das atividades 
desenvolvidas pelo auditor. 
 
Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimentos para 
identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante o 
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser executados de 
modo suficiente para alcançar os objetivos da auditoria. 
 
Limitações de escopo em função de restrições de acesso a registros 
oficiais ou de outras condições específicas necessárias para planejar e 
conduzir a auditoria devem ser registradas para declaração no relatório de 
como isso afetou ou pode ter afetado os resultados do trabalho. 
 
O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos 
na visão geral do objeto, objetiva estabelecer, diante da definição 
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precisa dos objetivos do trabalho, a forma de alcançá-los e deve 
evidenciar: 
I. o objetivo e o escopo da auditoria; 
II. o universo e a amostra a serem examinados; 
III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os 
critérios de auditoria, as informações requeridas e suas fontes, as 
etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas; 
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do 
trabalho. 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1 - (CESPE / ANP / 2013) - Em relação à natureza, campo de 
atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os 
itens subsequentes. 
Com a evolução da atividade empresarial e o crescimento da 
captação de recursos de terceiros, os investidores precisam 
conhecer a posição financeira e patrimonial das entidades, o que 
ocorre por meio do parecer emitido pela auditoria interna das 
entidades a respeito da adequação das demonstrações contábeis. 
 
Resolução: 
 Conforme vimos na parte teórica, quem emite uma opinião, por 
meio de um relatório, sobre as demonstrações contábeis é o auditor 
externo (independente) e não o auditor interno. O estudo da auditoria 
interna será objeto da nossa aula 05. 
Resposta: E 
 
2 - (CESPE / ANP / 2013) - Em relação à natureza, campo de 
atuação e noções básicas de auditoria interna e externa, julgue os 
itens subsequentes. 
O escopo dos trabalhos do auditor interno deve ser fixado pela 
gerência, contudo o trabalho do auditor externo é predefinido no 
contrato. 
 
Resolução: 
 O escopo do trabalho do auditor externo não é definido em 
contrato. Ele tem liberdade e autonomia para eleger seu escopo e isso 
não é influenciadopela empresa que o contrata. 
Resposta: E 
 
3 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - As influências que possibilitaram o 
desenvolvimento da auditoria no Brasil não incluem 
A) a disseminação de filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras 
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B) o financiamento de empresas brasileiras por instituições estrangeiras e 
internacionais 
C) as limitadas circunstâncias de obrigatoriedade da auditoria 
D) a expansão do mercado de capitais 
E) a complexidade crescente da legislação tributária 
 
Resolução: 
Algumas questões de prova não necessitam de grande 
conhecimento da matéria para sua resolução, pois pecam pela falta de 
lógica, tornando a afirmação incorreta. É o caso da letra C, que afirma 
que, pela pouca obrigatoriedade da existência da auditoria no Brasil, esta 
se desenvolveu. Ora, a lógica sugere exatamente o contrário, pois nesse 
caso, não haveria motivação para o crescimento da atividade no país. 
As demais alternativas constam da obra Auditoria – conceitos e 
aplicações – de William Attie (2010, págs. 8 e 9), na qual o autor afirma 
que as principais influências que possibilitaram o desenvolvimento da 
auditoria no Brasil foram: 
a) Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras; 
b) Financiamento de empresas brasileiras através de entidades 
internacionais; 
c) Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de 
descentralização e diversificação de suas atividades econômicas; 
d) Evolução do mercado de capitais; 
e) Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do 
Brasil em 1972; e 
f) Criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades 
por Ações. 
Resposta: C 
 
4 - (CESPE/AUGE-MG/2009) - Com relação às origens da auditoria 
e seus tipos, assinale a opção correta. 
A) O surgimento da auditoria externa está associado à necessidade das 
empresas de captarem recursos de terceiros. 
B) Os sócios-gerentes e acionistas fundadores são os que têm maior 
necessidade de recorrer aos auditores independentes para aferir a 
segurança, liquidez e rentabilidade de seus investimentos na empresa. 
C) A auditoria externa surgiu como decorrência da necessidade de um 
acompanhamento sistemático e mais aprofundado da situação da 
empresa. 
D) A auditoria interna é uma resposta à necessidade de independência do 
exame das transações da empresa em relação aos seus dirigentes. 
E) Os auditores internos direcionam o foco de seu trabalho para as 
demonstrações contábeis que a empresa é obrigada a publicar. 
 
