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PROFESSOR AMARILDO MATOS PLANEJAMENTO AGREGADO Representa uma das mais importantes decisões em médio prazo formando a ponte de ligação entre o Planejamento da Capacidade e a Programação e Controle da Produção e Operações. Portanto Planejamento Agregado é o processo de balanceamento da produção com a demanda, projetada para horizontes de tempo em geral de 6 a 12 meses. Esse balanceamento pode ser feito atuando-se sobre os recursos produtivos. O que se procura é combinar esses recursos produtivos, de maneira a, simultaneamente, atender a demanda e conseguir o custo mínimo. Planejamento Agregado é o processo de balanceamento da produção com a demanda, projetada para horizontes de tempo em geral de 6 a 12 meses. Esse balanceamento pode ser feito atuando-se sobre os recursos produtivos. O que se procura é combinar esses recursos produtivos, de maneira a, simultaneamente, atender a demanda e conseguir o custo mínimo. Sob muitos aspectos, o Planejamento Agregado é um processo rudimentar e aproximado. Em primeiro lugar, ele trabalha com previsões da demanda, sujeitas a várias influências, como: sazonalidade, variações erráticas, o momento econômico, etc. Além disso, se a empresa possuir uma grande variedade de produtos ou serviços é praticamente impossível planejar o emparelhamento da produção com a demanda prevista individualmente para cada um deles: é daí que vem a designação de “agregado”. Devemos considerar medidas unificadas para os produtos ou, no máximo, para algumas linhas de produtos. Do ponto de vista da posição ocupada no processo global de planejamento da produção, o Planejamento Agregado ocupa uma posição intermediária. De um lado, temos o Planejamento da Capacidade, de longo prazo, que irá determinar o tamanho das instalações e a potencialidade da empresa para atingir determinados níveis máximos de produção. Sem que haja uma alteração substancial nas instalações, essa capacidade não pode ser radicalmente aumentada. O Planejamento Agregado procura conciliá-las com as previsões da demanda; Na outra ponta do processo de planejamento localiza-se o Plano-Mestre de Produção, estabelecendo o que irá efetivamente produzir em curto prazo (poucas semanas). Há, pois, um conjunto de cascata, começando com a fixação da capacidade máxima de produção, passando pela escolha de opções para contornar em parte essa restrição e terminado com a programação de rotina, agora limitada por tais opções Exemplo: A Olaria Barroforte, estabelecida em Serra Bravo – SP, acaba de concluir as previsões da demanda, mês a mês, para o próximo ano (Tabela Abaixo). Embora fabrique diversos produtos, o faturamento da empresa gira quase que totalmente em torno da produção e vendas de tijolos, motivo pelo qual a previsão da demanda considera apenas este produto. Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Demanda 1100 1200 1200 1500 1600 1400 1700 1800 2000 2300 1800 1600 19.200 A Olaria Barroforte tem atualmente 16 funcionários e uma capacidade mensal de produção de 1.600 milheiros de tijolo, operando em regime de produção regular, ou seja, sem utilizar horas extras ou subcontratações (as subcontratações consistem em cobrir a própria demanda encomendando o produto ou parte dele a outros fabricantes). A demanda acumulada de janeiro a dezembro soma 19.200 milheiros, que é exatamente a capacidade anual de produção regular da Olaria Barroforte (12 x 1.600). O que se constata facilmente, no entanto, é que a capacidade produtiva regular de 1.600 unidades mensais é às vezes maior ou igual à demanda mensal (caso dos meses de dezembro a junho) e às vezes inferior àquela, nos meses de julho a novembro. Assumindo que a demanda seja certa, ou seja, que a previsão irá se verificar perfeitamente, a Olaria Barroforte está com problema de “casar” a produção com a demanda. Em outras palavras, deve montar algum tipo de estratégia para que a demanda seja sempre atendida. Para montar esta estratégia de atendimento da demanda, a Barroforte poderá lançar mão de diversas opções, tais como, contratar ou demitir funcionários, usar horas extras, subcontratar parte da produção, acumular estoque nos meses de baixa demanda e utiliza-los para cobrir os excessos de demanda nos meses de alta, etc. Poderá, também, combinar a um só tempo, várias dessas alternativas. Evidentemente, cada particular estratégia terá um custo associado, e a Barroforte tentará resolver o problema ao mínimo custo possível. Esse emparelhamento entre Produção e Demanda, através do uso de várias alternativas, ao mesmo tempo