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TEORIA GERAL DO PROCESSO PROVA 2 - ARTIGOS

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TEORIA GERAL DO PROCESSO – PROVA 2
OS ELEMENTOS DA AÇÃO (INCOMPLETO – FALTA PARTE DO LIVRO)
Elementos de uma relação jurídica (fato jurídico, objeto e sujeitos) X Elemento da ação (causa de pedir, pedido e partes). O fato jurídico – Aquilo que é importante a incidência de uma norma, fato normatizado se transforma no fato jurídico, que gera uma relação jurídica, tem por trás um objeto, vai haver direitos e deveres (pessoas envolvidas, não é um fato isolado). A ação surge de uma relação jurídica mal resolvida, se for bem resolvida não gera lide, não gera conflitos entre as pessoas que estão nessa relação jurídica. Surge o direito de ação, o pedido perante o poder judiciário, a ação em sentido processual. O objeto dessa relação se transformará no pedido, os sujeitos viram partes. Na petição inicial há a narração dos fatos e do direito, da conseqüência jurídica. Os elementos da ação são três, a causa de pedir envolve essa narrativa, os fatos importantes para essa relação jurídica. Não é mais necessário narra culpa, somente se for narrar alimentos. 
A causa pedir é a soma do fato jurídico e da relação jurídica. É o conjunto de fundamentos de fato e de direito no pedido. Os fundamentos de fato compõem a causa de pedir próxima. É o inadimplemento, a ameaça, a lesão, enfim, é aquilo que autoriza o autor vir a juízo. É a violação do direito que se pretende proteger. Assim, o direito, abstratamente, não pode ser fundamento imediato, não justifica o ingresso em juízo, é necessário fundamentar em que o direito foi ameaçado ou violado. O CPC adotou a teoria da substanciação. Teoria da substanciação impõe que a causa de pedir seja formada pelo conjunto dos fundamentos de fato e de direito. Uma petição inicial defeituosa tem 10 dias para fazer a emenda, se não fizer sentencia indeferido. Coloca os fatos e não coloca a fundamentação jurídica por exemplo. A substanciação diz que vai pedir a narrativa dos fatos e da conseqüência jurídica, diferente da teoria da individualização. Causa de pedir pode ser próxima que é fundamentos jurídicos do pedido, direitos e deveres que foram descumpridos conforme a lei. A remota há os fundamentos de fato, ativa, (fato que gera o direito) e passiva (fato que impulsiona ao Judiciário). 
AS PARTES: São os sujeitos da lide, os sujeitos parciais do processo, parciais porque cada um esta defendendo seu ponto de vista e quer sua pretensão afirmada na sentença, estão no contraditório agindo com parcialidade. A parte principal é a parte da demanda (da ação que está em curso), autor (ativo) e réu (passivo). As partes auxiliares são os sujeitos parciais, fazem parte do contraditório e auxiliam, mas não protagonizam exemplo: assistente. A testemunha é uma auxiliar da justiça, conforme a lei a testemunha é imparcial, dizendo somente o que ela sabe, o que viu, etc. A parte do incidente é o juiz, por exemplo, sendo parte de um incidente de suspeição. Lembrando que as partes do processo podem ser diferentes da parte do litígio, em regra as partes do processo são também as partes do litígio, mas há exceções como o sindicato representando interesses, a legitimidade extraordinária, ministério público ingressa com ação de alimentos contra o alimentante, em favor dos alimentando, as partes do processo serão o Ministério Publico e o alimentante, enquanto que as partes do litígio serão o alimentante e o alimentando. As partes são o pólo ativo (autor) e o pólo passivo (réu) – o juiz analisa. As partes integram os pólos ativos e passivos da ação, sendo necessária a existência de legitimidade para a mesma. O pólo ativo é composto por aquele que requer a tutela jurisdicional; o pólo passivo é composto por aquele que em face de quem é requerido em juízo.
PEDIDO: É a própria tutela jurisdicional requerida. Deve ser exposto de forma clara e objetiva pelo autor, ou seja, deve requerer o bem da vida de forma a delimitar a qualidade e quantidade daquilo que se requer em juízo. Deve ser certo e determinado ou determinável. Separa-se em pedido imediato: é a tutela requerida pelo autor, podendo ser de três formas: declaratório quando o autor requer a declaração de existência ou inexistência de vinculo jurídico com o réu, como a inexistência de uma sociedade, o condenatório é o pedido que o réu seja condenado a pagamento ou cumprimento de algum ato como a reparação de danos, e por ultimo a constitutiva que é o pedido realizado com a finalidade de constituir direitos como a usucapião. O pedido mediato é a efetividade da tutela jurisdicional, ou seja, é o cumprimento do pedido do autor.