Resolução: 
Como vimos, o surgimento da Auditoria se deu num contexto de 
necessidade de uma opinião independente para que pudesse existir a 
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confiabilidade das demonstrações contábeis pelos proprietários da 
empresa, representados por seus acionistas. Uma das formas que uma 
empresa pode se utilizar para captação de recursos de terceiros é por 
meio da negociação de ações em Bolsa de Valores. 
Assim, pode-se afirmar que a alternativa A está correta. 
A letra B está incorreta, pois os sócios gerentes e acionistas 
fundadores possuem mais informações do que os sócios minoritários, que, 
dessa forma, necessitam do trabalho dos auditores independentes. 
A letra C está incorreta por trazer um conceito de Auditoria Interna. 
A letra D está incorreta por trazer um conceito de Auditoria Externa. 
A letra E está incorreta por trazer um conceito de Auditoria Externa. 
 Resposta: A 
 
5 - (CESPE / TCE/TO / 2009) - A auditoria interna é exercida nas 
pessoas jurídicas em geral, públicas ou privadas, nacionais ou 
estrangeiras. Vários aspectos são peculiares e relevantes no 
planejamento dos trabalhos, como: 
a) a impossibilidade de contar com outros especialistas. 
b) a necessidade de documentar o planejamento e explicar em detalhes 
os procedimentos a serem aplicados. 
c) a possibilidade de desconhecimento das políticas e estratégias da 
entidade. 
d) a necessidade de neutralizar as expectativas da administração. 
e) a conveniência de não modificar os programas de trabalho. 
 
Comentários: 
 Embora a questão trate do planejamento da auditoria interna, já 
podemos adiantar o assunto. A NBC TI 01, que trata de auditoria interna, 
estabelece, em seu item 12.2.1.2, que o planejamento de auditoria deve 
considerar, entre outros fatores, o uso do trabalho de especialistas. Dessa 
forma, a letra “a” está errada. 
 A mesma norma determina que o auditor deve ter conhecimento 
das políticas e estratégias da empresa (letra “c”) e planejar seu trabalho 
de auditoria de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração 
da entidade, não devendo, dessa forma, neutralizar as expectativas da 
administração (alternativa “d”). 
 Em relação aos programas de trabalho, eles devem ser estruturados 
de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho, 
devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias 
o exigirem, o que torna a opção “e” também incorreta. 
 Por fim, a letra “b” retrata exatamente um dos fatores que devem 
ser considerados quando do planejamento do auditor interno, conforme 
item 12.2.1.3 da legislação supra. 
 Resposta: B 
 
6 - (CESPE / UNIPAMPA / 2009)- O programa de auditoria deve 
ser estruturado de forma que possa ser específico ou padronizado. 
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O programa específico é mais apropriado para atividades que não 
se alterem ao longo do tempo ou para situações que contenham 
dados e informações similares. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 
Comentários: 
 Como vimos na aula e de acordo com Peter e Machado (2008), o 
programa de auditoria deverá contemplar todas as informações 
disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser 
realizado, com vistas a determinar a extensão e a profundidade deste, e 
deverá ser estruturado de forma que possa ser específico (um plano 
para cada trabalho) e padronizado (destinado à aplicação em trabalhos 
locais ou em épocas diferentes, com pequenas alterações). 
A questão inseriu a definição de programa padronizado como sendo 
a de programa específico. 
 Resposta: E 
 
7 - (CESPE/TCE-AC/2008) - A elaboração do trabalho de auditoria 
deve ser planejado de forma a prever a natureza, a extensão e a 
profundidade dos procedimentos que nele serão empregados, 
sendo dispensáveis os exames preliminares. Julgue CERTO ou 
ERRADO. 
 
Comentários: 
Na fase de planejamento, as atividades preliminares servem para 
auxiliar o auditor na identificação e na avaliação de eventos ou 
situações que possam afetar sua capacidade de planejar e realizar 
o trabalho.Como sabemos, só é possível auditar com eficiência aquilo que 
conhecemos, o que nos faz entender pela obrigatoriedade da realização 
de exames preliminares. 
Resposta: E 
 
8 - (CESPE/STF/2008) - Sempre que novos fatos recomendarem, 
o planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e 
atualizados. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 
Comentários: 
Já vimos nessa aula que o planejamento deve ser flexível, e que, 
sempre que novos fatos o recomendarem, deve ser alterado para se 
adequar à nova realidade surgida. 
Resposta: C 
 
9 - (CESPE / AGE-MG / 2009)- Algumas preocupações exigem a 
opinião de alguém não ligado ao negócio e que confirme, de forma 
independente, a qualidade e precisão das informações. Essas 
situações ensejam o aparecimento do auditor. Assinale a opção 
que não corresponde a esse tipo de preocupação: 
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A) avaliação do retorno do investimento 
B) cumprimento da legislação 
C) comportamento da economia 
D) consecução dos objetivos e atingimento das metas 
E) correta aplicação do capital investido 
 