procurando minimizar os custos, é exatamente o objetivo do Planejamento Agregado. Estratégia 1: Manter a Força de Trabalho Atual, usando apenas os Estoques para amortecer a Demanda quando Necessário. Estratégia de Nivelação. No de Funcionários = 16 Produção = 1.600 milheiros de tijolos / mês. Custo Regular da Produção = R$ 2.000,00 / milheiro. Custo de Estocar = R$ 500,00 ( milheiros / Mês) Custo de contratação de pessoal = R$ 1.000,00 (funcionário) Custo de demissão de pessoal = R$ 1.500,00 (funcionário) Custo da produção em horas extras = R$ 2.400,00 (milheiro / mês) Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda 1100 1200 1200 1500 1600 1400 1700 1800 2000 2300 1800 1600 Est. Inicial No Inic. Func. Demissões Contratações No Final Func. Prod. Regular Hora Extra Sub-Contrat. Total Prod.Reg. Prev. Estoque Final Estratégia 2: Contratar e Demitir, sempre que Necessário, supondo que o Nível de Produção varia Linearmente com o Número de Funcionários. Estratégia Caça a Demanda. Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda 1100 1200 1200 1500 1600 1400 1700 1800 2000 2300 1800 1600 Est. Inicial No Inic. Func. Demissões Contratações No Final Func. Prod. Regular Hora Extra Sub-Contrat. Total Prod.Reg. Prev. Estoque Final Estratégia 3: Manter a Força Atual, Não Deixar Estoques e usar Hora Extra, sempre que Necessário. Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Demanda 1100 1200 1200 1500 1600 1400 1700 1800 2000 2300 1800 1600 Est. Inicial No Inic. Func. Demissões Contratações No Final Func. Prod. Regular Hora Extra Sub-Contrat. Total Prod.Reg. Prev. Estoque Final Exercício 2: Uma empresa que apresenta uma forte variação sazonal planeja normalmente a produção para um horizontede tempo de 12 meses, de modo a incluir os extremos da demanda os meses conturbados e os meses calmos. Suponha que desejemos montar um plano de produção para a empresa C & A com as seguintes informações para os próximos 6 meses: Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Demanda Prevista 2200 1500 1100 900 1100 1600 8400 Dias Úteis por mês 22 19 21 21 22 20 125 Custo de Material R$ 100,00 - Por Unidade - Custo de Manutenção de Estoque R$ 1,50 - Por Unidade / Mês - Custo de falta de Estoque R$ 5,00 - Por Unidade / Mês - Custo com Sub-Contratação R$ 125,00 - Por Unidade - Custo Contratação e Treinamento R$ 200,00 - Por Trabalhador - Custo de Demissão R$ 250,00 - Por Trabalhador - Trabalho Necessário por Unidade 5 Hora - Custo de Trabalho (Primeiras 8 horas) R$ 4,00 - Por Hora - Custo de Hora Extra R$ 6,00 - Por Hora - Estoque Inicial 400 - Unidades - Número de Funcionários 30 Plano 1 – Produzir para atender exatamente as necessidades de Produção Mensal utilizando um Dia Regular de 8 horas variando a Mão de Obra (Estratégia de Acompanhamento da Demanda). Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Dias Úteis por mês 22 19 21 21 22 20 125 Demanda Prevista Estoque Inicial Prod. Necessária Func. Necessários Func. Contratados Func. Demitidos Custo Prod. Regular Custo Material Custo Contratação Custo Demissão Custo Total Plano 2 – Produzir para atender a Demanda Média esperada para os Próximos 6 Meses, mantendo uma Mão de Obra Constante. É permitido Acumular Estoque para o período seguinte, e a Escassez, quando ocorrer é atendida pela Próxima Produção Mensal (Estratégia da capacidade Constante). Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Dias Úteis por mês 22 19 21 21 22 20 125 Demanda Prevista Estoque Inicial Prod. Necessária Func. Necessários Func. Contratados Produção Regular Estoque Mensal Estoque Acumulado Custo Prod. Regular Custo Material Custo Contratação Custo Estoque Custo Falta Estoque Custo Total Plano 3 – Produzir para atingir a Demanda Mínima Esperada (Abril), utilizando uma Mão de Obra Constante em Turno Regular. Subcontratando para atingir Exigência de Produção Adicional e Sub-Contratando qualquer diferença mensal entre as Exigências e Produção (Estratégia do Mínimo de Mão de Obra com Subcontratação). Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Dias Úteis por mês 22 19 21 21 22 20 125 Plano 4 – Produzir para atender a Demanda Esperada para todos os Meses; porém, só é permitido utilizar horas extras nos 2 primeiros meses, e utilizando uma Mão de Obra Constante em todos os meses. (Estratégia de Mão de Obra Constante e uso de H.E). Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Dias Úteis por mês 22 19 21 21 22 20 125 Planejamento da Capacidade Planejamento Agregado Planejamento Operacional �PAGE � �PAGE �1�
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