OS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Pressupostos processuais são todos os elementos de existência, os requisitos de validade e as condições de eficácia do procedimento, aspecto formal do processo, que é ato-complexo de formação sucessiva. 
Costuma-se falar em pressupostos de existência e de validade. Os sujeitos principais da relação jurídica são as partes (autor e réu) e o Estado-juiz. Para que a relação jurídica processual exista, basta que alguém postule perante um órgão que esteja investido de jurisdição: a existência de um autor (sujeito que pratique o ato inaugural, que tenha personalidade judiciária) e de um órgão investido de jurisdição completa o elemento subjetivo do processo. A relação jurídica existe sem réu, porem, só terá eficácia, somente produzirá alguma conseqüência jurídica, se for validamente citado. Os elementos subjetivos de uma relação jurídica são o fato jurídico e o objeto. O fato jurídico que instaura a relação jurídica processual é o ato inaugural (ato postulatório que introduz o objeto litigioso do processo) de alguém com personalidade judiciária perante o órgão investido de jurisdição. O objeto litigioso do processo é a prestação jurisdicional solicitada por esse ato, normalmente designado de demanda. Preenchidos esses elementos, a relação jurídica processual existe.
Existente o processo, é possível discutir sobre a admissibilidade (validade) de todo o procedimento (ato jurídico complexo) ou, especificamente, de cada um dos atos jurídicos que nele são praticados. Surgem então os requisitos de validade do processo. Como todo ato jurídico, o procedimento também tem os seus requisitos de validade: a forma do ato deve ser respeita bem como os sujeitos (juiz e partes) hão de ser capazes. O desatendimento dos requisitos de validade de um ato jurídico processual isolado não inviabiliza, a prinicipio, todo o procedimento; pode dar azo apenas a decretação de nulidade do ato jurídico uma conseqüência (invalidade) que decorre de um defeito no fato jurídico que deu causa a relação processual (demanda inicial) ou de um fato superveniente que diga respeito aos elementos daquele originário – e que impeça o prosseguimento do processo para a solução do objeto litigioso.	
EXISTENCIA
CAPACIDADE DE SER PARTE – A capacidade de ser parte é a personalidade judiciária: aptidão para, em tese, ser sujeito da relação jurídica processual (processo) ou assumir uma situação jurídica processual (autor, réu, assistente, excipiente, excepto, etc.). Delas são dotados todos aqueles que tenham personalidade material – ou seja, aqueles que podem ser sujeitos de uma relação jurídica material, como as pessoas naturais e as jurídicas – como também o nascituro, o condomínio... Não se exige para que o processo exista, a capacidade de ser parte do réu. Nem mesmo a existência do réu identificado na petição inicial pode ser considerada um pressuposto de existência do processo. Primeiro, porque há processo sem réu, como ocorre nas diversas hipóteses de jurisdição voluntaria como o pedido de alteração de nome. Segundo, porque o processo nasce com a demanda, e não com a presença do réu em juízo. Terceiro, porque acaso o autor demande sem indicar o réu, extinguirá o processo por defeito do instrumento da demanda. Terceiro, porque acaso o autor demande sem indicar o réu, extinguirá o processo por defeito do instrumento da demanda. Diante da inexistência do réu, deve o magistrado, sem analise do mérito, extinguir o processo, que já existe, por faltade requisito processual de validade, que é a formulação correta da demanda.
ORGÃO INVESTIDO DE JURISDIÇÃO – A investidura na função jurisdicional é pressuposto de existência da relação jurídica processual e dos atos jurídicos processuais do juiz (decisões, despachos, colheita de provas etc.). Considera-se inexistente o processo se a demanda foi ajuizada perante não-juiz e decisão prolatada por não-juiz é uma não-decisão, é apenas um simulacro a que não se pode emprestar qualquer eficácia jurídica. São não-juízes: aquele que não foi investido de jurisdição pela posse do cargo, em virtude de nomeação ou concurso; aquele que, embora tenha prestado concurso ou tenha sido nomeado, ainda não tomou posse; o magistrado aposentado ou em disponibilidade.