Comentários: 
 Não é uma preocupação do auditor, seja ele interno, externo ou 
governamental, o comportamento da economia. Todas as demais 
alternativas apresentam aspectos que podem ensejar o pronunciamento 
do auditor, a depender do tipo de auditoria que está sendo realizado na 
empresa. 
 Para um melhor entendimento acerca do gabarito, devemos lembrar 
que auditar significa examinar, certificar, como vimos na parte teórica. 
Dessa forma, não faz sentido o auditor certificar o comportamento da 
economia. 
 Resposta: C 
 
10 - (CESPE / Pref. Teresina / 2008)- O planejamento da auditoria 
interna deve considerar os fatores relevantes na execução dos 
trabalhos. Para assegurar a independência necessária ao bom 
andamento dos trabalhos, esse planejamento não deve, de forma 
alguma, levar em conta as orientações e as expectativas 
externadas pela administração. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 
Comentários: 
 Trouxemos essa questão para já explicarmos uma diferença entre o 
planejamento da auditoria externa e interna. Como a questão fala da 
auditoria interna, a afirmação está incorreta, pois esse tipo de auditor 
pode levar em conta as expectativas da administração, uma vez que ele 
faz parte da empresa que está sendo objeto dessa auditoria, conforme 
veremos na aula 05. 
 Já o auditor externo tem autonomia total no planejamento dos seus 
trabalhos e realmente não precisa levar em conta orientações da entidade 
que será auditada. 
 Resposta: ERRADO 
 
11 - (CESPE / TCU / 2008)- Segundo orientação do TCU, na fase 
de planejamento, a equipe de auditoria deve construir uma visão 
geral do objeto a ser auditado. Entre as fontes de informação 
disponíveis, recomenda-se que notícias veiculadas pela mídia não 
sejam levadas em conta, a fim de evitar a contaminação ou o 
direcionamento dos trabalhos, que devem caracterizar-se pela 
isenção e pela objetividade. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 
Comentários: 
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 Em seu planejamento o auditor deverá levar em conta todas as 
fontes de informações que considerar relevantes e que possam auxiliá-lo 
na condução da auditoria. Dessa forma, pode sim se utilizar de notícias 
veiculadas pela mídia. Isso não fará com que seu trabalho fique 
contaminado. A partir dos testes e procedimentos de auditoria (objeto de 
aula posterior) é que ele irá comprovar ou não alguma matéria que tenha 
saído nos canais de comunicação. 
 Resposta: ERRADO 
 
12 - (CESPE / MC / 2008)- O programa de auditoria, elaborado 
pelo auditor interno, é um plano de ação detalhado, pois define os 
objetivos, determina o escopo e o roteiro de procedimentos. Além 
de orientar a equipe de auditoria, configura-se na essência 
operacional do trabalho de auditagem relativamente a uma área 
específica da companhia ou à gestão de determinado sistema 
organizacional, estabelecendo os procedimentos para a 
identificação, análise, avaliação e registro da informação durante 
a execução do trabalho. Julgue CERTO ou ERRADO. 
 
Comentários: 
 Para finalizarmos as questões do CESPE, abordamos o programa de 
auditoria, que foi definido de forma correta e completa pelo caput da 
questão. Sobre o assunto, cabe lembrar que o programa de auditoria 
detalha o planejamento de auditoria, e serve como um guia e um meio de 
controle para o auditor, na condução da auditoria. 
 Resposta: CERTO 
 
13 - (TRT-24/Analista Contábil/2011/FCC) - Ao conduzir uma 
auditoria de demonstrações contábeis, são objetivos gerais do 
auditor obter segurança: 
A) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o 
auditor expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram 
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a 
estrutura de relatório financeiro aplicável. 
B) razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão 
livres de distorção irrelevante, devido a erros, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, 
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
parecer financeiro. 
C) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção relevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, 
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em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável. 
D) total de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção irrelevante, devido à fraude, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, 
em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de 
relatório financeiro aplicável. 
E) razoável de que as demonstrações contábeis em parte estão livres de 
distorção irrelevante, devido à fraude ou erro, possibilitando que o auditor 
expresse opinião sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, 
em todos os aspectos considerados, em conformidade com a estrutura de 
parecer financeiro consolidado do auditor independente. 
 
Resolução: 
Acabamos de ver na parte teórica que, de acordo a NBC TA 200, ao 
conduzir a auditoria de demonstrações contábeis, um dos objetivos gerais 
do auditor é: 
“... obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis 
como um todo estão livres de distorção relevante,

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