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12/10/2017 1 Profª Manuela Poletto Klein manuelap@ufcspa.edu.br; sala 401b 2017/2 QUÍMICA DE ALIMENTOS AULA 9 – PROTEÍNAS DOS ALIMENTOS Proteínas dos Alimentos Composição do leite 12/10/2017 2 Proteínas dos Alimentos Composição do leite bovino de raças ocidentais Componente Porcentagem média Variação entre as raças ocidentais (% médias) Água 86,6 85,4 - 87,7 Lipídeos 4,1 3,4 - 5,1 Proteínas 3,6 3,3 - 3,9 Lactose 5,0 4,9 - 5,0 Cinzas 0,7 0,68 - 0,74 Fonte: Adaptada de Corbin e Whittier (1965). Fundamentals of Dairy Chemistry, AVI, Westport, CT, pp. 1-36. Retirado de: Química de Alimentos de Fennema, 4ª ed. pág. 692. Proteínas dos Alimentos Caseínas (80%) o αs –caseínas (42%) αs1 (34%) αs2 (8%) o β - caseínas (25%) o κ - caseínas (9%) o γ – caseínas (4%) Principais proteínas do soro (20%): o α – lactalbuminas (4%) o β - lactoglobulinas (9%) o Proteose-peptonas (4%) o Albumina sérica (1%) o Imunoglobulinas (anticorpos IgG, IgA, IgM, IgD e IgE) (2%) Proteínas do leite Fonte: Química de Alimentos de Fennema, 4ª ed. pág. 693. 12/10/2017 3 •É um agregado de submicelas; •Cada submicela é formada por 25 a 30 moléculas de: α-caseína β-caseína κ-caseína: estabilidade (extremidade polar contendo um trissacarídeo) Micela de caseína: Micela de caseína Proteínas dos Alimentos Extremidade fosfatada (ligação Ca) Submicela de caseína Proteínas do leite Micela de caseína: Proteínas dos Alimentos Proteínas do leite Imagem de uma micela de caseína por microscópio eletrônico de varredura de emissão de campo. Retirado de: Bioquímica de Alimentos. Michael Eskin. 12/10/2017 4 QUIMOSINA -- Phe105---Met106--- Resultado: formação do coágulo (queijo fresco) para κ-caseína κ-caseína glicomacropeptídeo Proteínas do leite (fica no soro) As proteínas da carne podem ser classificadas em 3 grupos: Proteínas miofibrilares (miosina e actina ~ 50%) Proteínas sarcoplasmáticas (enzimas, mioglobinas ~ 25 a 30%) Proteínas do tecido conjuntivo (colágeno e elastina ~10 a 15%) Proteínas da carne 12/10/2017 5 Proteínas da carne Fonte: Química de Alimentos de Fennema, 4ª ed. pág. 723. • Contração muscular: responsável pelo movimento – actina e miosina se unem formando o complexo actomiosina com consumo de ATP; • Quando o animal morre, a produção de ATP é através da glicólise pelo consumo de glicogênio e formação de ácido lático + 2ATP; • A acidificação inibe a glicólise, o ATP se esgota e ocorre o Rigor Mortis: formação do complexo actomiosina permanente; • O armazenamento da carne até que atinja pH 5-5,5 ativa enzimas proteolíticas que desfazem o complexo actomiosina. Rigor Mortis 12/10/2017 6 PROTEÍNAS DO TRIGO PROTEÍNAS DO GLÚTEN (~85%) PROTEÍNAS ESTRUTURAIS E METABÓLICAS GLIADINA GLUTENINA ALBUMINAS GLOBULINAS Proteínas do trigo Representação da gliadina e glutenina (malha de fibras) presentes no glúten Resistência à extensão, propriedades elásticas (100 a 3000 kDa) F on te : F as sa no , A . ( 2 0 11 ). Viscosidade e coesão (21 a 50 kDa) Proteínas do trigo 12/10/2017 7 Demonstração das propriedades da gliadina (viscosidade, volume) e da glutenina (resistência, elasticidade) = glúten (massa viscoelástica). Glúten Gliadina Glutenina Proteínas do trigo Doença celíaca: • Resposta imunológica descontrolada; • Inflamação e atrofia das vilosidades do intestino; • Perda de peso, fadiga, depressão, anemia e distensão abdominal; • Remoção do glúten da dieta: única maneira de reverter o dano ao intestino. Proteínas do trigo 12/10/2017 8 Clara do ovo: o Ovalbumina o 50% das proteínas totais da clara o 45 kDa o Desnatura por agitação (merengue) e coagula por aquecimento (clara de ovo cozida) o Avidina o Glicoproteína tetramérica o Liga-se à biotina (vit B7) o “Mal da clara de ovo crua” Proteínas do ovo o Lisozima: 3% da clara do ovo o Ação nas paredes celulares (peptideoglicano) de bactérias o Inativada pelo calor o Ovomucina: o Forma filamentos o Principais responsáveis pela alta viscosidade da clara. Proteínas dos Alimentos Proteínas do ovo 12/10/2017 9 Referências bibliográficas FENNEMA, O. R.; DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L. Química de Alimentos de Fennema – 4ª ed. - Editora Artmed, 2010. BOBBIO, F.O.; BOBBIO, P.A. Introdução à química de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2003. 238p. LEHNINGER, A. L.; Nelson, D. L.; Cox, M. M., Lehninger principles of biochemistry. Worth Publishers: New York, 2000. 17
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