DEMANDA – O terceiro pressuposto processual é a existência de demanda, que nesse caso deve ser compreendida como continente (ato de pedir) e não como conteúdo (aquilo que se pede). O ato de pedir é necessário para a instauração da relação jurídica processual – é o seu fato jurídico. Ao dirigir-se ao Poder Judiciário, o autor dá origem ao processo; a sua demanda delimita a prestação jurisdicional, que tem o pedido e a causa de pedir como os elementos do seu objeto litigioso. Se o ato inicial não trouxer pedido, o caso é de extinção do processo por inadmissibilidade do procedimento, em razão de defeito do ato inicial.
VALIDADE
SUBJETIVOS:
CAPACIDADE PROCESSUAL: A capacidade processual é a aptidão para praticar atos processuais independentemente de assistência e representação (pais, tutor, curador), pessoalmente, ou por pessoas indicadas pela lei, tais como síndico, administrador de condomínio, inventariante... A capacidade processual ou de estar em juízo diz respeito a pratica e a recepção eficazes de atos processuais, a começar pela petição e a citação, isto é, ao pedir e ao ser citado. A capacidade processual pressupõe a capacidade de ser parte. É possível ter capacidade de ser parte e não ter capacidade processual; a recíproca, porém, não é verdadeira. A capacidade processual é requisito de validade dos atos processuais e a sua falta é sempre sanável. A não-sanação da incapacidade processual gera conseqüências diversas, conforme se trate do autor (extinção do processo, se for único), réu (prosseguimento do processo à sua revelia) e terceiro (exclusão do processo).
CAPACIDADE POSTULATÓRIA: Já se viu que os atos processuais exigem um especial tipo de capacidade de exercício denominado de capacidade processual: não basta simplesmente a capacidade para a prática de atos materiais para que possam praticar validamente os atos processuais, que exigem capacidade específica. Alguns atos processuais, porém, além da capacidade processual, exigem do sujeito uma capacidade técnica, sem a qual não é possível sua realização válida. É como se a capacidade, requisito indispensável a pratica dos atos jurídicos, fosse bipartida: a) capacidade processual; b) capacidade técnica. A essa capacidade técnica dá-se o nome de capacidade postulatória. A capacidade postulatória é somente exigida para a prática de alguns atos processuais, os postulatórios. As pessoas não-advogadas precisam, portanto, integrar sua incapacidade postulatória, nomeando um representante judicial: o advogado. Como se trata de um requisito de validade é preciso pensar a capacidade postulatória a luz do sistema de invalidação dos atos processuais, que, conforme examinando em capitulo próprio, impede a decretação da invalidade se do defeito do ato não decorrer prejuízo. Busca-se, sempre, o aproveitamento do ato processual. A falta de capacidade postulatória do autor implica extinção do processo, se não for sanada; a do réu, o prosseguimento do processo à sua revelia; a do terceiro, a sua exclusão da causa. Mais uma vez, somente a capacidade postulatória do autor pode ser vista como requisito de admissibilidade do procedimento. A capacidade postulatória do réu e do terceiro é requisito de validade dos atos postulatórios que praticarem.
COMPETÊNCIA – A competência do órgão jurisdicional é requisito de validade do procedimento que o magistrado porventura vier a conduzir, e por conseqüência, da decisão que vier a prolatar.
IMPARCIALIDADE – A imparcialidade é requisito processual de validade; portanto, o ato do juiz parcial é ato que pode ser invalidado. Há dois graus de parcialidade: o impedimento e a suspeição. A parcialidade é vicio que não gera a extinção do processo: verificando o impedimento/suspeição do magistrado, os autos do processo devem ser remetidos ao seu substituto legal. Os atos decisórios praticados devem ser invalidados.
OBJETIVOS
INTRÍNSECO
DEVIDO PROCESSO LEGAL – Os requisitos intrínsecos de validade podem ser reunidos sob a seguinte rubrica: respeito ao formalismo processual. Considera-se formalismo processual a totalidade formal do processo, “compreendendo não só a forma, ou as formalidades, mas especialmente a delimitação dos poderes, faculdades e deveres dos sujeitos processuais, coodernação da sua atividade, ordenação do procedimento e organização do processo, com vistas a que sejam atingidas as suas finalidades primordiais. Pode-ser dizer que o formalismo processual responde as perguntas: como funciona o processo e quais são as regras do jogo. Trata-se em linguagem simples – do regulamento da disputa. Por isso, o desrespeito ao formalismo processual implica validade do ato jurídico processual/procedimento. Assim, exemplificativamente, podem ser citados os seguintes requisitos objetivos intrínsecos de validade: a) petição inicial apta; b) comunicação dos atos processuais, inclusive e principalmente a citação; c) respeito ao principio do contraditório; d) obediência ao procedimento, como, por exemplo, a necessidade de intimação da parte para manifestar-se sobre documento juntado ao processo pela outra; e) escolha correta do procedimento.
EXTRÍNSECOS
Os requisitos objetivos extrínsecos são também conhecidos como requisitos negativos, pois são fatos que não podem ocorrer para que o procedimento se instaure validamente. São fatos estranho a relação jurídica processual (daí o adjetivo extrínseco), que, uma vez existentes, impedem a formação válida do processo (procedimento). A princípio, são vícios insanáveis. Por isso, o reconhecimento da existência de algum desses fatos inexoravelmente levará a extinção do processo – salvo se disser respeito a apenas parcela da demanda (litispendência parcial), hipótese em que haverá inadmissibilidade parcial da causa, sem a extinção do processo, que prosseguirá em relação a parcela restante. São exemplos: a litispendência, a coisa julgada, a perempção e a convenção de arbitragem.
AS CONDIÇÕES DA AÇÃO 
Condições da ação os elementos e requisitos necessários para que o juiz decida o mérito da pretensão, aplicando o direito objetivo a uma situação contenciosa.
Se leva em conta três teorias:
Para a primeira teoria, concretista, o direito de ação se fundamenta no direito material. Em outras palavras, os precursores desta teoria confundiam procedência do pedido com condições da ação. O direito de ação era considerado como o direito a um julgamento favorável.
A teoria abstrativista, por sua vez, preconiza que o direito de ação existe independente do direito material. Para ela, o direito de ação é o direito a um provimento judicial, qualquer decisão.
Já para a terceira teoria, a eclética, o direito de ação é o direito a um julgamento de mérito (favorável ou desfavorável); entende esta corrente que as condições da ação são condições para o exame do mérito.
As condições da ação são observadas sobre a teórica eclética que fala que o direito de ação é um direito ao julgamento mérito. Essa teoria enumera as condições em três:
- POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO: Considera-se o pedido juridicamente possível o pedido que em tese é possível. No tocante a possibilidade jurídica do pedido, tem-se que o pedido deve estar em consonância com o ordenamento jurídico, pois deve ser certo, regular e possível, uma vez que o juiz irá apreciar pedido devidamenteaceito. A doutrina utiliza como grande exemplo as dívidas de jogo de azar, imperioso destacar que o art.814 do CC/02 exclui o direito potestativo, melhor dizer, veda a apreciação judiciária.
- INTERESSE DE AGIR: (FALTA LIVRO)Há nesse o binômio de utilidade e necessidade, o interesse de agir ou interesse processual deve ser examinado nessas duas dimensões, sendo preciso que o autor demonstre que o processo possa produzir para ele algum benefício, utilidade. O processo que produza nenhuma utilidade ou utilidade pequena é uma demanda que não deve ser examinada. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar benefícios. A necessidade é o precisar da resolução da ação através do processo, se constata quando o proveito de que se precisa só é possível alcançar por meio do Judiciário. Existe uma corrente doutrinária que é capitaneada pelos professores da USP, notadamente DINAMARCO que defenda uma terceira dimensão para o interesse de agir, alem da necessidade e utilidade, seria a adequação, sendo a adequação do procedimento/rito/via correta a se ingressar. 
- LEGITIMIDADE: Ela pode ser conceituada como o poder jurídico de conduzir validamente um processo em que se discute um determinado conflito. A legitimidade é tanto do pólo ativo quando do pólo passivo, se o autor e réu estão envolvidos na relação jurídica então tem legitimidade, se não há extinção sem resolução do mérito. A legitimidade ordinária: é a regra, ocorre quando o legitimado ele é o sujeito da relação discutida, o sujeito é aquele que está discutindo o próprio direito em nome próprio defendendo interesse próprio. A legitimidade extraordinária – alguém tem autorização para discutir o processo discutindo o interesse de outrem. É a chamada substituição processual, idéia de substituto e substituído. A legitimidade pode ainda ser exclusiva (atribuída a um único sujeito), concorrente (atribuída a mais de um sujeito).
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
O procedimento ordinário é o procedimento considerado normal. Ele começa com a Petição Inicial, que é onde a parte autora faz o seu pedido. Depois ocorre a citação do réu, onde o juiz deixa o réu ciente da existência do processo. O próximo passo é a defesa do réu, onde ocorre a Contestação, peça na qual o réu contrapõe os pontos da petição inicial, negando-os e se defendo deles. É possível também que ocorram nesse momento a Reconvenção, que é a peça onde o réu propõe uma ação em face do autor, esse pedido não pode ocorrer na contestação, é necessário uma peça diferente, mas simultânea a contestação;  e a Exceção, que é matéria de defesa processual, que não se volta para contra o outro litigante, mas sim contra o órgão jurisdicional - existem três tipos de peças: de suspeição, impedimento e incompetência relativa. Com a finalidade de dar chance ao contraditório, é possível que exista a Réplica, quando a contestação traz novos fatos ao processo, o autor pode se posicionar ante tais fatos; e uma nova Contestação, se o réu fizer uma reconvenção, contestação essa feita pelo o autor ‘original’ do processo. Aqui se encerra o que chamamos de fase postulátoria. Quando a questão for de direito ou ainda de direito e de fato, porém sem a necessidade de produzir provas em audiência, ou ainda quando houver revelia, ocorre o que chamamos de Julgamento Antecipado do Pedido, onde o juiz dá a Sentença. É possível que seja necessário produzir provas, e para isso o juiz marca a Audiência de Instrução, onde após isso o juiz dá a sentença. (RAMOS, Ticco)
ARTIGOS
Estudo de Caso – O caso Google-Vuitton.
Qual a situação narrada no caso? Quem e quando estão envolvidos?
A situação específica de algumas empresas/marcas que tinham seus próprios nomes como palavras-chave e não tinham o resultado da pesquisa correspondente. Está envolvida a Louis Vuitton, a Viaticum SA e a Eurochallenges em uma ação ajuizada contra o Google e no caso deste ultimo contra também os adquirentes das palavras-chave.
Que interesses prejudicou? Qual o problema específico?
Interesse relacionado à propriedade intelectual, o chamado copyright. O problema é a situação específica de algumas empresas/marcas que tinham seus próprios nomes como palavras-chave e não tinham o resultado da pesquisa correspondente. Fora que “em relação às marcas possuídas por Louis Vuitton, as palavras-chave a elas relacionadas, quando digitadas no motor de busca da Google, apontavam para sítios de anunciantes que vendiam produtos falsificados.”
Há amparo normativo para resolver a situação?
No próprio ordenamento brasileiro há a proteção aos direitos autorais.
“Em todos os casos, os titulares de marcas registradas que correspondiam a palavras-chave adquiridas por anunciantes da Google para fins de publicidade através de seu motor de busca visavam fosse tanto a Google quanto seus anunciantes considerados em violação dos direitos de marca daqueles e, como conseqüência, fossem impedidos de utilizar tais marcas registradas como palavras-chave. Em outras palavras, a Google seria impedida de comercializá-las e os anunciantes de utilizá-las para fins publicitários.”
Quais as alternativas?
Proibir a venda de palavra-chave ou então exigir uma maior fiscalização por parte do Google pelo conteúdo que as empresas detentoras da palavra-chave possuem, evitando assim casos de pirataria recorrentes e de empresas que se aproveitam de palavra-chave.
Análise e opinião sobre o caso.
Foi correta a ação, isso porque não pode prevalecer sobre a propriedade intelectual um objeto a venda pela prestadora de serviços da sociedade da informação por conteúdo gerado por seus usuários. Utilizando ainda as palavras-chave que correspondem a marcas sem autorização e redirecionando ainda a site que nada possuem deste conteúdo e em algumas vezes até falsificados, precisa haver intervenção para que se coloque uma responsabilidade sobre essa prestadora. 
Solução processual para o caso (ação cabível e recursos possíveis na via ordinária e extraordinária).
As empresas podem alegar o direito da marcas e uma eventual venda por parte da detentora do conteúdo, a Google, sem autorização, usando o nome da marca para vender privilégios de busca e redirecionando ainda a sites ilegais. O Google pode alegar o não conhecimento desses conteúdos, uma vez que não adentra no conteúdo dos sites, apenas é um site de busca que tenta facilitar a qualidade virtual. Há a contestação da Google, proferindo posteriormente a sentença por parte do juiz.
A linguagem forense – Barbosa Moreira
A idéia principal do texto de Barbosa:
A idéia principal é a diversidade de palavras, a linguagem inclusa em cada especialidade, não sendo diferente o Direito que possui palavras que ao olho do leigo são incompreensíveis como o casamento putativo e embargos infringentes. Apresentando na linguagem forense diversas observações como a linguagem diversificada encontrada no ordenamento e o uso do latim.
O argumentado apontado pelo autor para modificação da linguagem:
 Linguagem forense não precisa ser, não pode ser sinônimo de linguagem cifrada. Algum esforço para aumentar a inteligibilidade do que se escreve e se diz no foro decerto contribuiria para aumentar também a credibilidade dos mecanismos da Justiça. Já seria um passo aparentemente modesto, mas na realidade importante, no sentido de introduzir certa dose de harmonia no tormentoso universo da convivência humana. 
O uso do latim:
Tal emprego pode haver-se por consagrado em bom número de expressões corriqueiras na linguagem forense. Todos ou quase todos os que labutam nesse meio sabem de que se cogita quando se diz que as ações fundadas em direito real sobre imóvel devem ser propostas no fórum rei sitae, isto é, no foro da situação do bem; ou quando se tacha um órgão judicial de incompetente ratione materiae, ou seja, em razão do assunto sobre que versa o litígio; ou quando se alude a medida cautelar concedida in limine litis, quer dizer, logo no começo do processo - e assim por diante. O Barbosa ainda faz a critica, isso porque nessa observação pode haver o engano ecair em conceituações erradas sobre essa linguagem estrangeira. “Certa vez, em sessão da Câmara que tive a honra de presidir, no Tribunal de Justiça de nosso Estado, o advogado que sustentava oralmente as razões de apelação, referindo-se ao prolator da sentença impugnada, pôs- se a repetir com insistência algo que me soava como "juizaco". Estranhei a palavra, e desconfiei de que o orador a estivesse usando em sentido pejorativo, como se quisesse externar seu menosprezo pelo magistrado. Já me preparava para interpelá-lo, quando percebi que se tratava apenas de uma derrapagem na pronúncia: o advogado queria aludir ao juiz a quo, expressão com que habitualmente se designa o órgão de cuja decisão se recorreu, por oposição ao juiz ad quem, incumbido de julgar o recurso...: O abuso de palavras e expressões não portuguesas, ainda que corretas, denota um exibicionismo que só contribui para fortalecer a má reputação do linguajar judiciário. Para o estranho ao meio, a impressão quase inevitável é a de que lhe estão querendo sonegar o acesso à compreensão do que se passa - e não espanta que ele suspeite de querer-se ocultar por trás disso alguma inconfessável cavilação. O preciosismo agrava o sentimento de distância em relação à Justiça, que já assalta normalmente o leigo. Ele não consegue identificar- se com nenhum dos atores de um espetáculo cujo sentido lhe escapa. “
A diversidade semântica e o apoio legal:
Em muitos casos, a diversificação semântica tem apoio nos textos legais. Assim, por exemplo, em matéria de recursos, ao contrário do que se poderia supor, o verbo "preparar" não significa "elaborar, redigir, aprontar". Preparar um recurso é outra coisa: é efetuar o pagamento antecipado das custas relativas à sua tramitação. Hoje, no processo civil, esse pagamento deve ser comprovado no próprio ato de interposição do recurso. Outra dicção latina prestigiada pela Constituição, sempre no terreno processual, é exequatur, disposição que inclui na competência originária do Supremo Tribunal Federal, exercitável por intermédio de seu Presidente, o ato necessário a fim de permitir o cumprimento de cartas rogatórias no território nacional, com o objetivo de fazer citar alguém para ação proposta em país estrangeiro.
A função dos pressupostos processuais –
Como o Direito Romano tratava os pressupostos processuais?
Bulow utilizava as exceções dilatórias (distendem o curso do processo, separando relação processual e relação material). O processo romano era dividido em duas fases, uma destinada a verificação dos pressupostos para a constituição do processo, e outra para a analise da relação material. Nessa primeira fase se dava continuidade ou não a demanda conforme a presença dos pressupostos processuais, se continuada era constituída a relação processual as partes delimitavam o litígio que deveria ser analisado na segunda fase do processo. “Bülow concluiu que a separação entre essas duas fases ou entre esses dois processos, um servindo à verificação dos pressupostos processuais e outro à análise do direito material, firmou-se na evolução legislativa. Como não é difícil perceber, Bülow tentou demonstrar que a separação das relações jurídicas processual e de direito material é tão nítida que não apenas o processo romano, como também as legislações mais evoluídas, instituíram oportunidades autônomas e distintas para a análise da existência da relação processual e para o julgamento do direito material.”
Como Chiovenda tratava os pressupostos processuais?
Chiovenda, em suas Instituições, disse que os pressupostos
processuais seriam condições para que a obrigação do juiz de se pronunciar sobre a demanda pudesse se constituir: “Não só devem existir os três sujeitos, portanto um órgão revestido de jurisdição ordinária (de acordo com as normas reguladoras da jurisdição e do ordenamento judiciário) e duas partes reconhecidas pela lei como sujeitos de direito (capacidade de ser parte); mas também devem possuir certos requisitos de capacidade (competência dos órgãos jurisdicionais, capacidade processual das partes, capacidade de representar outrem e, em alguns casos, o poder de pedir em nome próprio a atuação de uma vontade de lei que garante um bem a outros, o que se diz substituição processual). (...) Além disso, circunstâncias há que uma parte pode fazer valer como obstáculo à constituição da relação processual (litispendência; compromisso; obrigação de tentar a conciliação, de prestar uma caução, de pagar as despesas de um processo precedente)”. Para Chiovenda, na ausência dos pressupostos processuais, o juiz não tem a obrigação de julgar a demanda. Na falta de uma dessas condições ou de um dos pressupostos processuais, deixa “de surgir a obrigação, para o juiz, de pronunciar-se sobre o mérito”, restando-lhe, todavia, a obrigação “de enunciar a razão pela qual não pode pronunciar-se”. Chiovenda apressou-se em advertir que existe, “ainda neste caso, uma relação jurídica”, que, porém, é “mais restrita”, não exigindo “como pressuposto mais que a existência de um órgão jurisdicional”.
Chiovenda, ao afirmar que os pressupostos processuais são apenas condições para o julgamento do mérito, deixou claro que o juiz, mesmo na ausência desses pressupostos, deve explicar o motivo pelo qual não teve condições de julgar o mérito. Nesse momento, preocupou-se ainda em esclarecer que, em tal caso, existe uma relação jurídica. Isto significa que as condições, chamadas por Chiovenda de pressupostos processuais, jamais poderiam ser vistas como antecedentes necessários para a existência de dever jurisdicional, de relação jurídica e de processo. De outra parte, o único pressuposto que Chiovenda supõe ser necessário, isto é, “a existência de um órgão jurisdicional”, exige evidente reconceituação no Estado constitucional.
Os pressupostos de existência e de validade podem gerar a extinção do processo?
Os pressupostos processuais de existência, como se depreende da própria classificação, são elementos que devem pré-existir em relação ao processo, sendo necessária a presença deles para que a relação processual possa ser instaurada. A conseqüência da ausência de um pressuposto processual de existência seria a inexistência do processo, exemplificando com a situação hipotética de um processo que se desenvolvesse perante um órgão que não estivesse investido de jurisdição.
 Os pressupostos processuais de validade subjetivos relativos ao juiz seriam a competência (inexistência de incompetência absoluta) e a ausência de impedimento (aqui, a nosso ver, melhor seria falar-se em imparcialidade do juiz, para abranger a suspeição), enquanto que referentes às partes seriam a capacidade processual e a legitimidade processual (incluindo-se, conforme entendimento doutrinário por nós acompanhado e demonstrado nas críticas adrede ventiladas, a capacidade postulatória). No entanto, ao se compreender o “pressuposto de validade” como requisito de validade, fica mais claro vislumbrar que a sua ausência não deve acarretar a extinção prematura do feito, mas tão somente a tentativa de supressão da sua ausência, com base na teoria geral das nulidades. A ausência deles poderá gerar a extinção do feito sem exame de mérito somente se não for possível suprir a sua falta, hipótese em que será aplicada a teoria geral das nulidades, norteando-se por princípios como a instrumentalidade das formas e efetividade para decidir se será reconhecida a invalidade do ato por falta de algum requisito ou a extinção do feito sem exame de mérito, esta somente em último caso.
A estabilidade das decisões – Adonias
A estabilidade das decisões acarreta em uma maior contribuição ao acesso a justiça e para o desenvolvimento econômico de uma sociedade............

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